Famílias, Aldeias e Sem Abrigo estas são as nossas áreas de acção. Um grupo de jovens do Porto, que no CREU têm uma casa, lançam mãos aos desafios que lhes surgem.
quinta-feira, dezembro 06, 2012
Sessão de acolhimento a novos voluntários
segunda-feira, dezembro 03, 2012
Crónica Imigrantes - 28/10/2012
Crónica FAS Imigrantes 18/11/2012
sábado, novembro 03, 2012
Crónica FAS Imigrante 7 de Outubro de 2012
quarta-feira, outubro 03, 2012
O FASRondas precisa das tuas mãos! Queres ajudar?
terça-feira, julho 31, 2012
Crónica FAS Imigrantes - 22.07.2012
terça-feira, julho 17, 2012
Crónica dos Imigrantes - Julho
Neste sábado, 7 de Julho, os voluntários disponíveis apareceram em S. Cirilo para a visita ao museu de Arte Sacra. A manhã esteve nublada e havia alguma ameaça de chuva, o que associado a uma alteração de data já depois de feitas as inscrições, deve ter sido a razão para ter aparecido um número baixo, pois havia mais interessados. Ao todo, meia dúzia, dois inscritos e quatro voluntários. Não conseguimos perceber dois nomes na lista e não foi possível saber quem eram, por isso, saímos com um pequeno atraso de tolerância para ver se chegavam. O nosso percurso para o centro é pela rua de Cedofeita, por onde se vai conversando. O P. vai sempre destacado à frente. Numa analogia ciclística pode dizer-se que vai em fuga uns bons metros à frente do pelotão, acompanhado por um de nós. Desta vez havia uma explicação, estava previsto encontrarmos o L. na Praça dos Leões e a hora de encontro era pelas três. Com o grupo aumentado, descemos os Clérigos e subimos para o largo da Sé. Chegamos à igreja de S. Lourenço, mais conhecida por igreja dos grilos, descendo as escadas graníticas e que nos dão a sensação de chegarmos à igreja pelo telhado. Esta igreja foi construída pelos jesuítas para criarem um colégio no Porto, com as vicissitudes da história foi passando de mãos e passou a ser conhecida por igreja dos grilos por ter pertencido aos frades descalços de S. Agostinho, conhecidos por frades-grilos por terem casa em Lisboa no lugar do Grilo. A visita ao Museu de Arte Sacra, em que predominam imagens de madeira e pedra policromadas, à igreja com um espectacular altar em talha dourada e um órgão ibérico e ao pequeno museu de arqueologia agradou a todos. Fizemos a fotografia de grupo nas escadas da entrada e espreitamos Gaia e o rio Douro do terreiro lateral. Regressamos percorrendo algumas das ruas estreitas da Sé e fazendo o restante percurso em sentido inverso. A S. Cirilo só chegou o Manuel, porque o grupo começou a reduzir-se logo em S. Bento e os voluntários não o acompanharam nos últimos metros.
Francisco
terça-feira, julho 10, 2012
FasFamilias - crónica de Abril
FasFamilias - crónica de Maio
Crónica dos Imigrantes 27 de Maio 2012
segunda-feira, junho 25, 2012
Crónica das Aldeias – 14.05.2012
Estávamos com um dilema, aonde almoçar? O dia começou de chuva, mas como a esperança é a última a morrer, achamos que o S. Pedro iria ajudar-nos e dar-nos-ía um dia melhor…Por isso, arriscamos e fomos para o parque das merendas.
Arriscamos bem… sem chuva, uma excelente refeição partilhada e por fim o cafezinho no bar do parque.
De lá, dividimo-nos para as respectivas aldeias, eu fui com a Ana para a nossa aldeia – Basseiros.
Iniciamos a nossa visita na Sra. Hermínia, infelizmente ela não estava…ficamos a saber depois pelo filho que ela tinha ido para Vila Real!
De lá, fomos para a D. Celeste, batemos à porta… chamamos… e nada, nem sinal, deve estar para o campo pensamos nós.
Estávamos com pena….mas, continuamos o nosso caminho e fomos visitar a D. Maria. Será que está cá fora? Não, não estava… Estava deitada! Disse-nos que tinha estado lá fora de manhã. Muito bem, tem que fazer exercício, dissemos-lhe.
Estávamos numa amena cavaqueira, quando de repente, surpresa! Tivemos a visita da D. Celeste, ficamos todas contentes e continuamos na conversa...
A D. Celeste teve que ir embora, tentamos persuadi-la a ficar mais um bocadinho, mas disse que não podia e que tinha que voltar aos seus afazeres.
