Nesta ida à "aldeia" apanhámos o dia da inauguração da casa mortuária. A importância do evento encheu as pequenas ruas de Candemil de carros, o próprio café da associação estava reservado aos convidados que quisessem rematar a comida com um café, pelo que o almoço, o nosso, se impunha breve.
Após caminhada com passagem pelo outro café seguimos para as visitas. O Tiago e a Sara foram para Ansiães, a São e o António para Bustelo, eu, a Mónica e o Pedro ficámos em Candemil. Ainda em Candemil dividimo-nos e o Pedro acabou por fazer algumas visitas sozinho enquanto nós visitámos a Dona Cândida e a Dona Alda - é delas, então que vos falo.
Desta vez a gripe da Dona Alda não proporcionou grande conversa. E só a muito custo deixou que lhe aquecêssemos a água da botija e do saco de água quente. Retribui-nos os presentes de natal com uma surpresa cheia de carinho. E lá ficou, embrulhada em cobertores na sua aparente resignação ao estado febril, devolvendo sorrisos que trazemos e que nos fazem voltar sempre.
A Dona Cândida já tinha a perna mais curada, "graças ao anjo" do seu irmão. Por isso estava mais dinâmica, tanto que nos preparou um chá e biscoitos (entretanto uma sobrinha sua chegou da inauguração com bolo e bola de carne) e juntou-se connosco à mesa a lanchar vigorosamente! É impressionante a gratidão de alguém que só visitamos de 2 em 2 semanas. Contemos aquilo que só os outros nos mostram que existe. Tentamos mostrar também o que neles existe e que não vêem.
A restante ronda decorria e acabava com normalidade, juntámo-nos num encontro rápido porque o frio nos expulsava do Marão. Partimos sempre na dúvida de nos acharmos plenos: por dar ou por receber?
Famílias, Aldeias e Sem Abrigo estas são as nossas áreas de acção. Um grupo de jovens do Porto, que no CREU têm uma casa, lançam mãos aos desafios que lhes surgem.
quarta-feira, janeiro 31, 2007
terça-feira, janeiro 30, 2007
Adiamento da formação em oncologia!
Como no CREU vai haver um debate sobre o referendo ao aborto, a formação em Oncologia foi adiada por uma semana. Passa assim para o dia 8 de Fevereiro (5ª feira) na mesma às 21:30.
quinta-feira, janeiro 25, 2007
Aldeia
Olá aldeãos,
era só para lembrar aos que se comprometeram a ir este Sábado (dia 27) que vamos sair às 11h. Levem comida para o almoço partilhado! E não se atrasem!...
Abraço!
era só para lembrar aos que se comprometeram a ir este Sábado (dia 27) que vamos sair às 11h. Levem comida para o almoço partilhado! E não se atrasem!...
Abraço!
Crónica da ronda de 21/01/2007 (Boavista)
A ronda começou com a oração que já é costume.
Partimos para a primeira paragem, no Lima 5 onde não encontramos a D. F., seguimos, então, para o Bom Sucesso, mas pelo caminho encontramos o SR. Z. Está mais uma vez a dormir nos mulibancos, o dinheiro não estica e ainda por cima roubaram-lhe os documentos todos. Lá combinamos com ele que iriamos tratar de soluccionar o seu problema e que iriamos com ele tirar os documentos.
Já no Bom Sucesso, começamos por encontrar a Margarida, que apressadamente pegou no saco e partiu para o seu "trabalho", disse-mos-lhe que da próxima vez tinhamos de conversar, que não era só pegar no saco e seguir viagem, ao que nos respondeu "entao vamos conversar do nada!".
Fomos á procura do P. e da P. na esperança de termos novidades da ida ao CAT de Matosinhos. Encontramo-los encharcados da chuva, a P. estava de chinelos encharcados, metia dó.O P. e a P não foram na segunda-feira passada porque no Domingo à noite a polícia tinha-os para Gondomar e eles só regressaram às 6h da manhã, além disso não tinham dinheiro para o metro. Falaram-nos da vontade de quererem ir na mesma ao CAT mas que não tinham ainda conseguido ir porque não tinham dinheiro para o metro. Depois de lhes explicar-mos que a ida ao CAT era crucial para a recuperação das filhas, que tinham a possibilidade de uma recuperação conjunta e que tinham o nosso apoio, pediram-nos mais uma vez ajuda. Combinamos com eles um ponto de encontro e fomos comprar os bilhetes de metro.
Depois dos bilhetes comprados passamos no sitio do costume do Sr.A. Apesar da chuva a sua boa disposição era contagiante, estava todo bem disposto a ouvir musica com o rádio que lhe demos. Depois de uma boa conversa que já é habitual com o sr. A., fomos à procura do carro onde o P.e a P. dormem e onde tinhamos combinado de entregar os bilhetes de metro.
Lá os encontramos, entrega-mos os bilhates e lá lhes demos mais uma vez força para irem ao CAT, onde tinham pessoas à espera deles para os ajudarem.
A ronda acabou no CREU com a partilha final, à ida para casa a Joana e o Rui voltarama a passar no Lima 5 onde encontraram a D. F. Tinha ido beber um galão por isso não a tinhamos encontrado. O Rui entregou-lhe finalmente as letras das músicas das Janeiras, conforme prometido.
Benedita Salinas
Partimos para a primeira paragem, no Lima 5 onde não encontramos a D. F., seguimos, então, para o Bom Sucesso, mas pelo caminho encontramos o SR. Z. Está mais uma vez a dormir nos mulibancos, o dinheiro não estica e ainda por cima roubaram-lhe os documentos todos. Lá combinamos com ele que iriamos tratar de soluccionar o seu problema e que iriamos com ele tirar os documentos.
Já no Bom Sucesso, começamos por encontrar a Margarida, que apressadamente pegou no saco e partiu para o seu "trabalho", disse-mos-lhe que da próxima vez tinhamos de conversar, que não era só pegar no saco e seguir viagem, ao que nos respondeu "entao vamos conversar do nada!".
Fomos á procura do P. e da P. na esperança de termos novidades da ida ao CAT de Matosinhos. Encontramo-los encharcados da chuva, a P. estava de chinelos encharcados, metia dó.O P. e a P não foram na segunda-feira passada porque no Domingo à noite a polícia tinha-os para Gondomar e eles só regressaram às 6h da manhã, além disso não tinham dinheiro para o metro. Falaram-nos da vontade de quererem ir na mesma ao CAT mas que não tinham ainda conseguido ir porque não tinham dinheiro para o metro. Depois de lhes explicar-mos que a ida ao CAT era crucial para a recuperação das filhas, que tinham a possibilidade de uma recuperação conjunta e que tinham o nosso apoio, pediram-nos mais uma vez ajuda. Combinamos com eles um ponto de encontro e fomos comprar os bilhetes de metro.
Depois dos bilhetes comprados passamos no sitio do costume do Sr.A. Apesar da chuva a sua boa disposição era contagiante, estava todo bem disposto a ouvir musica com o rádio que lhe demos. Depois de uma boa conversa que já é habitual com o sr. A., fomos à procura do carro onde o P.e a P. dormem e onde tinhamos combinado de entregar os bilhetes de metro.
Lá os encontramos, entrega-mos os bilhates e lá lhes demos mais uma vez força para irem ao CAT, onde tinham pessoas à espera deles para os ajudarem.
A ronda acabou no CREU com a partilha final, à ida para casa a Joana e o Rui voltarama a passar no Lima 5 onde encontraram a D. F. Tinha ido beber um galão por isso não a tinhamos encontrado. O Rui entregou-lhe finalmente as letras das músicas das Janeiras, conforme prometido.
Benedita Salinas
Crónica da Ronda de 14/1/2007 (Areosa)
Começámos como sempre com a Oração, porque o coração precisa de pequenos ritos que o preparem para as emoções dos encontros.
A primeira paragem foi na A. onde o M. nos esperava cheio de energia. Vê-lo crescer em confiança connosco é bonito demais e em pequenas brincadeiras vamos chegando ao seu coraçãozinho cheio de alegria. Dançámos até não poder mais...
A Sr. já estava deitada e estava o Sr Z sereno, como sempre à nossa espera. Deus nunca nos dá desafios maiores do que os que somos capazes de suportar e nesta passagem, nesta mudança de registo nota-se isso tão bem. Por um lado temos o M. cheio de uma alegria que nos deixa a transbordar e que temos de saber levar até à Sr. que esta semana estava triste. Tem um coração precioso que se comove facilmente e a pouco e pouco vamos dando uma ajudinha a lidar com as emoções. Porque somos os seus meninos e nos deixa tocar lá bem no fundo.
