Boa tarde a todos,
o plano já está preparado para um Sábado memorável na aldeia com a festa na praia fluvial (quem quiser vir das outras vertentes do FAS ainda pode alinhar!) e também com visitas realizadas por parte do habitual grupo das Aldeias.
Devido à necessária organização o arranque está marcado para as 10h00 junto à Igreja de N.ª S.ª de Fátima.
Não se esqueçam além do habitual farnel para partilhar, do calçonete ou do bikini, conforme o caso, pois a chegada do Verão assim o exige. Amanhã haverá nuvens apenas de manhã.
Beijos e abraços,
Jorge
PS - A festa è das 14h ás 17h.
Famílias, Aldeias e Sem Abrigo estas são as nossas áreas de acção. Um grupo de jovens do Porto, que no CREU têm uma casa, lançam mãos aos desafios que lhes surgem.
sexta-feira, julho 11, 2008
quarta-feira, julho 09, 2008
Crónica da Ronda da Boavista - 29.6.2008
Mais um domingo, mais uma ronda. Desta vez estavamos todos, com excepção da Benedita. Paramos em primeiro lugar jundo da D.F. Por lá também encontramos o Sr.V, o Sr. M e ,mais tarde, juntou-se-nos o seu filho o P. Falamos de muitas coisas e, mais uma vez, os medicamentos foram tema principal de conversa.
Fomos depois ao encontro do Sr. G. Este estava muito bem disposto, depois de cerca de um mês fechado para remodelação, o McDonalds da Av. Boavista reabrira finalmente. Como é óbvio o corropio de gente por aquelas bandas aumenta e as "gorjetas" dos arrumadores também.
Na continuidade do percurso habitual fomos em direcção ao Campo Alegre. Neste dia só encontramos o Sr. J., por sinal muito bem disposto. Logo o inquirimos sobre a sua vivência São Joanina. Pelo meio falou-se de ratos, dos muito grandes, e para o fim uma boa nova: o Sr. J. iria a banhos no dia seguinte. Com muito humor parodiou a sua situação e feazendo um pouco de "stand up" à volta do tema, para nosso espanto.
Para ultimo lugar reservamos a paragem da Boavista. Neste domingo falamos também com o J., um jovem toxicodependente, que de longe a longe encontramos por estes lados. Conversador, rapidamente se intrusou na "discussão" com a D.G. Esta aguarda ansiosamente pelas férias na Suiça, onde reencontrará filha e netos. Pelo meio fomos também ao encontro do Sr. A, sempre bem disposto, promoveu um momento bem animado.
Este domingo terminava assim com aquele sabor de missão cumprida. Deixavamos os nossos amigos na rua, mas com a certeza que esta passagem não lhes tinha sido indiferente...
Rui Mota
Fomos depois ao encontro do Sr. G. Este estava muito bem disposto, depois de cerca de um mês fechado para remodelação, o McDonalds da Av. Boavista reabrira finalmente. Como é óbvio o corropio de gente por aquelas bandas aumenta e as "gorjetas" dos arrumadores também.
Na continuidade do percurso habitual fomos em direcção ao Campo Alegre. Neste dia só encontramos o Sr. J., por sinal muito bem disposto. Logo o inquirimos sobre a sua vivência São Joanina. Pelo meio falou-se de ratos, dos muito grandes, e para o fim uma boa nova: o Sr. J. iria a banhos no dia seguinte. Com muito humor parodiou a sua situação e feazendo um pouco de "stand up" à volta do tema, para nosso espanto.
Para ultimo lugar reservamos a paragem da Boavista. Neste domingo falamos também com o J., um jovem toxicodependente, que de longe a longe encontramos por estes lados. Conversador, rapidamente se intrusou na "discussão" com a D.G. Esta aguarda ansiosamente pelas férias na Suiça, onde reencontrará filha e netos. Pelo meio fomos também ao encontro do Sr. A, sempre bem disposto, promoveu um momento bem animado.
Este domingo terminava assim com aquele sabor de missão cumprida. Deixavamos os nossos amigos na rua, mas com a certeza que esta passagem não lhes tinha sido indiferente...
Rui Mota
Crónica da Ronda da Areosa - 06.07.2008
Este domingo começou de uma forma mais atribulada do que o costume. Encontramo-nos na casa da D.A, dada a impossibilidade de irmos todos ter ao arranque no creu. Desta vez a Maria Azevedo, que veio de Londres, esteve connosco. Fiquei muito feliz por tê-la connosco na ronda, as saudades eram muitas :-). Infelizmente e como já vem sido normal, a D.A não estava em casa. Deixámos, como combinado, um saquinho na porta e partimos ao encontro do Sr. M. A má disposição inicial que já o caracteriza deu rapidamente lugar a um enorme sorriso, quando lhe mostrámos a sopinha. E assim permaneceu. Gostamos tanto de o ver assim, de sorriso rasgado e brilho nos olhos. Quando isto acontece, é quase inevitável sair de lá com o coração quentinho. O Sr. M também lá estava a dormir ao lado, mas mais calmo desta vez. Ainda se levantou para mandar umas bocas ao irmão do Sr. J que passou a caminho do bairro (...), mas depressa se acalmou. O Sr. J também nos fez uma visita. Continua limpo e sereno, como sempre, poucos diriam que ainda dorme na rua.
A I. não estava, mais uma vez, por isso fomos ao encontro do super casal. Lá estavam eles, com o Sr. A. e o Sr. D. Estes dois falaram com o Pedro, levaram o saco e puseram-se a caminho. A R. e o B. lá estavam como sempre. Falaram connosco, discutiram entre eles e abraçaram-se no final, quase como sempre. Apesar de levarem a vida um pouco a brincar, sinto que escondem uma tristeza imensa, impossível de ser apagada, riscada ou esquecida. Nas discussões que têm, vamos decifrando as histórias que vivem, que viveram. A R. é uma menina triste que se agarra ao que tem. O B. é um rapaz acomodado, com muita vontade de esquecer a responsabilidade da vida.
A tristeza agarra-se ao que tem, e o que tem encosta-se à vida.
Espero que sejamos sempre capazes de os ir acompanhando, à velocidade deles, no tempo deles, sem forçar, mas deixando sempre um pedacinho de cada um de nós. Espero que sejamos capazes de os ir descolando da tristeza e desecostando da vida.
Joana Simões
A I. não estava, mais uma vez, por isso fomos ao encontro do super casal. Lá estavam eles, com o Sr. A. e o Sr. D. Estes dois falaram com o Pedro, levaram o saco e puseram-se a caminho. A R. e o B. lá estavam como sempre. Falaram connosco, discutiram entre eles e abraçaram-se no final, quase como sempre. Apesar de levarem a vida um pouco a brincar, sinto que escondem uma tristeza imensa, impossível de ser apagada, riscada ou esquecida. Nas discussões que têm, vamos decifrando as histórias que vivem, que viveram. A R. é uma menina triste que se agarra ao que tem. O B. é um rapaz acomodado, com muita vontade de esquecer a responsabilidade da vida.
A tristeza agarra-se ao que tem, e o que tem encosta-se à vida.
Espero que sejamos sempre capazes de os ir acompanhando, à velocidade deles, no tempo deles, sem forçar, mas deixando sempre um pedacinho de cada um de nós. Espero que sejamos capazes de os ir descolando da tristeza e desecostando da vida.
Joana Simões
Crónica da Ronda da Boavista - 22.6.2008
Partimos, eu e a Benedita, rumo à primeira paragem. Encontramos desta vez a D.ª F., o Sr. V. e também o já há muito desaparecido Sr. M. A conversa rapidamente derivou para a saúde e, principalmente, para os tão preciosos medicamentos. Até o Sr. M. não se coibiu de apresentar as suas mazelas e pedir um tal gel, nas suas palavras uma "milagrosa cura" para todos os males.
Fomos de seguida ao encontro do Sr. G., "apenas" à nossa espera, uma vez que o McDonalds só abrirá na proxima semana. Tentamos contornar a habitual conversa sobre mesinhas e perceber um pouco melhor como tem passado o nosso simpático companheiro. Pelo meio visitamos mais dois sem-abrigo que vivem literalmente debaixo da ponte, é mesmo irónico, como esta triste expressão pode ter parelelo na vida destas duas pessoas. O Sr. J. com o seu sorriso super cómico e o Sr. A. fascinado pelo futebol. A conversa estendeu-se entre as dificuldades da vida e as proezas deste ultimo Europeu de futebol. É curioso como todas estas pessoas sobrevivem aparentemente indiferentes à realidade que as envolve.
