Famílias, Aldeias e Sem Abrigo estas são as nossas áreas de acção. Um grupo de jovens do Porto, que no CREU têm uma casa, lançam mãos aos desafios que lhes surgem.
quarta-feira, novembro 29, 2006
1 ano
Deixei escapar a data. Foi há sensivelmente um ano (a 3 de Novembro) que este blog foi criado coincidindo com o arranque das actividades do grupo depois do surpreendente boom de adesões. É um bom exercício voltar aos primeiros posts e recordar esses momentos iniciais, as noites frias no Aleixo, os primeiros passos na Aldeia, as permanentes descobertas...
segunda-feira, novembro 27, 2006
Crónica da ronda de 19/11/2006 (6º trajecto)
Na última ronda, na Vivenda Silva, encontrámos o Je que recebeu uma viola do Fernando (por consertar, mas que o deixou enfeitiçado!!) e que lhe falou, com um inesperado à vontade, do seu passado complicado. É difícil entrar no Eu do Je, esconde as emoções atrás de um muro invísivel...
Como sempre, deitado ao seu lado, estava o sr J., estranhamente melancólico e divertido, que fixa a cara na nossa e olha para dentro de nós! Ele gostaria de fazer uma nova desintoxicação, no entanto, pensa que ainda não chegou a hora certa para o fazer e não acredita que a consiga levar a bom termo... Ouvimos um fado de um profundo desencanto perdido numa ilha distante: "Só a morte..."Não!! "Nós acreditamos por si...", e aí, o seu olhar brilhou de contentamento e ternura! Todavia, deixa escapar outra mágoa:"Se tivesse uma mulher à minha espera..." Maldito coração...Sempre à procura de uns braços quentes onde possa descansar!
O sr Fo recebeu roupa, e animado por uma energia súbita decidiu fazer uma arrumação geral às suas "gavetas".
E todos cantaram o mesmo refrão: "Não tem um cigarrito?". Estavam à espera do já famoso mimo da Maria Antónia...("Onde te meteste, malandra?!").
A seguir, fomos ter c o Po que quer fazer uma desintoxicação! Trocou Lisboa pelo Porto porque achou que, aqui, conseguiria uma ajuda mais eficiente (entretanto, viu um colega a ser encaminhado, rapidamente, para bom-porto e decidiu, também, pedir-nos ajuda).
Também o seu colega de poiso, o sr Ml, o famoso contador de anedotas, nos manifestou o desejo de entrar brevemente para o Porto Feliz. E voltou-nos a contar as mesmas histórias (até porque elas só podem manter-se vivas se forem alimentadas por um ouvido que as escute).
Neste lugar, cruzámo-nos, ainda, com alguém que vinha à busca de uma qualquer carrinha de comida! Era muito afável, daquele tipo de pessoas que têm o condão de nos fazer simpatizar com elas mal as conhecemos! E no meio de uma conversa leve, mas de detalhes pesados, lá nos disse onde dormia e que tinha, perto de si, uma jovem que está muito doente....
Terminámos a ronda sendo "atacados" pela destemida, e emprestada cadela, do sr Vr, que conhecemos na semana passada! É de uma surpreendente boa-disposição (o sr vr)!, tem um sorriso imenso de onde se desprendem estrelas! E, ali, ficámos a vê-lo a acariciar aquela "menina", também sem-tecto, com direito a um manto onde se deitar, e que sempre o brinda com a protecção de uma super-mulher de 4 patas...Assim se tecem os jogos dos afectos...
Mónica Claro
Como sempre, deitado ao seu lado, estava o sr J., estranhamente melancólico e divertido, que fixa a cara na nossa e olha para dentro de nós! Ele gostaria de fazer uma nova desintoxicação, no entanto, pensa que ainda não chegou a hora certa para o fazer e não acredita que a consiga levar a bom termo... Ouvimos um fado de um profundo desencanto perdido numa ilha distante: "Só a morte..."Não!! "Nós acreditamos por si...", e aí, o seu olhar brilhou de contentamento e ternura! Todavia, deixa escapar outra mágoa:"Se tivesse uma mulher à minha espera..." Maldito coração...Sempre à procura de uns braços quentes onde possa descansar!
O sr Fo recebeu roupa, e animado por uma energia súbita decidiu fazer uma arrumação geral às suas "gavetas".
E todos cantaram o mesmo refrão: "Não tem um cigarrito?". Estavam à espera do já famoso mimo da Maria Antónia...("Onde te meteste, malandra?!").
A seguir, fomos ter c o Po que quer fazer uma desintoxicação! Trocou Lisboa pelo Porto porque achou que, aqui, conseguiria uma ajuda mais eficiente (entretanto, viu um colega a ser encaminhado, rapidamente, para bom-porto e decidiu, também, pedir-nos ajuda).
Também o seu colega de poiso, o sr Ml, o famoso contador de anedotas, nos manifestou o desejo de entrar brevemente para o Porto Feliz. E voltou-nos a contar as mesmas histórias (até porque elas só podem manter-se vivas se forem alimentadas por um ouvido que as escute).
Neste lugar, cruzámo-nos, ainda, com alguém que vinha à busca de uma qualquer carrinha de comida! Era muito afável, daquele tipo de pessoas que têm o condão de nos fazer simpatizar com elas mal as conhecemos! E no meio de uma conversa leve, mas de detalhes pesados, lá nos disse onde dormia e que tinha, perto de si, uma jovem que está muito doente....
Terminámos a ronda sendo "atacados" pela destemida, e emprestada cadela, do sr Vr, que conhecemos na semana passada! É de uma surpreendente boa-disposição (o sr vr)!, tem um sorriso imenso de onde se desprendem estrelas! E, ali, ficámos a vê-lo a acariciar aquela "menina", também sem-tecto, com direito a um manto onde se deitar, e que sempre o brinda com a protecção de uma super-mulher de 4 patas...Assim se tecem os jogos dos afectos...
Mónica Claro
sexta-feira, novembro 24, 2006
Crónica da ronda de 19/11/06 (Boavista)
No Domingo iniciámos a noite todos juntos em oração e, para fazer a nossa ronda, estávamos apenas 3: Joana, Rui e eu. A Beni ainda lá foi levar os sacos e assistir à oração, mas como ainda estava em recuperação, não ficou para o resto; o Jorge estava do outro lado do mundo, no “país tropical”, de férias!
Começámos o nosso percurso com uma visita à família Quaresma onde, mais uma vez, encontrámos apenas a Sra. F. Falámos bastante, como sempre e, desta vez, penso que notei uma maior abertura da parte dela em falar do que a preocupa, deixando um bocadinho de lado o “está tudo bem”, e a boa disposição. Ter o filho na cadeia é inconsolável para qualquer mãe… Contou-nos também que ajudava muitas amigas na rua, de várias formas.
Depois de um prometido gorro para não ter frio nestes dias, partimos para o Sr. V, a pensar que ainda o iríamos ver acordado, coisa que não aconteceu.. Quer ele, quer o seu amigo da frente, estavam já a dormir e, por isso, apenas deixámos o saco, para que ele soubesse que ali tínhamos estado.
Passámos, depois, pela zona do C., onde encontrámos o P.. Via-se que estava de ressaca, mas ainda assim, sem nunca nos falar com agrado. Disse-nos que, no principio do ano queria tentar curar-se, mas… Vamos a ver.
Como mais ninguém se avistava ali, seguimos para a última paragem de sempre, à espera de encontrarmos o Sr. A., coisa que não aconteceu. Não estava ali. O Rui tinha-o visto horas antes e ele tinha dito que andava chateado pois tinha-se zangado com os filhos e, por isso, estava a dormir em casa do irmão. Provavelmente, como anda assim, preferiu ir para casa em vez de ficar pela rua, ao frio.
Assim, chegamos a Ns. Sra. De Fátima, onde ainda demos à ronda de Sta. Catarina sacos para eles levarem na sua visita, como sempre, ao Aleixo.
Acabámos os 3 juntos, em oração partilhada, no mesmo sítio onde tínhamos começado e seguimos paras as nossas quentes casas…!
Ana Carvalho
Começámos o nosso percurso com uma visita à família Quaresma onde, mais uma vez, encontrámos apenas a Sra. F. Falámos bastante, como sempre e, desta vez, penso que notei uma maior abertura da parte dela em falar do que a preocupa, deixando um bocadinho de lado o “está tudo bem”, e a boa disposição. Ter o filho na cadeia é inconsolável para qualquer mãe… Contou-nos também que ajudava muitas amigas na rua, de várias formas.
Depois de um prometido gorro para não ter frio nestes dias, partimos para o Sr. V, a pensar que ainda o iríamos ver acordado, coisa que não aconteceu.. Quer ele, quer o seu amigo da frente, estavam já a dormir e, por isso, apenas deixámos o saco, para que ele soubesse que ali tínhamos estado.
Passámos, depois, pela zona do C., onde encontrámos o P.. Via-se que estava de ressaca, mas ainda assim, sem nunca nos falar com agrado. Disse-nos que, no principio do ano queria tentar curar-se, mas… Vamos a ver.
Como mais ninguém se avistava ali, seguimos para a última paragem de sempre, à espera de encontrarmos o Sr. A., coisa que não aconteceu. Não estava ali. O Rui tinha-o visto horas antes e ele tinha dito que andava chateado pois tinha-se zangado com os filhos e, por isso, estava a dormir em casa do irmão. Provavelmente, como anda assim, preferiu ir para casa em vez de ficar pela rua, ao frio.
Assim, chegamos a Ns. Sra. De Fátima, onde ainda demos à ronda de Sta. Catarina sacos para eles levarem na sua visita, como sempre, ao Aleixo.
Acabámos os 3 juntos, em oração partilhada, no mesmo sítio onde tínhamos começado e seguimos paras as nossas quentes casas…!
Ana Carvalho
Crónica da ronda de 19/11/06 (Batalha)
A noite prometia ser cinzenta, mas parece que alguém se lembrou de pedir umas tréguas ao S. Pedro… (ups, penso que isto não era para dizer!) Pois é, efectivamente correu bem e chuva, nepias! Parece que não mas é um alívio para os nossos amigos.
Iniciamos com a nossa oração sempre tão diferente e tão reconfortante… Ah, a Manela não nos acompanhou na visita aos nossos amigos, mas esteve connosco na oração e a dar-nos sempre aquela força e dicas.
