segunda-feira, junho 25, 2012

Crónica das Aldeias – 14.05.2012

No local do costume e à hora do costume lá partimos para as nossas aldeias…rumo ao Marão!
Estávamos com um dilema, aonde almoçar? O dia começou de chuva, mas como a esperança é a última a morrer, achamos que o S. Pedro iria ajudar-nos e dar-nos-ía um dia melhor…Por isso, arriscamos e fomos para o parque das merendas.
Arriscamos bem… sem chuva, uma excelente refeição partilhada e por fim o cafezinho no bar do parque.
De lá, dividimo-nos para as respectivas aldeias, eu fui com a Ana para a nossa aldeia – Basseiros.
Iniciamos a nossa visita na Sra. Hermínia, infelizmente ela não estava…ficamos a saber depois pelo filho que ela tinha ido para Vila Real!
De lá, fomos para a D. Celeste, batemos à porta… chamamos… e nada, nem sinal, deve estar para o campo pensamos nós.
Estávamos com pena….mas, continuamos o nosso caminho e fomos visitar a D. Maria. Será que está cá fora? Não, não estava… Estava deitada! Disse-nos que tinha estado lá fora de manhã. Muito bem, tem que fazer exercício, dissemos-lhe.
Estávamos numa amena cavaqueira, quando de repente, surpresa! Tivemos a visita da D. Celeste, ficamos todas contentes e continuamos na conversa...
A D. Celeste teve que ir embora, tentamos persuadi-la a ficar mais um bocadinho, mas disse que não podia e que tinha que voltar aos seus afazeres.
É uma pessoa muito energética, não consegue estar quieta muito tempo, é muito engraçada =)
A D. Maria continuou a contar-nos as suas peripécias do dia-a-dia e do passado, foi muito agradável.
O tempo passou depressa e estava na hora de partirmos para a nossa última visita, por isso despedimo-nos da D. Maria – até à próxima!
Próximo destino: a casa da D. Dulce, que fica situada numa colina com uma vista espectacular, mas que requere um bom esforço para lá chegar =)
Tivemos a 2ª surpresa do dia, fomos recebidas com cerejas a serem colhidas directamente da cerejeira para nós ….que maravilha! Como sempre, muito acariciadas, são uma simpatia! Conversamos sobre a crise, o tempo, a política…vários temas e sempre a comer cerejas!
Estivemos na conversa com a D. Dulce, que nos contou as suas maleitas, que são muitas, infelizmente =(
Colheram mais cerejas para levarmos e partilharmos com o grupo!
Com pena, despedimo-nos e partimos para Bustelo.
Estava na hora da partida, reunimo-nos, trocamos experiências e partilhamos cerejas… Foi um dia bem passado =)
Obrigada S. Pedro por nos teres dado um bonito dia…
Feitas as despedidas voltamos ao Porto!

Raquel

Crónica Imigrantes – 17 de Junho de 2012

A saída da vertente Imigrantes de dia 17 de Junho teve como destino o Museu Militar. À partida de S. Cirilo, o grupo era composto por seis voluntários e quatro participantes (três adultos e o pequeno W., no seu carrinho de bebé). Tínhamos recebido o pedido para que um grupo de sem-abrigo participasse na visita, juntamente com os utentes do Centro. No entanto, talvez pelo céu nublado de Domingo, nenhum elemento deste grupo compareceu em S. Cirilo à hora combinada. No percurso pela Rua de Cedofeita, encontrámos uma utente externa do Centro, que nunca tinha participado nas saídas do FAS e que aceitou o convite para se juntar a nós.
O percurso até ao Museu Militar é longo e fez-se a conversar, sendo já evidente a confiança entre voluntários e participantes habituais. A O., que participava pela primeira vez nas nossas saídas, mostrou-se muito disponível e interessada, integrando-se com facilidade no grupo. No Museu, começámos por visitar a grande colecção de soldadinhos de chumbo. Estes representam Exércitos de todo o mundo e de várias épocas, desde os actuais Exércitos ocidentais, a Exércitos da Antiguidade, tribais, Egípcios… O detalhe das figuras e os seus trajes característicos, bem como os animais representados (dos cavalos aos elefantes e camelos) despertaram o interesse dos participantes. O edifício do Museu, na rua do Heroísmo, data do final do século XIX e está profusamente decorado com estuques, muitos característicos da nossa cidade e que também foram um ponto de interesse da visita. Para além dos soldadinhos de chumbo, o acervo do Museu inclui ainda uniformes militares de várias épocas, assim como uma extensa colecção de armas. A peça que mais gostaríamos de ter visto era a Espada de D. Afonso Henriques, mas esta encontra-se temporariamente emprestada a outra instituição. Ainda assim, no jardim do Museu, pudemos ver a estátua do primeiro Rei, com quem a A. quis tirar uma fotografia.
O regresso a S.Cirilo fez-se por um caminho um pouco diferente, por sugestão do P., passando pela Trindade e Praça da República. Alguns utentes separaram-se do grupo ao longo do percurso, indo directamente para suas casas. Acompanhámos os dois utentes internos a S.Cirilo, desafiando todos a participar na próxima saída.
Margarida