Os amigos do prédio esta semana foram de visita curta. Não vimos o J. de quem sentimos logo muita falta. O frio não é convidativo e apetece o quentinho. No entanto houve quem se aventurasse e ficamos assim, numa conversinha ao sabor do leitinho quente, a saber mais do S M.
Já tarde nas horas, porque esta ronda é perita em se fazer tardar, sempre por bons motivos =)Chegamos ao Sr M que depois da visita da semana passada voltou a perceber que ganha muito mais em nos receber bem logo de inicio. E assim foi, de barbinha feita e sorriso nos lábios nos falou da sua semana, por entre uma ou outra musiquinha, que nunca se cansa de cantarolar e que nos anima sempre muito.
Terminamos, como sempre na I. Com o leitinho com muito açucar. Porque gostamos de ser assim, uns Doces=)
Ana Paula Sampaio
A primeira paragem foi na A. onde o M. nos esperava cheio de energia. Vê-lo crescer em confiança connosco é bonito demais e em pequenas brincadeiras vamos chegando ao seu coraçãozinho cheio de alegria. Dançámos até não poder mais...
A Sr. já estava deitada e estava o Sr Z sereno, como sempre à nossa espera. Deus nunca nos dá desafios maiores do que os que somos capazes de suportar e nesta passagem, nesta mudança de registo nota-se isso tão bem. Por um lado temos o M. cheio de uma alegria que nos deixa a transbordar e que temos de saber levar até à Sr. que esta semana estava triste. Tem um coração precioso que se comove facilmente e a pouco e pouco vamos dando uma ajudinha a lidar com as emoções. Porque somos os seus meninos e nos deixa tocar lá bem no fundo.
Os amigos do prédio esta semana foram de visita curta. Não vimos o J. de quem sentimos logo muita falta. O frio não é convidativo e apetece o quentinho. No entanto houve quem se aventurasse e ficamos assim, numa conversinha ao sabor do leitinho quente, a saber mais do S M.
Já tarde nas horas, porque esta ronda é perita em se fazer tardar, sempre por bons motivos =)Chegamos ao Sr M que depois da visita da semana passada voltou a perceber que ganha muito mais em nos receber bem logo de inicio. E assim foi, de barbinha feita e sorriso nos lábios nos falou da sua semana, por entre uma ou outra musiquinha, que nunca se cansa de cantarolar e que nos anima sempre muito.
Terminamos, como sempre na I. Com o leitinho com muito açucar. Porque gostamos de ser assim, uns Doces=)
Ana Paula Sampaio
quarta-feira, janeiro 24, 2007
a inssurreição do bem
«A minha mensagem? Há uma só, que é um grito: «Partilhai! Dai! Estendei a mão aos outros! Guardai sempre uma vidraça quebrada nos vossos universos bem almofadados para ouvir as lamentações que vêm do exterior.»
Abbé Pierre (1912-2007)
terça-feira, janeiro 23, 2007
Crónica da ronda de 14/01/2007 (Boavista)
Ronda de estreia para o Sérgio, é sem dúvida um facto de relevo, já que é a primeira entrada para o nosso percurso num ano.
Começamos pela D. F., sabendo contudo que esta não se encontrava no seu sítio, já que se havia deslocado a Lisboa para tratar de assuntos relacionados com o seu problemático estado de saúde. Ainda assim, e em respeito à promessa que havíamos feito na semana anterior, passamos por lá para deixar o saquinho. Partimos depois para a zona da Boavista, muito adiantados em relação à hora habitual, pelo que não foi surpresa o facto de não encontramos ninguém. A ronda tornava-se um pouco estranha, nomeadamente para o Sérgio, estávamos acerca de uma hora na rua e nem vivalma. Resolvemos então dar mais umas voltas, enquanto os ponteiros se acercavam do horário tradicional. Foi então que encontramos o P. e a P., como sempre a arrumar uns carros. A conversa começou pela sua não visita às filhas durante a semana, prolongando-se depois pela vontade destes entrarem para a metadona. Tentamos afinar as coisas de maneira a que na manhã seguinte fossem ao CAT. A esperança voltava a sorrir nos nossos corações. Despedimo-nos e fomos ter com a M., sempre muito absorvida pela tarefa de juntar os trocos suficientes para a dose, mas também simpática. A meio da ronda a Ana juntou-se a nós e partilhamos com ela o entusiasmo em relação ao P. e à P.
Por fim fomos ao encontro do grande Sr. A, parece ter recuperado de vez a boa disposição dos primeiros tempos da Ronda da Boavista. É um gosto encontrar uma pessoa tão animada depois das rondas, mesmo quando as estas não correm tão bem.
Grande semana para todos!
Rui Mota
Começamos pela D. F., sabendo contudo que esta não se encontrava no seu sítio, já que se havia deslocado a Lisboa para tratar de assuntos relacionados com o seu problemático estado de saúde. Ainda assim, e em respeito à promessa que havíamos feito na semana anterior, passamos por lá para deixar o saquinho. Partimos depois para a zona da Boavista, muito adiantados em relação à hora habitual, pelo que não foi surpresa o facto de não encontramos ninguém. A ronda tornava-se um pouco estranha, nomeadamente para o Sérgio, estávamos acerca de uma hora na rua e nem vivalma. Resolvemos então dar mais umas voltas, enquanto os ponteiros se acercavam do horário tradicional. Foi então que encontramos o P. e a P., como sempre a arrumar uns carros. A conversa começou pela sua não visita às filhas durante a semana, prolongando-se depois pela vontade destes entrarem para a metadona. Tentamos afinar as coisas de maneira a que na manhã seguinte fossem ao CAT. A esperança voltava a sorrir nos nossos corações. Despedimo-nos e fomos ter com a M., sempre muito absorvida pela tarefa de juntar os trocos suficientes para a dose, mas também simpática. A meio da ronda a Ana juntou-se a nós e partilhamos com ela o entusiasmo em relação ao P. e à P.
Por fim fomos ao encontro do grande Sr. A, parece ter recuperado de vez a boa disposição dos primeiros tempos da Ronda da Boavista. É um gosto encontrar uma pessoa tão animada depois das rondas, mesmo quando as estas não correm tão bem.
Grande semana para todos!
Rui Mota
Formação em oncologia
Olá a todos,
já está marcada a formação em oncologia, principalmente destinada ao grupo das famílias, mas aberta aos outros grupos e a outras pessoas interessadas. Ficou agendada para dia 1 de Fevereiro (5ª feira) às 21:30 no CREU. Lembro que nesse dia temos reunião (às 19:45), já com o novo formato, ou seja, reunião tripartida seguida de jantar partilhado em vez da reunião conjunta. Desta vez o jantar será um pouco mais breve por causa da formação. Brevemente será marcada a formação em alcoologia. Daremos notícias quando estiver confirmada a data.
Crónica da ronda de 21/01/2007 (Batalha)
Começamos com um momento de partilha de amizade e a nossa oração. Este domingo a dupla Manela e Sabina em acção. Já há algum tempo que a chuva não nos visitava nas noites de domingo, mas lá a enfrentamos.
Como visitamos o Sr. D. no dia dos anos, esta noite seguimos directamente rumo ao Sr. F. que estava naqueles dias de concentração extrema… A perfeição, concentração, empenho e educação são características que o acompanham! Insistimos numa conversa para desmistificar aqueles momentos (ou pelo menos tentar), mas percebemos que não estava muito receptivo. Vimos a nossa distribuição da “casa” do Sr. F., elogiamos a mudança e seguimos rua abaixo…
…e lá encontramos o casalinho enamorado! São um máximo… O Sr. Z. e a Sra. A.M. esta noite estavam sozinhos, pois infelizmente o Sr. M. fez das suas e o Sr. Z. não perdoa, pois “preza muito a amizade e a sinceridade”! Sinceramente achamos bem – no entanto não sabemos onde anda o Sr. M., esperemos que ponha a cabeça no sítio. Falamos um pouco com o casal e pareceram-nos muito bem, pois a Sra. A.M. parece cheia de força para se tratar, que alegria! Demos todo o nosso apoio e confortamos o casal com umas camisolas e uns casacos – estavam a precisar.