Iniciamos o nosso trajecto (quanto a mim foi interessante o inicio… travei conhecimento com mais 2 membros do grupo, a Inês e a Francisca J). É importante sabermos que algo nos une, a certeza de que vamos tentar tornar noite após noite de Domingo um pouco melhor. Sta Catarina, o “espaço” do Sr. D… Lá o encontramos com a Cruz Vermelha… como já vem sendo habitual o Sr. D tem sempre alguma para nos pedir, desta vez umas calças! No entanto esta noite surpreendeu-me quando nos disse que o importante era ter dinheiro para fazer uma viagem para ir para longe… Valencia, nuestros hermanos! Pois é, mas a parte melhor foi a confissão que nos fez quando a Inês lhe perguntou se nos levaria… Resposta rápida e curta “Sim”… Foi o suficiente para encher a alma e o deixarmos dormir descansado.
Seguimos o nosso caminho com destino Sr. F, mas ele desta vez pregou-nos uma partida. Não estava lá… Chamamos, procuramos, procuramos, e eis que encontramos 4 pessoas – o Sr. M e mais 3 amigos. Apresentamo-nos e em 2 minutos o Sr. M nos identificou como o grupo que o ajudou quando estava em Sta Catarina… Falou da Mafalda, do Luís, da Renata (penso eu!) que o ajudaram bastante… Tivemos todos uma conversa interessante e percebemos que, de entre o Sr. M, o amigo calado e um casal, no próximo domingo teremos a visita aos novos “vizinhos” do Sr. F. Novas aventuras e historias para contar teremos nos próximos dias.
O P… não estava no sítio habitual! Chamamos e ainda o procuramos mas um colega (que eu confundi com o P., mas ao longe confesso J) disse-nos que não estava por ali… Talvez numa rua que de clara não tem nada… Resolvemos seguir viagem e tentar novamente a sorte com o Sr. J… não é que o malandreco estava mesmo lá! Sem dúvida o momento mais hilariante da noite, ele tem uma disposição contagiante! Claro que as historias foram muitas… posso dizer-vos que quando nos começou a contar do nº de pessoas q estavam num quarto, começou em 3 pessoas e no final já contávamos pelo menos 8 pessoas J é mesmo típico do Sr. J.
E para terminarmos com a esperança de encontrar o P., passamos novamente lá… E estava sim, um pouco “apagado”, no mundo “mais de lá do que de cá”, mas ainda conseguimos trocar algumas frases com ele como mais ou menos nexo! Percebemos que não queria grande companhia, mas sem duvida temos de levantar o P. Ah, pediu-nos um cobertor, vamos tentar arranjar porque as noites de Inverno já andam a dar o ar da sua graça.
E como não podia deixar de ser, terminamos em grande com a nossa oração… Eu também gostaria de “começar”/terminar a crónica de hoje com a partilha de algo:
“O que dá sentido à vida é mais importante do que a própria vida.”
Até para a semana,
Sabina Martins
Iniciamos com a nossa oração sempre tão diferente e tão reconfortante… Ah, a Manela não nos acompanhou na visita aos nossos amigos, mas esteve connosco na oração e a dar-nos sempre aquela força e dicas.
Iniciamos o nosso trajecto (quanto a mim foi interessante o inicio… travei conhecimento com mais 2 membros do grupo, a Inês e a Francisca J). É importante sabermos que algo nos une, a certeza de que vamos tentar tornar noite após noite de Domingo um pouco melhor. Sta Catarina, o “espaço” do Sr. D… Lá o encontramos com a Cruz Vermelha… como já vem sendo habitual o Sr. D tem sempre alguma para nos pedir, desta vez umas calças! No entanto esta noite surpreendeu-me quando nos disse que o importante era ter dinheiro para fazer uma viagem para ir para longe… Valencia, nuestros hermanos! Pois é, mas a parte melhor foi a confissão que nos fez quando a Inês lhe perguntou se nos levaria… Resposta rápida e curta “Sim”… Foi o suficiente para encher a alma e o deixarmos dormir descansado.
Seguimos o nosso caminho com destino Sr. F, mas ele desta vez pregou-nos uma partida. Não estava lá… Chamamos, procuramos, procuramos, e eis que encontramos 4 pessoas – o Sr. M e mais 3 amigos. Apresentamo-nos e em 2 minutos o Sr. M nos identificou como o grupo que o ajudou quando estava em Sta Catarina… Falou da Mafalda, do Luís, da Renata (penso eu!) que o ajudaram bastante… Tivemos todos uma conversa interessante e percebemos que, de entre o Sr. M, o amigo calado e um casal, no próximo domingo teremos a visita aos novos “vizinhos” do Sr. F. Novas aventuras e historias para contar teremos nos próximos dias.
O P… não estava no sítio habitual! Chamamos e ainda o procuramos mas um colega (que eu confundi com o P., mas ao longe confesso J) disse-nos que não estava por ali… Talvez numa rua que de clara não tem nada… Resolvemos seguir viagem e tentar novamente a sorte com o Sr. J… não é que o malandreco estava mesmo lá! Sem dúvida o momento mais hilariante da noite, ele tem uma disposição contagiante! Claro que as historias foram muitas… posso dizer-vos que quando nos começou a contar do nº de pessoas q estavam num quarto, começou em 3 pessoas e no final já contávamos pelo menos 8 pessoas J é mesmo típico do Sr. J.
E para terminarmos com a esperança de encontrar o P., passamos novamente lá… E estava sim, um pouco “apagado”, no mundo “mais de lá do que de cá”, mas ainda conseguimos trocar algumas frases com ele como mais ou menos nexo! Percebemos que não queria grande companhia, mas sem duvida temos de levantar o P. Ah, pediu-nos um cobertor, vamos tentar arranjar porque as noites de Inverno já andam a dar o ar da sua graça.
E como não podia deixar de ser, terminamos em grande com a nossa oração… Eu também gostaria de “começar”/terminar a crónica de hoje com a partilha de algo:
“O que dá sentido à vida é mais importante do que a própria vida.”
Até para a semana,
Sabina Martins
quinta-feira, novembro 23, 2006
Às fãs incondicionais do Rui
Avisa-se que o número de telefone colocado no último post sobre a ida à aldeia não está correcto. Queiram reendereçar as mensagens de confirmação de presença na mesma para o: 936020206. A direcção agradece e desta vez não pede receita nenhuma.
Crónica da ronda de 19/11/06 (Areosa)
Este Domingo cheguei mais tarde, mas ainda fui a tempo de estar com todos os nossos amigos. Fui ter directamente a casa da S. onde já estavam todos a tomar café com leite e a pôr a conversa em dia. A S. já está melhor da constipação, mas continua sem sair muito de casa e o Sr. Z. sempre bem disposto apesar das habituais dores de estômago que não o deixam. Antes de sair combinámos encontrar-nos terça-feira na missa do CREU. Já começa a tornar-se um hábito, o nosso encontro das terças-feiras…
Seguimos ao encontro aos nossos amigos do prédio, desta vez estavam quase todos, a D., o Z.M., o Z., o Z.P., o J., o V. e o M. Não deu para conversar muito com todos, mas foi o suficiente para saber algumas novidades. A principal: a D. foi fazer o teste da tuberculina e tirar uma micro-radiografia à BCG, foi ao médico e está a preparar-se para entrar na metadona. Tudo com a ajuda do Z.M., que a tem incentivado e acompanhado. Parabéns, D.! Estamos a torcer por ti!
O Sr. M. já estava a dormir quando lá chegámos, mas acordou mal o chamámos. Ao contrário dos últimos Domingos, esta semana ele não quis levantar-se, estava com dores nas pernas, e também não quis conversar nem o nosso café com leite. Não estava tão bem disposto como ultimamente, mas nem por isso se esqueceu dos beijinhos e abraços para a Joaninha e para o Dani. Aqui vão eles!
A I. também já tinha adormecido, mas como estava com fome quando a acordámos, aceitou o café com leite e os bolinhos. Foi o tempo que tivemos para conversar e saber como tinha passado a semana e que tinha ido a S. Romão.
Esta semana não vimos o J., mas segundo a I. tem dormido no banco, mais abrigado. Esperamos vê-lo na próxima semana.
Agora para acabar, aqui ficam dois beijinhos muito grandes, um para a Joaninha e outro para o Dani. Estamos todos com saudades… Ansiosos que chegue o Natal, para estarmos convosco outra vez!
Beijinhos para todos e até Domingo.
Maria Manuel
Ah! Não se esqueçam de ir ao supermercado este fim-de-semana, é a campanha de recolha de alimentos do Banco Alimentar.
Seguimos ao encontro aos nossos amigos do prédio, desta vez estavam quase todos, a D., o Z.M., o Z., o Z.P., o J., o V. e o M. Não deu para conversar muito com todos, mas foi o suficiente para saber algumas novidades. A principal: a D. foi fazer o teste da tuberculina e tirar uma micro-radiografia à BCG, foi ao médico e está a preparar-se para entrar na metadona. Tudo com a ajuda do Z.M., que a tem incentivado e acompanhado. Parabéns, D.! Estamos a torcer por ti!
O Sr. M. já estava a dormir quando lá chegámos, mas acordou mal o chamámos. Ao contrário dos últimos Domingos, esta semana ele não quis levantar-se, estava com dores nas pernas, e também não quis conversar nem o nosso café com leite. Não estava tão bem disposto como ultimamente, mas nem por isso se esqueceu dos beijinhos e abraços para a Joaninha e para o Dani. Aqui vão eles!
A I. também já tinha adormecido, mas como estava com fome quando a acordámos, aceitou o café com leite e os bolinhos. Foi o tempo que tivemos para conversar e saber como tinha passado a semana e que tinha ido a S. Romão.
Esta semana não vimos o J., mas segundo a I. tem dormido no banco, mais abrigado. Esperamos vê-lo na próxima semana.
Agora para acabar, aqui ficam dois beijinhos muito grandes, um para a Joaninha e outro para o Dani. Estamos todos com saudades… Ansiosos que chegue o Natal, para estarmos convosco outra vez!
Beijinhos para todos e até Domingo.
Maria Manuel
Ah! Não se esqueçam de ir ao supermercado este fim-de-semana, é a campanha de recolha de alimentos do Banco Alimentar.
quarta-feira, novembro 22, 2006
Aldeia - Partida Sábado (25/11) - 11h e Formação da Dr. Graça Fonseca às 14:30
Oi pessoal,
Voltamos neste fim-de-semana à aldeia, depois da bem sucedida festa do Magusto. Desta vez para além das visitas domiciliárias em Ansiães, Bustelo e Candemil vamos também apoiar a Dr.ª Graça Fonseca na Acção de Formação que esta vai promover junto das famílias locais e cujos temas serão: "Educar (valores)" e "Bullying".
