segunda-feira, março 26, 2012

Crónica dos Imigrantes, 10 de Março de 2012

Esta saída teve como destino o Museu de História Natural da Faculdade de Ciências do Porto.
O encontro aconteceu, como de costume, à porta do Centro de S.Cirilo às 14h onde se juntaram os voluntários e os utentes (salientar a grande adesão que houve neste sábado por parte dos utentes quer externos como internos). Mais uma vez tivemos a felicidade de sermos "acompanhados" por um fantástico dia de Sol, que fez com que a viagem até ao Museu se tivesse passado de uma forma muito agradável. Prosseguimos pela rua de Cedofeita, como já tem sido hábito, e fomos aproveitando para conhecer algumas caras novas que nos acompanharam nesta visita e pondo a conversa em dia com outras que já tinham marcado presença em viagens anteriores.
A caminhada foi feita a um passo rápido o que fez com que chegássemos ao Museu com alguma antecedência, como tal esperámos cerca de meia hora à entrada, o que não custou muito, pois o tempo estava de facto muito bom. Tirámos algumas fotografias e continuámos à conversa até à chegada do Francisco.
Entrando no Museu vimos primeiramente uma exposição de mineralogia (Museu de Mineralogia Montenegro de Andrade), que continha uma vasta colecção de algumas centenas de amostras de minerais oriundas dos mais diversos locais, desde alguns minerais fluorescentes a pedras preciosas.
De seguida visitamos o Museu de Zoologia Augusto Nobre. Este englobava várias colecções que continham desde insectos e aves a mamíferos provenientes tanto de Portugal como do resto do mundo. Foi unânime que esta exposição era merecedora de um espaço maior pois a quantidade e tamanho de espécies era demasiado grande para o tamanho das duas salas em que estavam inseridas. No entanto foi uma exposição muito apreciada por todos aqueles que nos acompanharam.
Tivemos desde inicio a companhia de uma guia que nos deu algumas explicações e alguns factos curiosos sobre as exposições, e de uma visitante que também nos acompanhou ao longo de toda a nossa visita.
Terminada a visita, fizemos o percurso inverso, já com mais algum vento mas nada que atrapalhasse o regresso a S.Cirilo, nem aos utentes nem aos voluntários. Como também é usual a volta foi efectuada a um ritmo mais lento e já sem alguns participantes que foram diretamente para as suas casas, ainda assim foi feita com boa disposição e a conversa esteve sempre presente.
Tudo correu muito bem tendo sido mais uma tarde muito bem passada.

Gonçalo

quinta-feira, março 22, 2012

Crónica da Ronda da Areosa - 18.03.2012

De volta às rondas. Novas caras, os mesmos sorrisos. Senti-me em casa. Com saudade dos que já não estão e com muita vontade de conhecer os de agora. Nunca esquecendo quem já cá passou. A vizinhança, essa não muda. Olha a I., tão linda e menina como de antes, sem papas na língua na hora de recolher aos seus aposentos. A A., agora, tem uma porta. E perdida nas 10 ou 12 campainhas está a S. Pode não querer receber-nos, mas eu vou lá incomodá-la! Um J. castiço e amável, um A. mais reservado. Uma F. peixeira do bolhão, com voz de rádio e vontade de leão. Um Sr. D., porteiro e habitual, que nos liga ao passado, belo e bruto. Um músico chamado E., um escritor com óculos de Pessoa, um empresário de cachecol vermelho e postura de saciado. Sábios da noite escura. Um comediante puro, de nome esquecido para a minha fraca memória, mas que gentilmente chama a Maria de "choquinha". É bom estar. É bom ver e partilhar. Absorver estas novas energias, que o tempo renova sem roubar o essencial...Boa noite amigo Mário, dorme em paz.

Daniel Henriques

terça-feira, março 13, 2012

Crónica das Aldeias – 10.03.2012

O Encanto dos Idosos faz-nos querer cada vez mais permanecer junto de
Gerações Ancestrais verdadeiramente enriquecedoras, genuínas e
extremamente frutíferas. De igual modo, sinto-me orgulhosa e muito
feliz por poder "acompanhar" e "apoiar" aqueles que, aos poucos,
connosco se vão familiarizando e identificando.