O Sr. J. esse deixou de aparecer, a esperança é que tenha sido ajudado por uma assistente social, pois havia uma perspectiva. O C. não o encontramos apesar das voltas que demos pela zona. No entanto, deixamos um saco a um senhor que encontramos na Rua 31 de Janeiro, mas como dormia (em posição estranha e profundamente) não achamos por bem acordá-lo.
Bem do P…. já nem contamos encontra-lo no sitio do costume, acreditamos que esteja junto da irmã. Mas o Sr. E. substituiu-lhe o lugar, mesmo que por pouco tempo (noticia recente), pois regressará dentro em breve “ao porto de abrigo” de onde saiu recentemente – o que para nós não deixa de ser bom, pois sabemos que está a ser cuidado como merece! Este domingo até contamos com mais um elemento, “o Fulano” – ambos ficaram radiantes por se reencontrarem… Partilhamos um momento mágico! Mas bem, desta vez vou terminar a crónica rapidamente, pois necessitaria de muitas palavras para descrever o nosso final de noite na Rua José Falcão! Não termino sem antes dizer que a cada dia que passa o Sr. E. é um amigo que nos “bate” bem fundo e que nos mostra, mesmo que seja nas entrelinhas das palavras que diz e escreve, que a vida é muito mais de que um simples quotidiano citadino que teimamos viver. Ficam pensamentos, promessas e vontade de reencontro próximo, e claro, um abraço aos que não estiveram connosco.
Uma boa semana e termino com um pensamento profundo (eheh):
“A preguiça dá trabalho e o trabalho dá preguiça!”
Sabina Martins
Como visitamos o Sr. D. no dia dos anos, esta noite seguimos directamente rumo ao Sr. F. que estava naqueles dias de concentração extrema… A perfeição, concentração, empenho e educação são características que o acompanham! Insistimos numa conversa para desmistificar aqueles momentos (ou pelo menos tentar), mas percebemos que não estava muito receptivo. Vimos a nossa distribuição da “casa” do Sr. F., elogiamos a mudança e seguimos rua abaixo…
…e lá encontramos o casalinho enamorado! São um máximo… O Sr. Z. e a Sra. A.M. esta noite estavam sozinhos, pois infelizmente o Sr. M. fez das suas e o Sr. Z. não perdoa, pois “preza muito a amizade e a sinceridade”! Sinceramente achamos bem – no entanto não sabemos onde anda o Sr. M., esperemos que ponha a cabeça no sítio. Falamos um pouco com o casal e pareceram-nos muito bem, pois a Sra. A.M. parece cheia de força para se tratar, que alegria! Demos todo o nosso apoio e confortamos o casal com umas camisolas e uns casacos – estavam a precisar.
O Sr. J. esse deixou de aparecer, a esperança é que tenha sido ajudado por uma assistente social, pois havia uma perspectiva. O C. não o encontramos apesar das voltas que demos pela zona. No entanto, deixamos um saco a um senhor que encontramos na Rua 31 de Janeiro, mas como dormia (em posição estranha e profundamente) não achamos por bem acordá-lo.
Bem do P…. já nem contamos encontra-lo no sitio do costume, acreditamos que esteja junto da irmã. Mas o Sr. E. substituiu-lhe o lugar, mesmo que por pouco tempo (noticia recente), pois regressará dentro em breve “ao porto de abrigo” de onde saiu recentemente – o que para nós não deixa de ser bom, pois sabemos que está a ser cuidado como merece! Este domingo até contamos com mais um elemento, “o Fulano” – ambos ficaram radiantes por se reencontrarem… Partilhamos um momento mágico! Mas bem, desta vez vou terminar a crónica rapidamente, pois necessitaria de muitas palavras para descrever o nosso final de noite na Rua José Falcão! Não termino sem antes dizer que a cada dia que passa o Sr. E. é um amigo que nos “bate” bem fundo e que nos mostra, mesmo que seja nas entrelinhas das palavras que diz e escreve, que a vida é muito mais de que um simples quotidiano citadino que teimamos viver. Ficam pensamentos, promessas e vontade de reencontro próximo, e claro, um abraço aos que não estiveram connosco.
Uma boa semana e termino com um pensamento profundo (eheh):
“A preguiça dá trabalho e o trabalho dá preguiça!”
Sabina Martins
quinta-feira, janeiro 18, 2007
Crónica da ronda de 14/01/2007 (Bonfim)
Depois de uma temporada afastados do blog, por termos a certeza de que os conteúdos das crónicas seriam por demais aborrecidos, eis que a ronda do Bonfim regressa em força, felizmente porque encontramos mais algumas pessoas que podemos ajudar.
O passado domingo foi para nós muito diferente do que têm sido ultimamente, muito mais gratificante e entusiasmante. A Ana Carvalho encaminhou-nos para um caso de família, no mínimo sui generis, que passaremos a visitar semanalmente, e sempre que for preciso.
Manel, Joana, Paulo, Ana Carvalho e eu partimos tendo como destino o bairro do Regado, um sítio obscuro, assustador, onde nunca esperaríamos encontrar o que encontramos. A Sr.ª H., do alto dos seus 72 anos, muitos dos quais passados em barracas, recebeu-nos muito bem na sua recente habitação neste bairro social. Raramente sai de casa, por motivos de saúde, o que faz com que habitualmente conserve uma lagrimita ao canto do olho e um “bau” como lhe chamou, querendo contudo dizer que de vez em quando “lhe dava o tau”… Mas foi com um grande sorriso que nos recebeu, ela e um dos seus “companheiros”, o J., que conserva o mesmo nome e talvez uma idade muito próxima do seu actual marido, que tem pouco mais de 40 anos. Qual D. Flor e os seus dois maridos, esta senhora só por aqui seria um caso a estudar. Mas a D. H. revelou-se muito mais rica em histórias para contar. Tem três filhos do primeiro marido, que faleceu muito cedo, mas deles pouco vai sabendo.
Com quase dinheiro nenhum para se sustentar, conta com a ajuda dos seus dois… não sei bem como lhes chamar… que, apesar de ainda não termos conseguido perceber muito bem porque estão com ela, o que é certo é que parecem tratá-la muito bem.
Sempre com uma língua muito afiada, a esta senhora de 72 anos, a palavra começada por M que afecta as mulheres a partir de uma determinada idade, parece por ali não ter passado…
Brincalhona, afectuosa, com a sua dose de tristeza e angústia para colmatar, parece que a D. H. se tornou para nós num caso muito interessante para acompanhar.
Seguimos, mais tarde do que o habitual, para a Câmara do Porto, onde já não encontramos o P. nem a C. Pensamos que fosse pela hora, mas soube ainda durante esta semana, que a “casa” onde dormiam o P., o R. e outro senhor, no Ciloauto, ardeu. Temos estado a tentar encontrá-los, para saber onde estão e do que precisam, já que devem ter ficado sem cobertores, roupa e outros bens.
Acreditamos que tenha sido resultado da luta que tem existido entre vários SA pelos lugares de arrumadores. Esperemos que esteja tudo bem com eles, já que têm sido alvo de várias ameaças, mas estamos atentos e na próxima semana de certeza que já teremos novidades. Positivas, esperamos.
Beijinhos e continuação de boa semana.
Ana Lima
O passado domingo foi para nós muito diferente do que têm sido ultimamente, muito mais gratificante e entusiasmante. A Ana Carvalho encaminhou-nos para um caso de família, no mínimo sui generis, que passaremos a visitar semanalmente, e sempre que for preciso.
Manel, Joana, Paulo, Ana Carvalho e eu partimos tendo como destino o bairro do Regado, um sítio obscuro, assustador, onde nunca esperaríamos encontrar o que encontramos. A Sr.ª H., do alto dos seus 72 anos, muitos dos quais passados em barracas, recebeu-nos muito bem na sua recente habitação neste bairro social. Raramente sai de casa, por motivos de saúde, o que faz com que habitualmente conserve uma lagrimita ao canto do olho e um “bau” como lhe chamou, querendo contudo dizer que de vez em quando “lhe dava o tau”… Mas foi com um grande sorriso que nos recebeu, ela e um dos seus “companheiros”, o J., que conserva o mesmo nome e talvez uma idade muito próxima do seu actual marido, que tem pouco mais de 40 anos. Qual D. Flor e os seus dois maridos, esta senhora só por aqui seria um caso a estudar. Mas a D. H. revelou-se muito mais rica em histórias para contar. Tem três filhos do primeiro marido, que faleceu muito cedo, mas deles pouco vai sabendo.