Temos ainda agendado um “almoço partilhado” com o Núcleo Dinamizador para as 12h30.
Como devem saber o Jorge encontra-se a gozar umas merecidas férias e não irá connosco. Quanto ao resto do pessoal , exceptuando a Teresa e o João já certos e a Vera (de férias) vou tentar confirmar a vossa presença, mas se me quiserem poupar algum trabalho disponham: e-mail - rmmota81@gmail.com / telemóvel - 963020206.
Partida: Sábado às 11h em frente à Igreja de N. S. Fátima.
Continuação do bom trabalho e até sábado.
Rui Mota
Voltamos neste fim-de-semana à aldeia, depois da bem sucedida festa do Magusto. Desta vez para além das visitas domiciliárias em Ansiães, Bustelo e Candemil vamos também apoiar a Dr.ª Graça Fonseca na Acção de Formação que esta vai promover junto das famílias locais e cujos temas serão: "Educar (valores)" e "Bullying".
Temos ainda agendado um “almoço partilhado” com o Núcleo Dinamizador para as 12h30.
Como devem saber o Jorge encontra-se a gozar umas merecidas férias e não irá connosco. Quanto ao resto do pessoal , exceptuando a Teresa e o João já certos e a Vera (de férias) vou tentar confirmar a vossa presença, mas se me quiserem poupar algum trabalho disponham: e-mail - rmmota81@gmail.com / telemóvel - 963020206.
Partida: Sábado às 11h em frente à Igreja de N. S. Fátima.
Continuação do bom trabalho e até sábado.
Rui Mota
domingo, novembro 19, 2006
Crónica da ronda de 12/11/2006 (Areosa)
A oração inicial da Mónica deu-nos o mote. Éramos dois: Eu e a Ana Paula. Partimos, como é hábito, com a D. S. e o sr. J. para casa daquela. Lá, a conversa versou sobre dietas e conselhos alimentares, para a D. S. Ela mostrou muito interesse em nos cozinhar uma feijoada e nos convidar para lá irmos almoçar, um dia. Disse-lhe que seria excelente quando a Joana e, possivelmente o Daniel, cá estivessem de férias pelo Natal.
Fomos levar o sr. J. a casa e passámos por aquele clube de vídeo... Na casa abandonada, lá encontrámos o sr. J. M., o sr. G., o sr. M. e apareceu a D. D. Aqui falámos sobre o frio que fazia, o que faz, normalmente, na Polónia e sobre o trabalho de cada um.
Seguimos para o sr. M. Lá estava com o irmão. (É incrível que, mesmo com aquelas condições, ainda há quem se lhe junte, mesmo sendo irmão.) Desta vez não tínhamos levado sopa, pelo que tomaram café com leite e fomos ter com a D. I. Aqui as coisas correram muito mal! A D. I. estava a dormir e acordou estremunhada. O sr. M., irmão do sr. M., ainda lhe bateu no caixote e, enfim... Qualquer assunto serviu para a D. I. implicar com o sr. M. Tivémos mesmo que nos retirar, para os ânimos poderem acalmar.
O sr. J. estava no Banco. Não quis acordar, mesmo com as sapatadas dadas pelo sr. M, o irmão. Ainda falámos mais um pouco antes de partirmos.
Acabámos cedo com a partilha final à porta de casa da Ana e da Andreia. Com referências à oração inicial e às homilías do pe. Vasco e ao arriscar, partilhando o pouco que possamos ter, sem querer tudo para nós.
Um abraço.
Fomos levar o sr. J. a casa e passámos por aquele clube de vídeo... Na casa abandonada, lá encontrámos o sr. J. M., o sr. G., o sr. M. e apareceu a D. D. Aqui falámos sobre o frio que fazia, o que faz, normalmente, na Polónia e sobre o trabalho de cada um.
Seguimos para o sr. M. Lá estava com o irmão. (É incrível que, mesmo com aquelas condições, ainda há quem se lhe junte, mesmo sendo irmão.) Desta vez não tínhamos levado sopa, pelo que tomaram café com leite e fomos ter com a D. I. Aqui as coisas correram muito mal! A D. I. estava a dormir e acordou estremunhada. O sr. M., irmão do sr. M., ainda lhe bateu no caixote e, enfim... Qualquer assunto serviu para a D. I. implicar com o sr. M. Tivémos mesmo que nos retirar, para os ânimos poderem acalmar.
O sr. J. estava no Banco. Não quis acordar, mesmo com as sapatadas dadas pelo sr. M, o irmão. Ainda falámos mais um pouco antes de partirmos.
Acabámos cedo com a partilha final à porta de casa da Ana e da Andreia. Com referências à oração inicial e às homilías do pe. Vasco e ao arriscar, partilhando o pouco que possamos ter, sem querer tudo para nós.
Um abraço.
sexta-feira, novembro 17, 2006
Actualização
Foram acrescentadas fotos do magusto. Proponho a criação do grupo "FAS Fotos de Jeito"...(cristo!)
quinta-feira, novembro 16, 2006
Crónica da ronda de 12/11/2006 (Boavista)
Muita gente, batatas fritas e muitos panricos que vieram das aldeias, a solidariedade é imparável!
Estavamos bastantes e arrancamos em último, eu e o Rui, o regresso às noites deste Verão.
Partimos já com a bagagem da manhã e tarde do Magusto da Aldeia em que partilhamos a viagem e a experiência.
A D. F lá estava, com dor de dentes e de ouvidos, com os seus esquemas de consultas já alinhados e com a vontade de voltar a ter o filho por perto. O V e o M não estavam por lá, mas estão bem.
Fomos ao Sr. A, estava em NSF a ver umas coisas em 2ª mão, acompanhamo-lo ao seu local de "trabalho", ele estava muito revoltado pois teve uma discussão enorme com os filhos e cortou com eles, demos-lhe força e esperamos que este acontecimento os ajude a crescer.
Passamos no V mas já dormia profundamente mesmo com a luz da loja acesa, não o acordamos.
Estivemos com o P, que já vimos algumas vezes, que costuma estar ali perto do Sr. A, o JP dormia profundamente e depois de muito pensar deixamos um saco para ele saber que não estamos chateados. com ele.
Fomos ver se o M estava lá em baixo mas continua a não haver sinais dele...
Foi uma noite com poucas conversas mas em que fomos para casa com o sentido de que valeu a pena este longo dia de trabalho... ao domingo.
Jorge
Estavamos bastantes e arrancamos em último, eu e o Rui, o regresso às noites deste Verão.
Partimos já com a bagagem da manhã e tarde do Magusto da Aldeia em que partilhamos a viagem e a experiência.
A D. F lá estava, com dor de dentes e de ouvidos, com os seus esquemas de consultas já alinhados e com a vontade de voltar a ter o filho por perto. O V e o M não estavam por lá, mas estão bem.
Fomos ao Sr. A, estava em NSF a ver umas coisas em 2ª mão, acompanhamo-lo ao seu local de "trabalho", ele estava muito revoltado pois teve uma discussão enorme com os filhos e cortou com eles, demos-lhe força e esperamos que este acontecimento os ajude a crescer.
Passamos no V mas já dormia profundamente mesmo com a luz da loja acesa, não o acordamos.
Estivemos com o P, que já vimos algumas vezes, que costuma estar ali perto do Sr. A, o JP dormia profundamente e depois de muito pensar deixamos um saco para ele saber que não estamos chateados. com ele.
Fomos ver se o M estava lá em baixo mas continua a não haver sinais dele...
Foi uma noite com poucas conversas mas em que fomos para casa com o sentido de que valeu a pena este longo dia de trabalho... ao domingo.
Jorge
Crónica da ronda de 12/11/2006 (6º trajecto)
Começamos pela Vivenda S, estavam 4 pessoas, o J, o Sr. J A, o S e o primo da D.
O Fernando conversou muito com o J e ficou de levar uma viola no próximo Domingo, mais uma vez confessou estar farto de estar na rua e deseja sair até ao natal. Esteve muito tempo a conversar com o Fernando sobre música.
O Sr. J A estava animado e levantou-se logo para conversar. Gosta daquele bocado que estamos com ele, ainda não tem força para sair dali para fazer uma desintoxicação.
O S falou bastante, fala muito bem francês pois viveu 22 anos em Paris. Tem imensa força interior para sair do Álcool e está a tratar de tudo para entrar no Porto Feliz, deve estar para breve o seu internamento. É inteligente e sabe que aquela vida não é para ele.
Seguindo caminho paramos no T SJ, o M já não está lá porque entrou para o Cat Matosinhos, até agora parece estar tudo a correr bem.
O P que habitualmente está sempre a ler o jornal Bola e pouco fala, desta vez demonstrou muito interesse em sair daquela vida, quer fazer uma desintoxicação e pediu ajuda, penso que por ter visto o M entrar tão rápido para o programa metadona.
É preciso ver se ele na próxima ronda continua com a mesma vontade! Estava doente com tosse e expectoração, febre. Os médicos do mundo ficaram de passar por lá no dia 11 (segunda-feira). Está em lista de espera para ser operado a uma ernia que fez questão de mostrar.
O Sr. das Anedotas não estava lá.
Apareceu uma cara nova, a M igualmente toxicodependente, diz não ter sítio certo para dormir.
Passando pela R PM não encontramos ninguém. Continuamos sem conseguir contactar o P, está na I dos G na Sé mas é difícil lá entrar à noite.
Ao regressar ao Creu passamos por dois novos sem abrigo ao pé do H Sto António, o Sr. G e a/o Sr./a W que demonstraram muito interesse e pediram para passarmos por lá no próximo Domingo, se for necessário acordar estejam à vontade caros colegas!
Maria Antónia Read
O Fernando conversou muito com o J e ficou de levar uma viola no próximo Domingo, mais uma vez confessou estar farto de estar na rua e deseja sair até ao natal. Esteve muito tempo a conversar com o Fernando sobre música.
O Sr. J A estava animado e levantou-se logo para conversar. Gosta daquele bocado que estamos com ele, ainda não tem força para sair dali para fazer uma desintoxicação.
O S falou bastante, fala muito bem francês pois viveu 22 anos em Paris. Tem imensa força interior para sair do Álcool e está a tratar de tudo para entrar no Porto Feliz, deve estar para breve o seu internamento. É inteligente e sabe que aquela vida não é para ele.
Seguindo caminho paramos no T SJ, o M já não está lá porque entrou para o Cat Matosinhos, até agora parece estar tudo a correr bem.
O P que habitualmente está sempre a ler o jornal Bola e pouco fala, desta vez demonstrou muito interesse em sair daquela vida, quer fazer uma desintoxicação e pediu ajuda, penso que por ter visto o M entrar tão rápido para o programa metadona.