Patrícia Trigo | Bustelo

terça-feira, março 06, 2012

Crónica dos Imigrantes, 19 de Fevereiro de 2012

Mais um domingo soalheiro, este ano temos sido brindados com dias assim.
Já estavam à nossa espera alguns companheiros, utentes externos e internos. Caras novas na sua maioria, aliás estávamos preparados para não irmos todos, se aparecessem poucos.
O início do percurso é sempre o mesmo. Cedofeita fora, com pouca conversa. Perguntamos de onde vêm, há quanto tempo estão em Portugal, e deixamos sempre espaço para nos dizerem o que desejarem.
Conhecemos gente nova, os nossos companheiros mais antigos, andam a faltar, e nós sentimos a falta. Perguntei ao L. por eles. Sem querer ser indelicado, lá me explicou que estavam bem, que deviam ter outras coisas para fazer.
Fiquei a saber que quem nos acompanha está pronto a fazer outros percursos, mesmos que sejam mais demorados. A distância não é um obstáculo, e discutimos se valeria a pena ir a pé até ao Parque da Cidade se o sol continuar a brilhar com até agora
E lá fomos até ao Largo da Sé, depois a Rua de D Hugo, visitar o Museu Guerra Junqueiro.
Abílio Manuel Guerra Junqueiro foi um escritor e poeta que nasceu em freixo de espada à Cinta. Foi coleccionando ao longo da sua vida vários objectos de arte decorativa, que adquiria nas viagens que fazia. Morreu com o sonho de possuir uma casa onde pudesse colocar todo o e as suas colecções de arte sacra, mobiliário, prata, cerâmica, entre outras e o seu espólio literário.
A viúva e a sua filha, adquiriram então esta casa na Rua de D Hugo, que doaram à Câmara do Porto, juntamente com as colecções do poeta. O espólio literário está numa casa em frente, a Fundação Isabel Guerra Junqueiro.
Todas estas explicações, foram-nos dadas pela pessoa do Museu que estava à nossa espera e nos fez uma visita guiada à casa.
Terminada a visita, há que fazer o percurso inverso, agora com mais à vontade, tanto da nossa parte como de quem nos acompanhou até S Cirilo.
Mais uma tarde de Domingo muito bem passada e sempre com a promessa de nos reencontrarmos no próximo passeio.

Valentina

segunda-feira, março 05, 2012

Crónica das Aldeias – 25.02.2012

Mais um sábado no local e na hora do costume, prontas para a visita às nossas aldeias! O dia prometia, estava um sol radiante e uma temperatura amena, muito diferente das primeiras duas visitas que fiz, em que estava muito frio! Mas o dia foi um dia de promessas…

A nossa primeira paragem foi no parque das merendas, uma óptima ideia neste dia maravilhoso, a partilha alimentar como sempre um sucesso, cheia de coisas saborosas! Mas, tenho que referir, a deliciosa sobremesa, uns brigadeiros preparados com muito carinho pela Ana. Todos nos deliciamos tanto, que não conseguimos ceder à tentação de os levar connosco para acompanhar o cafezinho habitual…A primeira promessa começou aqui, ficou decidido que a receita tinha que ser enviada para os mails de todos, visto que ninguém conseguiu resistir-lhes ;). Daqui, partimos para as diferentes aldeias, a minha era a de Basseiros, o nosso grupo para esta aldeia estava com muita gente, por isso a Margarida foi para Ansiães e eu, a Ana, a Lúcia e o Marcelo fomos visitar as nossas senhoras… Ao chegarmos à nossa aldeia deparamo-nos com várias senhoras, nomeadamente a nossa senhora Celeste, numa amena cavaqueira e a aproveitar o excelente tempo, nós está claro rapidamente participamos. Falamos sobre o tempo, sobre a falta de água e os prejuízos no cultivo, sobre as suas vidas familiares… estava tão agradável, que nem nos apercebemos que o tempo passava e muitas visitas ainda tínhamos para realizar! A segunda etapa era ir visitar a senhora Maria, que estava logo ali ao lado, e convencê-la a fazer companhia às outras senhoras e apanhar um bocadinho de ar puro dos pinheiros. Ela como sempre estava bem-disposta, e quando lhe dissemos para vir connosco aproveitar o bom tempo, ela ainda vacilou, mas disse que era tarde e que ficava para a próxima, se o tempo permitisse! Assim, ficou a segunda promessa! A nossa terceira visita foi a senhora Hermínia, que bem que ela estava, na paz do seu bonito quintal, sentada numa cadeira por baixo de um guarda-sol, a aproveitar o dia! Sentamo-nos à sua volta e iniciamos uma agradável conversa, foi com muita pena que nos viemos embora, já era tarde e ainda tínhamos uma última visita. Ficou a promessa de voltarmos com mais tempo :).
Lá subimos a ingreme colina para fazer a nossa última visita, vale a pena o esforço pelas pessoas que visitamos e pela linda vista! A senhora Dulce está acamada, devido aos seus problemas de saúde, foi uma pena termos tido pouco tempo nesta visita, como disse a Lúcia foi uma visita de médico…
Mas, ficou a promessa, que para a próxima íamos fazer muitas actividades e íamos estar mais tempo! Por fim, com algum custo, por termos deixado as nossas senhoras e com a sensação de que tinha sido pouco tempo, fomos ter com o restante grupo a Bustelo, onde partilhamos as nossas experiências do dia! Foram feitas as despedidas e regressamos ao Porto, todos bem dispostos porque o dia foi bem passado:).
Assim, foi um dia cheio de promessas, que serão para se cumprir !!

Raquel - Basseiros