Neste manhã cinzenta de 24 de Março juntou-se novamente o grupo, desta vez para uma visita ao Porto Antigo – Porto Medieval. Um grupo curioso já que além de mim, do Manel., L., J.,P., e a B., juntou-se a nós o pequeno W., que dormia no seu carrinho de bebé todo-o-terreno.
A nossa viagem começou pelas ruas de S. Bento da Vitória, antiga Judiaria do Porto, que segundo as palavras do Manel, se criou no século XIV, onde o rei invocando motivos de segurança, mandou transferir os judeus,para os concentrar dentro de muros, no topo do Morro do Olival. No mesmo local, encontrava-se uma antiga Sinagoga, que deu lugar ao Mosteiro S. Bento da Vitória. Daqui, prosseguimos, sob a alçada dos olhares curiosos de todos, para um dos mais belos miradouros da cidade do Porto - o Miradouro da Vitória. O P. não deixou escapar a oportunidade, e como nosso fotógrafo de eleição, registou todos os ângulos possíveis da paisagem. Depois de cada um absorver um pouco do magnifico quadro, lá fomos nós pelas escadas (longas e infinitas) da Vitória.
Passamos pela Rua da Bolsa, e pela antiga e histórica Rua do Infante, que começou a ser aberta (mais uma vez pelas palavras sábias do Manel) no século XIV, (antiga Rua Nova), e levou cerca de cem anos a ser concluída. Como ligava a Rua dos Mercadores ao Convento de São Francisco, era um eixo de circulação paralelo à margem ribeirinha e zona de intenso comércio. No entretanto, apesar da viagem sobre vários percalços (o carrinho foi carregado, subiu, desceu, escadas acima e escadas abaixo) o pequeno W. dormia sossegado.
Finalmente chegamos ao eterno cais, confesso que o meu lugar preferido do Porto, e a julgar pelo olhar de quem nos acompanhava, não era o único, ou certamente se tornou o lugar preferido de alguém. Aqui estacionámos (finalmente) um pouco, e tornou-se fácil conversar, por a conversa em dia, ou conhecer um pouco mais de quem pouco se conhece.E finalmente o pequeno W. acordou!
De energias recarregadas, começamos a subida íngreme pelas antigas e históricas ruas, da Ribeira até à Sé, passando pela Rua escura. Chegando à Sé, enquanto alguns visitavam a catedral, o pequeno W., agora desperto, fazia as delícias de todos. Nada melhor do que uma criança para enternecer o coração de todos. Desta feita,fomos à procura da Igreja de Santa Clara (que numa visita anterior não nos foi possível visitar). E valeu bem a pena, pois é uma igreja do século XV, que no seu interior, tem uma das mais bonitas peças em arte de talha dourada que já vi. À saída não esquecemos a foto da praxe, com a igreja como pano defundo.
Terminada a visita, fizemos o percurso inverso (com atalhos pelo meio), com boa disposição, boa conversa, e na brincadeira com o desperto W.
E assim se passou esta manhã de sábado, mais uma visita, mais uma boa conversa que não se esquece. Ate já...
David
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