É preciso ver se ele na próxima ronda continua com a mesma vontade! Estava doente com tosse e expectoração, febre. Os médicos do mundo ficaram de passar por lá no dia 11 (segunda-feira). Está em lista de espera para ser operado a uma ernia que fez questão de mostrar.
O Sr. das Anedotas não estava lá.
Apareceu uma cara nova, a M igualmente toxicodependente, diz não ter sítio certo para dormir.
Passando pela R PM não encontramos ninguém. Continuamos sem conseguir contactar o P, está na I dos G na Sé mas é difícil lá entrar à noite.
Ao regressar ao Creu passamos por dois novos sem abrigo ao pé do H Sto António, o Sr. G e a/o Sr./a W que demonstraram muito interesse e pediram para passarmos por lá no próximo Domingo, se for necessário acordar estejam à vontade caros colegas!
Maria Antónia Read
Crónica da Aldeia - Magusto (12/11/2006)
Partimos um pouco atrasados, eu e o Jorge ainda mais porque a viola e a máquina de filmar tinham ficado “esquecidas” em casa. Nada de preocupante! Por volta das 11h30 já ensaiava-mos a versão contemporânea do S. Martinho, com “Game Gears” e óculos escuros “Armani”. Acrescente-se também a grande liberdade dada aos “actores” para improvisar. No final e como compensação pelo árduo trabalho, nada melhor que um relaxado almoço ao ar livre.
Era chegada a grande hora! Os ponteiros acercavam-se das 15h quando subimos ao palco, no caso a esplanada do bar do campo de futebol. A Maria assumiu então a condução do espetáculo, o seu jeito é inato, conquistando de imediato a atenção das crianças e jovens presentes. A peça correu bem, e como foi filmada pela Carla todos poderão testemunhar e dizer de sua sentença. Não esqueçamos os dois protagonistas: o moderno S. Martinho, qual personagem dos “Morangos Com Açúcar”, no caso o Tiago, e o pobre filho do padeiro, no caso o enfarinhado Jorge. Notáveis!
Seguiu-se depois a maratona dos jogos: as crianças organizaram-se em pequenos grupos, e uma a uma foram participando nos diversos jogos: jogando à malha, “barbeando” balões”, apagando velas com seringas, dizendo alguns provérbios com a boca cheia de “marshmellows”, entre outros. No fim e em honra do dia de S. Martinho houve castanhas assadas para todos, e enquanto uns se divertiam comendo castanhas outros enfarruscavam-se com o carvão. Foi ainda imbuídos neste espírito que regressamos ao Porto, não sem antes fazermos uma pequena partilha das aventuras e desventuras deste dia.
Uma boa semana,
Rui Mota
Era chegada a grande hora! Os ponteiros acercavam-se das 15h quando subimos ao palco, no caso a esplanada do bar do campo de futebol. A Maria assumiu então a condução do espetáculo, o seu jeito é inato, conquistando de imediato a atenção das crianças e jovens presentes. A peça correu bem, e como foi filmada pela Carla todos poderão testemunhar e dizer de sua sentença. Não esqueçamos os dois protagonistas: o moderno S. Martinho, qual personagem dos “Morangos Com Açúcar”, no caso o Tiago, e o pobre filho do padeiro, no caso o enfarinhado Jorge. Notáveis!
Seguiu-se depois a maratona dos jogos: as crianças organizaram-se em pequenos grupos, e uma a uma foram participando nos diversos jogos: jogando à malha, “barbeando” balões”, apagando velas com seringas, dizendo alguns provérbios com a boca cheia de “marshmellows”, entre outros. No fim e em honra do dia de S. Martinho houve castanhas assadas para todos, e enquanto uns se divertiam comendo castanhas outros enfarruscavam-se com o carvão. Foi ainda imbuídos neste espírito que regressamos ao Porto, não sem antes fazermos uma pequena partilha das aventuras e desventuras deste dia.
Uma boa semana,
Rui Mota
quarta-feira, novembro 15, 2006
Formação em Voluntariado
Lembro que amanhã às 21:30 haverá no CREU uma formação em Voluntariado feita pela Dra. Teresa Sarmento a pedido do FAS rondas. Terá a duração de aproximadamente 2h e é aberta a todos os interessados.
segunda-feira, novembro 13, 2006
Leituras
Foi actualizada a secção das Leituras! Está disponível no blog um trabalho da Vanessa Massano Cândido sobre sem-abrigo. Clicar aqui.
Brevemente estará disponível no CREU, na pasta do FAS, um exemplar da revista The Big Issue, uma revista inglesa muito popular vendida pelos sem-abrigo. Foi fundada por John Bird, que também foi sem-abrigo (ver autobiografia "Some Luck"), e neste momento tem distribuição internacional.
Brevemente estará disponível no CREU, na pasta do FAS, um exemplar da revista The Big Issue, uma revista inglesa muito popular vendida pelos sem-abrigo. Foi fundada por John Bird, que também foi sem-abrigo (ver autobiografia "Some Luck"), e neste momento tem distribuição internacional.
Crónica da ronda de 5/11/2006 (St. Catarina)
Encontramo-nos no local habitual e, depois da habitual oração partimos para as rondas. Começamos como de costume na batalha onde estavam apenas a senhora F e o seu companheiro, estivemos a conversar com eles que nos falaram do caso de uma senhora que tinham ajudado e tinha-se aproveitado deles - o companheiro da senhora F estava bastante revoltado com a situção. A senhora F pediu-nos ajuda com uns medicamentos que precisava mas que não tinha dinheiro para comprar. Passado algum tempo chegaram a D.E. e o marido, tinham ido buscar umas sandes a uma carrinha de distribuição da mesma. Encontravam-se os dois bem. Verificámos que a batalha têm tido uma enchente de pessoas a virem buscar comida muitos deles desconhecidos que pela primeira vez lá passaram.
Seguimos viagem até á entrada da antiga loja da chico onde costumava dormir a T e onde dormem agora o Z , a companheira e outro senhor. O Z estava um pouco em baixo tal como na semana passada mas estava com vontade de recuperar e de se “levantar” outra vez .
Seguimos viagem para o aleixo on de já se encontrava a Mafalda e estivemos à conversa com uma senhora bastante engraçada e muito bem humurada, mas que se queixava dos que dormiam à porta de sua casa - tambêm dos policias á paisana por agrediram as pessoas que eles apanhavam na rua .
Acabámos a ronda com uma oração.
Vasco
Seguimos viagem até á entrada da antiga loja da chico onde costumava dormir a T e onde dormem agora o Z , a companheira e outro senhor. O Z estava um pouco em baixo tal como na semana passada mas estava com vontade de recuperar e de se “levantar” outra vez .
Seguimos viagem para o aleixo on de já se encontrava a Mafalda e estivemos à conversa com uma senhora bastante engraçada e muito bem humurada, mas que se queixava dos que dormiam à porta de sua casa - tambêm dos policias á paisana por agrediram as pessoas que eles apanhavam na rua .
Acabámos a ronda com uma oração.
Vasco
domingo, novembro 12, 2006
Crónica da Ronda de 5/10/2006 (Areosa)
Iniciámos a ronda com o habitual momento de oração, já acompanhados pela Srinha e pelo Sr D, ambos muito bem dispostos e já bastante à vontade. Como é hábito, levámos a Srinha a casa, onde ficámos a conversar um pouco. Queixou-se um pouco de não conseguir dormir, por causa da cadela de uma vizinha, que chora toda a noite por estar na rua (entretanto parece que foi falar com a vizinha e esta colocou a cadelinha noutro sítio, onde não incomoda os vizinhos e está mais abrigada). Àparte esta questão, a conversa foi muito bem disposta, sempre com muita brincadeira, o que revela a intimidade que já existe entre todos (até nos esquecemos do quebra-gelo do “vai um cafezinho com leite?”). À saída, enquanto uns acompanharam o Sr D ao carro, outros passaram pela casa da G, onde ainda brincaram um bocadinho com o pequeno M. Fomos deixar o Sr D em casa, e seguimos para ir ter com o “pessoal do prédio”. De caminho, continuamos a passar pela BlockBuster, mas sempre sem avistarmos o P. Na nova localização do “pessoal do prédio”, aparecem quase todos: o ZM, o amigo de leste, o companheiro algarvio,e ainda um amigo que pessoalmente ainda não conhecia, creio que se chama M. O J continua sem aparecer, o que nos preocupa um pouco, e desta vez a D também não apareceu. Mas a conversa foi animada. Com o ZM, entre os desaires do grandioso Sporting e a promessa de trazer um dvd para a semana com a reportagem, deu para perceber que está cada vez mais a fortalecer os laços com a irmã e até mesmo com a mãe, para além de já estar a reduzir as doses de metadona. Enquanto isso, houve quem encomedasse ao multifacetado senhor de leste uma tela pintada pelo próprio, o qual já teve uma vida com muitas experiências. Seguimos para a areosa, e pelo caminho deu ainda para dar os parabéns à Maria, a nossa chefa!... Posto isto, na areosa fomos encontrar o M acompanhado por um A. Este veio de trabalhar em espanha. No entanto, houve algumas complicações, mas que tem tentado resolver. Este amigo ao que parece, foi casado com a irmã do J, o qual fomos encontrar, novamente, a dormir no Banco. Antes disso, houve ainda tempo para darmos a prometida sopa ao M, e também ao seu amigo. No entretanto, passaram alguns convivas, uns mais conversadeiros, outros nem por isso. Seguimos para ir ter com a I, que fingindo-se a dormir, tentou pregar-nos um susto (tal e qual o sr M). À semelhança da semana passada, a conversa foi bastante animada, e embora não tenhamos abordado qualquer tema delicado, a leveza com que convivemos serviu sem dúvida para fortalecer os laços de amizade. Sem mais sacos para entregar, seguimos para a oração final, desta vez sem sairmos do carro, mas não com menos partilha, onde demos graças por esta noite tão singularmente sorridente poder, de certa forma, celebrar os anos da Maria. Para ela um grande beijinho, e claro, para o pessoal que está “lá fora” ;), um beijinho e aquele abraço.
Tiago Cabeçadas
Tiago Cabeçadas
sexta-feira, novembro 10, 2006
Aldeia - Partida Domingo (12/11) - 9:30h e Magusto das 14:30 às 17:00
Olá a todos, vamos no domingo às Aldeias, às 9:30, no sítio do costume (frente à Igreja NS Fatima).
Falei com a Patrícia: o Magusto começa às 14:30 em Bustelo, no campo de futebol e pretende-se acabado às 17:00.