É uma pessoa muito energética, não consegue estar quieta muito tempo, é muito engraçada =)
A D. Maria continuou a contar-nos as suas peripécias do dia-a-dia e do passado, foi muito agradável.
O tempo passou depressa e estava na hora de partirmos para a nossa última visita, por isso despedimo-nos da D. Maria – até à próxima!
Próximo destino: a casa da D. Dulce, que fica situada numa colina com uma vista espectacular, mas que requere um bom esforço para lá chegar =)
Tivemos a 2ª surpresa do dia, fomos recebidas com cerejas a serem colhidas directamente da cerejeira para nós ….que maravilha! Como sempre, muito acariciadas, são uma simpatia! Conversamos sobre a crise, o tempo, a política…vários temas e sempre a comer cerejas!
Estivemos na conversa com a D. Dulce, que nos contou as suas maleitas, que são muitas, infelizmente =(
Colheram mais cerejas para levarmos e partilharmos com o grupo!
Com pena, despedimo-nos e partimos para Bustelo.
Estava na hora da partida, reunimo-nos, trocamos experiências e partilhamos cerejas… Foi um dia bem passado =)
Obrigada S. Pedro por nos teres dado um bonito dia…
Feitas as despedidas voltamos ao Porto!
Raquel
Crónica Imigrantes – 17 de Junho de 2012
segunda-feira, junho 04, 2012
Crónica das Aldeias – 14.05.2012
A visita começou com um dia soalheiro e quente. Os 11 voluntariados exalavam alegria que foi transmitida de elemento a elemento e às nossas queridas senhoras. O almoço foi transformado em piquenique, no Parque de Merendas. Este fumegava um espetro de cores desde o vermelho, castanho, amarelo e verde que acompanhava com as diversas conversas que fluíam no ar. A temperatura à hora de almoço indicava que a tarde seria quente e nada de aventuras fora de casa. Após um cafezinho, o grupo separou-se pelas respetivas aldeias de Ansiães, Basseiros, Bustelo e Candemil. Eu e a Sandra Cardoso iniciamos a visita às nossas Senhoras, Tia Aurélia e Tia Alda de Candemil, com grande disposição e dedicação, principalmente a Sandra pois estava com receio de não encontrar a Tia Alda. Na última visita da Sandra, a Tia Alda estava à espera de uma resposta para ser encaminhado para um lar.
A primeira visita foi na casa da Tia Aurélia, estava muito bem disposta e à nossa espera. Durante a visita falamos sobre o S. Gonçalo de Amarante, desde a sua origem até à criação da sua crença, do padre da aldeia, da sua família e amigos. Depois desta conserva fomos dar um passeio pela Aldeia. Fiquei muito admirada com a força e vivacidade da Tia Aurélia! O passeio decorreu com um passo pequeno e firme onde aprendemos, principalmente eu, que os malmequeres tem a designação de "Bons dias" e os jarros "Copos de leite" e apanhamos alecrim e loureiro. :)! Denotei que a Tia Aurélia é uma pessoa muito querida na aldeia. O passeio acabou na casa da Tia Alda, entramos as três para fazer companhia e encontramo-la de pé e um pouco abatida. Estava bastante doente e tinha acabado de chegar da casa de uma prima, a qual a tinha ajudado a curar uma "valente" gripe. Falou um pouco da sua semana, das suas angústias e deambulamos pelas suas recordações e desejos. Despedimos de ambas e a Tia Aurélia, ainda ficou um pouco a fazer companhia à Tia Alda, sendo um apoio nas suas horas de solidão.
Após a visita, encontramos os restantes voluntários na aldeia de Bustelo para o lanche e partilharmos fatos e sensações que decorreram durante a visita deste sábado. Penso e, certamente a Sandra partilhará comigo, que a melhor sensação desta visita foi encontrar a Tia Alda. A todos os voluntários quero expressar o meu obrigado pelo à-vontade que me fizeram sentir nestas três últimas visitas. Uma excelente semana para cada um de vós!
Luísa Castro - Candemil
segunda-feira, maio 14, 2012
Crónica da ronda da Boavista 29.04.2012
quarta-feira, maio 02, 2012
Crónica dos Imigrantes
CRÓNICA DOS IMIGRANTES 22 ABRIL 2012
Crónica FasFamilias Março 2012
domingo, abril 22, 2012
Crónica da Ronda de Santa Catarina 15.04.2012
quarta-feira, abril 18, 2012
Crónica das Aldeias - 14.04.2012
Uma bênção para os sensatos, mas uma maçada para os que gostam de picnics…
Já todos os voluntários sentiam saudades, desta vez tinham passado mais de 15 dias desde a última visita, havia preocupação em relação ao estado de saúde de algumas senhoras e curiosidade em relação ao desenvolvimento de certas coscuvilhices. E, para nosso deleite, as saudades eram mútuas, as senhoras não se acanharam em reclamar a ausência tão prolongada.
