quinta-feira, dezembro 01, 2005

Crónica da ronda 27.11.2005 (Areosa)

CUBAi o jorge; CaBAi a cronica, ja que o substituí..

Areosa. Sr J. lírico como sempre, proclamando com inabalável convicção que '4ª feira deixaria a rua'. Desta vez o impedimento para ainda não estar numa casa era o facto de ter perdido a chave da porta! Mas o meu descrédito foi combatido pelo ânimo do Zé Maria. O Sr. M. apareceu vindo do café e com uma extrema dificuldade em caminhar! Preocupante; amparámo-lo até aos cobertores, mas não o convencemos a obedecer às ordens médicas de repouso absoluto (terá ido ao Hospital e falava numa hérnia...). Apareceu por acaso um B., toxicodependente, 25 anos, que ainda não decidiu deixar a droga mas começa a pensar nisso. Convidámo-lo a aparecer de futuro.

Fernão de Magalhães. As businas fizeram ouvir-se com dificuldade. Com demora lá desceu o Sr. JM, muitissimo mal-humorado, reclamando saco e roupa e calçado para si e para a sua mulher - e afirmando que não chamaria mais ninguém dos que estavam a dormir no prédio 'porque não fala p'ra eles!' -especificando a zanga com o Sr. J., que à segunda dose de chamamentos nossos lá veio à janela, estava já a dormir e pediu para deixarmos saco para si e para a sua mulher escondidos num arbusto.

Rua d' Alegria. Não tem sido paragem porque felizmente já lá não dorme o Sr. C.. Por uma daquelas coincidências inexplicáveis eis que encontrámos o homem que ia a passar! Ficou satisfeito por nos ver, e nós mais ainda quando nos disse que há 4 semanas tinha ido morar para casa de um amigo! Marcámos encontro na missa de dia 14.

Sta Catarina. O Sr. D. está velhinho e custa ouvir aquela tosse e ver sempre o mesmo cobertor fino - os outros desaparecem! A Raquel e a Ana marcaram com ele uma ida às Doze Casas na 6ª de manhã - o que implica uma ida na véspera para avivar a memória. A ver.

D. João I. Nova paragem no percurso - arcada do Millenium BCP, sete pessoas, pouco sei porque acertava pontos com o Fernando da outra ronda. Entretanto apareceu um drogado desesperado que, tremendo, nos pediu dinheiro 'para não ter de fazer asneiras'. Foi óptimo estar com o Fernando que com o seu jeito lidou com a tranquilidade necessária e o acomodou com um saco, um café e um óptimo casaco, sobrepondo um conforto ao stress do consumo. Mas foi um episódio porque ele nem costuma estar no Porto...

Trindade. Enquanto um carro já estava na Praça D. João I o outro deixou o saco no C. - que percebi estar a dormir...

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