Não se esqueçam do almoço para partilharmos, vamos ter rissóis da Joana? salada da Carla? ou vai haver algo totalmente novo? :)
O que é certo é que perdemos os famosos morfes de Valongo...
Bom trabalho, um abraço a todos e até domingo.
Jorge
PS- Se tiverem mais ideias mandem-nas por mail, ou para ajudas com material que nos falta enviem-me um SMS (vejam aqui no blog em contactos).
Falei com a Patrícia: o Magusto começa às 14:30 em Bustelo, no campo de futebol e pretende-se acabado às 17:00.
Não se esqueçam do almoço para partilharmos, vamos ter rissóis da Joana? salada da Carla? ou vai haver algo totalmente novo? :)
O que é certo é que perdemos os famosos morfes de Valongo...
Bom trabalho, um abraço a todos e até domingo.
Jorge
PS- Se tiverem mais ideias mandem-nas por mail, ou para ajudas com material que nos falta enviem-me um SMS (vejam aqui no blog em contactos).
Crónica da ronda de 05/11/06 (Boavista)
A ronda correu muito bem. Fomos apenas os dois, eu e a Joana, e inicialmente não estávamos com grandes expectativas, mas no final o nosso sentimento de satisfação era inegável. Visitamos a D. F., e ficamos a saber porque é que ela estava a dormir a semana passada aquela hora, tinha tomado um medicamento para uma dor de dentes que lhe provocara sonolência, e descobrimos também que nestas situações ela prefere não ser acordada. Antes já tínhamos ido ao encontro do JP, que se mostrou cheio de vontade de ir para o CAT e desejoso de encontrar o Jorge. Fomos depois visitar o Sr. V, um pouco mais moderado nas palavras em relação ao habitual, esta foi a minha impressão, embora grande parte da conversa tenha sido partilhada apenas com a Joana, já que eu estava a falar com o F, um sem-abrigo “sazonal” que de vez em quando “estaciona” junto do Sr. V. Este não se encontrava muito agradado com o rumo que a sua vida havia tomado nos últimos tempos, situação que tentamos contornar com a transmissão de algumas palavras de esperança. Por ultimo o Sr. Á, coma a boa disposição habitual, e surpresa das surpresas...apareceu o Jorge. Fomos ainda dar um saquinho ao P, um toxicodependente que junto uns trocados a arrumar. Fizemos a oração final, os três, tendo depois cada um seguido seu rumo. Um bom resto de semana!
Rui Mota
Rui Mota
quarta-feira, novembro 08, 2006
Crónica da Aldeia (4/11/2006)
Desta vez acompanharam-nos, para além de alguns habituais e de alguns assíduos novos, as recentíssimas Vera e Filipa. Ao todo 12, um pequeno recorde.
Após uma breve apresentação de cada um demos início à organização da magnífica peça de teatro a ir à cena no magusto do próximo domingo. As ideias foram surgindo. Não vou enumerá-las, prezo pela surpresa do espectáculo - sobretudo pela dignidade do grupo. Volta e meia havia um sujeito que tocava músicas estranhas numa guitarra. Não conseguimos perceber quem era, continuámos a ignorá-lo. A certa altura sugeriu que simulássemos o concurso d’O Grande Português com o S. Martinho como possível eleito. Enfim.
Almoçámos muito bem – os rissóis da Joana quase foram trocados pela salada da Carla. Depois o grupo dividiu-se pelas aldeias. Pudemos já visitar novos casos. A dupla Rui-São continua admiravelmente (e aqui não brinco) nas suas investidas criativas. Os novos levaram entusiasmo e não se arrependeram. Regressámos satisfeitos. Passámos por Bustelo onde pudemos apanhar o resto do grupo e ainda dar ao dente num fabuloso pão de milho. A gastronomia inegavelmente a revelar os fundamentos da nossa persistência.
Foi já no lusco-fusco que partilhámos e reunimos o que nos move e nos acrescenta nestas idas à “aldeia” - como o frio recolhendo os corpos às lareiras, pelo inverno.
Após uma breve apresentação de cada um demos início à organização da magnífica peça de teatro a ir à cena no magusto do próximo domingo. As ideias foram surgindo. Não vou enumerá-las, prezo pela surpresa do espectáculo - sobretudo pela dignidade do grupo. Volta e meia havia um sujeito que tocava músicas estranhas numa guitarra. Não conseguimos perceber quem era, continuámos a ignorá-lo. A certa altura sugeriu que simulássemos o concurso d’O Grande Português com o S. Martinho como possível eleito. Enfim.
Almoçámos muito bem – os rissóis da Joana quase foram trocados pela salada da Carla. Depois o grupo dividiu-se pelas aldeias. Pudemos já visitar novos casos. A dupla Rui-São continua admiravelmente (e aqui não brinco) nas suas investidas criativas. Os novos levaram entusiasmo e não se arrependeram. Regressámos satisfeitos. Passámos por Bustelo onde pudemos apanhar o resto do grupo e ainda dar ao dente num fabuloso pão de milho. A gastronomia inegavelmente a revelar os fundamentos da nossa persistência.
Foi já no lusco-fusco que partilhámos e reunimos o que nos move e nos acrescenta nestas idas à “aldeia” - como o frio recolhendo os corpos às lareiras, pelo inverno.
Crónica da ronda de 5/11/2006 (Batalha)
A falta de elementos másculos e valentes levou a que me requisitassem para a ronda-mãe Batalha. Protegido, mais que protector, lá fui acompanhado pela São e pela Manela.
O Sr D seria a nossa primeira paragem. Como explicar então que o Sr D não foi a nossa primeira paragem naquela noite… Há necessidades básicas que um homem solitário não pode evitar satisfazer. Coisas que (cada vez mais) nem com a idade acalmam. E coisas às quais ninguém precisa de assistir, mesmo quando o homem as pratica na inocência de um sonho mais apimentado onde o pudor parece desaparecer. Entendidos que estamos, adiante…
A segunda paragem foi uma tentativa de abordagem a um novo sem-abrigo. Um senhor que, depois de dar uns bons goles numa qualquer garrafa alcoolizada, nos disse que não estava para aturar ninguém, que há pouco já tivera que ouvir um bêbado. Soma e segue. Já levávamos 2 a 0.
Passámos ao Sr X. Sentado atrás de uma pilar do edifício sarrabiscava os seus códigos. E quando assim é não há conversa para ninguém. Três secos e ainda não eram 11 da noite. Fomos à Rua dos B. esperar um senhor que não apareceu. 4. Corajosamente voltámos ao Sr. D.. Como o sono dele era muito conseguimos manter a distância para que nos não forçasse o indesejado cumprimento, sem que ele estranhasse. Houve tempo para chá e um boa noite rápido, entre bocejos e murmúrios imperceptíveis. Não se pode dizer que tivesse sido o tento que dera a volta ao resultado, mas, pelo menos ao que parecia na altura, foi o começo.
Encontrámos o P sentado à espera dos cêntimos de um doutor para a viagem de metro. O P está com muito bom aspecto. Teve a sorte de encontrar quem o ajudasse no CAT (e sorte, neste caso, é uma palavra pequena). Tem consciência das suas fraquezas, tem medo de si, de ceder. Vamos incentivando. A solidão não ajuda, tem que ser combatida.
Como a outra ronda já relatou, procurámos o homónimo anglo-saxónico do P algures pela Sé. Conseguimos sair de lá com o corpo completo, os órgãos no sítio e a carteira intacta – meninas do 6º trajecto, buzinar naquela zona àquela hora se calhar não é boa ideia. Fica a sugestão do cagufas do vosso chefe.
Numa ronda em que o índice de fofoca foi altíssimo, e a sorte com as visitas a que se viu fica o apontamento possível. Com estas é que não me apanham mais, livra!
O Sr D seria a nossa primeira paragem. Como explicar então que o Sr D não foi a nossa primeira paragem naquela noite… Há necessidades básicas que um homem solitário não pode evitar satisfazer. Coisas que (cada vez mais) nem com a idade acalmam. E coisas às quais ninguém precisa de assistir, mesmo quando o homem as pratica na inocência de um sonho mais apimentado onde o pudor parece desaparecer. Entendidos que estamos, adiante…
A segunda paragem foi uma tentativa de abordagem a um novo sem-abrigo. Um senhor que, depois de dar uns bons goles numa qualquer garrafa alcoolizada, nos disse que não estava para aturar ninguém, que há pouco já tivera que ouvir um bêbado. Soma e segue. Já levávamos 2 a 0.
Passámos ao Sr X. Sentado atrás de uma pilar do edifício sarrabiscava os seus códigos. E quando assim é não há conversa para ninguém. Três secos e ainda não eram 11 da noite. Fomos à Rua dos B. esperar um senhor que não apareceu. 4. Corajosamente voltámos ao Sr. D.. Como o sono dele era muito conseguimos manter a distância para que nos não forçasse o indesejado cumprimento, sem que ele estranhasse. Houve tempo para chá e um boa noite rápido, entre bocejos e murmúrios imperceptíveis. Não se pode dizer que tivesse sido o tento que dera a volta ao resultado, mas, pelo menos ao que parecia na altura, foi o começo.
Encontrámos o P sentado à espera dos cêntimos de um doutor para a viagem de metro. O P está com muito bom aspecto. Teve a sorte de encontrar quem o ajudasse no CAT (e sorte, neste caso, é uma palavra pequena). Tem consciência das suas fraquezas, tem medo de si, de ceder. Vamos incentivando. A solidão não ajuda, tem que ser combatida.
Como a outra ronda já relatou, procurámos o homónimo anglo-saxónico do P algures pela Sé. Conseguimos sair de lá com o corpo completo, os órgãos no sítio e a carteira intacta – meninas do 6º trajecto, buzinar naquela zona àquela hora se calhar não é boa ideia. Fica a sugestão do cagufas do vosso chefe.
Numa ronda em que o índice de fofoca foi altíssimo, e a sorte com as visitas a que se viu fica o apontamento possível. Com estas é que não me apanham mais, livra!
segunda-feira, novembro 06, 2006
Crónica da ronda de 5/11/2006 (6º trajecto)
A 6ª ronda começa cada vez mais a ganhar um trajecto definido. Desta vez a equipa estava completa, apesar de termos ‘emprestado’ o Bateira à ronda da Batalha pois encontrava-se desfalcada.
A noite iniciou pálida, talvez por causa da chuva que ameaçava cair, mas as estrelas timidamente foram espreitando dando forma a uma noite fantástica.
