quarta-feira, abril 27, 2011

Crónica Imigrantes Março 2011

Centro Comunitário de São Cirilo, 15h30, a Valentina já lá estava, a Sónia chegou pouco depois. Este fim-de-semana adiantamos os relógios uma hora. Sol mas com ameaça de alguns chuviscos, nada que nos demova da nossa vontade de estar com as pessoas que se inscreveram para visitar a exposição de Darwin no Jardim Botânico.
Não faço parte da vertente, aceitei o desafio de acompanhar o grupo nesta primeira visita, apenas conheço os relatos dos contactos com os Imigrantes feito pelos meus pares.
Do grupo que nos irá acompanhar fazem parte quatro ucranianos e um guineense. Os primeiros já estão no país há algum tempo e falam um pouco de português, o último está cá por motivos de saúde do filho e dele próprio, mas sempre com um sorriso nos lábios embora não perceba quase nada da língua.
Questiono-me sobre quem são estas pessoas, com uma cultura diferente da nossa, língua, crenças, etc… como é estar num país que não é o nosso, numa comunidade que desconhecemos, numa família re-inventada. Este estar não é por opção, como quando viajamos em férias ou trabalho, ou vamos estudar para outro país, é uma obrigação, uma luta por mais dignidade e melhores condições de vida. É a esperança num amanhã melhor a quilómetros de casa, daqueles que lhes são mais queridos, de tudo aquilo que faz parte da nossa entidade enquanto seres enraizados num dado local.
Surpreende-me a abertura destas pessoas, que num domingo à tarde resolvem acompanhar um grupo de desconhecidos, para verem uma exposição.
Surpreende-me a capacidade de adaptação às dificuldades e a um modo de vida completamente diferente.
Surpreende-me a entrega e a partilha.
Surpreende-me a forma de comunicar e utilizar a linguagem não verbal, o sorriso. Nuns casos mais contido dado os hábitos culturais, noutros mais expansivo.
E, assim o olhar fala. Por gestos.
Percebo claramente que embora a linguagem verbal seja muito importante na nossa inter-acção com os outros seres humanos, há uma forma de comunicar invisível, que também se aprende, e que por vezes, não é devidamente utilizada, que é o AMOR.
No fim do dia, voltámos para casa ainda mais gratas por todos aqueles que nos rodeiam, e estão física e emocional muito perto, e por aquelas pessoas que num domingo à tarde, longe de casa, e dos seus, se entregaram e partilharam um pouco da sua vida naquela vista à exposição de Darwin.
Enquanto escrevo isto recordo toda aquela tarde, desde o percurso que fizemos, das pequenas conversas, e sobretudo os olhares de quem espera fazer parte e acredita num amanhã melhor!
Sara Gonçalves

quarta-feira, abril 20, 2011

Crónica Março 2011 FasFamilias

Muito Pouco

Todo o percurso, quase uma viagem, ainda sem porto de chegada, quase sem casa de partida, mas todo o percurso, até longo, por vezes penoso, mas todo o percurso portanto que partilhei com a R. pode ser descrito em poucas palavras. Destas, a mais fiel talvez seja precisamente essa: "pouco".

Foi muito "pouco" o meu papel na vida da R., foi quase insuficiente a minha presença para a tornar um bocadinho melhor, foi "pouco" o meu tempo, "pouca" a minha disponibilidade, "pouca" a minha iniciativa, "pouco" o meu cuidado e a minha assistência, "pouca", muito "pouca" até a minha capacidade para fornecer a tal cana que o voluntário tanto ouve falar, "pouca" afinal a minha diferença, se é que alguma na vida da R..

Agora sei no entanto que a dimensão da ajuda que prestamos, se "pouca", "muita" ou "assim-assim", não depende apenas de nós. Aprendi que "pouco tempo" se torna muitas vezes "essencial" apenas por se tornar "insubstituível" e que "pouca iniciativa" se torna muitas vezes "instrutiva" apenas por promover o "ser independente". Aprendi que "a tal cana" se encontra muitas vezes em sítios tão ocultos, impossíveis de alcançar, mas que é a viagem para a alcançarmos que se torna, tantas vezes "a nossa pesca". Aprendi, muito recentemente, que o "pouco" de que falo se pode tornar "enorme" apenas por ser "possível".

E que é apenas por ser possível, que estes "poucos" se tornam "tantos" na presença e com a ajuda sempre de quem ajudamos.

Por isso sei, agora, e tal como foi lido há algum tempo numa reunião mensal da vertente: "a caridade faz bem a quem a pratica mas nem sempre a quem precisa verdadeiramente de ser ajudado". Se para mim a experiência com a R. foi um "POUCO" de aprendizagem e de apreensão de consciência do mundo desumanizado que vivemos, espero que para a R. o "POUCO" que foi tenha sido pelo menos "POSSIVEL".