Com quase dinheiro nenhum para se sustentar, conta com a ajuda dos seus dois… não sei bem como lhes chamar… que, apesar de ainda não termos conseguido perceber muito bem porque estão com ela, o que é certo é que parecem tratá-la muito bem.
Sempre com uma língua muito afiada, a esta senhora de 72 anos, a palavra começada por M que afecta as mulheres a partir de uma determinada idade, parece por ali não ter passado…
Brincalhona, afectuosa, com a sua dose de tristeza e angústia para colmatar, parece que a D. H. se tornou para nós num caso muito interessante para acompanhar.
Seguimos, mais tarde do que o habitual, para a Câmara do Porto, onde já não encontramos o P. nem a C. Pensamos que fosse pela hora, mas soube ainda durante esta semana, que a “casa” onde dormiam o P., o R. e outro senhor, no Ciloauto, ardeu. Temos estado a tentar encontrá-los, para saber onde estão e do que precisam, já que devem ter ficado sem cobertores, roupa e outros bens.
Acreditamos que tenha sido resultado da luta que tem existido entre vários SA pelos lugares de arrumadores. Esperemos que esteja tudo bem com eles, já que têm sido alvo de várias ameaças, mas estamos atentos e na próxima semana de certeza que já teremos novidades. Positivas, esperamos.
Beijinhos e continuação de boa semana.
Ana Lima
quarta-feira, janeiro 17, 2007
Ida à aldeia – 20 e 27 Janeiro
Por razões excepcionais, vamos dividir-nos em 2 grupos para ir visitar a aldeia nos próximos fins-de-semana.
No dia 20 alinhamos com: Jorge, Joana, António, Mónica, Rui e Vera.
No dia 27 alinhamos com: João, Nuno, Teresa, Tiago, Rui, Sara, Carla, São, Filipa e Pedro
Em dúvida: Maria
Peço a todos q confirmem a presença (exceptuando Jorge, Vera, São)
Caso alguém queira trocar de fim-de-semana (para equilibrar um pouco mais a coisa até dava jeito que mudasse para este fim-de-semana) ou repetir a presença esteja à vontade.
A partida estará agendada para:
Dia 20 - 11h
Dia 27 - 11h
Não se esqueçam de trazer algo para partilha no almoço.
Fiquem bem,
Rui Mota (rmmota@gmail.com; 936 020 206)
No dia 20 alinhamos com: Jorge, Joana, António, Mónica, Rui e Vera.
No dia 27 alinhamos com: João, Nuno, Teresa, Tiago, Rui, Sara, Carla, São, Filipa e Pedro
Em dúvida: Maria
Peço a todos q confirmem a presença (exceptuando Jorge, Vera, São)
Caso alguém queira trocar de fim-de-semana (para equilibrar um pouco mais a coisa até dava jeito que mudasse para este fim-de-semana) ou repetir a presença esteja à vontade.
A partida estará agendada para:
Dia 20 - 11h
Dia 27 - 11h
Não se esqueçam de trazer algo para partilha no almoço.
Fiquem bem,
Rui Mota (rmmota@gmail.com; 936 020 206)
Crónica da ronda de 14/01/2007 (6º trajecto)
Desde que fecharam a Vivenda Silva (os degraus transformaram-se numa cinzenta parede de tijolos com uma inútil porta a meio) passámos a visitar apenas o J. Encontrou rapidamente outro poiso ali perto e parece mais feliz longe da confusão que já se gerava naquele sítio. Acordamo-lo sempre e tem-nos sorrido – o inexplicável sorriso de tão sincero e natural. Já percebemos que a nossa companhia, um cigarro partilhado, um bom chá com bolo-rei, são a receita para nos aproximarmos dele e a para nossa amizade aumentar. Os frutos serão colhidos quando a época chegar – e por melhor que conheçamos o tempo, não sabemos quando chega.
O Sr. V também já estava enroscado nos cobertores. Ficou deitado a conversar connosco, desta vez sem dar aqueles murros no peito mostrando a sua valentia. Estava mais melancólico. Relatou mais um pouco do seu percurso e como espera ansiosamente a terceira (e talvez derradeira) oportunidade para ir com o primo para a Holanda. O seu modo sofrido de contar tudo e lembrar o passado gela mais que o frio da noite. Pode ser que não o encontremos no próximo Domingo – e como isso será mau e bom ao mesmo tempo.
Mais à frente conhecemos novos amigos, bastante animados no frenético conhecimento de quem éramos e quem se mostravam ser. Em grupo espantam o frio, a fome e a solidão – e livram-se, no fundo, cada um de si próprio, no que de mau fazem a si mesmos. Prometeram encontro dali a uma semana. Foi um encontro rápido, como a noite que se esgotava.
O Sr. V também já estava enroscado nos cobertores. Ficou deitado a conversar connosco, desta vez sem dar aqueles murros no peito mostrando a sua valentia. Estava mais melancólico. Relatou mais um pouco do seu percurso e como espera ansiosamente a terceira (e talvez derradeira) oportunidade para ir com o primo para a Holanda. O seu modo sofrido de contar tudo e lembrar o passado gela mais que o frio da noite. Pode ser que não o encontremos no próximo Domingo – e como isso será mau e bom ao mesmo tempo.
Mais à frente conhecemos novos amigos, bastante animados no frenético conhecimento de quem éramos e quem se mostravam ser. Em grupo espantam o frio, a fome e a solidão – e livram-se, no fundo, cada um de si próprio, no que de mau fazem a si mesmos. Prometeram encontro dali a uma semana. Foi um encontro rápido, como a noite que se esgotava.
terça-feira, janeiro 16, 2007
Crónica da ronda de 14/01/2007 (Batalha)
Foi à luz de alguns flash’s que começamos a nossa noite… Reunidos e unidos por um mesmo objectivo, iniciamos a nossa missão. O grupinho quase todo reunido (a São, o Luís, a Inês, a Manela e eu) voou para junto do Sr. D. e desta vez estava ensonado, mas claro q não deixou de resmungar “As minhas calças? Oh… dizem trazem trazem trazem, e nada!” – bem desta vez demos-lhe uma descompostura porque ele raramente sabe o que quer… Rapidamente se contentou com o nosso vendedor especialista de cobertores… bem foi um máximo e muito divertido! Ficou a promessa de festejarmos todos juntos os anos do Sr. D. – pareceu-nos animado com a ideia.
O Sr. F. desta vez estava em momento de reflexão… ele é tão educado! – disse-nos para não ficarmos tristes mas estava demasiado concentrado com o seu caderno! Fica esperança de uma noite calorosa para a semana… Mais abaixo encontramos um casal que se assustou com a nossa chegada mas numa pequena abordagem percebemos que estavam há pouco tempo na rua e que tinham procurado ajuda junto de uma assistente social. Pelo menos estão bem encaminhados!
O Sr. Z., a D. A.M. e o Sr. M. estavam na “segunda casa” – Igreja da Trindade! Lá os encontramos e desta vez com um outro amigo que chegou depois de nós – o N.! Alguém que já os conhecia e que os visita frequentemente, mas não regularmente :) é bom saber que sempre vão tendo alguém para olhar por eles. Esta semana percebemos que existe uma vontade enorme da D. A.M. para ser tratada – estamos desejosos e demos muita força para avançar! O Sr. Z. dá-lhe muita força, são um casal super castiço! O Sr. M. tem uma história mais complicada e percebemos que ainda há ali muito caminho a percorrer, mas acreditamos que devagar vamos conseguir ajudar! Fizemos um pacto com ele e mostramos-lhe que para nós é fundamental “DAR” e perceber que também podemos “RECEBER” – esperamos por efeitos :)
O regresso do Sr. E. Por um lado não é uma boa notícia porque gostamos sempre que os nossos amigos estejam bem, mas este é um caso que nos deixa entre a espada e a parede… Será egoísmo achar que o Sr. E. está melhor assim? Achamos que enquanto não se encontrar e resolver “os conflitos” que vivem com ele, de nada adianta prende-lo numa gaiola – o Sr. E. é mesmo dono da vida dele e não adianta insistir! Ah, e lamento informar caros amigos, mas para mim não é Sr. E, mas sim E. Estranhamente só em mim não gostou do “Sr.”, vai-se lá saber porquê! Falamos durante tanto tempo… e penso que por todos, ficaríamos ali horas e horas a fio a falar … Entusiasmados q estávamos, ele nos quer mostrar o trabalho que fez com o amigo no Natal! Falou-nos e tem saudades :), disse-nos “esse Fulano (o João) disse-me para pensar em escrever um livro e isso nunca mais me saiu da cabeça!” - demos força e incentivo. Ali há realmente uma forte ligação, laços fortes de amizade. Para a semana há mais… não queria esquecer de alguém que nos faz imensa falta, mas que desejamos que esteja tudo bem – o P.