Como sempre, iniciamos a ronda na vivenda S. onde encontrámos o Sr. J A, acompanhado pelo senhor Al. já conhecido, e pelo Sr. S, novo nestas paragens, que tem dormitado por ali nos últimos dias. O Sr. J A, sendo uma pessoa de conversa fácil, rapidamente começou a contar histórias e a falar das coisas habituais. O Sr. Al mostrava-se extremamente entusiasmado pois na terça, segundo ele, vai para Espanha ter com a sua
namorada. O Sr. S acolheu-nos de uma forma muito simpática e rapidamente abriu o seu coração. Falou da sua vida, das profissões que já desempenhou, dos vários idiomas que domina, e do resto de uma vida entregue ao alcoolismo. Disse que estava à espera de ser chamado para mais uma desintoxicação, e estava plenamente consciente que só dependia dele. Sendo ele um jovem, entregue à rua apenas há dois meses, tudo tem
para recomeçar uma nova vida, assim esperamos. Para a semana contamos ter noticias dele. O J. apareceu um pouco mais tarde, tinha ido procurar pontas de cigarros maiores para juntar e enrolar um para ele, e como sempre, chegou simpático mas reservado. A conversa corria fluentemente, mas tivemos que ir embora, pois havia ainda outras paragens.
Seguimos para o T S João, onde encontrámos de novo o M e o P. O M ficou de ir esta semana ao CAT com o Jorge apesar de denotarmos no seu rosto algum receio da ressaca da noite. O P mostrou-se de novo um pouco reservado, recebeu o saco transpirando satisfação, e continuou a ler o seu jornal habitual, A Bola. Com eles, estava também outro senhor, o Sr. M J S, que logo nos questionou se pertencíamos ao grupo do Pedro, e se identificou como o ‘Sr. das Anedotas’. Após vários pares de piadas contadas por ele, começámos a falar sobre assuntos mais sérios. Nesse momento ressaltou à tona um rosto amargurado, as memórias do passado, o alento de toda a família ter singrado na vida, e a dor de viver há tanto tempo encostado a qualquer beco. Apesar de muitas das palavras saírem esgazeadas entre dentes, era possível perceber a vontade que este homem tem em deixar esta vida. Ele disse que ia continuar ali, e para a semana já contaremos com ele na distribuição dos sacos.
Seguimos então para a rua Passos Manuel onde não conseguimos encontrar o W. Será um bom sinal?
Por fim, o destino mais complicado da noite. Resolvemos seguir algumas indicações e procurar o P próximo da igreja dos Grilos, (numa zona bem rebuscada de Sé). Fomos ao encontro da ronda da Batalha e juntos aproximamo-nos da Sé. O caminho não inspirava muita confiança, e bem que tentamos embalar-nos para descer os acentuados ‘canelhos’. A Maria Antónia levava medicamentos, visto que havia informações que ele tinha
contraído sarna. Apesar de não faltar motivação, resolvemos não arriscar, visto que existiam algumas movimentações bastante sinistras por aquelas zonas, ficando a hipótese de o procurar de dia.
A noite terminou no sítio de sempre, com uma pequena oração com as duas rondas juntas, e apesar da mágoa de não termos encontrado o P, fica a esperança que ele esteja bem, pois sabemos que Ele está sempre de olho nos mais necessitados.
Fernando Pires
A noite iniciou pálida, talvez por causa da chuva que ameaçava cair, mas as estrelas timidamente foram espreitando dando forma a uma noite fantástica.
Como sempre, iniciamos a ronda na vivenda S. onde encontrámos o Sr. J A, acompanhado pelo senhor Al. já conhecido, e pelo Sr. S, novo nestas paragens, que tem dormitado por ali nos últimos dias. O Sr. J A, sendo uma pessoa de conversa fácil, rapidamente começou a contar histórias e a falar das coisas habituais. O Sr. Al mostrava-se extremamente entusiasmado pois na terça, segundo ele, vai para Espanha ter com a sua
namorada. O Sr. S acolheu-nos de uma forma muito simpática e rapidamente abriu o seu coração. Falou da sua vida, das profissões que já desempenhou, dos vários idiomas que domina, e do resto de uma vida entregue ao alcoolismo. Disse que estava à espera de ser chamado para mais uma desintoxicação, e estava plenamente consciente que só dependia dele. Sendo ele um jovem, entregue à rua apenas há dois meses, tudo tem
para recomeçar uma nova vida, assim esperamos. Para a semana contamos ter noticias dele. O J. apareceu um pouco mais tarde, tinha ido procurar pontas de cigarros maiores para juntar e enrolar um para ele, e como sempre, chegou simpático mas reservado. A conversa corria fluentemente, mas tivemos que ir embora, pois havia ainda outras paragens.
Seguimos para o T S João, onde encontrámos de novo o M e o P. O M ficou de ir esta semana ao CAT com o Jorge apesar de denotarmos no seu rosto algum receio da ressaca da noite. O P mostrou-se de novo um pouco reservado, recebeu o saco transpirando satisfação, e continuou a ler o seu jornal habitual, A Bola. Com eles, estava também outro senhor, o Sr. M J S, que logo nos questionou se pertencíamos ao grupo do Pedro, e se identificou como o ‘Sr. das Anedotas’. Após vários pares de piadas contadas por ele, começámos a falar sobre assuntos mais sérios. Nesse momento ressaltou à tona um rosto amargurado, as memórias do passado, o alento de toda a família ter singrado na vida, e a dor de viver há tanto tempo encostado a qualquer beco. Apesar de muitas das palavras saírem esgazeadas entre dentes, era possível perceber a vontade que este homem tem em deixar esta vida. Ele disse que ia continuar ali, e para a semana já contaremos com ele na distribuição dos sacos.
Seguimos então para a rua Passos Manuel onde não conseguimos encontrar o W. Será um bom sinal?
Por fim, o destino mais complicado da noite. Resolvemos seguir algumas indicações e procurar o P próximo da igreja dos Grilos, (numa zona bem rebuscada de Sé). Fomos ao encontro da ronda da Batalha e juntos aproximamo-nos da Sé. O caminho não inspirava muita confiança, e bem que tentamos embalar-nos para descer os acentuados ‘canelhos’. A Maria Antónia levava medicamentos, visto que havia informações que ele tinha
contraído sarna. Apesar de não faltar motivação, resolvemos não arriscar, visto que existiam algumas movimentações bastante sinistras por aquelas zonas, ficando a hipótese de o procurar de dia.
A noite terminou no sítio de sempre, com uma pequena oração com as duas rondas juntas, e apesar da mágoa de não termos encontrado o P, fica a esperança que ele esteja bem, pois sabemos que Ele está sempre de olho nos mais necessitados.
Fernando Pires
domingo, novembro 05, 2006
Crónica da ronda de 29/10/2006 (6º trajecto)
Depois de um fim-de-semana com um sol magnifico, mais uma ronda de Domingo! Deparo-me com a ausência total dos meus companheiros por motivos de força maior. Desta vez tive o prazer de ser acompanhada pelo Jorge Mayer.
Apesar deste 6º percurso ter sido considerado na última reunião a “ovelha negra “, neste Domingo revelou-se uma grande surpresa!!!
Começamos pela Vivenda S, deparamo-nos com apenas dois sem abrigo, o J e o Sr. J A, a câmara fez uma limpeza geral e levou tudo o que eles lá tinham. Como sempre simpáticos e faladores mas nenhuma novidade relevante. Precisam de roupa, meias etc.
Resolvemos fazer uma busca em vários locais uma vez que ainda tínhamos muitos sacos.
Passamos na R Stª Catarina e encontramos o C, novo sem abrigo, que aceitou o saco e pediu um cobertor.
No T S João, abordamos dois sem abrigo igualmente novos nesta paragem, o M e o P. O M, que já foi mecânico, pediu ajuda para o programa de desintoxicação, simpático e afável contou-nos um pouco o seu percurso, já conseguimos uma 1ª entrevista para o Cat de Matosinhos, vamos lá ver…
O P estava deitado a ler a Bola, recebeu o saco de bom agrado, estava com sono por isso não falamos muito. Ponto interessante, quando estávamos a ir embora o P chama-nos e diz: já deram o saco ao meu companheiro do lado? Ficamos deliciados com este gesto de solidariedade.
Descendo a rua Passos Manuel à procura do Sr. J, surpresa nossa não estava o J mas sim outro sem abrigo de nome W que inicialmente ficou um pouco atrapalhado, pedimos desculpa e logo que viramos as costas chamou-nos, começa a conversar abertamente, conta-nos as suas preocupações, está à espera de entrar para o Porto feliz. Pediu-nos uns sapatos confortáveis. (Entretanto na 2ª feira passamos na V S para comemorar os anos do Sr. J A e por acaso o W passou lá referindo que estava muito contente porque vai entrar no Porto Feliz na próxima semana).
Pensando que a ronda estava dada por terminada e já sem sacos, descendo a R. 31 J encontramos o P, muito magro, doente, que nos disse ter estado internado no H S. João 3 meses, é um caso de pouca esperança, resta-nos dar um pouco de dignidade a este homem que nos recebe sempre também e nos agradece muito por tudo o que lhe damos. O Jorge ainda conseguiu apanhar a Mafalda para ir buscar um saco para o P. Fiquei de tentar falar com a assistente social no S. João. Espero que na próxima semana consiga!
Depois de tantas surpresas neste 6ª percurso ficamos satisfeitos, chegamos ao Creu a tempo da oração com o grupo do Jorge.
«Acreditar que um ser participa de uma vida desconhecida na qual o seu amor nos faria penetrar é, de tudo o que o amor exige para nascer, o mais importante e o que o faz menosprezar tudo o resto.»
Marcel Proust, in "Du côté de chez swann"
Maria Antónia Read
Apesar deste 6º percurso ter sido considerado na última reunião a “ovelha negra “, neste Domingo revelou-se uma grande surpresa!!!
Começamos pela Vivenda S, deparamo-nos com apenas dois sem abrigo, o J e o Sr. J A, a câmara fez uma limpeza geral e levou tudo o que eles lá tinham. Como sempre simpáticos e faladores mas nenhuma novidade relevante. Precisam de roupa, meias etc.
Resolvemos fazer uma busca em vários locais uma vez que ainda tínhamos muitos sacos.
Passamos na R Stª Catarina e encontramos o C, novo sem abrigo, que aceitou o saco e pediu um cobertor.