Inês Sá

quinta-feira, abril 14, 2011

Crónica FasFamilias Fevereiro 2011

"Ser voluntário, ajudar os outros é bem mais complicado do que alguns possam pensar: é necessário estar presente sem concordar e entender, é preciso apoiar mesmo quando sabemos que esse não será o melhor caminho. É assim a nossa história, uma história com voltas e reviravoltas constantes de idas e chegadas."

Recorrendo às palavras da Sofia e da Cecília, outas voluntárias, torna-se mais fácil transmitir aquilo que sentimos após um ano de partilha e compromisso. Apesar da vontade de Dar/Ajudar ser muita, nem sempre se torna suficiente para termos forças para semanalmente pôr mãos à obra… sobretudo em momentos que não encontramos nos adultos lá de casa a disposição de nos ter presentes ou o reconhecimento de que as crianças, e muitas vezes até mesmo eles, precisam de nós… dar o nosso tempo, carinho e amor para nós não é sacrificio, mas, por vezes, desilude-nos um pouco sentirmos que nem sempre somos bem-vindos…

Mas a verdade é que, embora a D.F. e a L. precisem também de ajuda, as principais razões para que todas as semanas nos desloquemos ao Viso são quatro: E. , P. , C. e N. Eles sim, fazem valer a pena o nosso esforço! Foi esse o objectivo a que nos propusemos e é esse que temos tentado cumprir, e quanto a isso não podíamos estar mais satisfeitos… apesar de a visita ser curta e o tempo passar a voar, ela é preenchida não apenas por lições e trabalhos, ou por conversas e obrigações, mas também por abraços, beijinhos e muita brincadeira .

Apesar de idades muito semelhantes, as quatro crianças são todas diferentes, o que para nós se revelou mais um desafio, descobrir e aprender a conviver com cada uma delas.

O E., é o mais novo e o mais agitado. Nas nossas primeiras visitas era o miudo que se demonstrava mais carente de atenção, tornando-se dificil trabalhar com ele, hoje em dia está mais calmo nas abordagens que nos faz. É um menino inteligente e extremamente doce, que com as nossas visitas tem demonstrado interesse gradual em aprender e brincar connosco.

A P. é das quatro crianças aquela que mais mostrou que a nossa ajuda se tem tornado importante. Recordamos a P. como uma criança com muitas dificuldades de aprendizagem, hoje temos uma P. capaz de lidar com essas dificuldades, reconhecendo as suas fraquezas e tentando ultrapassa-las, há mais vontade de trabalhar e mais esforço para se auto-corrigir.

O C., é o mais infantil no que diz respeito a comportamentos, isso talvez se deva ao facto desta criança ser a mais afectada pelo meio envolvente, é a que procura mais carinho da avó, tornando-o no menino mais mimado. Apresenta sérias dificuldades em exprimir-se oralmente e necessita de recorrer a terapia da fala para corrigir esse problema.

O N., o mais velho, é o menino a quem são atribuídas mais responsabilidades, sendo o menos acarinhado e sendo alvo de comentários menos apropriados por parte da D.F. e L.. Inicialmente ignorava a nossa presença nas visitas, talvez por ser mais timido, contudo, gradualmente aprendeu a conviver connosco, conseguindo fazer-se com que participe em tudo o que desenvolvemos.

As pequenas evoluções de cada um, e sobretudo, os laços criados com estas quatro crianças, são a força que temos e precisamos para ter vontade de continuar.

Nuno Rodrigues e Catarina Barbosa

segunda-feira, abril 04, 2011

Crónica da Ronda de Santa Catarina 20.03.2011

As rondas não são feitas de sacos, de roupas, de comida, de tempo. As rondas são feitas de pessoas. Daqueles que nos esperam debaixo de cobertores puídos de sonhos destruídos, de rosto sujo de indiferença, de olhar cabisbaixo e palavras contadas. De nós que os visitamos de sacos cheios de reservas e esperanças, pensamentos doces, lágrimas salgadas e o pão-nosso de cada dia. Começa por ser um domingo da semana, com pessoas que mal conhecemos e que nos recebem com apreensão. Com o frio e com a chuva, tornamo-nos pessoas movidas por uma obrigação. Com a rotina, e sem nos apercebermos, algo toma conta de nós. De uma forma subtil, que incomoda de tão íntima, tornamo-nos pessoas comprometidas com outras pessoas. Criamos relações. Já não há o meu eu do trabalho, o de casa, o dos amigos, o dos sem abrigo. Aquelas pessoas passam a fazer parte da nossa pessoa. Aquelas pessoas deixam de ser sem-abrigo. A sua casa é na minha preocupação, na minha vontade de saber como correu a semana, no chã que preparamos com cuidado antes de sair de casa, nos objectos que fazem falta, e nos esforçamos por encontrar em conjunto; nos telefonemas aflitos, na discussão de cada caso antes de entrarmos de novo na vida deles. Assim como eles entraram de rompante na nossa. Esta história é feita de compromissos. Comigo próprio, mas sobretudo com as pessoas que me acompanham. Com 4 pessoas de idades diferentes, trabalhos diferentes, gostos e ideias diferentes, mas algo em comum: este domingo, estas horas em que nos tornamos uma equipa com uma missão. Com uma relação. Podemos não ser amigos, como diz a Ana, nem ir jantar à casa do Rodrigo na Foz. Não arranjamos voluntários surfistas para Natália, e não sabemos conduzir como o Hugo, mas existe algo mais profundo que nos une: uma relação re-criada todos os domingos, entre nós…e os outrora sem-abrigo.