Por último a Boavista: o simpático Sr. Al, o culto Sr. A e a D.ª G.. Esta semana as atenções centravam-se no Sr. Al. Na semana anterior tinha feito anos e era agora ocasião para lhe entregar a sua prenda. Para tal juntou-se-nos a Ana. Ele la recebeu a prenda, a pedido desembrulhou-a e por fim não conteve um belo e feliz sorriso.
Terminava assim mais uma ronda, uma pequena oração de partilha e um adeus de ate ja...
Rui Mota
Fomos de seguida ao encontro do Sr. G., "apenas" à nossa espera, uma vez que o McDonalds só abrirá na proxima semana. Tentamos contornar a habitual conversa sobre mesinhas e perceber um pouco melhor como tem passado o nosso simpático companheiro. Pelo meio visitamos mais dois sem-abrigo que vivem literalmente debaixo da ponte, é mesmo irónico, como esta triste expressão pode ter parelelo na vida destas duas pessoas. O Sr. J. com o seu sorriso super cómico e o Sr. A. fascinado pelo futebol. A conversa estendeu-se entre as dificuldades da vida e as proezas deste ultimo Europeu de futebol. É curioso como todas estas pessoas sobrevivem aparentemente indiferentes à realidade que as envolve.
Por último a Boavista: o simpático Sr. Al, o culto Sr. A e a D.ª G.. Esta semana as atenções centravam-se no Sr. Al. Na semana anterior tinha feito anos e era agora ocasião para lhe entregar a sua prenda. Para tal juntou-se-nos a Ana. Ele la recebeu a prenda, a pedido desembrulhou-a e por fim não conteve um belo e feliz sorriso.
Terminava assim mais uma ronda, uma pequena oração de partilha e um adeus de ate ja...
Rui Mota
terça-feira, julho 08, 2008
Crónica da Ronda da Boavista - 6.7.2008
Com os poucos patrocínios das padarias que gerou uma confusão inicial ao fazer os sacos, lá parti, Eu e a Ana, para mais uma ronda.
A D.F esperava por nós, mais uma vez tinha passado o dia deitada cheia de dores. Após conversarmos um pouco, sempre com o Sr.V a jogar o seu jogo de Gameboy, fomos para o Teatro S.João onde tínhamos combinado com o Sr.R. Mais uma vez não apareceu. Trocamos as voltas à nossa ronda e decidimos ir primeiro ao viaduto. O Sr.Z está cada vez mais aberto e foi bom saber que se preocupa connosco “Não têm medo por estarem sozinhas? Se precisarem é só chamarem Z.!!!” Do outro lado estava o Sr.A Já não o víamos há algum tempo mas o corte de cabelo dava-lhe um ar mais limpo, apesar da sujidade indescritível naquele sítio. Fomos depois deixar o pão ao lar e finalmente chegamos ao Sr.G. Mais tarde do que o normal, confessou-nos que já estava a achar que nos tinhamos esquecido dele. Com o Sr.G a caminho de casa lá seguimos para a nossa última paragem. A D.G estava de férias e o Sr.A andava desaparecido. Depois de uns dedos de conversa com o Sr.A fomos falar com o JP e finalmente deixamos os sacos restantes pelos “flutuantes” que dormem profundamente naquela zona, num cenário que em nada mostra a agitação do dia-a-dia naquela rua.
Terminou mais uma ronda, onde pedimos por todos os que não vimos e por aqueles que precisam de mais conforto e amor.
Para a semana espero que esteja toda a gente para nos despedirmos da Ana, na sua última ronda.
Joana
A D.F esperava por nós, mais uma vez tinha passado o dia deitada cheia de dores. Após conversarmos um pouco, sempre com o Sr.V a jogar o seu jogo de Gameboy, fomos para o Teatro S.João onde tínhamos combinado com o Sr.R. Mais uma vez não apareceu. Trocamos as voltas à nossa ronda e decidimos ir primeiro ao viaduto. O Sr.Z está cada vez mais aberto e foi bom saber que se preocupa connosco “Não têm medo por estarem sozinhas? Se precisarem é só chamarem Z.!!!” Do outro lado estava o Sr.A Já não o víamos há algum tempo mas o corte de cabelo dava-lhe um ar mais limpo, apesar da sujidade indescritível naquele sítio. Fomos depois deixar o pão ao lar e finalmente chegamos ao Sr.G. Mais tarde do que o normal, confessou-nos que já estava a achar que nos tinhamos esquecido dele. Com o Sr.G a caminho de casa lá seguimos para a nossa última paragem. A D.G estava de férias e o Sr.A andava desaparecido. Depois de uns dedos de conversa com o Sr.A fomos falar com o JP e finalmente deixamos os sacos restantes pelos “flutuantes” que dormem profundamente naquela zona, num cenário que em nada mostra a agitação do dia-a-dia naquela rua.
Terminou mais uma ronda, onde pedimos por todos os que não vimos e por aqueles que precisam de mais conforto e amor.
Para a semana espero que esteja toda a gente para nos despedirmos da Ana, na sua última ronda.
Joana
quinta-feira, julho 03, 2008
Crónica Aliados (ex-"6ºtrajecto") 29.06.2008
Retomemos então as noites de Domingo, as incríveis noites de Domingo, que por serem assim, afastadas do dia, nos aparecem, tantas vezes, distantes da realidade comum.
Espanha acabava de ganhar no futebol, aos poucos chegávamos e começávamos a preparar os sacos. Rezamos juntos e pouco depois seguimos para o sítio do Sr. JC. Já dormitava quando chegamos mas pôs-se a pé num ápice e com a sua natural simpatia começou a inevitável conversa sobre o a final do europeu. Aguarda a próxima entrevista na segurança social, mas a esperança de vir a ter um quarto é pouca. O verão faz com que vá aguentando a bronquite e espantando a solidão com as cartas batidas durante as tardes de S. Lázaro. Temos reparado que, mal saimos, come imediatamente o que lhe deixamos.
Seguimos ao encontro do nossos amigos de C. De entre todos (o Sr. A e o amigo A, o J, a. AM e o amigo A) a AM era a mais espirituosa, e naquela noite estava particularmente inspirada. A ânsia pelos dias quentes, que entretanto chegaram, acumulava a necessidade de extravazar tristezas, de tomar um banho de mar, outro de sol, e limpar as angústias que a chuva insistia em manter. Foi esse o testemunho que ela nos deu: por detrás do bronze apurado irradiava felicidade naquela vaidade tão feminina, pontuando o momento de provocações meio eróticas a propósito de um cigarro cravado ao Sr. A. Só pudemos rir juntos naquela cumplicidade que também a nós nos alenta.
Depois estivemos com o Sr. E que já se embrulhava nos cobertores preparando o sono. Desta vez falhamos na camisa azul que nos pediu, mas pudemos compensar com uma de outra cor e ainda uma t-shirt. Entretanto chegava o M (o mais alto). Vinha sozinho e foi pena ver que continua a arrastar o seu ar pesaroso pelas ruas, ainda sem força para assumir o compromisso de um tratamento. Não quis conversar muito, recolheu ao seu espaço, meio envergonhado, meio triste.
Na última paragem o Sr. F estava, como sempre, mergulhado no seu plástico negro, numa camuflagem que tantas vezes nos faz duvidar da sua presença. Chamamos por ele e logo destapou a cabeça, olhando com aquele ar malandro de quem (ele garante) nunca dorme. Estava mais sossegado desta vez, pouco falou, apenas concordava com o que diziamos. A conversa foi curta e desta vez sem estórias mirabulantes e difíceis de acreditar. Nem sempre se resiste á melancolia e é inevitável sucumbir-se ao silêncio e á escuta, como se fosse importante por vezes lembrar-nos a dureza da vida na rua. Pouco depois cobriu-se novamente enquanto voltávamos ao carro. E assim terminava a ronda.
Vamos continuar trazer as noites de Domingo, vamos continuar a traze-las à luz do dia, o luminoso dia de sermos todos feitos do mesmo sopro.
Espanha acabava de ganhar no futebol, aos poucos chegávamos e começávamos a preparar os sacos. Rezamos juntos e pouco depois seguimos para o sítio do Sr. JC. Já dormitava quando chegamos mas pôs-se a pé num ápice e com a sua natural simpatia começou a inevitável conversa sobre o a final do europeu. Aguarda a próxima entrevista na segurança social, mas a esperança de vir a ter um quarto é pouca. O verão faz com que vá aguentando a bronquite e espantando a solidão com as cartas batidas durante as tardes de S. Lázaro. Temos reparado que, mal saimos, come imediatamente o que lhe deixamos.