Procuramos o Sr. J. e o Sr. P. mas não estavam :( Pelo menos que estejam bem, já é um consolo! Já se vota para mudarmos o nome da nossa ronda, mas revelaremos quando este estiver efectivamente definido, agora está no segredo dos “borrachitos e tarados” :D
Longa a crónica não? Mas quero terminar com algo que esta noite me marcou por muitos motivo, porque há alturas em que a cumplicidade de alguém nos adivinha os pensamentos:
“Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.(…)”
Álvaro Campos
Sabina Martins
O Sr. F. desta vez estava em momento de reflexão… ele é tão educado! – disse-nos para não ficarmos tristes mas estava demasiado concentrado com o seu caderno! Fica esperança de uma noite calorosa para a semana… Mais abaixo encontramos um casal que se assustou com a nossa chegada mas numa pequena abordagem percebemos que estavam há pouco tempo na rua e que tinham procurado ajuda junto de uma assistente social. Pelo menos estão bem encaminhados!
O Sr. Z., a D. A.M. e o Sr. M. estavam na “segunda casa” – Igreja da Trindade! Lá os encontramos e desta vez com um outro amigo que chegou depois de nós – o N.! Alguém que já os conhecia e que os visita frequentemente, mas não regularmente :) é bom saber que sempre vão tendo alguém para olhar por eles. Esta semana percebemos que existe uma vontade enorme da D. A.M. para ser tratada – estamos desejosos e demos muita força para avançar! O Sr. Z. dá-lhe muita força, são um casal super castiço! O Sr. M. tem uma história mais complicada e percebemos que ainda há ali muito caminho a percorrer, mas acreditamos que devagar vamos conseguir ajudar! Fizemos um pacto com ele e mostramos-lhe que para nós é fundamental “DAR” e perceber que também podemos “RECEBER” – esperamos por efeitos :)
O regresso do Sr. E. Por um lado não é uma boa notícia porque gostamos sempre que os nossos amigos estejam bem, mas este é um caso que nos deixa entre a espada e a parede… Será egoísmo achar que o Sr. E. está melhor assim? Achamos que enquanto não se encontrar e resolver “os conflitos” que vivem com ele, de nada adianta prende-lo numa gaiola – o Sr. E. é mesmo dono da vida dele e não adianta insistir! Ah, e lamento informar caros amigos, mas para mim não é Sr. E, mas sim E. Estranhamente só em mim não gostou do “Sr.”, vai-se lá saber porquê! Falamos durante tanto tempo… e penso que por todos, ficaríamos ali horas e horas a fio a falar … Entusiasmados q estávamos, ele nos quer mostrar o trabalho que fez com o amigo no Natal! Falou-nos e tem saudades :), disse-nos “esse Fulano (o João) disse-me para pensar em escrever um livro e isso nunca mais me saiu da cabeça!” - demos força e incentivo. Ali há realmente uma forte ligação, laços fortes de amizade. Para a semana há mais… não queria esquecer de alguém que nos faz imensa falta, mas que desejamos que esteja tudo bem – o P.
Procuramos o Sr. J. e o Sr. P. mas não estavam :( Pelo menos que estejam bem, já é um consolo! Já se vota para mudarmos o nome da nossa ronda, mas revelaremos quando este estiver efectivamente definido, agora está no segredo dos “borrachitos e tarados” :D
Longa a crónica não? Mas quero terminar com algo que esta noite me marcou por muitos motivo, porque há alturas em que a cumplicidade de alguém nos adivinha os pensamentos:
“Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.(…)”
Álvaro Campos
Sabina Martins
sexta-feira, janeiro 12, 2007
Crónica da ronda de 7/1/2007 (Boavista)
Com a equipa completa e o espírito de Reis ainda presente, a noite prometia ser em grande.
A jornada começou como sempre pela D.F. Entre a vontade de comer a fatia de bolo rei, beber o copinho de Coca-Cola e as recomendações médicas por causa dos diabetes lá abriu as luvas que lhe estavam destinadas como presente de Natal. Apesar de receosos por não termos arranjado a saia indiana que ela tanto queria recebemos um sorriso e um obrigada e soubemos que também lhe faziam falta, logo agora que está a dormir ao relento por causa da inundação da sua “barraca”.
Já no Convívio encontrámos um casal de arrumadores flutuantes, mas que “flutuam” no seu próprio carro ;) Estivemos também com a M. que chamou a P. Ela de forma carinhosa pediu-nos se esperávamos um pouco para ir chamar o P., o seu marido ... e assim foi. Estivemos um bom pedaço com os dois à conversa e soubemos que as suas gémeas faziam 1ano esta 5ªfeira e que eles andavam a tentar juntar dinheiro para irem visitá-las (espero que tenham conseguido porque na 4ª feira fomos levar-lhes umas prendinhas para as meninas e a ida a Paredes não estava fácil...apesar de todo o esforço frustrante que tivemos...”vejam lá se ganham juízo meninos!!!”). Com uns chocolatinhos de presente para adocicarem a boca lá seguiram para a sopa da meia noite.
Seguimos então para o sorridente Sr.A que desta vez já se preparava para ir para casa. É sempre bom ouvi-lo e ver a sua coragem em aguentar aqueles filhos que lhe não percebem o amor de pai que têm. O rádio que lhe calhou como presente, tenho a certeza que lhe vai fazer uma grande companhia naquelas noites mais aborrecidas.
Ainda passámos pelo Sr.V mas este já deitado fumava o último cigarro e apenas aceitou o nosso saquinho.
A ronda foi memorável e cheia de emoções. Os presentes foram entregues e de todos recebemos sorrisos que nos encheram o coração para o resto da semana.
Obrigada a todos!!!
Joana Gomes
A jornada começou como sempre pela D.F. Entre a vontade de comer a fatia de bolo rei, beber o copinho de Coca-Cola e as recomendações médicas por causa dos diabetes lá abriu as luvas que lhe estavam destinadas como presente de Natal. Apesar de receosos por não termos arranjado a saia indiana que ela tanto queria recebemos um sorriso e um obrigada e soubemos que também lhe faziam falta, logo agora que está a dormir ao relento por causa da inundação da sua “barraca”.
Já no Convívio encontrámos um casal de arrumadores flutuantes, mas que “flutuam” no seu próprio carro ;) Estivemos também com a M. que chamou a P. Ela de forma carinhosa pediu-nos se esperávamos um pouco para ir chamar o P., o seu marido ... e assim foi. Estivemos um bom pedaço com os dois à conversa e soubemos que as suas gémeas faziam 1ano esta 5ªfeira e que eles andavam a tentar juntar dinheiro para irem visitá-las (espero que tenham conseguido porque na 4ª feira fomos levar-lhes umas prendinhas para as meninas e a ida a Paredes não estava fácil...apesar de todo o esforço frustrante que tivemos...”vejam lá se ganham juízo meninos!!!”). Com uns chocolatinhos de presente para adocicarem a boca lá seguiram para a sopa da meia noite.
Seguimos então para o sorridente Sr.A que desta vez já se preparava para ir para casa. É sempre bom ouvi-lo e ver a sua coragem em aguentar aqueles filhos que lhe não percebem o amor de pai que têm. O rádio que lhe calhou como presente, tenho a certeza que lhe vai fazer uma grande companhia naquelas noites mais aborrecidas.
Ainda passámos pelo Sr.V mas este já deitado fumava o último cigarro e apenas aceitou o nosso saquinho.
A ronda foi memorável e cheia de emoções. Os presentes foram entregues e de todos recebemos sorrisos que nos encheram o coração para o resto da semana.
Obrigada a todos!!!