Vanessa Pereira

terça-feira, março 15, 2011

Crónica das Aldeias - 26.02.2011

Como é habitual, Sábado às 11h00 no ponto de encontro de sempre, perto do Creu, remamos às nossas Aldeias perto de Amarante.
Como o bom tempo ainda não chegou, partilhámos o nosso almoço na casa onde se celebra a catequese. Após alguns momentos de convívio, partimos para as visitas às nossas senhoras/senhores que, ansiosamente, aguardam a nossa boa disposição e predisposição para ouvir as suas histórias.
A minha aldeia é a de Basseiros.
Ao caminharmos para a 1ª visita encontramos a D. Celeste, que devido a problemas de saúde, estava a ir para o hospital, acompanhada pelos filhos. A D. Celeste normalmente recebe-nos com um grande sorriso e canta para nós, mas desta vez não aconteceu. Tenho a certeza de que, com a força que tem, irá recuperar rapidamente.
De seguida partimos em direcção ao quarto da D. Maria. Como o tempo ainda está frio, acaba por passar o dia na cama. Bem tentamos dar um passeio, mas…. no verão já vai ser diferente.
Ao olharmos em redor, pensamos … e se déssemos um "refresh" ao quarto será que a D. Maria iria gostar? Pintar e torná-lo mais acolhedor…uma vez que passa muito tempo no mesmo. A ideia agradou!!!
Por último, após uma subida acentuada, chegámos a casa da D. Dulce. Normalmente encontra-se deitada e a descansar por isso muitas vezes acabamos por falar com o marido, filha e neto. Mas tentámos e gostámos imenso porque, para além da alegria ao ver-nos, conversou imenso sobre "coisas da vida". Acho que tínhamos conversa para toda a tarde.
A D. Arminda (irmã da D. Dulce) não estava em casa e por esse motivo não tivemos a oportunidade de a visitar, mas sabemos que se encontra bem.
No final das visitas encontrámo-nos em Bustelo, como é habitual, para partilharmos entre todos a experiência, o que levamos e o que recebemos assim como agradecer este dia tão rico.

AM - Basseiros

segunda-feira, março 07, 2011

Crónica da Ronda da Batalha - 06.03.2010

Noite calorosa esta… Num Inverno rigoroso como tem sido este! Hoje vou fugir às habituais crónicas que costumamos fazer, pois alguns pensamentos têm tomado conta de mim. As caras novas que o nosso grupo tem… as ausências que me fazem falta (onde andas Pedro Pardinhas… e outras que com dificuldade conseguiria mencionar uma a uma).

Talvez também esta noite, pela "ausência" da maioria dos nossos amigos, aumentasse a minha capacidade de sonhar e acreditar num mundo melhor, mundo este em que cada um de nós tem uma quota-parte de responsabilidade. Quantas vezes pensamos nisto? Ou melhor, quantas vezes pensamos que "eu, não tenho responsabilidade sobre o que se passa lá fora"… Tenho a certeza que "este egoísmo" muitas vezes se apodera de nós e nos consome parte (mais ou menos) do nosso dia-a-dia. Tal como reflectimos hoje na oração conjunta (obrigada Maria pelo mote!), temos de dar mais valor à vida e até fazer alguns sacrifícios. Vamos todos os Domingos à noite dedicar parte do nosso tempo, mas não esqueçamos que podemos fazer sempre mais. E de coração, o maior exercício que podemos fazer é aprender a Viver e a valorizar a VIDA.

Ontem olhei para o M. e senti algo bastante estranho… Como sempre um pouco distante, mas incrivelmente olho para ele e mesmo nesses momentos só me vem à cabeça um sorriso que de vez em quando lhe sai por debaixo de um chapéu sujo, de um cabelo comprido loiro à noite e ruivo de dia.

Passemos a ver a Vida pelo lado positivo…

Mariana, espero que tenha sido uma boa experiência e que todos os dias possas recordar estes momentos e olhar para as ruas do Porto com um outro Olhar, uma outra Vida.

Boa semana para todos! Obrigada Amigos de Ronda por partilharem todos os momentos, obrigada a todo o Grupo sem excepção.