A Páscoa correu muito bem, com saúde – é o que importa, e com a família.
No Marão, não há tanto isolamento como se possa pensar, sente-se a presença, ainda que por vezes distante, de um familiar, na falta deste um vizinho tenta tomar conta do recado. O médico de família e o Sr. Padre são uma referência e estão bastante presentes.
Há algum frio, mas não se passa fome.
Para colmatar a eventual falta de afeto lá estamos nós, que por muito tempo que fiquemos, nunca é considerado suficiente: “ vocês vão tão cedo hoje!”, é o que ouvimos sempre, principalmente quando já estamos atrasados!
Joana Bento Miranda
terça-feira, abril 17, 2012
Crónica das Aldeias – 24.03.2012
nossos pais ou de um amigo, ou simplesmente o nosso primeiro dia de
Escola. Para mim existe um dia que nunca vou apagar da memória,
24/03/2012, o meu primeiro dia como voluntário no FAS Aldeias.
Lembro-me de, durante essa semana, andar feliz e entusiasmado com o
facto de pela primeira vez ir fazer voluntariado. Mas, de repente,
algo se modificou e tomou-se sobre mim um premente sofrimento porque
não sabia como iria ser capaz de me entregar ao outro se naquele
momento não me encontrava bem comigo mesmo.
No dia das visitas, à medida que íamos caminhando por terras nortenhas
entre montes e vales, religiosamente ia reparando na natureza e
verificava que toda ela é uma montra constante de dádiva e serviço, já
que nela tudo é posto ao serviço do outro numa cadeia de eventos
interligados. Por exemplo, as árvores produzem frutos dos quais não se
alimentam mas que livremente oferecem para sustento do ser humano e
dos animais.
Quando chegámos a Ansiães e eu entrei em contacto com as senhoras,
todo o sofrimento se evaporou pois, só o facto de conseguir arrancar
um sorriso, fez com que eu também sorrisse e brincasse e logo ficasse
mais feliz. Ao partilhar a dor com estas senhoras através de uma
palavra amiga senti-me melhor como pessoa e com maior capacidade de
amar. Aprendi de forma clara e evidente a profunda verdade contida na
célebre frase de John Donne "Nenhum Homem é uma ilha".
Assim, por todas estas razões este dia vai ficar para sempre marcado
no meu coração. Percebi que fazer voluntariado é compreender que a
sorte é diferente para cada um e que o dinheiro e o estatuto social
não são as coisas mais importantes da vida. A felicidade de dar, nem
que seja um sorriso, faz bem ao ego e aquece a alma de quem recebe e
de quem dá.
Saudações
Michel - Ansiães
segunda-feira, março 26, 2012
Crónica dos Imigrantes, 10 de Março de 2012
Gonçalo
quinta-feira, março 22, 2012
Crónica da Ronda da Areosa - 18.03.2012
terça-feira, março 13, 2012
Crónica das Aldeias – 10.03.2012
Gerações Ancestrais verdadeiramente enriquecedoras, genuínas e
extremamente frutíferas. De igual modo, sinto-me orgulhosa e muito
feliz por poder "acompanhar" e "apoiar" aqueles que, aos poucos,
connosco se vão familiarizando e identificando.
Patrícia Trigo | Bustelo
terça-feira, março 06, 2012
Crónica dos Imigrantes, 19 de Fevereiro de 2012
Valentina
segunda-feira, março 05, 2012
Crónica das Aldeias – 25.02.2012
Mais um sábado no local e na hora do costume, prontas para a visita às nossas aldeias! O dia prometia, estava um sol radiante e uma temperatura amena, muito diferente das primeiras duas visitas que fiz, em que estava muito frio! Mas o dia foi um dia de promessas…
Lá subimos a ingreme colina para fazer a nossa última visita, vale a pena o esforço pelas pessoas que visitamos e pela linda vista! A senhora Dulce está acamada, devido aos seus problemas de saúde, foi uma pena termos tido pouco tempo nesta visita, como disse a Lúcia foi uma visita de médico…
Mas, ficou a promessa, que para a próxima íamos fazer muitas actividades e íamos estar mais tempo! Por fim, com algum custo, por termos deixado as nossas senhoras e com a sensação de que tinha sido pouco tempo, fomos ter com o restante grupo a Bustelo, onde partilhamos as nossas experiências do dia! Foram feitas as despedidas e regressamos ao Porto, todos bem dispostos porque o dia foi bem passado:).