Joana Gomes
Crónica da ronda de 7/1/2007 (Batalha)
Nesse domingo, dia 7 de Janeiro, o grupo reuniu-se para aquela que seria a segunda ronda do grupo FAS, em pleno ano 2007. Assim, a ronda da Batalha, constituída nessa noite pela Manuela, Sabina e Luís preparam-se para mais uma noite em que se dedicam a visitar e ajudar algumas pessoas.
A primeira foi o sr. D. Já é costume o grupo visitar o sr. D. No início da noite, em vez de o fazer no final, devido à avultada idade do sr. D: Este, apesar de visivelmente estar carregado de sono, tentou manter uma conversa com o grupo. Apesar disso ,o grupo achou por bem deixar o sr.D. mergulhar na almofada, para que pudesse descansar.
De seguida, o grupo visitou o sr. F. que estava também deitado, ao contrário do que é habitual. Aceitou o saco com a comida que o grupo levava, mas alertou-nos para o facto de não se encontrar muito receptivo para uma conversa, motivo que fez com que o grupo deixasse o sr. F. dormir, também.
A próxima paragem era a alguns metros, razão pela qual o grupo decidiu ir a pé. Aqui, o grupo encontrou três pessoas, ao invés das habituais quatro. Segundo as pessoas que ali se encontravam, o sr.M. teria decidido regressar a casa, já que só estaria ali aos domingos para lhes fazer companhia. Foi ainda algum tempo que o grupo ali permaneceu, ouvindo as “estórias” da sra. M., do companheiro da mesma e do sr M. Foram partilhados alguns momentos, alguns bons outros nem tanto. Apesar disso, grupo sentiu que estas pessoas precisavam mesmo de conversar, mais, gostavam mesmo de conversar com o grupo.
As próximas paragens revelaram-se menos excitantes, devido ao facto do sr. J. e do sr. P. não se encontrarem nos seus lugares habituais.
No final, a ronda acabou um pouco mais cedo do que é habitual. Esperamos que no próximo domingo, o grupo consiga perceber se as pessoas que não estavam nos seus lugares habituais estão de facto bem, já que é uma prioridade relevante para todo o grupo.
Ps. Fé ao Café foi muito bom. Um bom momento. Gostei.
Luís.
A primeira foi o sr. D. Já é costume o grupo visitar o sr. D. No início da noite, em vez de o fazer no final, devido à avultada idade do sr. D: Este, apesar de visivelmente estar carregado de sono, tentou manter uma conversa com o grupo. Apesar disso ,o grupo achou por bem deixar o sr.D. mergulhar na almofada, para que pudesse descansar.
De seguida, o grupo visitou o sr. F. que estava também deitado, ao contrário do que é habitual. Aceitou o saco com a comida que o grupo levava, mas alertou-nos para o facto de não se encontrar muito receptivo para uma conversa, motivo que fez com que o grupo deixasse o sr. F. dormir, também.
A próxima paragem era a alguns metros, razão pela qual o grupo decidiu ir a pé. Aqui, o grupo encontrou três pessoas, ao invés das habituais quatro. Segundo as pessoas que ali se encontravam, o sr.M. teria decidido regressar a casa, já que só estaria ali aos domingos para lhes fazer companhia. Foi ainda algum tempo que o grupo ali permaneceu, ouvindo as “estórias” da sra. M., do companheiro da mesma e do sr M. Foram partilhados alguns momentos, alguns bons outros nem tanto. Apesar disso, grupo sentiu que estas pessoas precisavam mesmo de conversar, mais, gostavam mesmo de conversar com o grupo.
As próximas paragens revelaram-se menos excitantes, devido ao facto do sr. J. e do sr. P. não se encontrarem nos seus lugares habituais.
No final, a ronda acabou um pouco mais cedo do que é habitual. Esperamos que no próximo domingo, o grupo consiga perceber se as pessoas que não estavam nos seus lugares habituais estão de facto bem, já que é uma prioridade relevante para todo o grupo.
Ps. Fé ao Café foi muito bom. Um bom momento. Gostei.
Luís.
quarta-feira, janeiro 10, 2007
Crónica da Aldeia de 06-01-2007 (dia de Reis)
Existem momentos fantásticos, que aproximam as pessoas e transformam o nosso quotidiano em algo mágico. Este sábado foi assim!
Era dia de Reis e como a tradição ainda é o que era, resolvemos cantar os Reis às pessoas que visitamos quinzenalmente em Ansiães, Bustelo e Candemil. Partimos o mais rápido possível pois havia ainda que ensaiar, mas confiantes no trabalho do “maestro” João Bateira. Após a habitual viagem assentamos praça nas “Águias do Marão”. Reinava a boa disposição e foi com um sorriso nos lábios que ensaiamos e, seguidamente, almoçamos. Iniciava-se depois o grande périplo, já os ponteiros haviam ultrapassado as 14 horas. Qual fanfarra: 12 “vozes de rouxinol”, 2 violas, um adufe e uma pandeireta. Já nada nos podia deter! Foi em autentico clima de festa que fomos “invadindo, uma a uma, as casas; espalhando alegria e boa disposição e rejeitando qualquer contributo que as pessoas de bom grado e em respeito ao velho costume se preparavam para oferecer. Primeiro em Candemil, a D. Maria do Carmo e a D. Cândida, depois em Ansiães, D. Albina e Sr. Joaquim, D. Olívia e a D. Maria Fernanda, e, por fim, em Bustelo, D. Celeste, D. Emília e Sr. Aurélio, e D. Fernanda e o Sr. António, este ultimo não enjeitou em juntar a sua voz à nossa. No fim não podíamos negar o cansaço do corpo, em resultado de tão agitada tarde, mas também não podíamos esquecer os olhares de espanto e felicidade (aqui não posso deixar de referir a D. Olívia, uma senhora de 99 anos, já com algum “deficit” auditivo, que celebrou connosco de uma forma inesperada). Viva aos Reis!
Rui Mota
Era dia de Reis e como a tradição ainda é o que era, resolvemos cantar os Reis às pessoas que visitamos quinzenalmente em Ansiães, Bustelo e Candemil. Partimos o mais rápido possível pois havia ainda que ensaiar, mas confiantes no trabalho do “maestro” João Bateira. Após a habitual viagem assentamos praça nas “Águias do Marão”. Reinava a boa disposição e foi com um sorriso nos lábios que ensaiamos e, seguidamente, almoçamos. Iniciava-se depois o grande périplo, já os ponteiros haviam ultrapassado as 14 horas. Qual fanfarra: 12 “vozes de rouxinol”, 2 violas, um adufe e uma pandeireta. Já nada nos podia deter! Foi em autentico clima de festa que fomos “invadindo, uma a uma, as casas; espalhando alegria e boa disposição e rejeitando qualquer contributo que as pessoas de bom grado e em respeito ao velho costume se preparavam para oferecer. Primeiro em Candemil, a D. Maria do Carmo e a D. Cândida, depois em Ansiães, D. Albina e Sr. Joaquim, D. Olívia e a D. Maria Fernanda, e, por fim, em Bustelo, D. Celeste, D. Emília e Sr. Aurélio, e D. Fernanda e o Sr. António, este ultimo não enjeitou em juntar a sua voz à nossa. No fim não podíamos negar o cansaço do corpo, em resultado de tão agitada tarde, mas também não podíamos esquecer os olhares de espanto e felicidade (aqui não posso deixar de referir a D. Olívia, uma senhora de 99 anos, já com algum “deficit” auditivo, que celebrou connosco de uma forma inesperada). Viva aos Reis!
Rui Mota
sexta-feira, janeiro 05, 2007
Crónica da Ronda de 1/1/2007 (Areosa)
A ronda foi num dia de semana diferente! Era segunda-feira, dia 1 de Janeiro de 2007. Os voluntários foram aparecendo e a oração inicial atrasou-se um pouco. Agradecemos o ano de 2006 e rezámos a Nossa Senhora, já que se tratava do dia de Santa Maria, Mãe de Deus.
Por ser uma ronda diferente, a nossa equipa (Eu, Andreia e Ana) foi reforçada com o João e as Ritas. Partimos para casa da S. que não esperava pela nossa visita. O sr. J. nem sequer tinha aparecido. Não se tinham mentalizado que nós iríamos no dia 1 e não no domingo da passagem de ano. A S. falou do hospital e dos remédios que tem de tomar. As relações que mantém, são na maioria com pessoas também doentes psiquiátricos. Designadamente no hospital. Esta convivência não lhe faz nada bem...