Seguimos ao encontro do nossos amigos de C. De entre todos (o Sr. A e o amigo A, o J, a. AM e o amigo A) a AM era a mais espirituosa, e naquela noite estava particularmente inspirada. A ânsia pelos dias quentes, que entretanto chegaram, acumulava a necessidade de extravazar tristezas, de tomar um banho de mar, outro de sol, e limpar as angústias que a chuva insistia em manter. Foi esse o testemunho que ela nos deu: por detrás do bronze apurado irradiava felicidade naquela vaidade tão feminina, pontuando o momento de provocações meio eróticas a propósito de um cigarro cravado ao Sr. A. Só pudemos rir juntos naquela cumplicidade que também a nós nos alenta.
Depois estivemos com o Sr. E que já se embrulhava nos cobertores preparando o sono. Desta vez falhamos na camisa azul que nos pediu, mas pudemos compensar com uma de outra cor e ainda uma t-shirt. Entretanto chegava o M (o mais alto). Vinha sozinho e foi pena ver que continua a arrastar o seu ar pesaroso pelas ruas, ainda sem força para assumir o compromisso de um tratamento. Não quis conversar muito, recolheu ao seu espaço, meio envergonhado, meio triste.
Na última paragem o Sr. F estava, como sempre, mergulhado no seu plástico negro, numa camuflagem que tantas vezes nos faz duvidar da sua presença. Chamamos por ele e logo destapou a cabeça, olhando com aquele ar malandro de quem (ele garante) nunca dorme. Estava mais sossegado desta vez, pouco falou, apenas concordava com o que diziamos. A conversa foi curta e desta vez sem estórias mirabulantes e difíceis de acreditar. Nem sempre se resiste á melancolia e é inevitável sucumbir-se ao silêncio e á escuta, como se fosse importante por vezes lembrar-nos a dureza da vida na rua. Pouco depois cobriu-se novamente enquanto voltávamos ao carro. E assim terminava a ronda.
Vamos continuar trazer as noites de Domingo, vamos continuar a traze-las à luz do dia, o luminoso dia de sermos todos feitos do mesmo sopro.
terça-feira, julho 01, 2008
Crónica Areosa 29.06.2008
A ronda começou ainda em Nossa Senhora de Fátima, com a visita do Sr. A. Pelo que me contou, não é a primeira vez que ali passa aquela hora, para pedir uns bolinhos antes que eles sejam enfiados nos saquinhos brancos e nas malas dos carros. Foi-lhe amputada uma perna há cerca de cinco meses, devido a uma infecção, mas diz que a vontade de viver é tanta, que ele sabe que vai voltar a andar. E diz isto a sorrir, sentadinho numa cadeira de rodas, quase esquecendo que não é ele a empurrá-la sozinho.
De mala bem recheadinha, seguimos para casa da D. A. Custa um bocadinho não levar o Sr. J. connosco. Como ficou doente, o filho veio buscá-lo ao Porto e levou-o para V. Sentimos saudades e vontade de estar com ele. Faz mesmo falta o jeitinho dele doce, sereno e agradecido.
Chegados a casa da D. A., o nosso passo feliz e quase desprendido cruzou o passo silencioso e desconfiado dos bichinhos de estimação do pai da D. A. Sim, os dois cães simpáticos e nada ameaçadores não estavam afinal do lado oposto do muro, à espera do momento certo para representar o seu numero preferido (saltar e saltar e saltar e saltar e ladrar e ladrar…), como de resto já nos têm vindo a habituar. Estavam sim, do mesmo lado que nós, ou seja cá fora!...Achamos por bem comunicar com a D. A. via telefone, antes mesmo de arriscar as calças do Nuno, os calções da Andreia, as pernas do Pedro ou o vestido da Joaninha. A D. A. não estava lá, disse-nos que já tinha ido para a casa da Senhora de quem toma conta. Deixámos o saco e partimos para a rotunda. Depois de passarmos no cantinho da I., e termos verificado que ela não estava lá, fomos ter com o Sr. M. O Sr. M. estava muito calmo, sorridente, que saudades eu já tinha de o ver assim. Precisa de cortar a barba e o cabelo e disse-me que gostava mais do Inverno do que do Verão. O problema é o Sr. M., o senhor que está a dormir lá ao lado. Fica o tempo todo a dizer mal do Sr. M., a dizer que ele não toma banho, que cheira mal, que assim não pode ser. Enfim, é uma pessoa notoriamente revoltada com tudo e com todos. Vamos ver como será. Depois de algum tempo na rotunda, partimos para o prédio. Já lá estavam o B. e a R. à nossa espera. A R. contou-nos que a mãe do B. foi às compras e trouxe roupinha para os dois. Ela trata a R. como se também fosse filha dela, é incrível! Também nos disseram que foram ao centro de emprego inscrever-se num curso de formação e estavam à espera de ser chamados. Parece-nos que o B. continua sem muita vontade de trabalhar, enfim. Esta dependência que ele ganhou às carrinhas que distribuem comida e roupa, também não parece estar a ajudar muito. A R. vai saber agora as notas, vamos ver se passou de ano.
Às vezes quando chego a casa, no fim da ronda sinto-me triste. Penso inevitavelmente no tempo que vai passando, por nós e por eles. Penso no tempo que vai passando por mim. E durante esse bocadinho, desisto.
Outras vezes, acontece como hoje, em que chego a casa e só me lembro do olhar do Sr. M., do sorriso do Sr. A. Agradeço a Jesus poder ter tocado na mãozinha do Sr. M., agradeço a fragilidade dele de hoje, que ás vezes parece não existir, e que hoje, só hoje, nos torna tão próximos. E é nessa fragilidade e nesse olhar, que eu insisto.
Desisto e insisto. Obrigada.
*Joaninha.
De mala bem recheadinha, seguimos para casa da D. A. Custa um bocadinho não levar o Sr. J. connosco. Como ficou doente, o filho veio buscá-lo ao Porto e levou-o para V. Sentimos saudades e vontade de estar com ele. Faz mesmo falta o jeitinho dele doce, sereno e agradecido.
Chegados a casa da D. A., o nosso passo feliz e quase desprendido cruzou o passo silencioso e desconfiado dos bichinhos de estimação do pai da D. A. Sim, os dois cães simpáticos e nada ameaçadores não estavam afinal do lado oposto do muro, à espera do momento certo para representar o seu numero preferido (saltar e saltar e saltar e saltar e ladrar e ladrar…), como de resto já nos têm vindo a habituar. Estavam sim, do mesmo lado que nós, ou seja cá fora!...Achamos por bem comunicar com a D. A. via telefone, antes mesmo de arriscar as calças do Nuno, os calções da Andreia, as pernas do Pedro ou o vestido da Joaninha. A D. A. não estava lá, disse-nos que já tinha ido para a casa da Senhora de quem toma conta. Deixámos o saco e partimos para a rotunda. Depois de passarmos no cantinho da I., e termos verificado que ela não estava lá, fomos ter com o Sr. M. O Sr. M. estava muito calmo, sorridente, que saudades eu já tinha de o ver assim. Precisa de cortar a barba e o cabelo e disse-me que gostava mais do Inverno do que do Verão. O problema é o Sr. M., o senhor que está a dormir lá ao lado. Fica o tempo todo a dizer mal do Sr. M., a dizer que ele não toma banho, que cheira mal, que assim não pode ser. Enfim, é uma pessoa notoriamente revoltada com tudo e com todos. Vamos ver como será. Depois de algum tempo na rotunda, partimos para o prédio. Já lá estavam o B. e a R. à nossa espera. A R. contou-nos que a mãe do B. foi às compras e trouxe roupinha para os dois. Ela trata a R. como se também fosse filha dela, é incrível! Também nos disseram que foram ao centro de emprego inscrever-se num curso de formação e estavam à espera de ser chamados. Parece-nos que o B. continua sem muita vontade de trabalhar, enfim. Esta dependência que ele ganhou às carrinhas que distribuem comida e roupa, também não parece estar a ajudar muito. A R. vai saber agora as notas, vamos ver se passou de ano.
Às vezes quando chego a casa, no fim da ronda sinto-me triste. Penso inevitavelmente no tempo que vai passando, por nós e por eles. Penso no tempo que vai passando por mim. E durante esse bocadinho, desisto.
