Janeiras 08/01/2011
As Janeiras no Marão….
Como já vem sendo costume, o primeiro fim-de-semana do ano é tempo de os voluntários do FAS Aldeias se juntarem, "afinarem" as suas gargantas e espalharem alegria pelos seus visitados, cantando as janeiras. Este ano, contando também com a companhia da nossa amiga chuva, (suponho que ela veio porque a Sara não estava, já que ela me dizia que nunca chove quando vamos às aldeias). Para realizar esta aventura contámos, além das vozes de todos, com a destreza poética e musical da Carminda (que fez a letra da música), com a sua guitarra e com a minha também, de companhia. Considero mesmo que foi uma aventura, pois cantar as janeiras sob a chuva, de casa a casa, é de ensopar. A parte boa é que ficámos ensopados em dois sentidos: de água e de amor. Ao darmos de nós o talento que cada um tem, e porque quem canta, como diz a Carminda, deve por na voz o seu sentimento, senti que recebemos das pessoas mais do dobro daquilo que lhes demos. Mais importante do que as pequenas lembranças que insistiam em nos dar, eram muito mais valiosos aqueles sorrisos puros, como a terra que trabalham. Lembro-me especialmente de uma pessoa da minha aldeia, a dona Aldina. A outra senhora, a dona Ondina, não estava em casa. A dona Aldina, que ficou com um sorriso de orelha a orelha, contente por lhe enchermos as casa, maravilhada com as nossas vozes e guitarras. Esta senhora é doce como o mel que nos serve com o chá, que geralmente nos oferece enquanto conversamos. Não houve tempo para fazermos a partilha no final, como habitualmente, mas aqui fica aquilo que para mim, se torna gratificante quando se canta as janeiras no Marão, à chuva, com alegria e com espírito FAS Rondas.
"Neste mês de Janeiro felizes estamos aqui no nosso Marão,
Pra vós a cantar!
E, para o mundo inteiro nós desejamos de todo o coração:
PS.: A partir desta visita para além da Cláudia e da Sara, deixa-nos também temporariamente o Adriano. Boa sorte para a sua jornada!
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