Seguimos para a casa abandonada. Tivemos que buzinar, porque, também aqui ninguém nos esperava. Apareceram uns seis sem-abrigo, incluindo um novo naquela paragem: O sr. das a. Distribuímos meias por quase todos, que tinham sobrado da ronda que fizemos no Natal com os escuteiros. Trocámos votos de bom ano e propósitos para 2007. O sr. Z. M. não estava, o que esperamos ser bom sinal, pois tinha-nos dito que ia fazer a desintoxicação com internamento. (Ansiamos por novidades!)
A paragem seguinte foi a mais complicada de todas. Foi a vez em que, sem desistirmos, insistimos mais com o sr. M. para que nos recebesse. Finalmente ele foi muito querido com uma das Ritas que não ia voltar a ter nenhuma ronda, mas que tinha imensa vontade de o conhecer. Apesar de todos aqueles impropérios iniciais, o sr. M. tem um “coração de manteiga” que compensa o esforço que temos que fazer para o reconquistar em todas as rondas.
D. I., na impressionante caixa de cartão de electrodoméstico... a dormir. Muito ensonada lá conversou um pouco, principalmente sobre o ano que passou e como gostava que fosse diferente 2007.
A partilha final foi à porta de casa das meninas, os 6 num “C1”, pois o frio era muito!
Bom 2007 e um abraço.
Por ser uma ronda diferente, a nossa equipa (Eu, Andreia e Ana) foi reforçada com o João e as Ritas. Partimos para casa da S. que não esperava pela nossa visita. O sr. J. nem sequer tinha aparecido. Não se tinham mentalizado que nós iríamos no dia 1 e não no domingo da passagem de ano. A S. falou do hospital e dos remédios que tem de tomar. As relações que mantém, são na maioria com pessoas também doentes psiquiátricos. Designadamente no hospital. Esta convivência não lhe faz nada bem...
Seguimos para a casa abandonada. Tivemos que buzinar, porque, também aqui ninguém nos esperava. Apareceram uns seis sem-abrigo, incluindo um novo naquela paragem: O sr. das a. Distribuímos meias por quase todos, que tinham sobrado da ronda que fizemos no Natal com os escuteiros. Trocámos votos de bom ano e propósitos para 2007. O sr. Z. M. não estava, o que esperamos ser bom sinal, pois tinha-nos dito que ia fazer a desintoxicação com internamento. (Ansiamos por novidades!)
A paragem seguinte foi a mais complicada de todas. Foi a vez em que, sem desistirmos, insistimos mais com o sr. M. para que nos recebesse. Finalmente ele foi muito querido com uma das Ritas que não ia voltar a ter nenhuma ronda, mas que tinha imensa vontade de o conhecer. Apesar de todos aqueles impropérios iniciais, o sr. M. tem um “coração de manteiga” que compensa o esforço que temos que fazer para o reconquistar em todas as rondas.
D. I., na impressionante caixa de cartão de electrodoméstico... a dormir. Muito ensonada lá conversou um pouco, principalmente sobre o ano que passou e como gostava que fosse diferente 2007.
A partilha final foi à porta de casa das meninas, os 6 num “C1”, pois o frio era muito!
Bom 2007 e um abraço.
quinta-feira, janeiro 04, 2007
Crónica da ronda de 1/1/2007 (Batalha)
Na primeira ronda do ano eu a São e Sabina lá saímos em representação da ronda da Batalha, desta vez com o intuito de desejar um excelente ano a cada um dos nossos amigos de rua.
Fomos directas ao Sr. D que já dormia. Surpreendentemente despertou rápido e esteve muito conversador. Recebeu a sua prenda de Natal - a São preparou o embrulho a rigor - e mais uma vez nos deixou admiradas por ter aceite e gostado logo à primeira! Ainda oferecemos umas meias que também gostou. Para finalizar as ofertas nada melhor que um chocolate levado pela Sabina que o fez sorrir e não hesitou em comê-lo!! Na longa conversa que foi tendo desvendou-nos algo mais sobre a sua família, os seus passeios, desejos e o seu dia-a-dia. Pediu-nos para que na próxima semana – além do típico cobertor – levássemos uns banquinhos para ficarmos mais confortáveis a conversar com ele, e, se possível, ficarmos lá a noite toda! Pedidos que se ficarão pelo cobertor - sempre já o ajuda a sonhar mais quentinho... Ficou no ar a esperança de que 2007 seja um ano mais ‘simpático’ para este nosso amigo e desejamos que a sua simpatia de hoje se prolongue também por muitos anos...
Seguimos ao encontro do Sr. F. Estava alerta pois ainda vínhamos ao longe e já acenava com o braço. Foi uma visita muito especial; desde cantorias, a conversas cheias de risos (por nada se perceber!), a imensos apertos de mão, e muitos monólogos aos quais não sabíamos o que dizer! Seguiu-se uma nova fase que foi a do nosso acolhimento nas suas instalações. Já lá estavam 3 bancos, um para ele e dois para nós... ainda tivemos direito a um ‘sofá’ improvisado, que foi de todo impossível experimentarmos! Ele ficou um pouco triste por isso, mas com certeza tudo o resto terá compensado!
A conversa em volta daquela ‘sala’ improvisada e de cigarro na mão tornou a nossa amizade numa amizade de longa data e num momento de cumplicidade. Sem dúvida ele é um senhor extremamente educado, com uma simpatia tremenda e um sorriso que nos faz esquecer qualquer situação menos confortável!
O Sr. J e o P não se encontravam nos locais habituais. Ficamos à espera do próximo Domingo para lhes desejarmos um 2007 cheio de força para encontrar o rumo certo!
A ronda terminou com uma oração ‘de amizade e partilha’ e com muito doce à mistura!!
Manuela Coelho
Fomos directas ao Sr. D que já dormia. Surpreendentemente despertou rápido e esteve muito conversador. Recebeu a sua prenda de Natal - a São preparou o embrulho a rigor - e mais uma vez nos deixou admiradas por ter aceite e gostado logo à primeira! Ainda oferecemos umas meias que também gostou. Para finalizar as ofertas nada melhor que um chocolate levado pela Sabina que o fez sorrir e não hesitou em comê-lo!! Na longa conversa que foi tendo desvendou-nos algo mais sobre a sua família, os seus passeios, desejos e o seu dia-a-dia. Pediu-nos para que na próxima semana – além do típico cobertor – levássemos uns banquinhos para ficarmos mais confortáveis a conversar com ele, e, se possível, ficarmos lá a noite toda! Pedidos que se ficarão pelo cobertor - sempre já o ajuda a sonhar mais quentinho... Ficou no ar a esperança de que 2007 seja um ano mais ‘simpático’ para este nosso amigo e desejamos que a sua simpatia de hoje se prolongue também por muitos anos...
Seguimos ao encontro do Sr. F. Estava alerta pois ainda vínhamos ao longe e já acenava com o braço. Foi uma visita muito especial; desde cantorias, a conversas cheias de risos (por nada se perceber!), a imensos apertos de mão, e muitos monólogos aos quais não sabíamos o que dizer! Seguiu-se uma nova fase que foi a do nosso acolhimento nas suas instalações. Já lá estavam 3 bancos, um para ele e dois para nós... ainda tivemos direito a um ‘sofá’ improvisado, que foi de todo impossível experimentarmos! Ele ficou um pouco triste por isso, mas com certeza tudo o resto terá compensado!
A conversa em volta daquela ‘sala’ improvisada e de cigarro na mão tornou a nossa amizade numa amizade de longa data e num momento de cumplicidade. Sem dúvida ele é um senhor extremamente educado, com uma simpatia tremenda e um sorriso que nos faz esquecer qualquer situação menos confortável!
O Sr. J e o P não se encontravam nos locais habituais. Ficamos à espera do próximo Domingo para lhes desejarmos um 2007 cheio de força para encontrar o rumo certo!
A ronda terminou com uma oração ‘de amizade e partilha’ e com muito doce à mistura!!
Manuela Coelho
quarta-feira, janeiro 03, 2007
Aldeia – Dia de Reis – 06/01/2007 (Sábado)
Oi pessoal!
Findas as festividades há que encarar o regresso à normalidade, e porque não começar por uma ida à Aldeia?
É verdade este fim-de-semana voltamos a visitar Candemil, Bustelo e Ansiães, ainda não totalmente fora do período festivo, já que precisamente no dia 6 se comemoram os Reis.