Sabina Martins

terça-feira, março 01, 2011

Crónica da Ronda de Santa Catarina 13.02.2011

"Muito cabe num saco"
A primeira vez que aqueles sacos eram preparados. Eram uns sacos. Poderiam estar até ligeiramente rotos. Gastos. Não, claro que não. Tinham de ser os melhores sacos com tudo o que era necessário.
Haverá lá saco onde caiba tudo? Muito pouco cabe em sacos.
Era pois a primeira vez que se punha o que se pode em sacos e se sai para o distribuir.
As apresentações são rapidamente feitas e - não sendo o surfista esperado - parecem contentes por ter mais uma pessoa disposta a colaborar e a pertencer ao grupo.
Mais sacos. Sacos com o que se pode e que pode ser útil e fazer uma curta companhia.
Seguimos caminho.
Discorrem as histórias acompanhando as ruas da cidade. As paragens estão marcadas por estes voluntários. De certa forma conhecem as marcas que as histórias deixaram nestas pessoas. São repetidas as histórias, algures já ouvidas. Uma fuga à violência, um copo a mais, uma doença grave demais, o trabalho que se acaba...
Depois aparece o Sr. A. É como eu. Como todos nós, claro. Mas como eu porque é a primeira vez. Está na rua há 8 dias. A empresa fechou, o patrão fugiu e não tem ninguém. Só pode contar com o mundo existente num vão de um prédio. E esse não é muito sorridente. Não sei bem que lhe diga porque não tenho, não existe solução imediata. Já fez 26km a pé para tentar encontrar alguém no escritório do patrão. Sem sucesso. Agora vai tentar a ajuda da Segurança Social.
Apoio-o, dentro do possível, mas que acontecerá se não conseguir nada? Onde estará na semana seguinte? Como estará na semana seguinte. Na cabeça desenha-se-me uma espiral.
Espero estar errado.
De uma forma ou de outra são abandonos sofridos. Apesar de tudo, os sorrisos existem e são verdadeiros. Este grupo faz bem e isso não cabe num saco.

Hugo Ribeiro

segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Crónica da Ronda da Areosa – 20.02.2011

Contratações de inverno!

Olá a todos! Como sabem, também o FAS precisou de novos voluntários para que possamos FASer mais e melhor por aqueles que acompanhamos e deixem-me dizer-vos que a época, este ano, foi muito generosa! Acho que podemos assegurar que estes novos "jogadores" são exactamente aquilo que precisávamos! Ainda bem que existem pessoas assim, com este espírito generoso e vontade de ajudar! É aquilo que se chama "um óptimo negócio" e tenho a certeza que estas contratações estão para ficar.
A ronda da Areosa teve a enorme alegria de receber 2 dos nossos reforços e, posso já afirmar sem margem de erro, mostraram bem a sua vontade de pertencer a esta "Equipa". Numa noite só são sempre muitos nomes, muitas histórias contadas, muitos pormenores que não se apreendem da noite para o dia mas tenho a certeza que vão lá chegar rapidinho! Vieram trazer um novo fôlego e ânimo à equipa já existente, que muito agradece!
É caso para dizer que somos o "clube" que melhor e mais lucra com transferências e contratações: tudo a custo zero mas com altos salários para os "jogadores", pagos em sorrisos, histórias de vida, tristezas, novos começos e laços…
Obrigada ao Gonçalo, ao José António e ao Hugo mas também ao José Luís e ao Pedro que ficaram na nossa lista de suplentes, com elevada probabilidade de integrar o plantel assim que tivermos mais vagas!

Maria Freitas

domingo, fevereiro 20, 2011

Crónica Familias - Janeiro 2011

Os meus heróis do voluntariado

F. é visita regular de muitos toxicodependentes. Há anos que palmilha, com os colegas, o Bairro de São João de Deus, que bem poderia chamar-se Bairro do Fim do Mundo, Bairro do Apocalipse ou, simplesmente, o Inferno.

A reportagem realizada em 2005 (mas tão actual e recentemente exibida numa formação) mostra-nos farrapos humanos que vivem na mais absoluta miséria e rodeados de imundice. Vivem em barracas com lixo por todos os lados. E com os traficantes de droga sempre por perto.

Picam-se várias vezes por dia, alimentando o vício maldito da heroína. Desesperados, amarram qualquer coisa ao braço (uma corda, um cinto...) em busca da "veia amiga", que ajude a rapidamente receber o imundo veneno que, há anos, os escraviza e os afastou da família, emprego e amigos. E os reduz a seres de quem fugimos, quando os vemos, por vezes.

Os técnicos/voluntários a tudo assistem com uma impressionante calma, procurando estabelecer pontes, passo a passo. Primeiro, com o fito de recolher as seringas e de as trocar por novas (e descartáveis), diminuindo os riscos de propagação de SIDA e Hepatites.

Depois, ganhando a pouco e pouco a confiança e, mais tarde, tentando tirar este ou aquele do "buraco" e o levar a uma consulta, a um internamento, quem sabe, a um tratamento com sucesso.

Se não é para qualquer um ver o documentário, muito menos é para qualquer um lidar com isto todos os dias, anos e anos a fio. Estar a conversar com os tais "farrapos humanos" a picar-se, com a seringa pendurada no braço é muito duro de se ver.

