quinta-feira, maio 29, 2008

Ida à aldeias este sábado - 31 de Maio

Olá a todos os "Aldeões"!
Gostaria de relembrar que este fim de semana temos visitas.
Peço a todos que um esforço extra para estarem presentes, atendendo a que temos estado poucos e algumas pessoas já avisaram que não poderão ir.
A partida será às 10:30h junto à igreja N.ª S.ª de Fátima.
Confirmem, p.f., a presença/ausência nesta proxima ida comigo, pois o Rui não vai.
Obrigado. Beijinhos e abraços,
Jorge

segunda-feira, maio 26, 2008

Crónica de 24.05.08 (Boavista)

A ronda deste domingo estava muito desfalcada. Como alguém disse, asseguravam-se apenas os "serviços mínimos". Com a oração improvisada do Nuno sobre as leituras do dia, lá partimos, o Rui e eu, para a nossa noite. Começámos pela D.F. Estava sozinha. O Sr. V. tinha ido levar um sobrinho ao aeroporto, o P. tinha ido dormir à madrinha, e o V. estava do outro lado a dormir. Ela estava bastante zangada com ele pois, pelos vistos, ele andou a mentir sobre ela e até meteu policia ao barulho. Ela estava magoada, disse-nos que hoje ela e o P. iam falar com ele direito. Disse-nos também que o P. tinha tido uma trombose e que estava com a perna presa. Não sabemos exactamente porque, nem como se passou, mas a verdade é que as doenças naquela família são algumas. A D.F continuava com o pulso dorido, penso que deslocado, pediu-nos uma liga elástica porque, o que lhe deram não faz o efeito desejado.
É notório como o facto de estarmos menos, faz com que ela fale e se abra muito mais, deixando de lado aquele "falar alto e cheio de asneiras".
Assim, lá descemos a rua. Não encontrámos o Sr.Z. Fomos ao lar deixar o pão e seguimos p Sr. G. Aqui, não houve grande novidades. Mais ou menos a conversa de sempre, sobre mezinhas. Apenas nos disse, quando lhe perguntámos o que ainda fazia ali, com aquela chuva, "que estava à espera das pessoas que lhe faziam bem".
Continuamos para o viaduto. O Sr. Z. não estava, por isso fomos ter com o Sr.A. Não nos falou no futebol, confidenciou-nos o quanto bebia- que é mesmo muito!- e disse-nos tamém que não sabia bem o que lhe tinha dado para acabar neste tipo de vida.
Como já passava um bocadinho da meia-noite, fomos num instante ao trio.A D.G estava já na paragem, a tentar abrigar-se da enorme chuvada, juntamente com o M. O M. estava mesmo à nosa espera, para saber novidades do CAT. Quer muito entrar para a metadona, o que nos deixou muito contentes. Com ele, um amigo também, o V. que está na esma situação. Vão tentar ir na 4f, para começarem no máximo na próxima semana com o tratamento e poderem arranjar emprego de vez. O Sr. Ar. e Sr.Al. apareceram mais tarde. O Sr. Al. estava muito em baixo, disse que queria morrer, que não fazia nada aqui. Tentámos animá-lo, aconselhá-lo, fazer-lhe ver que, às vezes, a forma como age não é a melhor, e que deve insistir quando alguém falha, (Como por exemplo com a cáritas, ou Seg. Social). Apesar de não parecer ao longo da conversa, que nos desse qquer ouvidos, no fim lá nos agradeceu "esta meia hora de conversa".
Sem sacos, não passámos pela zona do Conv. e seguimos os dois, para a oração final, no Creu.

Boa semana a todos,
Ana

terça-feira, maio 20, 2008

Crónica de 18.05.08 (Boavista)

