quarta-feira, novembro 30, 2005

potenciais patrocinadores

A pedido do Rodrigo publico uma lista de potenciais empresas patrocinadoras.

«A ideia é ver quem conhece pessoas nas empresas que estão mencionadas, porque isso facilita sempre o processo de pedido de "patrocínios".»

(mail do Rodrigo: rtgm@hotmail.com)

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Super e Hipermercados
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Nobre / Sicasal / Ramirez / Probar
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Lactogal / Parmalat / Nestle /
Danone / Nutrexpa / Serraleite
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Lactogal / Unicer / Parmalat /
Compal / Sumolis / Centralcer / FIMA
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Dan Cake / Triunfo /
Cuetara Portugal /
United Biscuits Portugal /
Vieira de Castro / Panrico / Nestle/
Ramazzoti / Ferbar /
Bolachas Paupério
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Nestle / Kellogg's / Imperial-RAR /
Cadbury Schwepps Portugal
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Tavi / Padaria Ribeiro /
Rainha da Foz / Paparoca da Foz /
outras padarias-confeitarias
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Galp / Repsol / Esso / BP /
Cepsa / Bombas de gasolina
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Nestle / Milupa
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Ambar / Porto Editora / Fnac /
Firmo / Papelaria Fernandes
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Empresas de construção civil /
Materiais para construção /
Cimenteiras
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joão bateira
(usando descaradamente a password do jorge mayer, até ao seu regresso)

quarta-feira, novembro 23, 2005

Crónica da ronda 20.11.2005 (Batalha)

Começámos com um desencontro no mercado da Sé; o sr. E. ainda tem lá as suas coisas mas está desaparecido desde 4ª feira (assim nos foi dito por uma moradora do bairro).

Em Alexandre Herculano a paragem é sempre animada e o tempo sabe a pouco: saímos em toque de retirada para chegar a boas horas ao Aleixo. A Miriam levou café, impecável.

O J. apaixonado pelas guitarras e contente em estar na rua; o M. já livre do seu inchaço facial. O J. e a C. embora alojados na pensão ao lado continuam a aparecer; ela começaria na 2ª feira a trabalhar como telefonista, esperemos que corra bem. O A. foi expulso do Porto Feliz por estar a fumar haxixe dentro do quarto e neste momento está desanimado... O F. dorme na mesma pensão do J., quarto pago pela Segurança Social há dois anos, tem deficiência motora no braço esquerdo, provavelmente alguma deficiência mental ainda que ligeira, e está bicho-de-buraco, sai muito pouco do quarto, nada faz.

Apareceu um Sr. T. a oferecer fruta aos sem-abrigo; viúvo, mora sozinho na Corticeira, desempregado mas a receber o fundo, escreve esporadicamente para o JN e muito castiço, ajuda sempre que pode, prometeu aparecer para conversar mais.

No siloauto estão o P. e o R. que já conhecemos das paragens em Júlio Dinis. Também no silo, mas bem mais escondidos, o N., o Z. e a D.. Na próxima ronda será preciso mais tempo para perceber a situação.

No final estivémos com o M., grato pelo saco porque estava ‘cheiinho de fome’ – começa a ser visível o desgaste físico da droga… que não quer largar.

terça-feira, novembro 22, 2005

Crónica da ronda 20.11.2005 (Areosa)