Foi um grande murro no estômago que levei. Pensarei duas ou três vezes antes de dizer que tenho problemas.

Estes técnicos/voluntários têm uma coragem, dedicação, paciência e fé verdadeiramente impressionantes. Por isso são os meus heróis do voluntariado!

Miguel Coelho

domingo, fevereiro 13, 2011

Crónica Familias Dezembro

Na reunião mensal de Dezembro tivemos a presença da Dr. Teresa, da V. N., quem teve a amabilidade de partilhar connosco um pouco da sua vasta experiência profissional de acompanhamento de pessoas e famílias carenciadas.

Não obstante o carácter voluntário do serviço que prestamos, pretendemos fazê-lo em moldes profissionais: com pleno comprometimento e dedicação, numa perspectiva de melhoria contínua. Acreditamos que só assim é possível promover a confiança e respeito das pessoas que visitamos e no limite, a melhoria do seu Bem-Estar.

A definição de objectivos e a delegação da responsabilidade na(s) pessoa(s) que acompanhamos, as quais tem que sofrer as consequências dos seus actos, foi apenas o mote para o inicio da conversa com a Dra. Teresa. O respeito mútuo entre voluntário e família foi enfatizado como premissa fundamental para o desenvolvimento deste tipo de relação.

A colocação de um "interesse desinteressado " nas nossas acções foi referida como essencial neste tipo de trabalho. Apesar do estreitamento das relações entre voluntário e família, que a frequência das visitas possa induzir, é indispensável um prudente afastamento afectivo, para evitar que o nosso bom desempenho, como voluntários, seja posto em causa.

O tempo foi curto para a riqueza das informações e dos conselhos de quem convive diariamente com pessoas em risco e reflecte sobre as suas dificuldade e possibilidades de superação.

Muito obrigada à Dra. Teresa, cujo sentido de missão nas funções profissionais que desempenha, nos comovem e inspiram. Obrigada por, dentro do amadorismo do voluntariado, nos ajudar a ter uma atitude cada vez mais profissional e a prestar um melhor serviço às pessoas que acompanhamos.

Ana

Crónica Familias Novembro

Mais uma quinta-feira de Novembro. O dia estava frio e já era noite.

Eu e a Sofia acertámos os passos e descemos a rua. Tínhamos ainda na cabeça muitas preocupações feitas de papel e a pressa de viver tudo ao correr da tinta.

Rapidamente chegámos. Batemos à porta e o sorriso da F. recuperou a nossa atenção. Olá, lindas. Entrámos. A sala estava muito limpa e arrumada. Por trás das cortinas azuis, a janela aberta era a continuação da rua. Passavam pessoas. Muitas. Algumas espreitavam. Da cozinha vinha um cheiro doce e quente, que se misturava com a atmosfera fria da sala. Eu não tenho frio, sou lá de cima. E não tinha.

Dividimos uma cadeira e começámos a falar.

Contámos a vida, os planos, o amor, o futuro. Tentámos ajudá-la a concretizar os projectos. Rimos e sonhámos. Falámos de perdas e desilusões também.

E o tempo passou a correr. E quando nos despedimos, já não era em trabalho que pensávamos...

saímos mais...

Foi mais um fim de tarde de Novembro. Mas naquela quinta-feira, entrámos duas mas saímos mais...

Maria João e Sofia

Crónica Familias Outubro

Ser voluntário, ajudar os outros é bem mais complicado do que alguns possam pensar: é necessário estar presente sem concordar e entender, é preciso apoiar mesmo quando sabemos que esse não será o melhor caminho. É assim a nossa história, uma história com voltas e reviravoltas constantes de idas e chegadas. Mas como um verdadeiro amigo, como uma mãe ou um pai acolhe o filho pródigo, também um voluntário tem de ter sempre o coração aberto para acolher os outros.

O senhor J.C. habituou-nos ao seu sorriso sempre aberto, a uma prontidão e vontade tais para resolver a sua vida que até para nós servia de exemplo, ao seu intersse e preocupação connosco: "mande-me um toque quando chegar a casa!" "Veja lá, não apanhe frio"! Mas um dia, num telefonema inesperado diz-nos "vou viver para outra cidade, vou viver com um antigo amor!". Ficámos com receio, achámos precipitado e até disparatado, tememos pela sua saúde e por uma nova desilusão na sua vida. Mas apoiámos, tentando perceber a situação, conversando com ele. Parecia mais feliz que nunca!

Foi-se embora. Passado poucos dias já estava a ligar dizendo que ia voltar, porque tudo tinha corrido mal. Nós ouvimos e apoiámos, tentando perceber como iria fazer para alugar novamente um quarto, oferecemos a nossa ajuda para tudo o que precisasse. Porém, passados uns dias o nosso amigo voltou a dizer-nos que afinal não regressaria ao Porto, que já estava tudo bem e que ficaria a viver com o seu amor antigo. Desta vez pensámos que a sua partida seria definitiva.

