Novo ano… Nova casa… Vida nova…
Esta semana o FAS Imigrantes começou uma nova etapa da sua existência.
Agora no Centro Comunitário de S. Cirilo, o nosso grupo enfrenta novos desafios. Num espaço novo abrem-se (literalmente) portas a novas experiências, a diferentes perspectivas, a mais largos horizontes.
Com um campo de acção mais extenso, somos chamados a transformar em acções a nossa criatividade, em fazer brotar frutos do nosso entusiasmo… Mais do que ser "o necessário", somos agora incitados a criar "necessidade" daquilo que temos para oferecer. Agora sem grades a travar-nos o caminho, temos pela frente um longo caminho de compreensão, acompanhamento e desenvolvimento.
Chegados a um novo espaço, mais amplo e mais individualizado, o primeiro desafio não tardou a dar sinal de sua graça: como chegar até aos utentes de uma instituição onde já se sentem acolhidos? Como fazê-los sentir que podemos ser uma mais valia nas suas tardes de Domingo?
O primeiro passo é, precisamente, conhecê-los. Perceber o que os move, o que lhes interessa, no fundo, quem são e o que suscitará neles vontade de o partilhar connosco.
Assim, começamos por uma incursão – o mais silenciosa possível – ao mundo dos inquilinos mais "fresquinhos" da instituição. Foi um momento de ternura sem par aquele de que desfrutámos junto da recém-nascida mais doce, dos gémeos mais expressivos e do adormecido mais belo da história do FAS Imigrantes! E claro, as conversas entre as mamãs babadas e as "nossas" mães não tardaram…
No nosso caminho de exploração, descobrimos também um académico guineense com muito para ensinar, um jovem brasileiro que não sabe sambar mas que, pela sua experiência de vida, poderá ser um elo precioso no que à dinamização de actividades grupais diz respeito, e um simpático trio de ucranianos que tudo dizem saber sobre Portugal e muito nos têm a ensinar sobre a "sua" ex – União Soviética.
Um lanche conjunto e uma foto de grupo foram o culminar da nossa primeira incursão à "nossa nova casa", na qual temos que agradecer ao nosso "guia" e seu prestável filhote pela amabilidade e disposição.
O primeiro passo está dado. Agora que percebemos melhor aquilo que podemos esperar e aquilo que podem esperar de nós, é tempo de adaptar estratégias e passar à segunda fase da acção. Conhecidos os contextos e anotados os dados essenciais, é preciso começar a trilhar o caminho… Com passos nunca antes dados, por sendas ainda não calcorreadas… Por muito desfocado que pareça ainda o horizonte, é daqui que partimos… Valerá a pena?!... "Tudo vale a pena se alma não é pequena!"… Só é preciso que a ALMA esteja lá, disposta a tudo, sem medos…
Novos desenvolvimentos nos próximos episódios…=)
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