Assim, foi um dia cheio de promessas, que serão para se cumprir !!
Raquel - Basseiros
quarta-feira, fevereiro 22, 2012
FasFamilias - Crónica de Fevereiro 2012
…Boa!...E agora, por onde começo?!...O que escrevo?!...
Vou dar uma vista de olho nas crónicas do blog, a ver se me inspiro!...
Tudo tão rico! Tudo tão sentido!
Mas…O que hei-de dizer?...
Ao ler a crónica de Julho, do exercício de defesa de permanência de caso que fizemos, relembro o ponto de situação do M. nessa altura. Eu e o Jorge reconhecíamos que o nosso caso se aproximava do fim. O M., ao fim de cerca de 20 anos na droga e de altos e baixos estava numa fase muito boa! Depois de deixar a droga e de uns anos na metadona, deixou metadona por livre iniciativa, sozinho, arranjou emprego sozinho, no qual se estava a dar muito bem, encontrou uma namorada/companheira com quem foi viver ao fim de algum tempo, foi visitar a família, reencontrou-se com os filhos que vieram a Portugal, ao fim de vários anos sem os ver ("matando" os fantasmas que tanto lhe vinham à cabeça nos últimos anos), estava positivo, optimista, confiante, lutador, nada de "lamechices"…Um novo M.! Até nos parecia bom demais para ser verdade! Era uma alegria muito grande, vê-lo assim!
Agora, pouco mais de meio ano depois, custa um pouco ver que tudo voltou atrás…A relação do M. com a namorada deteriorou-se e terminaram, o emprego foi perdido, o M. tem alternado entre a rua e quartos que se vão arranjando, o mundo dele voltou a "desmoronar-se", o pessimismo voltou, veio o medo das doenças, a revolta, a metadona e as drogas voltaram a entrar na vida dele, a vergonha (?) de nos atender os telefonemas apoderou-se dele, foi-se "fechando"…
Mas ser voluntário é isso mesmo, é estarmos lá, é eles saberem que se precisarem nós estamos disponíveis, estamos do lado deles. Não os podemos substituir, não lhes podemos "impingir" as nossas verdades, as nossas "fáceis soluções", pois qualquer mudança, qualquer passo em frente, depende acima de tudo da vontade deles e da abertura deles para dar o passo em frente.
Ser voluntário é estarmos preparados para estes altos e baixos, é aceitarmos que o "mundo deles", a realidade deles, foi construída com bases diferentes da nossa, que as ferramentas deles são diferentes das nossas e que não lhes é fácil utilizarem as nossas, por muito básicas que elas nos pareçam.
É estarmos lá para lhes darmos a mão…Quando eles a querem!...E fazê-los sentir que estamos presentes, seja para conversar, seja para dar a mão para um novo passo, seja simplesmente para…estar!
É tentarmos manter viva alguma esperança na vida deles…Tentarmos que essa esperança entre de alguma forma, seja por uma minúscula fenda, seja por uma janela ou uma porta abertas…E que lhes possa dar alguma força para reagir, para poder ver as coisas de outro ângulo…Por muito pequeno que esse ângulo possa ser…
É fazê-los sentir que, por muito mau que o mundo deles possa parecer, ainda há alguém que acredita neles, que acredita que a esperança pode voltar a aparecer-lhes e levá-los a lutar e a andar para a frente, a serem capazes de se levantar cada vez que tropeçam…E as quedas são muitas, porque neste "mundo deles" ou obstáculos são maiores, a luz é mais ténue e as ferramentas para sair deles são mais rudimentares…Mas estamos cá, de lanterna na mão, para lhes tentar iluminar o caminho…Por um bocadinho que seja…
Com altos e baixos, com alegrias e tristezas é bom sentir que por vezes podemos ser uma lanterna que os ilumina…Embora muitas vezes as pilhas não consigam iluminar muito, mas sempre na esperança que a luzinha, por ténue que seja, possa ser vista e possa iluminar um pouco os seus caminhos e fazê-los ver pelo menos o próximo degrau!
E fazer parte do FAS para mim é isto!
Temos a sorte de ter este grupo de voluntários fantásticos, umas "organizadoras" que nos dão todo o apoio e energia necessárias…E nos castigam com umas crónicas para escrever!...