Passaram uns meses, com uns telefonemas difusos de vez em quando. Acreditámos que o Senhor J.C teria encontrado um rumo definitivo na sua vida, chegámos mesmo a sentir o sabor da "missão cumprida". No entanto, há uns dias ligou-nos, dizendo que já está no Porto, que a sua saúde piorou imenso, que terá de ser operado e que tudo não passou de um erro. E nós? Nós, cá estamos, de braços abertos, para apoiar aquele que se tornou um amigo, na incerteza constante, mas sem moralismos, sem opiniões, apenas dando um pouco do nosso tempo, atenção e amor a quem carece tanto deles…

Sofia e Cecília

Crónica Familias Setembro

O Inicio do ano (lectivo) tem sempre um sabor muito especial: recuperámos as forças e enchemo-nos de expectativas para o novo ano. Voltamos a acreditar que podemos mudar o mundo com mais força e muita criatividade. Mas tenhamos sempre presente que o mundo de cada pessoa só pode ser mudado pela própria, e que o voluntário só tem o privilégio de testemunhar e apoiar num processo de desenvolvimento pessoal (cheio de pequenos progressos e de inúmeros recuos). A possibilidade de caminhar ao lado e assistir a alguma melhoria no Bem-Estar das pessoas que acompanhamos é, provavelmente, das experiências mais recompensadoras que podemos viver.

O desafio do FasFamilias é muito simples: "Estar!", ou melhor ainda, "Estar para"… quem precisa…; quem não tem…; quem tem , mas não sabe utilizar …; quem não sabe sequer que tem…; e frequentemente, para quem se sente só …. . Em suma Estar para aqueles, cujo dia a dia é duro e difícil, por inúmeras e variadíssimas razões. Apesar do conceito "Estar" parecer envolver alguma inércia, O "Estar para" que os voluntários das famílias vivenciam, pressupõem uma atitude atenta e verdadeiramente empenhada no desenvolvimento integral das Famílias que acompanham. O desafio está lançado! Será que podemos contar contigo?

Ana

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

De mãos dadas com o voluntariado

Foi-me pedido recentemente que partilhasse um pouco do que faço no grupo, o que recebo, o que dou, a quem dou... e acima de tudo com quem o faço, faço-o com todos os que têm ideais de ajudar o próximo, esta foi uma forma de divulgar o nosso grupo, e por isso dei o meu testemunho.
desta forma o FASRondas também faz parte do ADN FEUP.

No mundo de Diogo Costa há tempo reservado para ajudar o próximo. Em Setembro de 2007, o estudante do 3º ano do Mestrado Integrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores da FEUP decidiu ingressar no grupo FASRondas - (Famílias, Aldeias e Sem-abrigo). O grupo de jovens voluntários do Porto desenvolve trabalhos de acção social junto dos mais carenciados. O FASRondas foi fundado em 2003 por um pequeno núcleo de voluntários, tendo vindo a crescer desde então, contando actualmente com cerca de 80 membros. Diogo Costa faz parte da vertente "Aldeias", que presta apoio a terras próximas da serra do Marão, como Candemil, Ansiães, Basseiros e Bustelo. Pelo menos uma vez por mês, está com pessoas que "só precisam de facto de alguma companhia, de nada mais".

O aluno da FEUP partilhou um pouco da sua experiência no grupo FASRondas com o ADN FEUP (ver mais)

Diogo Costa

segunda-feira, janeiro 31, 2011

Crónica dos Séniores . Dezembro 2010

Olá a todos,
Venho dar-vos notícias de uma iniciativa que promovemos no último mês de Dezembro, por altura do Natal, para os idosos que visitamos no Centro de dia Bom Pastor. Propusemos aos responsáveis da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) deste Centro se estariam dispostos a colaborar connosco na promoção de uma missa de Natal destinada a estes idosos e a celebrar na capela do CREU.
Felizmente, esta ideia foi muito bem acolhida por todos, pessoal da CVP, utentes e os voluntários da vertente. Contámos também com a colaboração do P. Vasco P. Magalhães que logo se disponibilizou para a sua celebração. É de salientar que sem a boa vontade e logística disponibilizada por todos estes responsáveis da CVP, que transportaram e acompanharam carinhosamente os nossos queridos idosos em carrinhas e disponibilizaram cadeiras de rodas, nada disto seria possível.
Assim no dia 23 de Dezembro, mesmo na véspera do Natal, pelas 15:30h e apesar do muito frio que se fazia sentir, foi com grande alegria e alguma emoção que nos juntámos todos; os voluntários da vertente, idosos, pessoal da CVP e o Pde. Vasco P Magalhaes, na bonita e acolhedora capela do Creu, para esta celebração tão cheia de sentido. Durante a missa foram entoados vários cânticos de Natal que foram acompanhados por todos. O Pde Vasco, por sua vez, acolheu estes idosos com especial carinho e alegria e encheu-nos o coração numa bonita homilia que recordou o tempo de Natal que atravessávamos tendo proferidos palavras de esperança para todos o que lhes provocou alguma comoção. Alguns intervieram mesmo num ou noutro momento da missa agradecendo o facto de estarem ali presentes e falando de si.
Os Idosos ficaram muito felizes com esta celebração tão própria do Natal e também porque a maioria há muito tempo que não tinha oportunidade de se deslocar a uma igreja para ir à missa.
No fim despedimo-nos todos, desejando-nos mutuamente um Feliz e Santo Natal com a vontade e intenção de para o ano repetir esta iniciativa. Como recordação deste momento, entregamos ainda a todo um pequeno postal de Natal, com a data da celebração, o nome da Igreja e do Pde. Vasco, com a seguinte expressão: " QUE O NATAL DE JESUS SEJA PARA TI UM GRANDE ABRAÇO DE DEUS". O pessoal da CVP estava também muito feliz por se ter associado e contribuído para este momento. Para nós foi sem dúvida um belo presente de Natal.