Outras vezes, acontece como hoje, em que chego a casa e só me lembro do olhar do Sr. M., do sorriso do Sr. A. Agradeço a Jesus poder ter tocado na mãozinha do Sr. M., agradeço a fragilidade dele de hoje, que ás vezes parece não existir, e que hoje, só hoje, nos torna tão próximos. E é nessa fragilidade e nesse olhar, que eu insisto.
Desisto e insisto. Obrigada.
*Joaninha.
quarta-feira, junho 25, 2008
Crónica da Ronda da Areosa - 22.6.2008
Era a primeira noite de Verão, mas não parecia: estava frio e o céu encoberto. Por outro lado, também era a noite mais pequena do ano. As próximas são sempre a crescer! Por pior que tenha corrido esta ronda, agora só temos espaço para melhorar, acompanhando o crescimento das noites.
A primeira paragem foi mesmo antes do arranque: a S. foi lá ter connosco. Já não estavamos com ela havia alguns meses...
Desentendemo-nos! Mas ela, também não tem estado em casa ao domingo à noite. Valeu, por poder vir a ser o princípio do reatamento da nossa relação. Isto porque a S., continua a falar no mesmo: aquilo que gerou o nosso desentendimento.
Seguimos para a ilha da D. A. Ela não estava, porque tem ido tomar conta de uma senhora de idade, durante a noite. Deixámos-lhe aquilo que lhe levávamos, à porta da cozinha nova.
Rumámos ao extremo da nossa ronda, à procura da D. I. Estavam os seus pertences, mas não estava a própria. Fomos ter com o sr. M. Lá estava, acordado e acompanhado pelo sr. M. Desta vez este passou os limites: até nos insultou. Definitivamente, se queremos falar com o sr. M., temos que, com bom senso, evitar encetar qualquer espécie de diálogo com o outro. É que ele não se cala, monopoliza a conversa e canaliza as nossas melhores atenções, para si. Antes de partir: um momento de maior pressão: eu e a Andreia tínhamos sangue numa das mãos! O sr. M. tinha uma ferida e sujámo-nos ao cumprimentá-lo.
A nossa última paragem foi com o casal de jovens e com o sr. A. Este não aparece muitas vezes e tem uns temas de conversa pouco confortáveis. Digamos que é uma pessoa difícil de acompanhar. O casal com as relações recentemente reatadas, estava como dantes. Ela a acabar as aulas e ele sem trabalhar. Ficámos com a impressão de que passam algumas dificuldades durante o dia: alimentam-se mal!
Beijos, abraços e até breve,
Nuno de Sacadura Botte
A primeira paragem foi mesmo antes do arranque: a S. foi lá ter connosco. Já não estavamos com ela havia alguns meses...
Desentendemo-nos! Mas ela, também não tem estado em casa ao domingo à noite. Valeu, por poder vir a ser o princípio do reatamento da nossa relação. Isto porque a S., continua a falar no mesmo: aquilo que gerou o nosso desentendimento.
Seguimos para a ilha da D. A. Ela não estava, porque tem ido tomar conta de uma senhora de idade, durante a noite. Deixámos-lhe aquilo que lhe levávamos, à porta da cozinha nova.
Rumámos ao extremo da nossa ronda, à procura da D. I. Estavam os seus pertences, mas não estava a própria. Fomos ter com o sr. M. Lá estava, acordado e acompanhado pelo sr. M. Desta vez este passou os limites: até nos insultou. Definitivamente, se queremos falar com o sr. M., temos que, com bom senso, evitar encetar qualquer espécie de diálogo com o outro. É que ele não se cala, monopoliza a conversa e canaliza as nossas melhores atenções, para si. Antes de partir: um momento de maior pressão: eu e a Andreia tínhamos sangue numa das mãos! O sr. M. tinha uma ferida e sujámo-nos ao cumprimentá-lo.
A nossa última paragem foi com o casal de jovens e com o sr. A. Este não aparece muitas vezes e tem uns temas de conversa pouco confortáveis. Digamos que é uma pessoa difícil de acompanhar. O casal com as relações recentemente reatadas, estava como dantes. Ela a acabar as aulas e ele sem trabalhar. Ficámos com a impressão de que passam algumas dificuldades durante o dia: alimentam-se mal!
Beijos, abraços e até breve,
Nuno de Sacadura Botte
terça-feira, junho 17, 2008
Crónica Boavista – 15.6.2008
Domingo, 15 de Junho, mais uma partida para mais uma ronda. Estavamos os cinco prontos para partir quando o Sr. XX (amigo do sr a.) que já nos visita todos os domingos antes da partida nos deu a boa noticia que o sr a. já está a dormir numa pensão. O Sr. XX já não tem dores no braço e lá partiu com mais um saco debaixo do braço.
Primeira paragem, d. f., pagode total, estavam lá os filhos e o sr v. Claro que nos fartamos de rir, claro que relembrou mais uma vez a Ana dos seus anos, estava ainda meia dorida das costelas.No domingo passado tinha oferecido um cinzeiro de Portugal à Joana a dizer que era do benfica, para nossa surpresa este domingo tinha mais um cinzeiro mas desta vez era mesmo do benfica!
A muito custo, porque a conversa é boa, descemos a constituição e fomos deixar o pão que sobrou dos sacos ao lar. Esta também é já uma paragem obrigatória e sempre cheia de aventuras!!!Saco de pão preso no portão, farinha para todos os lados, os homens a fazer escadinha para a pão passar para o lado de lá, e da janela sempre surje "es lo pãn??".
Seguimos ao encontro do sr G. que já lá estava à nossa espera, mais umas mezinhas, a mulher está bem, não há movimento, e por isso a noite acaba cedo.
Paragem seguinte, o nosso heroi sr z. Mais falador, mostrou-nos a arma que estava a trabalhar nos últimos dias "nunca se sabe o que pode acontecer". Do outro lado não encontramos o sr A. que muito provavelmente deve ter-se perdido na festarola da passagem de Portugal aos quartos de final, conclusão, um domingo sem discussão futebolistica!
Partimos para a zona do bom sucesso, com os sacos contados e com tantas pessoas ainda para ver seguimos ao encontro da d. g. Esta paragem está cada dia mais atribulada, os tres da vira airada estao de costas voltadas. D. G, Sr A. e Sr A.!!!! Vemos cada um à vez, quase como que visita de médico e sem contacto uns com os outros porque senão sai "faisca". Cabeças duras, orgulhosos, nenhum dá o braço a torcer!
Desiludidos connosco próprios falhamos os anos do Sr A. Ele estava triste, pedimos imensas desculpas, cantamos-lhe os parabens e no próximo domingo não poderá faltar um presente!
Não vimos o M nem o V, nao sabemos se foram ao CAT, deixamos-lhes um saco no sitio onde dormiam, a conversa foi pequena para nao sairem do sono.
O J.P. finalmente!Conseguimos falar com ele. Esta muito mais magro, continua na metadona, há 4 meses!!!!!Está a lavar carros, esperava que hoje não chovesse senão ia ser um dia fraco. Está entusiasmado, pediu para irmos passando e deixando o saco.
Seguimos viagem e encontramos a G, o Jorge e a Ana saem do carro e ficam no meio da rua a falar....Lá segue a G ao ver que não há "uma moedinha para uma sopinha". A L. ve-nos e corre ao encontro dum saco. Já não esta a dormir no mesmo sitio, ela e o companheiro estao a dormir na rua e à procura de novo poiso.
Mais uma ronda que acabou em bem, com os sacos todos os entregues, as pessoas visitadas, com pena de não termos visto algumas, pedindo para que essas estejam bem e que no próximo domingo a vejamos.
Benedita Salinas
Primeira paragem, d. f., pagode total, estavam lá os filhos e o sr v. Claro que nos fartamos de rir, claro que relembrou mais uma vez a Ana dos seus anos, estava ainda meia dorida das costelas.No domingo passado tinha oferecido um cinzeiro de Portugal à Joana a dizer que era do benfica, para nossa surpresa este domingo tinha mais um cinzeiro mas desta vez era mesmo do benfica!
A muito custo, porque a conversa é boa, descemos a constituição e fomos deixar o pão que sobrou dos sacos ao lar. Esta também é já uma paragem obrigatória e sempre cheia de aventuras!!!Saco de pão preso no portão, farinha para todos os lados, os homens a fazer escadinha para a pão passar para o lado de lá, e da janela sempre surje "es lo pãn??".
Seguimos ao encontro do sr G. que já lá estava à nossa espera, mais umas mezinhas, a mulher está bem, não há movimento, e por isso a noite acaba cedo.