A nossa ronda partiu para a Areosa com grande expectativa, pois íamos fazer uma nova paragem, no "prédio" embargado de Fernão Magalhães. Connosco foram duas novas caras, a Maria Azevedo e o Nuno Fradinho. Não foi preciso arranjar mais sacos extra para a nova paragem pois a Joana (num esforço de angariação) propôs colaboração aos vizinhos e eles aderiram. Obrigado Joana.
O Sr. M. estava animado e tagarela como é habitual, apesar de ter ido ao Hospital no outro domingo. Contou-nos muito da sua história de vida. O Sr. J. continua a tentar sair para um quarto rapidamente, até porque o vizinho não é boa companhia...
Encontramos a I., que ficou contente por nos ver ("vocês são muitos!").
Fomos às traseiras do "prédio", com os quatro piscas e 3 buzinadelas seguidas apareceu na "varanda" o Sr. J., tal como combinado. Ouvimos alguns berros de comunicação no prédio e depois desceram 4 pessoas. O Sr. J. ficou com umas sapatilhas novas, com ele veio também o Sr. M. (brasileiro) e mais um casal, eles são no mínimo 7. Foi um bom primeiro contacto.
O Sr. D. estva dormitando e não quis saber do robe ("é feio."), falamos com um transeunte (Sr. R.) que procura ajuda para fazer uma segunda cura a frio, tentamos dar-lhe força e falamos-lhe no Porto Feliz.
O C. também estava a dormitar (foi uma passagem rápida), e mais abaixo (na "antiga trindade") estava o P., que veio para a rua na 2ª feira passada. Esperamos que a consulta no Magalhães Lemos traga melhores cenários.
Na Casa da Música (supermercado das alcatifas) só estava o Sr. J., desta vez mais falador, quer muito encontrar um quarto, vamos ajudá-lo nisso.
Terminamos no Aleixo, com o coração quente por uma noite em que aquecemos com conversas, comida e esperança os nossos amigos da rua.

domingo, novembro 20, 2005

Crónica da primeira ida à Aldeia - Candemil

Ontem deu-se o pontapé de saída neste novo projecto, partimos com alguns percalços iniciais (desculpa Joana por te ter esquecido e obrigado Benedita por teres voltado para trás). Eramos 17 e saímos em 4 carros.
Demoramos cerca de 70 minutos a lá chegar, às 11h tal como previsto iniciamos a nossa conversa com o P. Vilar. O P. Vilar tem a seu cargo a paróquia de Candemil, que tem 4 lugares (Bustelo, Várzea, Ansiães e Candemil), nos quais ministra as eucaristias numa base rotativa.
A catequese está toda organizada e existem grupos que preparam as missas, no entanto ainda não existem visitas aos domicílios.
Após nos dar mais algum conhecimentio da realidade de Candemil, e de trocarmos impressões, ideias e opiniões, almoçamos e convivemos em conjunto (alguns travaram logo conhecimento com a dona do café da aldeia).
Em seguida, depois de várias trocas de sala, juntamos ideias e noções, e concluímos que o melhor será combinar com os catequistas uma tarde com actividades para miúdos e graúdos, para nos darmos a conhecer. Quando tal ocorrerá será decidido na reunião que se terá no próximo fim de semana com os catequistas (pensou-se também em fazer uns panfletos para distribuir no final da missa).
Consideramos para o futuro dividirmos o grupo em dois, indo assim um grupo de 15 em quinze dias alternando.
Após mais uns momentos de convívio regressamos ao Porto, muitas ideias ficaram a flutuar e estamos desejosos de vê-las concretizadas no terreno. Teremos de começar devagar, com paciência, a entrosarmo-nos com esperança nos caminhos destes lugares...

sábado, novembro 19, 2005

1010-ORAÇÃO-0101

Marcamos o início e o remate da ronda aos sem abrigo com oração conjunta às 10.10 da noite em n.sra. de fátima e às 01.01 da manhã no aleixo.

quarta-feira, novembro 16, 2005

Primeira crónica de 13.11.2005 (Jorge)

Com uma ligeira chuva partimos do CREU directamente para a Areosa. O sr. M. estava um pouco adormecido, mas após o primeiro contacto mostrou-nos o seu sorriso e as suas habituais brincadeias connosco. Ele estava um pouco adoentado (disse que comeu algo estragado - na segunda telefonamos aos médicos do mundo para passarem por lá).
O sr. J. falou-nos de um quarto em casa de uma amiga, que pensa poder vir a ocupar e até já tem a chave da casa, mas não a do quarto... Encorajamo-lo, enquanto ele tomava um café oferecido pelo GAS Perafita. Na rua da Alegria paramos por um senhor (M) que vimos sentado numa entrada. Ele fez uma "cura a frio" com a ajuda de dois amigos que acreditaram nele, está sem consumir à semana e meia e quer ser reintegrado no Porto Feliz. Ouvimo-lo, demos-lhe uma camisola e tentamos enchê-lo de força para o futuro.
Em seguida no Sr. D. soubemos que, graças ao esforço de Angariação e de cração das redes pessoais de contactos, a Raquel talvez consiga abrir uma vaga num lar para o Sr. D.. Ele ficou contente de saber que lá haveria mais pessoas mas estava um pouco renitente quanto à localização (quem o conhece não estranha :). Veremos se conseguimos este pequeno milagre... ele tem estado um pouco atacado pelo frio, por isso deixamos-lhe um bom cobertor.
Paramos no C. e ele estava mais falador! Soubemos que está cá há 30 anos vindo de Angola e tem família por cá. Em seguida perto da Casa da Música falamos com o J. e com o M. que está à espera de uma cirurgia às varizes no Santo António (pessoal, a rede de contactos pode fazer milagres?)... Demos-lhes um pouco de calor e dois cobertores.
No Aleixo e no reencontro com todos soubemos que o Sr. V. (provavelmente o Sem Abrigo mais mediático da cidade) que estava na rua há imenso tempo, foi acolhido por um casal que o viu ali durante anos e que agora lhe dão comida e dormida.. O mundo tem anónimos fantásticos... Bem hajam eles.
Foi uma noite cheia de esperança :) Jorge Mayer

