De volta às rondas. Novas caras, os mesmos sorrisos. Senti-me em casa. Com saudade dos que já não estão e com muita vontade de conhecer os de agora. Nunca esquecendo quem já cá passou. A vizinhança, essa não muda. Olha a I., tão linda e menina como de antes, sem papas na língua na hora de recolher aos seus aposentos. A A., agora, tem uma porta. E perdida nas 10 ou 12 campainhas está a S. Pode não querer receber-nos, mas eu vou lá incomodá-la! Um J. castiço e amável, um A. mais reservado. Uma F. peixeira do bolhão, com voz de rádio e vontade de leão. Um Sr. D., porteiro e habitual, que nos liga ao passado, belo e bruto. Um músico chamado E., um escritor com óculos de Pessoa, um empresário de cachecol vermelho e postura de saciado. Sábios da noite escura. Um comediante puro, de nome esquecido para a minha fraca memória, mas que gentilmente chama a Maria de "choquinha". É bom estar. É bom ver e partilhar. Absorver estas novas energias, que o tempo renova sem roubar o essencial...Boa noite amigo Mário, dorme em paz.
Daniel Henriques
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