Paragem seguinte, o nosso heroi sr z. Mais falador, mostrou-nos a arma que estava a trabalhar nos últimos dias "nunca se sabe o que pode acontecer". Do outro lado não encontramos o sr A. que muito provavelmente deve ter-se perdido na festarola da passagem de Portugal aos quartos de final, conclusão, um domingo sem discussão futebolistica!
Partimos para a zona do bom sucesso, com os sacos contados e com tantas pessoas ainda para ver seguimos ao encontro da d. g. Esta paragem está cada dia mais atribulada, os tres da vira airada estao de costas voltadas. D. G, Sr A. e Sr A.!!!! Vemos cada um à vez, quase como que visita de médico e sem contacto uns com os outros porque senão sai "faisca". Cabeças duras, orgulhosos, nenhum dá o braço a torcer!
Desiludidos connosco próprios falhamos os anos do Sr A. Ele estava triste, pedimos imensas desculpas, cantamos-lhe os parabens e no próximo domingo não poderá faltar um presente!
Não vimos o M nem o V, nao sabemos se foram ao CAT, deixamos-lhes um saco no sitio onde dormiam, a conversa foi pequena para nao sairem do sono.
O J.P. finalmente!Conseguimos falar com ele. Esta muito mais magro, continua na metadona, há 4 meses!!!!!Está a lavar carros, esperava que hoje não chovesse senão ia ser um dia fraco. Está entusiasmado, pediu para irmos passando e deixando o saco.
Seguimos viagem e encontramos a G, o Jorge e a Ana saem do carro e ficam no meio da rua a falar....Lá segue a G ao ver que não há "uma moedinha para uma sopinha". A L. ve-nos e corre ao encontro dum saco. Já não esta a dormir no mesmo sitio, ela e o companheiro estao a dormir na rua e à procura de novo poiso.
Mais uma ronda que acabou em bem, com os sacos todos os entregues, as pessoas visitadas, com pena de não termos visto algumas, pedindo para que essas estejam bem e que no próximo domingo a vejamos.
Benedita Salinas
segunda-feira, junho 09, 2008
Crónica Boavista . 8.6.2008
Com os sacos prontos e a oração terminada partimos para mais uma ronda. A primeira paragem foi na D. F que estava acompanhada pelo Sr. V. e pelo filho, que às escondidas, nos tentou avisar de algo. A mensagem não foi totalmente compreendida, mas suspeitamos que se possa tratar de algum caso de violência entre o casal. É um ponto a averiguar discretamente nas próximas rondas.
Descendo a Constituição, encontrámos o Sr. Z todo sujo pois tinha acabado de vomitar. O encontro não foi agradável e só a custo conseguimos trocar algumas palavras.
A paragem seguinte foi no Sr. G que tinha ido de propósito ao nosso encontro (o MacDonalds está em obras e por isso não há carros para arrumar). Conversámos um bocado e seguimos para o viaduto do Campo Alegre onde não estavam os nossos dois "clientes" habituais.
Na zona da Boavista, estivemos com o JC, com a D. G, com o Sr. A e com o Sr. A que nos trouxe um novo conhecido que está a precisar de apoio. Estavam todos contentes com a vitória da selecção e só o Sr. F (o amigo do Sr. A) estava preocupado com um problema de saúde de contornos estranhos. Ficámos de contactar um colega do Dr. House para tentar perceber o mistério.
Sérgio
Descendo a Constituição, encontrámos o Sr. Z todo sujo pois tinha acabado de vomitar. O encontro não foi agradável e só a custo conseguimos trocar algumas palavras.
A paragem seguinte foi no Sr. G que tinha ido de propósito ao nosso encontro (o MacDonalds está em obras e por isso não há carros para arrumar). Conversámos um bocado e seguimos para o viaduto do Campo Alegre onde não estavam os nossos dois "clientes" habituais.
Na zona da Boavista, estivemos com o JC, com a D. G, com o Sr. A e com o Sr. A que nos trouxe um novo conhecido que está a precisar de apoio. Estavam todos contentes com a vitória da selecção e só o Sr. F (o amigo do Sr. A) estava preocupado com um problema de saúde de contornos estranhos. Ficámos de contactar um colega do Dr. House para tentar perceber o mistério.
Sérgio
domingo, junho 08, 2008
Crónica Boavista – 1.6.2008
Depois de um mês por terras dinamarquesas foi muito bom regressar e fazer a ronda com o carro cheio não só de pessoas mas de muito boa disposição.
Logo na partida conhecemos o Sr.A. que nos abordou a pedir um saco de comida. Tinha casa mas o atropelamento que teve impedia-o de trabalhar. Falou-nos que conhecia o Sr.R e onde o poderiamos encontrar, já que não o vemos há bastante tempo. Trazia um panfleto nosso no bolso das calças...foi bom saber que isso os ajuda.
De seguida fomos ter com a D.F. Lembrei-me muito dela quando estive fora e apesar de continuar no mesmo sítio e com os seus 1001 problemas, parecia animada pelo facto de lhe terem prometido uma casa para poder receber o filho que está para sair da prisão (será que é desta?espero que sim).
Fomos entregar o pão ao Lar e ter com o Sr.G. Ele devia escrever um livro de mezinhas. Sugeriu azeite na cabeça para as dores de cabeça...(mas não se esqueçam de lavar a cabeça depois).
A caminho do viaduto encontramos o Sr.Z que não estava para grandes conversas e rapidamente nos despachou. O Sr.A não estava e lá fomos ter com o resto dos nossos amigos...até porque a noite já ía longa.
Encontramos a L. que nos falou da dificuldade que é arranjar um sítio seguro na rua para dormir. Até entre eles que vivem todos na rua já está perigoso!!! Assim é que se pode ver a miséria que nos rodeia.
Vimos também a G. que não falou muito mas aceitou o nosso saquinho. Hoje o final da ronda tinha 2 amigos que eu ainda não conhecia, o V. E o M. que estão super entusiasmados para ir ao CAT. Tentaram a 4ª passada mas sem sucesso. Não foram atendidos. Espero que tenham
conseguido esta semana. A D.G também esteve à conversa connosco mas o Sr.Al parece que continua meio tristonho. Já não recebemos o sorriso que era característico. O Sr.Ar não estava. Contaram-nos que tem andado a beber muito. Fomos ver se ele estava a dormir mas apenas
encontramos o JP a dormir e demos-lhe o nosso último saco. Terminou a ronda e eu senti que realmente já não consigo passar um Domingo à noite sem esta "equipa" fantástica. Obrigada a todos pelo carinho neste regresso!
Joana
Logo na partida conhecemos o Sr.A. que nos abordou a pedir um saco de comida. Tinha casa mas o atropelamento que teve impedia-o de trabalhar. Falou-nos que conhecia o Sr.R e onde o poderiamos encontrar, já que não o vemos há bastante tempo. Trazia um panfleto nosso no bolso das calças...foi bom saber que isso os ajuda.
De seguida fomos ter com a D.F. Lembrei-me muito dela quando estive fora e apesar de continuar no mesmo sítio e com os seus 1001 problemas, parecia animada pelo facto de lhe terem prometido uma casa para poder receber o filho que está para sair da prisão (será que é desta?espero que sim).
Fomos entregar o pão ao Lar e ter com o Sr.G. Ele devia escrever um livro de mezinhas. Sugeriu azeite na cabeça para as dores de cabeça...(mas não se esqueçam de lavar a cabeça depois).
A caminho do viaduto encontramos o Sr.Z que não estava para grandes conversas e rapidamente nos despachou. O Sr.A não estava e lá fomos ter com o resto dos nossos amigos...até porque a noite já ía longa.
Encontramos a L. que nos falou da dificuldade que é arranjar um sítio seguro na rua para dormir. Até entre eles que vivem todos na rua já está perigoso!!! Assim é que se pode ver a miséria que nos rodeia.
Vimos também a G. que não falou muito mas aceitou o nosso saquinho. Hoje o final da ronda tinha 2 amigos que eu ainda não conhecia, o V. E o M. que estão super entusiasmados para ir ao CAT. Tentaram a 4ª passada mas sem sucesso. Não foram atendidos. Espero que tenham
conseguido esta semana. A D.G também esteve à conversa connosco mas o Sr.Al parece que continua meio tristonho. Já não recebemos o sorriso que era característico. O Sr.Ar não estava. Contaram-nos que tem andado a beber muito. Fomos ver se ele estava a dormir mas apenas
encontramos o JP a dormir e demos-lhe o nosso último saco. Terminou a ronda e eu senti que realmente já não consigo passar um Domingo à noite sem esta "equipa" fantástica. Obrigada a todos pelo carinho neste regresso!