quinta-feira, novembro 10, 2005

Novidades do Projecto Aldeia

Já sabemos qual vai ser a aldeia, chama-se Candemil e fica no sopé da Serra do Marão (a uns 15 km de Amarante). Está já combinada, com o padre Vilar, uma reunião lá, no dia 19 de Novembro às 11h.

Proponho que nos encontremos à porta do CREU, no ida 19, às 9:20 (teremos de sair às 9:30).

Conto com as pessoas que se inscreveram e que se inscrevam até lá. Para já teremos de levar 3 carros (na própria manhã veremos no carro de quem é que vamos, o meu é uma hipótese, faltam mais 2...)

terça-feira, novembro 08, 2005

Primeira crónica de 06.11.2005 (Mafalda)

Depois de uma oração em frente à Igreja de Nossa Senhora de Fátima em que todos sentimos que partíamos juntos como grupo e com o mesmo objectivo para partes diferentes da cidade, partimos e entramos pela noite fria e cheia de descobertas.
Mal partimos, seguiram-se umas rápidas apresentações para sabermos os nomes e mais um bocadinho de cada um dos sete que íamos no jeep.
Fomos directos à rua de Santa Catarina onde esperávamos encontrar o Sr. F. e a Dna. E. (um casal muito querido que já conhecemos à muito tempo e que dormem agora numa casa abandonada sem luz nem água na rua de Sta. Catarina), o P. (um alemão já de meia idade) e "a" T. (travesti).
Antes de chegarmos a casa da Dna E. e Sr. F., reparámos que mais uma das lojas estava novamente ocupada depois de tanto tempo sem ninguém. Estavam lá coisas de 3 pessoas mas só um estava lá a dormir. Rapidamente acordou logo agitado e logo a dizer que não tinha medo de ninguém. Era o Sr. Z. que, voltou novamente à rua depois de quase 3 anos longe destas noites frias e incertas. Contou que a mulher dele tinha morrido à menos de três meses e que tinha perdido muita da vontade que tinha de viver assim como a casa onde morava com a mulher que não lhe pertencia… Estava muito triste e sem saber bem para que lado se podia virar porque a vontade era muito pouca. Quando dissemos que estávamos ali para o ajudar, comoveu-se rapidamente e disse que na fase da ida tão difícil em que esta, era tudo o que ele queria uma ajuda amiga que puxasse por ele, porque sabia mesmo que sozinho não conseguia. Tivemos com ele a tentar encontrar hipótese de ajuda e a deixar-lhe um bocadinho de esperança que o ajudasse a dormir melhor. Que bom que foi vermos na cara dele como a expressão foi mudando ao longo da conversa por se sentir acolhido! Claro que continuava com grande tristeza mas é mesmo bom ver a diferença que faz uma conversa e um bocado de atenção. Tivemos aí algum tempo ate que chegou um alemão que também estava lá a dormir… não estava muito bem-humorado porque lhe tinham remexido as coisas dele no território dele. Entretanto, parte do grupo tinha ido ter com a Dna. E. e o Sr. F. porque a Dna E. já tinha aparecido, "cheia de ciúmes" a dizer que estávamos a dar mais atenção ao Sr. Z. do que a ela!!!
Tivemos depois a conversar um bocadinho com a Dna. E., o Sr. F. e o Sr. M. (amigo dos dois). Estávamos todos contentes com a nossa visita e a Dna. E. disse que queria a fotografia de cada um para mostrar à mãe os amigos que tem. Principalmente a fotografia do Jorge, do Filipe e do Carlos… porque diz que um dia ainda quer namorar com um dos 3!!
A seguir falamos um bocado com "a T." (travesti) que mais uma vez nos teve a falar de todos os amigos especiais e imaginários que a acompanham todos os dias… falando connosco e com esses "seres" ao mesmo tempo. Um bocado estranho e bastante "esquizofrénico" mas ao menos sentimos que enquanto esta connosco, esta "realmente" acompanhada por um bocadinho!
Seguimos depois para o Aleixo onde encontramos o resto do grupo para um final "bem geladinho" mas com os corações um bocadinho mais cheios e com grande vontade de MAIS!