No T S João, abordamos dois sem abrigo igualmente novos nesta paragem, o M e o P. O M, que já foi mecânico, pediu ajuda para o programa de desintoxicação, simpático e afável contou-nos um pouco o seu percurso, já conseguimos uma 1ª entrevista para o Cat de Matosinhos, vamos lá ver…
O P estava deitado a ler a Bola, recebeu o saco de bom agrado, estava com sono por isso não falamos muito. Ponto interessante, quando estávamos a ir embora o P chama-nos e diz: já deram o saco ao meu companheiro do lado? Ficamos deliciados com este gesto de solidariedade.
Descendo a rua Passos Manuel à procura do Sr. J, surpresa nossa não estava o J mas sim outro sem abrigo de nome W que inicialmente ficou um pouco atrapalhado, pedimos desculpa e logo que viramos as costas chamou-nos, começa a conversar abertamente, conta-nos as suas preocupações, está à espera de entrar para o Porto feliz. Pediu-nos uns sapatos confortáveis. (Entretanto na 2ª feira passamos na V S para comemorar os anos do Sr. J A e por acaso o W passou lá referindo que estava muito contente porque vai entrar no Porto Feliz na próxima semana).
Pensando que a ronda estava dada por terminada e já sem sacos, descendo a R. 31 J encontramos o P, muito magro, doente, que nos disse ter estado internado no H S. João 3 meses, é um caso de pouca esperança, resta-nos dar um pouco de dignidade a este homem que nos recebe sempre também e nos agradece muito por tudo o que lhe damos. O Jorge ainda conseguiu apanhar a Mafalda para ir buscar um saco para o P. Fiquei de tentar falar com a assistente social no S. João. Espero que na próxima semana consiga!
Depois de tantas surpresas neste 6ª percurso ficamos satisfeitos, chegamos ao Creu a tempo da oração com o grupo do Jorge.
«Acreditar que um ser participa de uma vida desconhecida na qual o seu amor nos faria penetrar é, de tudo o que o amor exige para nascer, o mais importante e o que o faz menosprezar tudo o resto.»
Marcel Proust, in "Du côté de chez swann"
Maria Antónia Read
Crónica da ronda de 29/10/2006 (Batalha)
Nunca sabemos como é que a noite irá ditar o rumo de mais uma ronda.
Foi no dia 29 que a ronda da Batalha, constituída nessa noite quente pela Manuela, Luís e pelo novo membro Sabina iniciaram o seu percurso, na tentativa de tornar um pouco mais agradável os escassos momentos concedidos por aqueles que são visitados.
A ronda iniciou a sua pequena viagem, visitando o sr. D., que por ser a pessoa mais idosa a ser visitada, a ronda achou por bem ser este o primeiro a ser visitado. O cenário encontrado foi o habitual, com o feitio resingão do sr.D. a dar mostras de não se deixar abater pela já avultada idade. Apesar disso, encontrava-se de boa saúde, já que os médicos do mundo haviam passado lá nessa mesma semana, acompanhados por um elemento do grupo.
O grupo ficou ainda alguns momentos a tentar obter umas gargalhadas por parte do Sr.D., mas há dias assim, em que nos sentimos pequenos perante a força destas pessoas que por vezes também têm os seus dias de consternação e por isso a ronda decidiu deixar dormir o sr. D., já que era isso mesmo que este pretendia.
O grupo decidiu então visitar o sr. F. Ao chegar ao ponto habitual de encontro, o grupo constatou que o sr. F. se encontrava dentro do restaurante que serve comida chinesa, situado perto do local onde dorme e que os funcionários lhe haviam fornecido um pequeno jantar. Por esta razão, o sr.F, apesar de visivelmente embriagado, encontrava-se muito bem disposto, feliz diria mesmo. Eram os olhos de quem sorri por estas pequenas graças, gestos que se perduram e partilham, ou não quisesse o sr.F. partilhar aquele pequeno jantar connosco. O grupo ficou ali por volta de uma hora, rindo-se com o sr.F. que não queria que a ronda arreda-se pé dali. O grupo ficou muito contente e deixou-se estar, chegando mesmo a provar o pequeno manjar do sr.F.
Depois deste alegre e eterno período, a ronda encontrava-se muito bem disposta, sem saber ainda o que a noite reservava.
Era altura de visitar o sr. P, o mais jovem das pessoas visitadas e talvez por isso, dos mais comunicativos. Infelizmente, as notícias não eram as melhores. São conhecidas pelo grupo e por todos aqueles que acompanham as crónicas, que o estado de saúde do P. é débil devido ao facto de ser toxicodependente. Em consequência disso, o P. deu-nos a notícia de que iria ser internado, devido a um grave problema de saúde.
Actos e situações como estas, fazem-me perguntar o quão bem estaremos nós preparados para lidar com este tipo de situações complexas, fartas de frustração por parte de quem por elas padece. Será um sorriso e uma palavra amiga a sussurrar “vai tudo correr bem”, suficiente? Confesso a minha total ignorância em relação a esta resposta, contudo foi o máximo que o grupo pôde fazer naquele momento. E foi o melhor que poderiam ter feito, de facto.
Depois desta situação menos agradável e sorridente foi altura de o grupo seguir para visitar o Sr. J. e a sua carismática “habitação”. Disse-nos o sr. J. que esta semana iria para Espanha e que quando voltasse iria para uma casa, juntamente com a esposa. O grupo tentou acreditar no sr.J., mas como são repetidas as vezes em que o sr.J. afirma o irrealizável e à falta de provas, a ronda ficou na dúvida. Dúvida essa que irá ser esclarecida este domingo, quando a ronda por lá passar novamente, perto de St. Catarina.
A ronda regressou ao seu local inicial, finalizando mais um domingo com uma oração a pedir força para o sr. P. e com a Manuela a terminar com a leitura de um poema que nos fez pensar a todos no poder que cada um de nós tem, para mudar tudo aquilo que nos rodeia.
Apesar disso, a noite e os destinos que esta traça, fazem parte de tudo aquilo que é incontrolável por nós e é por isso que estes jovens – e tantos outros – todos os domingos, fazem aquilo que melhor sabem – ajudar os outros, ajudando-se a si próprios.
p.s. parabéns a sabina, que para alem de ter mostrado que tem o espírito que é necessário faz anos hoje, dia 3.
Luís silva
Foi no dia 29 que a ronda da Batalha, constituída nessa noite quente pela Manuela, Luís e pelo novo membro Sabina iniciaram o seu percurso, na tentativa de tornar um pouco mais agradável os escassos momentos concedidos por aqueles que são visitados.
A ronda iniciou a sua pequena viagem, visitando o sr. D., que por ser a pessoa mais idosa a ser visitada, a ronda achou por bem ser este o primeiro a ser visitado. O cenário encontrado foi o habitual, com o feitio resingão do sr.D. a dar mostras de não se deixar abater pela já avultada idade. Apesar disso, encontrava-se de boa saúde, já que os médicos do mundo haviam passado lá nessa mesma semana, acompanhados por um elemento do grupo.
O grupo ficou ainda alguns momentos a tentar obter umas gargalhadas por parte do Sr.D., mas há dias assim, em que nos sentimos pequenos perante a força destas pessoas que por vezes também têm os seus dias de consternação e por isso a ronda decidiu deixar dormir o sr. D., já que era isso mesmo que este pretendia.
O grupo decidiu então visitar o sr. F. Ao chegar ao ponto habitual de encontro, o grupo constatou que o sr. F. se encontrava dentro do restaurante que serve comida chinesa, situado perto do local onde dorme e que os funcionários lhe haviam fornecido um pequeno jantar. Por esta razão, o sr.F, apesar de visivelmente embriagado, encontrava-se muito bem disposto, feliz diria mesmo. Eram os olhos de quem sorri por estas pequenas graças, gestos que se perduram e partilham, ou não quisesse o sr.F. partilhar aquele pequeno jantar connosco. O grupo ficou ali por volta de uma hora, rindo-se com o sr.F. que não queria que a ronda arreda-se pé dali. O grupo ficou muito contente e deixou-se estar, chegando mesmo a provar o pequeno manjar do sr.F.
Depois deste alegre e eterno período, a ronda encontrava-se muito bem disposta, sem saber ainda o que a noite reservava.
Era altura de visitar o sr. P, o mais jovem das pessoas visitadas e talvez por isso, dos mais comunicativos. Infelizmente, as notícias não eram as melhores. São conhecidas pelo grupo e por todos aqueles que acompanham as crónicas, que o estado de saúde do P. é débil devido ao facto de ser toxicodependente. Em consequência disso, o P. deu-nos a notícia de que iria ser internado, devido a um grave problema de saúde.
Actos e situações como estas, fazem-me perguntar o quão bem estaremos nós preparados para lidar com este tipo de situações complexas, fartas de frustração por parte de quem por elas padece. Será um sorriso e uma palavra amiga a sussurrar “vai tudo correr bem”, suficiente? Confesso a minha total ignorância em relação a esta resposta, contudo foi o máximo que o grupo pôde fazer naquele momento. E foi o melhor que poderiam ter feito, de facto.
Depois desta situação menos agradável e sorridente foi altura de o grupo seguir para visitar o Sr. J. e a sua carismática “habitação”. Disse-nos o sr. J. que esta semana iria para Espanha e que quando voltasse iria para uma casa, juntamente com a esposa. O grupo tentou acreditar no sr.J., mas como são repetidas as vezes em que o sr.J. afirma o irrealizável e à falta de provas, a ronda ficou na dúvida. Dúvida essa que irá ser esclarecida este domingo, quando a ronda por lá passar novamente, perto de St. Catarina.
A ronda regressou ao seu local inicial, finalizando mais um domingo com uma oração a pedir força para o sr. P. e com a Manuela a terminar com a leitura de um poema que nos fez pensar a todos no poder que cada um de nós tem, para mudar tudo aquilo que nos rodeia.
Apesar disso, a noite e os destinos que esta traça, fazem parte de tudo aquilo que é incontrolável por nós e é por isso que estes jovens – e tantos outros – todos os domingos, fazem aquilo que melhor sabem – ajudar os outros, ajudando-se a si próprios.
p.s. parabéns a sabina, que para alem de ter mostrado que tem o espírito que é necessário faz anos hoje, dia 3.
Luís silva
sexta-feira, novembro 03, 2006
Aldeia - Partida Amanhã Sábado (4/11) - 10:30h
Olá a todos,
vamos amanhã sábado às Aldeias, às 10:30, no sítio do costume (frente à Igreja NS Fatima).
Eu, o Rui, a São, o Tiago, o Nuno, Joana Rocha, o João, a Mónica, a Mafalda, o Pedro, a Carla, a Vera e a Filipa estamos já confirmados. A Maria não pode ir, por causa do curso.