Fátima Pinto

quarta-feira, janeiro 26, 2011

Crónica das Aldeias - 22.01.2011

Mais um Sábado com um sol radioso, muito vento e frio, mas boa disposição para mais uma visita.

Como de costume, encontramo-nos às 11h perto do Fas (CREU) e partimos para a nossa visita.

Devido ao vento não pudemos almoçar perto da igreja, mas tivemos na mesma um almoço repleto de iguarias, mas abrigados desse vento. Tomamos café em separado, pois não apetecia tomar no café do costume... mas olhem que o café do filho da D. Maria tem um café bom e o ambiente não tem comparação! :-)

Hoje começamos a nossa visita na casa da D. Maria. Como sempre estava à porta (muito bem agasalhada e muito bonita), a ver quem passa. As nossas conversas com ela e a nora a D. Palmira são sempre muito bem dispostas.

Deixamos a D. Maria e fomos visitar o Sr. Aurélio e a D. Emilia. O Sr. Aurélio tem Leucemia há 6 anos e em Dezembro foi-lhe diagnosticado anemia em último grau e desde essa altura já recebeu 6 transfusões de sangue. Não o pudemos ver, pois ele estava a descansar e tem-se sentido um pouco desmotivado. Falamos com a D. Emilia que está um pouco constipada e notou-se que estava triste com a situação do marido.

Fomos de seguida para a casa da D. Fernanda, que se encontrava à lareira e claro aproveitamos para nos aquecer um bocadinho. Falamos com a D. Fernanda sobre o Natal e a passagem de ano. Ela passou a quadra de festas nas filhas e na passagem de ano deitou-se às 4 da manhã (eu só consegui ficar acordada até às 3h, o ar do campo faz mesmo bem :-) )

A D. celeste foi a última senhora a visitar. Estava na sua cozinha com o fogão aceso para aquecer a casa. falou-nos do filho mais novo que é o menino dos olhos dela. Infelizmente não ficamos muito tempo com a D. Celeste, pois atrasamo-nos um pouco e já nos estavam a avisar que era para ir embora.

E assim passamos mais um Sábado em agradável companhia!
Mónica - Bustelo

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Crónica dos Imigrantes Novembro 2010

Crónica dos Imigrantes (2º Dia de visita)

"Creio que foi o sorriso, o sorriso foi quem abriu a porta. Era um sorriso com muita luz lá dentro."
Eugénio de Andrade


Foi o nosso segundo dia em visita a S. Cirilo, e se pensávamos que estavam lá todos à nossa espera, enganámo-nos.
Ficamos para lá, à espera que aparecesse mais alguém.
E pensava:" O que vim cá fazer? Estarei a dar o melhor de mim para o que me propus?"
Na UHSA era muito mais fácil, ficavam contentes por nos receber. Aqui, estava qualquer coisa a não funcionar.
Cheguei a casa desanimada. Só estavam duas pessoas.

E fiquei a matutar…
"Creio que foi o sorriso, o sorriso foi quem abriu a porta. Era um sorriso com muita luz lá dentro."