Para respeitar a tradição resolvemos "dar musica" aos nossos amigos locais, pede-se pois aos ilustres voluntários do FAS que tragam algumas musiquinhas já preparadas, de
preferência relacionadas com o dia em causa, para termos um reportório à altura da ocasião.
Como é necessário ensaiar vamos ter de abdicar de algum do nosso "adorado" período de sonolência, a hora de partida é as 10h em ponto em N.S.ª de Fátima (p.f. não se atrasem! e não se esqueçam que o almoço é partilhado)
Peço por ultimo que confirmam a presença/ausência (exceptuando Nuno, São, Mónica, João, Mónica e Jorge)
Aproveito para desejar um fantástico 2007 a todos!
Rui Mota
(e-mail: rmmota81@gmail.com / tlm: 936 020 206)
Findas as festividades há que encarar o regresso à normalidade, e porque não começar por uma ida à Aldeia?
É verdade este fim-de-semana voltamos a visitar Candemil, Bustelo e Ansiães, ainda não totalmente fora do período festivo, já que precisamente no dia 6 se comemoram os Reis.
Para respeitar a tradição resolvemos "dar musica" aos nossos amigos locais, pede-se pois aos ilustres voluntários do FAS que tragam algumas musiquinhas já preparadas, de
preferência relacionadas com o dia em causa, para termos um reportório à altura da ocasião.
Como é necessário ensaiar vamos ter de abdicar de algum do nosso "adorado" período de sonolência, a hora de partida é as 10h em ponto em N.S.ª de Fátima (p.f. não se atrasem! e não se esqueçam que o almoço é partilhado)
Peço por ultimo que confirmam a presença/ausência (exceptuando Nuno, São, Mónica, João, Mónica e Jorge)
Aproveito para desejar um fantástico 2007 a todos!
Rui Mota
(e-mail: rmmota81@gmail.com / tlm: 936 020 206)
terça-feira, janeiro 02, 2007
Crónica da Passagem de Ano (1Jan07 - Boavista)
Estavamos poucos, e arrancamos neste nosso trajecto apenas eu e o Rui, no dia Mundial da Paz, para a primeira ronda do ano.
A D. F estava bem disposta, o filho pode sair em Fevereiro quando acabar a prisão preventiva. O sr. V também estava com boas cores depois de ter estado uns tempos no hospital. Pode vir uma grande mudança para eles pois o parque vai ser fechado e eles talvez fiquem a "administra-lo". A barraca está em muito más condições e a esperança de uma casa "nem que seja prefabricada" estava muito viva dentro da D. F, entretanto a ideia de dormir ao relento parece fazer agora mais sentido... A D. F recordou a infância e os irmãos e até uma viagem ao "rio de janeiro". Outros tempos...
Ficou o pedido de levarmos pão para a semana pois o Sr. V gosta imenso e ela também.
O Sr. Z estava outra vez no multibanco, mas já a dormir, e como ele tinha dito que queria que o acordassemos na mesma, lá deixamos ficar um saco e um breve sorriso.
Na rua onde os encontros são o mais variados, encontramos a P, ela e o P estão a tentar entrar no Porto Feliz, falamos bastante, deixamos ficar um panfleto de informações dos locais que os podem ajudar. Eles estão a dormir num carro e ela tem o sonho de rever as suas meninas. Pareceu-nos que o futuro pode dar uma grande volta pois a vontade e estrutura estão ali presentes. Foi um encontro que nos deu muita esperança. Encontramos também uma senhora cujo nome não consegui fixar, mas que é nossa conhecida. O JP (esse grande desaparecido) apareceu em stress, mas já não havia sacos... Mostrou-nos o sítio secreto onde o deixar no futuro. O sr. V estava a ser visitado por uma senhora e por isso não fomos interromper.
O sr. A não estava presente, talvez pelo estabelecimento estar fechado.
Aproveitamos a hora e fomos ao Foco mas não está lá ninguém.
Muito conversamos e terminamos assim a primeira ronda. Acreditando num melhor futuro para os PP.
A D. F estava bem disposta, o filho pode sair em Fevereiro quando acabar a prisão preventiva. O sr. V também estava com boas cores depois de ter estado uns tempos no hospital. Pode vir uma grande mudança para eles pois o parque vai ser fechado e eles talvez fiquem a "administra-lo". A barraca está em muito más condições e a esperança de uma casa "nem que seja prefabricada" estava muito viva dentro da D. F, entretanto a ideia de dormir ao relento parece fazer agora mais sentido... A D. F recordou a infância e os irmãos e até uma viagem ao "rio de janeiro". Outros tempos...
Ficou o pedido de levarmos pão para a semana pois o Sr. V gosta imenso e ela também.
O Sr. Z estava outra vez no multibanco, mas já a dormir, e como ele tinha dito que queria que o acordassemos na mesma, lá deixamos ficar um saco e um breve sorriso.
Na rua onde os encontros são o mais variados, encontramos a P, ela e o P estão a tentar entrar no Porto Feliz, falamos bastante, deixamos ficar um panfleto de informações dos locais que os podem ajudar. Eles estão a dormir num carro e ela tem o sonho de rever as suas meninas. Pareceu-nos que o futuro pode dar uma grande volta pois a vontade e estrutura estão ali presentes. Foi um encontro que nos deu muita esperança. Encontramos também uma senhora cujo nome não consegui fixar, mas que é nossa conhecida. O JP (esse grande desaparecido) apareceu em stress, mas já não havia sacos... Mostrou-nos o sítio secreto onde o deixar no futuro. O sr. V estava a ser visitado por uma senhora e por isso não fomos interromper.
O sr. A não estava presente, talvez pelo estabelecimento estar fechado.
Aproveitamos a hora e fomos ao Foco mas não está lá ninguém.
Muito conversamos e terminamos assim a primeira ronda. Acreditando num melhor futuro para os PP.
Crónica da ronda de Natal (23Dez06 - Boavista)
Os escuteiros compareceram ao nosso arranque e eramos 25, neste sábado à noite.
Partimos eu, a Joana e a Ana. O nosso chefe, não pode estar presente, facto sem paralelo nas nossas memórias. Pela teu empenho: Parabéns Chefe!
A D. F estava animada pois a filha conseguiu voltar rumo ao Sul para junto do marido, o que lhe tirou uma enorme fonte de preocupações de cima. Cantamos diversas músicas de Natal, que tentaremos repetir noutra ocasião. A saída cruzamo-nos com a LBV.
Encontramos o Sr. Z no multibanco, que nos disse que ia mesmo naquele instante começar a descansar e assim após breve conversa partimos.
No Sr. V, estava uma algazarra, estava presente um grupo de rondas que o Sr. V nos disse que se chamavam "Exercito de Oxalá" e ainda a LBV com sopa quente.
O Sr. V estava especialmente falador, e mesmo com o frio e a Ana adoentada, ele não nos queria deixar partir... após ter falado das aparições nos media.
Fomos ao A, com o seu sorriso habitual, tinha visto o directo no dia anterior, e ia passar o Natal pouco acompanhado. Ganha 200 euros por mês e paga 400 de renda...
Terminamos a ronda contentes por ter levado um pouco do Natal a todos e a conversar sobre o Sr. V.
Partimos eu, a Joana e a Ana. O nosso chefe, não pode estar presente, facto sem paralelo nas nossas memórias. Pela teu empenho: Parabéns Chefe!
A D. F estava animada pois a filha conseguiu voltar rumo ao Sul para junto do marido, o que lhe tirou uma enorme fonte de preocupações de cima. Cantamos diversas músicas de Natal, que tentaremos repetir noutra ocasião. A saída cruzamo-nos com a LBV.
Encontramos o Sr. Z no multibanco, que nos disse que ia mesmo naquele instante começar a descansar e assim após breve conversa partimos.
No Sr. V, estava uma algazarra, estava presente um grupo de rondas que o Sr. V nos disse que se chamavam "Exercito de Oxalá" e ainda a LBV com sopa quente.
O Sr. V estava especialmente falador, e mesmo com o frio e a Ana adoentada, ele não nos queria deixar partir... após ter falado das aparições nos media.
Fomos ao A, com o seu sorriso habitual, tinha visto o directo no dia anterior, e ia passar o Natal pouco acompanhado. Ganha 200 euros por mês e paga 400 de renda...
Terminamos a ronda contentes por ter levado um pouco do Natal a todos e a conversar sobre o Sr. V.
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