quarta-feira, dezembro 21, 2005

1ª Crónica de 18.12.05 (Areosa)

A nossa ronda começou, como sempre, com a boa disposição do Sr. M.. Depois de nos pregar outro belíssimo susto, bebeu um cafezinho connosco e contou-nos que levou 24 pontinhos na perna. Vai tirá-los esta semana! Demos um pulinho ao Sr. J., que estava ferradíssimo a dormir, mas lá acordou para mais dois dedos de conversa. Enquanto estivemos nesta paragem, recebemos a visita de três senhores que estavam de passagem. O Sr. M. (penso que era este o nome, senão corrijam-me por favor), que dorme junto do Hospital de S. João, o Sr. J. e um outro. Todos receberam um saco de comida e voltaram aos seus abrigos mais quentinhos, depois de um leitinho com café. Passamos pela I. que esta semana estava um pouco mais em baixo, mas que nos deu duas beijocas de despedida e um sorriso.
De volta à estrada, depois de pararmos novamente o carro, ligarmos os piscas e darmos três buzinadelas, aparece-nos o Sr. J. que veio finalmente acompanhado pela sua companheira. A esposa do Sr. brasileiro (ainda não temos o nome de todos) contou-nos que ele estava no hospital. Ainda surgiu um outro senhor que nos ajudou a esvaziar a caixinha dos pastéis.
Logo de seguida, partimos para Campanha, na esperança de encontrarmos alguns arrumadores que param por lá. Mas, infelizmente, a hora já ia avançada e todos tinham recolhido. Esta semana não visitamos o Sr. D. nem o C., por isso fomos ter com o Sr. J., em frente à casa da música. Levamo-lo para o Foco, onde ia dormir junto de um conhecido. Foi espancado enquanto dormia na loja da avenida da Boavista, e por isso agora tem medo de dormir sozinho. Ainda assim, encontramo-lo revoltadíssimo com a vida. Estivemos a conversar com ele durante algum tempo, para ver o que era possível fazer para o ajudar. Algum tempo depois, de regresso ao Aleixo, verificámos que a mala do carro ainda estava cheia de sacos de comida. Como já era tarde, não estava muita gente a pedir comida, por isso demos alguma roupa e o resto ficou a espera de ser congelado.
É caso para dizer que se torna, de facto, urgentíssimo organizar uma quarta ronda (ou arranjar outra hipótese), de forma a controlar os tempos mais eficazmente e não sobrar nada nas malas. É a segunda vez que isto acontece!

Muitos perguntaram se dia 25 íamos à ronda. Notaram o mesmo brilhozinho nos olhos deles, que eu? ….

Um Santo Natal…para a semana cá estaremos de volta!
Joana Simões

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