Valentina

Crónica Imigrantes Outubro 2010

Novo ano… Nova casa… Vida nova…
Esta semana o FAS Imigrantes começou uma nova etapa da sua existência.
Agora no Centro Comunitário de S. Cirilo, o nosso grupo enfrenta novos desafios. Num espaço novo abrem-se (literalmente) portas a novas experiências, a diferentes perspectivas, a mais largos horizontes.
Com um campo de acção mais extenso, somos chamados a transformar em acções a nossa criatividade, em fazer brotar frutos do nosso entusiasmo… Mais do que ser "o necessário", somos agora incitados a criar "necessidade" daquilo que temos para oferecer. Agora sem grades a travar-nos o caminho, temos pela frente um longo caminho de compreensão, acompanhamento e desenvolvimento.
Chegados a um novo espaço, mais amplo e mais individualizado, o primeiro desafio não tardou a dar sinal de sua graça: como chegar até aos utentes de uma instituição onde já se sentem acolhidos? Como fazê-los sentir que podemos ser uma mais valia nas suas tardes de Domingo?
O primeiro passo é, precisamente, conhecê-los. Perceber o que os move, o que lhes interessa, no fundo, quem são e o que suscitará neles vontade de o partilhar connosco.
Assim, começamos por uma incursão – o mais silenciosa possível – ao mundo dos inquilinos mais "fresquinhos" da instituição. Foi um momento de ternura sem par aquele de que desfrutámos junto da recém-nascida mais doce, dos gémeos mais expressivos e do adormecido mais belo da história do FAS Imigrantes! E claro, as conversas entre as mamãs babadas e as "nossas" mães não tardaram…
No nosso caminho de exploração, descobrimos também um académico guineense com muito para ensinar, um jovem brasileiro que não sabe sambar mas que, pela sua experiência de vida, poderá ser um elo precioso no que à dinamização de actividades grupais diz respeito, e um simpático trio de ucranianos que tudo dizem saber sobre Portugal e muito nos têm a ensinar sobre a "sua" ex – União Soviética.
Um lanche conjunto e uma foto de grupo foram o culminar da nossa primeira incursão à "nossa nova casa", na qual temos que agradecer ao nosso "guia" e seu prestável filhote pela amabilidade e disposição.
O primeiro passo está dado. Agora que percebemos melhor aquilo que podemos esperar e aquilo que podem esperar de nós, é tempo de adaptar estratégias e passar à segunda fase da acção. Conhecidos os contextos e anotados os dados essenciais, é preciso começar a trilhar o caminho… Com passos nunca antes dados, por sendas ainda não calcorreadas… Por muito desfocado que pareça ainda o horizonte, é daqui que partimos… Valerá a pena?!... "Tudo vale a pena se alma não é pequena!"… Só é preciso que a ALMA esteja lá, disposta a tudo, sem medos…
Novos desenvolvimentos nos próximos episódios…=)

Sessão de Esclarecimento

O FASRondas realizará uma sessão de esclarecimento para novos voluntários no dia 27 de Janeiro, às 21h15 no CREU, localizado na Rua Oliveira Monteiro, 562, Porto.

Convidamos todos os(as) interessados (as) a estarem presentes.

Mais informamos, que os(as) interessados(as) em integrar o grupo têm agora aos dispôr um Formulário Online, para preencherem os seus Dados de Inscrição no FASRondas, este Formulário está disponível no menu do lado direito do Blog, no separador Novo Voluntário.

O FASRondas precisa das tuas mãos!

O FASRondas precisa das tuas mãos!

A sessão de esclarecimento será no dia 27 de Janeiro no CREU, pelas 21h15.

Olá!
Queres dedicar dois minutos do teu tempo e ganhar algo com a visualização deste vídeo:

Experimenta:

from youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=wt75B6PsLgM

O FASRondas é um grupo de voluntariado social, que actua em cinco vertentes diferentes Famílias, Aldeias, Sem Abrigo, Imigrantes e Séniores.

Neste momento estamos a precisar de pessoas que tenham vontade de ajudar, dar um pouco de si e cuidar do outro. Todos juntos poderemos fazer mais e melhor e contribuir para uma cidade mais solidária e fraterna.

Se te identificas com esta missão junta-te ao nosso grupo!

Precisamos de:

Vertente Aldeias
6 Vagas
Nesta vertente efectuámos visitas a 4 aldeias de Amarante, com uma população idosa maioritariamente feminina, que nos recebe com um grande sorriso, e apenas precisamos de tempo para estar e ouvir. Estas visitas marcam a diferença na vida de todas as pessoas que acompanhámos. São criados laços de amizade, onde está presente a partilha e com o intuito de tornar a solidão menos notória.


Vertente Sem Abrigo
3 vagas (elementos sexo masculino)
Na vertente temos cinco trajectos diferentes, cada um deles composto por cinco elementos.
Aos nossos amigos da rua levamos carinho, amizade, vontade de estar e ouvir!


Vertente Séniores
4 Vagas
Nesta vertente dinamizam-se actividades de animação para as pessoas que frequentam o Centro de Dia do Bairro do Bom Pastor da Cruz Vermelha (CDBBPCV). O objectivo é a realização de diferentes actividades com as pessoas de forma a trazer um pouco de animação ao seu dia.
Aos nossos idosos levamos carinho, animação, companhia, ginástica e muita alegria para que os seus dias sejam mais solarengos!


Podes enviar um e-mail para fasrondas@gmail.com, no caso de estares interessado(a) especificamente nestas vertentes, ou em qualquer uma das outras, até ao dia 26 de Janeiro.

A sessão de esclarecimento será no dia 27 de Janeiro no CREU, pelas 21h15.

Esperamos por ti!

Um abraço.

FASRondas