Nesta ida à "aldeia" apanhámos o dia da inauguração da casa mortuária. A importância do evento encheu as pequenas ruas de Candemil de carros, o próprio café da associação estava reservado aos convidados que quisessem rematar a comida com um café, pelo que o almoço, o nosso, se impunha breve.
Após caminhada com passagem pelo outro café seguimos para as visitas. O Tiago e a Sara foram para Ansiães, a São e o António para Bustelo, eu, a Mónica e o Pedro ficámos em Candemil. Ainda em Candemil dividimo-nos e o Pedro acabou por fazer algumas visitas sozinho enquanto nós visitámos a Dona Cândida e a Dona Alda - é delas, então que vos falo.
Desta vez a gripe da Dona Alda não proporcionou grande conversa. E só a muito custo deixou que lhe aquecêssemos a água da botija e do saco de água quente. Retribui-nos os presentes de natal com uma surpresa cheia de carinho. E lá ficou, embrulhada em cobertores na sua aparente resignação ao estado febril, devolvendo sorrisos que trazemos e que nos fazem voltar sempre.
A Dona Cândida já tinha a perna mais curada, "graças ao anjo" do seu irmão. Por isso estava mais dinâmica, tanto que nos preparou um chá e biscoitos (entretanto uma sobrinha sua chegou da inauguração com bolo e bola de carne) e juntou-se connosco à mesa a lanchar vigorosamente! É impressionante a gratidão de alguém que só visitamos de 2 em 2 semanas. Contemos aquilo que só os outros nos mostram que existe. Tentamos mostrar também o que neles existe e que não vêem.
A restante ronda decorria e acabava com normalidade, juntámo-nos num encontro rápido porque o frio nos expulsava do Marão. Partimos sempre na dúvida de nos acharmos plenos: por dar ou por receber?
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