Joana
quinta-feira, maio 29, 2008
Ida à aldeias este sábado - 31 de Maio
Olá a todos os "Aldeões"!
Gostaria de relembrar que este fim de semana temos visitas.
Peço a todos que um esforço extra para estarem presentes, atendendo a que temos estado poucos e algumas pessoas já avisaram que não poderão ir.
A partida será às 10:30h junto à igreja N.ª S.ª de Fátima.
Confirmem, p.f., a presença/ausência nesta proxima ida comigo, pois o Rui não vai.
Obrigado. Beijinhos e abraços,
Jorge
Gostaria de relembrar que este fim de semana temos visitas.
Peço a todos que um esforço extra para estarem presentes, atendendo a que temos estado poucos e algumas pessoas já avisaram que não poderão ir.
A partida será às 10:30h junto à igreja N.ª S.ª de Fátima.
Confirmem, p.f., a presença/ausência nesta proxima ida comigo, pois o Rui não vai.
Obrigado. Beijinhos e abraços,
Jorge
segunda-feira, maio 26, 2008
Crónica de 24.05.08 (Boavista)
A ronda deste domingo estava muito desfalcada. Como alguém disse, asseguravam-se apenas os "serviços mínimos". Com a oração improvisada do Nuno sobre as leituras do dia, lá partimos, o Rui e eu, para a nossa noite. Começámos pela D.F. Estava sozinha. O Sr. V. tinha ido levar um sobrinho ao aeroporto, o P. tinha ido dormir à madrinha, e o V. estava do outro lado a dormir. Ela estava bastante zangada com ele pois, pelos vistos, ele andou a mentir sobre ela e até meteu policia ao barulho. Ela estava magoada, disse-nos que hoje ela e o P. iam falar com ele direito. Disse-nos também que o P. tinha tido uma trombose e que estava com a perna presa. Não sabemos exactamente porque, nem como se passou, mas a verdade é que as doenças naquela família são algumas. A D.F continuava com o pulso dorido, penso que deslocado, pediu-nos uma liga elástica porque, o que lhe deram não faz o efeito desejado.
É notório como o facto de estarmos menos, faz com que ela fale e se abra muito mais, deixando de lado aquele "falar alto e cheio de asneiras".
Assim, lá descemos a rua. Não encontrámos o Sr.Z. Fomos ao lar deixar o pão e seguimos p Sr. G. Aqui, não houve grande novidades. Mais ou menos a conversa de sempre, sobre mezinhas. Apenas nos disse, quando lhe perguntámos o que ainda fazia ali, com aquela chuva, "que estava à espera das pessoas que lhe faziam bem".
Continuamos para o viaduto. O Sr. Z. não estava, por isso fomos ter com o Sr.A. Não nos falou no futebol, confidenciou-nos o quanto bebia- que é mesmo muito!- e disse-nos tamém que não sabia bem o que lhe tinha dado para acabar neste tipo de vida.
Como já passava um bocadinho da meia-noite, fomos num instante ao trio.A D.G estava já na paragem, a tentar abrigar-se da enorme chuvada, juntamente com o M. O M. estava mesmo à nosa espera, para saber novidades do CAT. Quer muito entrar para a metadona, o que nos deixou muito contentes. Com ele, um amigo também, o V. que está na esma situação. Vão tentar ir na 4f, para começarem no máximo na próxima semana com o tratamento e poderem arranjar emprego de vez. O Sr. Ar. e Sr.Al. apareceram mais tarde. O Sr. Al. estava muito em baixo, disse que queria morrer, que não fazia nada aqui. Tentámos animá-lo, aconselhá-lo, fazer-lhe ver que, às vezes, a forma como age não é a melhor, e que deve insistir quando alguém falha, (Como por exemplo com a cáritas, ou Seg. Social). Apesar de não parecer ao longo da conversa, que nos desse qquer ouvidos, no fim lá nos agradeceu "esta meia hora de conversa".
Sem sacos, não passámos pela zona do Conv. e seguimos os dois, para a oração final, no Creu.
Boa semana a todos,
Ana
É notório como o facto de estarmos menos, faz com que ela fale e se abra muito mais, deixando de lado aquele "falar alto e cheio de asneiras".
Assim, lá descemos a rua. Não encontrámos o Sr.Z. Fomos ao lar deixar o pão e seguimos p Sr. G. Aqui, não houve grande novidades. Mais ou menos a conversa de sempre, sobre mezinhas. Apenas nos disse, quando lhe perguntámos o que ainda fazia ali, com aquela chuva, "que estava à espera das pessoas que lhe faziam bem".
Continuamos para o viaduto. O Sr. Z. não estava, por isso fomos ter com o Sr.A. Não nos falou no futebol, confidenciou-nos o quanto bebia- que é mesmo muito!- e disse-nos tamém que não sabia bem o que lhe tinha dado para acabar neste tipo de vida.
Como já passava um bocadinho da meia-noite, fomos num instante ao trio.A D.G estava já na paragem, a tentar abrigar-se da enorme chuvada, juntamente com o M. O M. estava mesmo à nosa espera, para saber novidades do CAT. Quer muito entrar para a metadona, o que nos deixou muito contentes. Com ele, um amigo também, o V. que está na esma situação. Vão tentar ir na 4f, para começarem no máximo na próxima semana com o tratamento e poderem arranjar emprego de vez. O Sr. Ar. e Sr.Al. apareceram mais tarde. O Sr. Al. estava muito em baixo, disse que queria morrer, que não fazia nada aqui. Tentámos animá-lo, aconselhá-lo, fazer-lhe ver que, às vezes, a forma como age não é a melhor, e que deve insistir quando alguém falha, (Como por exemplo com a cáritas, ou Seg. Social). Apesar de não parecer ao longo da conversa, que nos desse qquer ouvidos, no fim lá nos agradeceu "esta meia hora de conversa".
Sem sacos, não passámos pela zona do Conv. e seguimos os dois, para a oração final, no Creu.
Boa semana a todos,
Ana
terça-feira, maio 20, 2008
Crónica de 18.05.08 (Boavista)
Cheguei atrasado ao arranque mas ainda não estávamos todos. Resolvemos rapidamente a nossa falta de sacos, e participamos na oração que o Nuno preparou, de onde saiu o TPC de parar um pouco esta semana para encontrar o que é realmente importante.
A solidariedade entre trajectos, e a minha mala do carro - que parece um armazém - ajudaram a preparar os onze sacos que levamos no carro do Sérgio.
A D.F estava tristonha por diversos motivos, os cobertores estavam todos molhados, o FC Porto tinha sido derrotado - provavelmente a principal razão - está mal da garganta e o Sr. V ainda não tinha chegado. Deu-nos uma óptima notícia, o filho já sabe quando será posto em liberdade, o que foi a melhor notícias da noite. Perguntou pelo pedido que fez à Ana, e se havia chá mas nós não conseguimos dar resposta. Talvez esta semana consiga arranjar a barraca. Tentamos animá-la.
Entregamos o pão em boas mãos, e falamos com Sr. G, que estava extremamente animado, tanto que saímos de lá mais alegres do que quando chegamos - ainda há quem diga que não há esperança, nem alegria nas pessoas que estão na rua! - vai cortar o cabelo para a semana e lá nos falou de sapos e bonecas o que não nos deixou muito à vontade....
O Sr. Z estava animado e contente, tinha dois autocarros "a seu cargo", com planos de expansão da "moradia", e venda de algumas sucatas. O Sr. A foi a pessoa que mais estranheza nos causou, pois estava a falar de coisas totalmente desconexas e foi difícil compreende-lo, até que ele voltou ao tema favorito, o Esférico, e muito escutamos sobre a taça UEFA e Champions.
As suas mãos lindas e sujas, fez-me pensar nas pessoas que visitamos, como por debaixo das roupas gastas, cabelos degrenhados, e sujidade se encontra uma pessoa com todo o seu valor à espera de ser revelado...
Começou a chover tanto que esperamos um pouco que ela abrandasse. Não vimos o JC.
Com tanta chuva, não encontramos o "trio amigo" no local do costume, o Sr. A estava à parte, ainda continua amuado. Os outros tinham companhia, que querem entrar num programa de desintoxicação, vamos tentar ajudá-los.
Para já ficou a conversa inicial habitual, vamos informar-nos - como é habitual - para depois eles darem o primeiro passo.
O Sr. Ar estava muito com os copos e a brincar imenso, e a arreliar o Sr.A, que estava ensopado.