Mafalda Sarmento

sexta-feira, novembro 04, 2005

Ronda dos Sem Abrigo - Este domingo

Esta ronda já se faz à imenso tempo, mas para quem este ano começa, o arranque é este domingo (6/11) às 22h, em frente à igreja na rua Nossa Senhora de Fátima, e repetir-se-à todos os domingos. Espera-se que, desta vez, não acabe depois da meia-noite, mas é difícl estabelecer horários, afinal estamos a ajudar pessoas...
PS -Tragam os dois sacos.

Datas das reuniões e encontros

As reuniões são de 3 em 3 semanas, às quintas-feiras, às 21:30 no CREU.

Até ao Natal temos 24 de Novembro e 15 de Dezembro.

Não nos cansamos de salientar que estas duas próximas reuniões são fundamentais!
Os nossos esquemas de trabalho podem ser alterados dum momento para o outro por isso é fundamental vir - assinalamos presenças.

Além destas reuniões muitas das pessoas das rondas vêm à missa na igreja ao Domingo às 19h e/ou às terças-feiras na capelinha do CREU às 19:15 (é a missa dos animadores - com violas e mais partilhada). É uma boa oportunidade para encontrar pessoas do grupo.

Contactos

Morada:

FAS Rondas
Centro de Reflexão e Encontro Universitário - Inácio Loyola
Rua Oliveira Monteiro 562, 4050-440 Porto


Telefones:

Vanessa Pereira : 919153970
Secretaria do CREU: 226 061 410


E-mail:

fasrondas@gmail.com

A "receita" para os sacos

Os sacos de ternura, vulgarmente apelidados de sacos, apareceram quando alguém com um bom coração decidiu dar um pouco de ternura aos que vivam na rua. O saco inicialmente eram mais virado para bens que normalmente as pessoas da rua não encontram, como um chocolate ou um doce.

Os sacos podem ter tudo o que se decidir pôr lá dentro, diria até um pouco estilo ideia da Sopa da Pedra - se há pastéis, incluem-se pastéis, se há fruta inclui-se fruta...
Qualquer acréscimo é muito bem vindo e variações também. A única regra é que se mantenham no mínimo 4 ingredientes (não necessáriamente os seguintes).

Assim, temos optado pela seguinte receita de 4 elementos:
  1. Sumo (dos pequenos - dose individual - 20 cl)
  2. Pacote de Bolacha (Maria)
  3. Salsichas (latas de oito)
  4. Fruta (laranja ou banana)
Para ser mais barato alguns de nós temos comprado no LIDL ou PLUS. Oito sacos ficam em média entre os 8 e os 10 euros. Não se esqueçam de encontrar "patrocinadores" - angariação, angariação...

Tentamos não incluir bens perecíveis de forma a que não se estraguem se não forem consumidos logo.

Não esquecer que cada um deve trazer 2 sacos por semana ou 8 sacos por mês, a levar para a ronda.

NOTA: Antes do arranque ao completar os sacos devemos ter presentes as seguintes quantidades, colocar: 5 pães (de preferência diferentes), 2 bolos, 2 salgados e 2 compotas (quando estas existirem)

quinta-feira, novembro 03, 2005

Post Fundador

Que este blog seja a testemunha de pessoas que estendem a mão ao outro, que ele nos una e nos leve a partilhar a experiência que FASemos.