Cheguei atrasado ao arranque mas ainda não estávamos todos. Resolvemos rapidamente a nossa falta de sacos, e participamos na oração que o Nuno preparou, de onde saiu o TPC de parar um pouco esta semana para encontrar o que é realmente importante.
A solidariedade entre trajectos, e a minha mala do carro - que parece um armazém - ajudaram a preparar os onze sacos que levamos no carro do Sérgio.
A D.F estava tristonha por diversos motivos, os cobertores estavam todos molhados, o FC Porto tinha sido derrotado - provavelmente a principal razão - está mal da garganta e o Sr. V ainda não tinha chegado. Deu-nos uma óptima notícia, o filho já sabe quando será posto em liberdade, o que foi a melhor notícias da noite. Perguntou pelo pedido que fez à Ana, e se havia chá mas nós não conseguimos dar resposta. Talvez esta semana consiga arranjar a barraca. Tentamos animá-la.
Entregamos o pão em boas mãos, e falamos com Sr. G, que estava extremamente animado, tanto que saímos de lá mais alegres do que quando chegamos - ainda há quem diga que não há esperança, nem alegria nas pessoas que estão na rua! - vai cortar o cabelo para a semana e lá nos falou de sapos e bonecas o que não nos deixou muito à vontade....
O Sr. Z estava animado e contente, tinha dois autocarros "a seu cargo", com planos de expansão da "moradia", e venda de algumas sucatas. O Sr. A foi a pessoa que mais estranheza nos causou, pois estava a falar de coisas totalmente desconexas e foi difícil compreende-lo, até que ele voltou ao tema favorito, o Esférico, e muito escutamos sobre a taça UEFA e Champions.
As suas mãos lindas e sujas, fez-me pensar nas pessoas que visitamos, como por debaixo das roupas gastas, cabelos degrenhados, e sujidade se encontra uma pessoa com todo o seu valor à espera de ser revelado...
Começou a chover tanto que esperamos um pouco que ela abrandasse. Não vimos o JC.
Com tanta chuva, não encontramos o "trio amigo" no local do costume, o Sr. A estava à parte, ainda continua amuado. Os outros tinham companhia, que querem entrar num programa de desintoxicação, vamos tentar ajudá-los.
Para já ficou a conversa inicial habitual, vamos informar-nos - como é habitual - para depois eles darem o primeiro passo.
O Sr. Ar estava muito com os copos e a brincar imenso, e a arreliar o Sr.A, que estava ensopado.
Terminamos a ronda, partilhando as muitas emoções da noite, positivas (em maior número) e negativas.
Até para a semana,
Jorge

sexta-feira, maio 09, 2008

Crónica de 4.05.08 (Boavista)

Encontramo-nos para o arranque, o Pedro fez a introdução para mais uma noite ao encontro dos nossos amigos. Falamos das fichas de acompanhamento e de uma amiga que saiu da rua há um ano e que corre muito bem. É bom saber que ajudamos com um pouquinho nesse caminho.
Partimos o Rui, o Sérgio, a Beni e eu. Primeira paragem: D.F. Lá estava animada com o Sr. V deitado com a habitual conversa sobre o futebol e sobre os remédios com que uma vez ajudamos, mas que já não nos lembrávamos do nome... Seria Paracetamol?
Procuramos o S. R mas sem resultados, parece que vamos ter de esperar até o reencontrar numa ocasião furtuita para sabermos como anda, visto que a casa onde estava foi trancada com tudo o que tinha lá dentro... O que vale é que ele traz quase sempre um sorriso e aposto que anda por aí a dizer "Hola! como dissem os espanhóis!".
Fomos deixar o pão que sobrou dos nossos patrocínios a quem dele também precisa. Desta vez era bastante, pois o Aleixo ainda não voltou à "normalidade" para lá voltarmos, a polícia anda muito presente.
O S. G estava bem, contou-nos mais uma "mésinha" e da ausência de fronteiras entre este mundo e o outro. O Chá mais uma vez entornou-se dentro da mochila, está a tornar-se um hábito!
O nosso jornalista pregador estava bem, mas falamos mais com o S. A que estava mais alto do que nós, por momentos pareceu-me que estaria num mini-comício! Roubaram-lhe coisas... Tantas vezes me questiono, o que passa na cabeça de alguém para roubar roupa ou um cobertor a um Sem Abrigo? É absolutamente invendável, só mesmo quem rouba para si, ou por estupidez... Estivemos a correr com o nosso pescador, JC, estava a regressar ao "trabalho" e já com vontade de ir buscar mais uma dose.
Passamos pelos "3" e além de o S.A e a D. G estarem amuados um com o outro, com o S.At a brincar com toda a situação já um pouco embalado, contaram-nos que houve um fulano que cuspiu na D.G simplesmente porque ela é portista e o fulano não... Estes episódios de crueldade são algo que mexe comigo. Não foi uma noite preenchedora como noutras vezes.
Regressamos ao ponto de partida, e depois às nossas casas.
Até para a semana,
Jorge

PS - Ontem estive com o S. Z, ele anda bem, apesar dos habituais problemas nos seus poucos dentes, vai tentar estar connosco este domingo.