Terminamos a ronda, partilhando as muitas emoções da noite, positivas (em maior número) e negativas.
Até para a semana,
Jorge
A solidariedade entre trajectos, e a minha mala do carro - que parece um armazém - ajudaram a preparar os onze sacos que levamos no carro do Sérgio.
A D.F estava tristonha por diversos motivos, os cobertores estavam todos molhados, o FC Porto tinha sido derrotado - provavelmente a principal razão - está mal da garganta e o Sr. V ainda não tinha chegado. Deu-nos uma óptima notícia, o filho já sabe quando será posto em liberdade, o que foi a melhor notícias da noite. Perguntou pelo pedido que fez à Ana, e se havia chá mas nós não conseguimos dar resposta. Talvez esta semana consiga arranjar a barraca. Tentamos animá-la.
Entregamos o pão em boas mãos, e falamos com Sr. G, que estava extremamente animado, tanto que saímos de lá mais alegres do que quando chegamos - ainda há quem diga que não há esperança, nem alegria nas pessoas que estão na rua! - vai cortar o cabelo para a semana e lá nos falou de sapos e bonecas o que não nos deixou muito à vontade....
O Sr. Z estava animado e contente, tinha dois autocarros "a seu cargo", com planos de expansão da "moradia", e venda de algumas sucatas. O Sr. A foi a pessoa que mais estranheza nos causou, pois estava a falar de coisas totalmente desconexas e foi difícil compreende-lo, até que ele voltou ao tema favorito, o Esférico, e muito escutamos sobre a taça UEFA e Champions.
As suas mãos lindas e sujas, fez-me pensar nas pessoas que visitamos, como por debaixo das roupas gastas, cabelos degrenhados, e sujidade se encontra uma pessoa com todo o seu valor à espera de ser revelado...
Começou a chover tanto que esperamos um pouco que ela abrandasse. Não vimos o JC.
Com tanta chuva, não encontramos o "trio amigo" no local do costume, o Sr. A estava à parte, ainda continua amuado. Os outros tinham companhia, que querem entrar num programa de desintoxicação, vamos tentar ajudá-los.
Para já ficou a conversa inicial habitual, vamos informar-nos - como é habitual - para depois eles darem o primeiro passo.
O Sr. Ar estava muito com os copos e a brincar imenso, e a arreliar o Sr.A, que estava ensopado.
Terminamos a ronda, partilhando as muitas emoções da noite, positivas (em maior número) e negativas.
Até para a semana,
Jorge
sexta-feira, maio 09, 2008
Crónica de 4.05.08 (Boavista)
Encontramo-nos para o arranque, o Pedro fez a introdução para mais uma noite ao encontro dos nossos amigos. Falamos das fichas de acompanhamento e de uma amiga que saiu da rua há um ano e que corre muito bem. É bom saber que ajudamos com um pouquinho nesse caminho.
Partimos o Rui, o Sérgio, a Beni e eu. Primeira paragem: D.F. Lá estava animada com o Sr. V deitado com a habitual conversa sobre o futebol e sobre os remédios com que uma vez ajudamos, mas que já não nos lembrávamos do nome... Seria Paracetamol?
Procuramos o S. R mas sem resultados, parece que vamos ter de esperar até o reencontrar numa ocasião furtuita para sabermos como anda, visto que a casa onde estava foi trancada com tudo o que tinha lá dentro... O que vale é que ele traz quase sempre um sorriso e aposto que anda por aí a dizer "Hola! como dissem os espanhóis!".
Fomos deixar o pão que sobrou dos nossos patrocínios a quem dele também precisa. Desta vez era bastante, pois o Aleixo ainda não voltou à "normalidade" para lá voltarmos, a polícia anda muito presente.
O S. G estava bem, contou-nos mais uma "mésinha" e da ausência de fronteiras entre este mundo e o outro. O Chá mais uma vez entornou-se dentro da mochila, está a tornar-se um hábito!
O nosso jornalista pregador estava bem, mas falamos mais com o S. A que estava mais alto do que nós, por momentos pareceu-me que estaria num mini-comício! Roubaram-lhe coisas... Tantas vezes me questiono, o que passa na cabeça de alguém para roubar roupa ou um cobertor a um Sem Abrigo? É absolutamente invendável, só mesmo quem rouba para si, ou por estupidez... Estivemos a correr com o nosso pescador, JC, estava a regressar ao "trabalho" e já com vontade de ir buscar mais uma dose.
Passamos pelos "3" e além de o S.A e a D. G estarem amuados um com o outro, com o S.At a brincar com toda a situação já um pouco embalado, contaram-nos que houve um fulano que cuspiu na D.G simplesmente porque ela é portista e o fulano não... Estes episódios de crueldade são algo que mexe comigo. Não foi uma noite preenchedora como noutras vezes.
Regressamos ao ponto de partida, e depois às nossas casas.
Até para a semana,
Jorge
PS - Ontem estive com o S. Z, ele anda bem, apesar dos habituais problemas nos seus poucos dentes, vai tentar estar connosco este domingo.
Partimos o Rui, o Sérgio, a Beni e eu. Primeira paragem: D.F. Lá estava animada com o Sr. V deitado com a habitual conversa sobre o futebol e sobre os remédios com que uma vez ajudamos, mas que já não nos lembrávamos do nome... Seria Paracetamol?
Procuramos o S. R mas sem resultados, parece que vamos ter de esperar até o reencontrar numa ocasião furtuita para sabermos como anda, visto que a casa onde estava foi trancada com tudo o que tinha lá dentro... O que vale é que ele traz quase sempre um sorriso e aposto que anda por aí a dizer "Hola! como dissem os espanhóis!".
Fomos deixar o pão que sobrou dos nossos patrocínios a quem dele também precisa. Desta vez era bastante, pois o Aleixo ainda não voltou à "normalidade" para lá voltarmos, a polícia anda muito presente.
O S. G estava bem, contou-nos mais uma "mésinha" e da ausência de fronteiras entre este mundo e o outro. O Chá mais uma vez entornou-se dentro da mochila, está a tornar-se um hábito!
O nosso jornalista pregador estava bem, mas falamos mais com o S. A que estava mais alto do que nós, por momentos pareceu-me que estaria num mini-comício! Roubaram-lhe coisas... Tantas vezes me questiono, o que passa na cabeça de alguém para roubar roupa ou um cobertor a um Sem Abrigo? É absolutamente invendável, só mesmo quem rouba para si, ou por estupidez... Estivemos a correr com o nosso pescador, JC, estava a regressar ao "trabalho" e já com vontade de ir buscar mais uma dose.
Passamos pelos "3" e além de o S.A e a D. G estarem amuados um com o outro, com o S.At a brincar com toda a situação já um pouco embalado, contaram-nos que houve um fulano que cuspiu na D.G simplesmente porque ela é portista e o fulano não... Estes episódios de crueldade são algo que mexe comigo. Não foi uma noite preenchedora como noutras vezes.
Regressamos ao ponto de partida, e depois às nossas casas.
Até para a semana,
Jorge
PS - Ontem estive com o S. Z, ele anda bem, apesar dos habituais problemas nos seus poucos dentes, vai tentar estar connosco este domingo.
segunda-feira, abril 28, 2008
Boavista - 27 Abril
A noite de ontem foi um pouco diferente do habitual, pois apenas estávamos "2 mosqueteiros". Depois do ritual dos sacos, e de uma oração que apelava à fidelidade no Amor, com o entusiasmo da 1ª vez, lá partimos para os nossos amigos.
Começámos por fazer um pequeno desvio e levar um amigo a casa, por isso o percurso foi diferente e começámos pelo Sr. G. Este estava bem disposto, muito penteadinho. Falámos de mezinhas e rimas. Disse-nos que continuava a ir à Caritas, que lhe faz sempre muito jeito, mesmo que seja pouco o que recebe.
Seguidamente, fomos ao viaduto. Não vimos ninguém, mas quando subiámos a rua apareceu o Sr. Z. Mais bem disposto que da última vez, deu-nos conselhos sobre o Amor e o Casamento (vá-se lá saber porquê! :)) sem esquecer uma musiquinha à mistura para acompanhar e desejou-nos uma "boa noite com Deus", como sempre.
Daqui, passámos pelo JC. Estava bem mais animado do que na semana passada, pois o "comércio" e mais fácil outra vez. Nesta zona vimos também o JP que, apesar de nos dizer que há já algum tempo está na metadona, nos parece um pouco ligado ao vício.