Não se esqueçam do almoço para partilharmos.Vamos começar com 3 novas visitas em Ansiães e uma em Candemil.
Bom trabalho, um abraço a todos e até amanhã.
vamos amanhã sábado às Aldeias, às 10:30, no sítio do costume (frente à Igreja NS Fatima).
Eu, o Rui, a São, o Tiago, o Nuno, Joana Rocha, o João, a Mónica, a Mafalda, o Pedro, a Carla, a Vera e a Filipa estamos já confirmados. A Maria não pode ir, por causa do curso.
Não se esqueçam do almoço para partilharmos.Vamos começar com 3 novas visitas em Ansiães e uma em Candemil.
Bom trabalho, um abraço a todos e até amanhã.
quinta-feira, novembro 02, 2006
Crónica da ronda de St.ª Catarina 22/10/06
Encontrámo-nos todos no "sítio do costume", fizémos a oração em conjunto e partimos para as nossas rondas.
O nosso grupo iniciou a ronda, na Batalha, onde estavam, como é hábito, a D. E. e o marido,Sr. F., o Sr. F., e o outro casal habitual.
A D. E. tornou a contar a última "desgraça" que lhe aconteceu - o incêndio que ocorreu na "casa velha", onde já viveu com o marido e onde continua a ir durante o dia (embora à noite durma numa pensão), pois queixa-se que a dona da pensão a acusa de gastar muita luz e os outros inquilinos criticam-na por ser muito limpa.
Por fim, depois de ter desabafado, com os olhos a brilhar pediu ao Pedro que lhe telefonasse para o filho, pois há alguns dias que não conseguia falar com ele (apesar de ter telemovel, este nem sempre tem crédito).
Quanto ao outro casal, ele continuava com gripe, embora a tomar medicação, e ela, muito contente contou que o filho dela tinha feito anos e o do marido também.
Quando estavamos quase a seguir para St.ª Catarina apareceram dois jovens toxicodependentes, o M. eo I. que, segundo eles, estão a tentar entrar numa instituição para toxicodependentes para fazerem desintoxicação e reabilitação.Oxalá consigam!
Em St.ª Catarina não vimos a T. no local habitual e seguimos então para o Aleixo. Lá, encontrámos o grupo do Fernando e estivémos com a d. A. e o sr. M.
Por fim, fomos ao encontro da B. que também quer deixar a droga, até por que tem uma filha.
Terminámos a ronda em frente à casa da Sílvia, com uma oração.
Carla
O nosso grupo iniciou a ronda, na Batalha, onde estavam, como é hábito, a D. E. e o marido,Sr. F., o Sr. F., e o outro casal habitual.
A D. E. tornou a contar a última "desgraça" que lhe aconteceu - o incêndio que ocorreu na "casa velha", onde já viveu com o marido e onde continua a ir durante o dia (embora à noite durma numa pensão), pois queixa-se que a dona da pensão a acusa de gastar muita luz e os outros inquilinos criticam-na por ser muito limpa.
Por fim, depois de ter desabafado, com os olhos a brilhar pediu ao Pedro que lhe telefonasse para o filho, pois há alguns dias que não conseguia falar com ele (apesar de ter telemovel, este nem sempre tem crédito).
Quanto ao outro casal, ele continuava com gripe, embora a tomar medicação, e ela, muito contente contou que o filho dela tinha feito anos e o do marido também.
Quando estavamos quase a seguir para St.ª Catarina apareceram dois jovens toxicodependentes, o M. eo I. que, segundo eles, estão a tentar entrar numa instituição para toxicodependentes para fazerem desintoxicação e reabilitação.Oxalá consigam!
Em St.ª Catarina não vimos a T. no local habitual e seguimos então para o Aleixo. Lá, encontrámos o grupo do Fernando e estivémos com a d. A. e o sr. M.
Por fim, fomos ao encontro da B. que também quer deixar a droga, até por que tem uma filha.
Terminámos a ronda em frente à casa da Sílvia, com uma oração.
Carla
Crónica da Ronda de 29/10/2006 (Areosa)
“Como uma criança que recebe O presente tão esperado e de tanta alegria e emoção nem lhe consegue tocar. Fica só a contempla-lo com uma lágrima no canto do olho..”
Foi assim que me senti quando dei por mim na oração que deu inicio a esta ronda, a minha primeira ronda.
A S. e o Sr. Z tinham ido encontrar-se connosco para nos acompanharem na oração. Foram o meu primeiro contacto, e que bom que o tornaram, que abraços ternos e acolhedores.
Seguimos em dois carros, o Sr. Z super privilegiado, num carro só de belas meninas, para casa da S.
A chegada foi atribulada pelo menos para mim que não contava com uma fera a guardar a entrada, têm uns cãezinhos amistosos os vizinhos da S. Toda orgulhosa deu a conhecer ao novo elemento os cantos à casa, as florzinhas pintadas sobre o branco, as fotos dos seus meninos no divertido dia da pintura…
Depois, já sentadinhos lá fora a aproveitar a brisa morna, conversamos sobre a semana, sobre a D.A. que não tive oportunidade de conhecer, mas de quem a S. falou com todo o carinho. E percebemos nestes pequenos toques de Deus que acima de tudo o que possa perder o Ser Humano nunca será desprovido da capacidade de amar.
O S.Z. não tinha concertina, ficou a promessa para a próxima ronda, mas ainda assim houve tempo e disposição para uma aula de ginástica cheia de energia.
Começava a ficar tarde, levamos o S.Z a casa e seguimos ao encontro do ZM, do Sr. M , do J. e surpreendentemente da D que ao que consta andava desaparecida…A alegria de a revermos e a preocupação ao constatarmos que está cada vez mais magra. Mas os exames já estão a ser feitos e Rezamos para que esteja tudo bem.
O ZM com seu jeito todo descontraído e entusiasta lembrou aos demais o aniversário da Joaninha (animadora que não cheguei a conhecer) e são estes gestos simples nos quais nota o quanto tocamos estas pessoas, e até que ponto passamos a fazer parte da vida, dos sentimentos e mais tarde das recordações delas…
Seguimos portanto para o que me apresentaram como o desafio da noite, o inconstante Sr. M .Cautelosamente aproximei-me meia escondida para não causar muito impacto.
Mas o SM tem andado mesmo bem e parece que cai nas suas boas graças e ele ainda mais nas minhas, foi adorável e deixem que vos diga, tem um sentido estético extremamente apuradoJ. ´
Deliciou-se com a sopa quentinha que temos levado e numa conversa animada com o J e a I que apareceram mais tarde, não deixou de se ir metendo com cada um deles, mas sempre muito animado.
As horas passavam, mas só no relógio e ainda faltava encontrar o Sr.PM para lhe entregar umas sapatilhas ,agora mais à sua medida, com ele estavam ainda o Sr J. que é novo por estas bandas e o Sr. que não fala ambos nos acompanharam por breves minutos. O Sr. PM estava falador e revelou-nos muito de si, da sua família, da sua vida. É ainda muito jovem, mas os vícios corroem tanto por dentro. Rezamos por si.
E tinha acabado, já, rápido demais.
Tantos mundos para descobrir atrás de cada corpo, de cada rosto.
A mim resta-me agradecer a oportunidade e assumir de coração cada compromisso, cada laço, cada abraço.
E ao entrar em casa repeti para mim mesma “és responsável por tudo o que cativas”.
Esplendorosa, magnifica, graciosa...
Ana Sampaio
Foi assim que me senti quando dei por mim na oração que deu inicio a esta ronda, a minha primeira ronda.
A S. e o Sr. Z tinham ido encontrar-se connosco para nos acompanharem na oração. Foram o meu primeiro contacto, e que bom que o tornaram, que abraços ternos e acolhedores.
Seguimos em dois carros, o Sr. Z super privilegiado, num carro só de belas meninas, para casa da S.
A chegada foi atribulada pelo menos para mim que não contava com uma fera a guardar a entrada, têm uns cãezinhos amistosos os vizinhos da S. Toda orgulhosa deu a conhecer ao novo elemento os cantos à casa, as florzinhas pintadas sobre o branco, as fotos dos seus meninos no divertido dia da pintura…
Depois, já sentadinhos lá fora a aproveitar a brisa morna, conversamos sobre a semana, sobre a D.A. que não tive oportunidade de conhecer, mas de quem a S. falou com todo o carinho. E percebemos nestes pequenos toques de Deus que acima de tudo o que possa perder o Ser Humano nunca será desprovido da capacidade de amar.
O S.Z. não tinha concertina, ficou a promessa para a próxima ronda, mas ainda assim houve tempo e disposição para uma aula de ginástica cheia de energia.
Começava a ficar tarde, levamos o S.Z a casa e seguimos ao encontro do ZM, do Sr. M , do J. e surpreendentemente da D que ao que consta andava desaparecida…A alegria de a revermos e a preocupação ao constatarmos que está cada vez mais magra. Mas os exames já estão a ser feitos e Rezamos para que esteja tudo bem.
O ZM com seu jeito todo descontraído e entusiasta lembrou aos demais o aniversário da Joaninha (animadora que não cheguei a conhecer) e são estes gestos simples nos quais nota o quanto tocamos estas pessoas, e até que ponto passamos a fazer parte da vida, dos sentimentos e mais tarde das recordações delas…
Seguimos portanto para o que me apresentaram como o desafio da noite, o inconstante Sr. M .Cautelosamente aproximei-me meia escondida para não causar muito impacto.
Mas o SM tem andado mesmo bem e parece que cai nas suas boas graças e ele ainda mais nas minhas, foi adorável e deixem que vos diga, tem um sentido estético extremamente apuradoJ. ´
Deliciou-se com a sopa quentinha que temos levado e numa conversa animada com o J e a I que apareceram mais tarde, não deixou de se ir metendo com cada um deles, mas sempre muito animado.
As horas passavam, mas só no relógio e ainda faltava encontrar o Sr.PM para lhe entregar umas sapatilhas ,agora mais à sua medida, com ele estavam ainda o Sr J. que é novo por estas bandas e o Sr. que não fala ambos nos acompanharam por breves minutos. O Sr. PM estava falador e revelou-nos muito de si, da sua família, da sua vida. É ainda muito jovem, mas os vícios corroem tanto por dentro. Rezamos por si.
E tinha acabado, já, rápido demais.
Tantos mundos para descobrir atrás de cada corpo, de cada rosto.
A mim resta-me agradecer a oportunidade e assumir de coração cada compromisso, cada laço, cada abraço.
E ao entrar em casa repeti para mim mesma “és responsável por tudo o que cativas”.
Esplendorosa, magnifica, graciosa...
Ana Sampaio
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