J
O meu muito obrigada a todos os voluntários e a toda a organização por tornaram possível manter uma luz acesa na escuridão da vida de tanta gente!
quinta-feira, fevereiro 16, 2012
Crónica da Ronda de Santa Catarina - 04.02.2012
quinta-feira, fevereiro 09, 2012
Crónica FasFamilias Janeiro
Crónica FasFamilias Dezembro
segunda-feira, janeiro 30, 2012
Crónica de Imigrantes 28 de Janeiro de 2012
Andreas
sexta-feira, janeiro 27, 2012
Crónica das Aldeias – 21.01.2012
sexta-feira, janeiro 20, 2012
Crónica Aldeias - 07-01-2012
Hoje não foi uma visita igual aos outros sábados.
Hoje num carro coubemos todos. Todas.
Hoje, por diferentes razões, fomos só 5.
Voluntárias cheias de vontade, entusiasmo e boa disposição, assim partimos. Mas não esquecemos que somos muitos mais, e é assim que queremos continuar a ser!
Reta, curva e contracurva e já só estávamos duas de olhos abertos (as semanas estão mais cansativas…), 4 olhos que mesmo assim não chegaram para sairmos no sítio certo. Acabamos por ir à descoberta de um parque de merendas, em Basseiros, que nunca mais aparecia… Estacionámos e "picnicamos" por ali a ver as vistas. O dia estava bonito, de um azul luminoso, com um sol que alenta e dispõe bem.
Lá partimos para três aldeias. Basseiros não foi contemplada com voluntários, que com certeza muita falta fizeram, pela espera certa que nos fizeram por Ansiães, Bustelo e Candemil.
Nesta última estava apenas a D. Aurélia, que terminava o seu almoço e "esperava os seus amigos", assim dizia a vizinha que lá estava. A D. Alda estava para chegar nesse dia, do Porto, onde foi passar o Natal. Fomos as duas "correndo" a estrada de Candemil, numa hora e meia de passeio, sob o olhar atento do Marão. Num Inverno que, por ali, ainda não é despido. E pelas histórias fica uma espécie de saudade do tempo que não se viveu.
Hoje duas frases me ficam, pela boa companhia e sabedoria da minha querida D. Aurélia (que dia 9 fará 97…). Parabéns!!
"O segredo de uma velhice agradável consiste apenas na assinatura de um honroso pacto com a solidão."
"Cada um tem a idade do seu coração, da sua experiência, da sua fé."
Isabel Teixeira Gomes - Candemil
segunda-feira, janeiro 09, 2012
Crónica Imigrantes – 7 de Janeiro de 2012
A primeira visita de 2012, organizada pelo grupo dos Imigrantes, foi ao Jardim Botânico. Um sábado cheio de sol permitiu-nos visitar não só as exposições da Casa Andresen, mas também passear pelo Jardim.
Formávamos um grupo de dez pessoas e saímos de S. Cirilo às 14h, com alguns participantes já nossos conhecidos e um senhor que nos acompanhou pela primeira vez, utente externo de S.Cirilo há apenas três semanas.
Já no Jardim Botânico, começámos por visitar a exposição de pintura de Armanda Passos, com as suas obras povoadas de mulheres e animais imaginários. Em seguida, subimos ao primeiro andar, para visitar a exposição de fotografia de Harold Edgerton. Este engenheiro electrotécnico desenvolveu uma técnica de fotografia com tempo de exposição muito curto, o que permite "parar o tempo", mostrando em detalhe momentos e sequências de movimento que são demasiado rápidos para serem percebidos pelo olho humano. As suas fotografias criam verdadeiramente uma ponte entre a ciência e a arte. Pudemos ver a bala a atravessar a maçã; a deformação da bola de futebol no instante em que é chutada, ainda antes de começar a voar; as formas que a água cria ao correr da torneira; a sequência de movimentos do mergulhador ao saltar da prancha… Esta exposição, em particular, despertou muito interesse em todo o grupo, participantes e voluntários, que se demoraram pelas salas.
Por fim, o Francisco fez-nos uma visita guiada pelo Jardim. Começou por nos contar a história da casa e do jardim e, ao longo do percurso, foi-nos chamando a atenção para detalhes e aspectos curiosos das plantas. O interesse dos utentes de S.Cirilo manteve-se ao longo deste passeio, durante o qual conversaram e participaram muito.
O regresso fez-se em cerca de 45 minutos, ao longo da Rua do Campo Alegre. Depois da visita, criou-se mais confiança dentro do grupo e participantes e voluntários conversaram todo o caminho!
Margarida