segunda-feira, junho 04, 2012

Crónica das Aldeias – 14.05.2012


De letra a letra consegue-se uma palavra, de palavra a palavra escreve-se um texto na qual a sua ação mágica atinge a sinergia de cada ser. Esta possibilita sensações imaginárias que nos levam ao mais profundo mundo criativo da nossa vivência. Aproveito a palavra "vivência" para começar a minha crónica da visita às aldeias no dia 14 de maio de 2012.
A visita começou com um dia soalheiro e quente. Os 11 voluntariados exalavam alegria que foi transmitida de elemento a elemento e às nossas queridas senhoras. O almoço foi transformado em piquenique, no Parque de Merendas. Este fumegava um espetro de cores desde o vermelho, castanho, amarelo e verde que acompanhava com as diversas conversas que fluíam no ar. A temperatura à hora de almoço indicava que a tarde seria quente e nada de aventuras fora de casa. Após um cafezinho, o grupo separou-se pelas respetivas aldeias de Ansiães, Basseiros, Bustelo e Candemil. Eu e a Sandra Cardoso iniciamos a visita às nossas Senhoras, Tia Aurélia e Tia Alda de Candemil, com grande disposição e dedicação, principalmente a Sandra pois estava com receio de não encontrar a Tia Alda. Na última visita da Sandra, a Tia Alda estava à espera de uma resposta para ser encaminhado para um lar.
A primeira visita foi na casa da Tia Aurélia, estava muito bem disposta e à nossa espera. Durante a visita falamos sobre o S. Gonçalo de Amarante, desde a sua origem até à criação da sua crença, do padre da aldeia, da sua família e amigos. Depois desta conserva fomos dar um passeio pela Aldeia. Fiquei muito admirada com a força e vivacidade da Tia Aurélia! O passeio decorreu com um passo pequeno e firme onde aprendemos, principalmente eu, que os malmequeres tem a designação de "Bons dias" e os jarros "Copos de leite" e apanhamos alecrim e loureiro. :)! Denotei que a Tia Aurélia é uma pessoa muito querida na aldeia. O passeio acabou na casa da Tia Alda, entramos as três para fazer companhia e encontramo-la de pé e um pouco abatida. Estava bastante doente e tinha acabado de chegar da casa de uma prima, a qual a tinha ajudado a curar uma "valente" gripe. Falou um pouco da sua semana, das suas angústias e deambulamos pelas suas recordações e desejos. Despedimos de ambas e a Tia Aurélia, ainda ficou um pouco a fazer companhia à Tia Alda, sendo um apoio nas suas horas de solidão.
Após a visita, encontramos os restantes voluntários na aldeia de Bustelo para o lanche e partilharmos fatos e sensações que decorreram durante a visita deste sábado. Penso e, certamente a Sandra partilhará comigo, que a melhor sensação desta visita foi encontrar a Tia Alda. A todos os voluntários quero expressar o meu obrigado pelo à-vontade que me fizeram sentir nestas três últimas visitas. Uma excelente semana para cada um de vós!
Luísa Castro - Candemil