A paragem seguinte foi com os 3 da vida airada: D.G, Sr.Al e Sr.Ar., este último desta vez estava com uns bons copos a mais, mas manteve o discurso muito rico, o que nos confirma a suspeita de que, antes de vir para a rua, deve ter tido bastante instrução...!
O Sr. Al. contou-nos um pouco como iam os seus filhos. A D.G. estava com uma forte dor no braço e pouco agoniada, disse ser stress. Tinha-nos dito que se calhar a filha da suiça vinha cá, ou ela ia lá, pode ter a ver com isso - emoções.. Também nos disse que Esperemos que melhore. Depois, ainda passámos pelo Estádio do Dragão, pois disseram-nos ter visto um sem-brigo a arrumar carros por ali mas, pelo andar da hora, foi natural n termos visto já ninguém. Por fim fomos à D.F. Levámos-lhe um litro de leite, como prometido, o saco de sempre e o cházinho. Com ela, deitavam-se o Sr. V. e o P. que, quando ouviram falar em chá, levantaram logo as cabeças e sentaram-se, com ela, a bebê-lo, aquecendo-se da noite. Estavam muito sossegados, mas felizes. prometemos levar, para a semana, o nome do remédio para a D.F. pedir aos MdM.
E assim acabámos a noite, à porta do creu, como sempre.
Um bjo a tds de boa semana,
Ana B. Carvalho
Começámos por fazer um pequeno desvio e levar um amigo a casa, por isso o percurso foi diferente e começámos pelo Sr. G. Este estava bem disposto, muito penteadinho. Falámos de mezinhas e rimas. Disse-nos que continuava a ir à Caritas, que lhe faz sempre muito jeito, mesmo que seja pouco o que recebe.
Seguidamente, fomos ao viaduto. Não vimos ninguém, mas quando subiámos a rua apareceu o Sr. Z. Mais bem disposto que da última vez, deu-nos conselhos sobre o Amor e o Casamento (vá-se lá saber porquê! :)) sem esquecer uma musiquinha à mistura para acompanhar e desejou-nos uma "boa noite com Deus", como sempre.
Daqui, passámos pelo JC. Estava bem mais animado do que na semana passada, pois o "comércio" e mais fácil outra vez. Nesta zona vimos também o JP que, apesar de nos dizer que há já algum tempo está na metadona, nos parece um pouco ligado ao vício.
A paragem seguinte foi com os 3 da vida airada: D.G, Sr.Al e Sr.Ar., este último desta vez estava com uns bons copos a mais, mas manteve o discurso muito rico, o que nos confirma a suspeita de que, antes de vir para a rua, deve ter tido bastante instrução...!
O Sr. Al. contou-nos um pouco como iam os seus filhos. A D.G. estava com uma forte dor no braço e pouco agoniada, disse ser stress. Tinha-nos dito que se calhar a filha da suiça vinha cá, ou ela ia lá, pode ter a ver com isso - emoções.. Também nos disse que Esperemos que melhore. Depois, ainda passámos pelo Estádio do Dragão, pois disseram-nos ter visto um sem-brigo a arrumar carros por ali mas, pelo andar da hora, foi natural n termos visto já ninguém. Por fim fomos à D.F. Levámos-lhe um litro de leite, como prometido, o saco de sempre e o cházinho. Com ela, deitavam-se o Sr. V. e o P. que, quando ouviram falar em chá, levantaram logo as cabeças e sentaram-se, com ela, a bebê-lo, aquecendo-se da noite. Estavam muito sossegados, mas felizes. prometemos levar, para a semana, o nome do remédio para a D.F. pedir aos MdM.
E assim acabámos a noite, à porta do creu, como sempre.
Um bjo a tds de boa semana,
Ana B. Carvalho
quarta-feira, abril 23, 2008
Crónica de 20.04.2008 (Boavista)
A ronda iniciou-se com o habitual arrumar dos sacos para serem distribuídos pelos nossos sem-abrigo.
Com a oração inicial feita pela Marta, apelando à simbiose entre as rondas e o nosso dia-a-dia, partimos para a D.F.
Em dia de Porto Campeão, com uma vitória acrescida ao Benfica, lá a encontrámos eufórica a festejar, juntamente com o Sr.V. e o filho P. Estavam todos bem-dispostos. Pediu-nos um litro de leite, e que viéssemos preparados para, na próxima vez, a ajudarmos a escrever ao filho. Assim, partimos em busca do Sr. R, com quem se tinha combinado encontrar-nos às 11. Andámos por lá mas não o vimos, teremos que tentar outra vez.
Por isso, continuamos a ronda, descendo no percurso. Não havia pão par o Lar, por isso, parámos no Sr.G., sempre com as suas "mezinhas", lá fizemos uns dedos de conversa, numa tentativa de perceber em que é que acredita..!
Ao mesmo tempo, por ali, fomos ter com o Ind., dando -lhe um cobertor e algumas palavras de conforto.
Desde local, continuamos para o viaduto. 1º falámos com o Sr.A., desanimado com a derrota Benfiquista e por continuar sem conseguir dormir, sucessivamente, por muito tempo e, posteriormente, com o Sr.Z, desanimado também, mas com a vida que anda levar; disse "já não saber o que queria..!". Pedindo desculpa pelo estado de espírito, lá foi dormir e nós continuamos a noite. Encontrámos o JC a ressacar, pedindo-nos para apenas deixarmos o saco com ele.
Por fim, estivemos com o Sr. Al, Sr. Ar. e D.G.. O Sr. Ar. surpreendentemente mais lúcido e bem falante, disse-nos ter feito alguns cursos. A D.G. lá estava sempre querida e o Sr. Al. com o seu feitio mais apagado, actualmente, contou-nos, feliz, a conquista de Bolsa do filho para trabalhar.
Depois de tudo, chegámos ao Creu e acabámos a noite a lembrar todos os que vimos e não vimos, assim como a Joana que vai para fora.
Um bjo a tds de boa semana,
Ana BC.
Com a oração inicial feita pela Marta, apelando à simbiose entre as rondas e o nosso dia-a-dia, partimos para a D.F.
Em dia de Porto Campeão, com uma vitória acrescida ao Benfica, lá a encontrámos eufórica a festejar, juntamente com o Sr.V. e o filho P. Estavam todos bem-dispostos. Pediu-nos um litro de leite, e que viéssemos preparados para, na próxima vez, a ajudarmos a escrever ao filho. Assim, partimos em busca do Sr. R, com quem se tinha combinado encontrar-nos às 11. Andámos por lá mas não o vimos, teremos que tentar outra vez.
Por isso, continuamos a ronda, descendo no percurso. Não havia pão par o Lar, por isso, parámos no Sr.G., sempre com as suas "mezinhas", lá fizemos uns dedos de conversa, numa tentativa de perceber em que é que acredita..!
Ao mesmo tempo, por ali, fomos ter com o Ind., dando -lhe um cobertor e algumas palavras de conforto.
Desde local, continuamos para o viaduto. 1º falámos com o Sr.A., desanimado com a derrota Benfiquista e por continuar sem conseguir dormir, sucessivamente, por muito tempo e, posteriormente, com o Sr.Z, desanimado também, mas com a vida que anda levar; disse "já não saber o que queria..!". Pedindo desculpa pelo estado de espírito, lá foi dormir e nós continuamos a noite. Encontrámos o JC a ressacar, pedindo-nos para apenas deixarmos o saco com ele.
Por fim, estivemos com o Sr. Al, Sr. Ar. e D.G.. O Sr. Ar. surpreendentemente mais lúcido e bem falante, disse-nos ter feito alguns cursos. A D.G. lá estava sempre querida e o Sr. Al. com o seu feitio mais apagado, actualmente, contou-nos, feliz, a conquista de Bolsa do filho para trabalhar.
Depois de tudo, chegámos ao Creu e acabámos a noite a lembrar todos os que vimos e não vimos, assim como a Joana que vai para fora.
Um bjo a tds de boa semana,
Ana BC.
quinta-feira, fevereiro 21, 2008
Aldeias | Ida este Sábado (23.02.2007) - 11:00h
Boa tarde a todos,
Quero relembrar a todos que este fim-de-semana há visitas na aldeia. Depois da formação em fisioterapia, teremos um fim de semana mais relaxado, só com as habituais visitas.
A hora de partida será às 11:00 horas no sitio do costume: em frente à igreja de N.ª Sr.ª de Fátima (p.f. respeitem os horários).
Não se esqueçam de levar algo para partilhar no almoço.
Peço a todos que confirmem a presença/ausência no próximo sábado.
Com este Sol e por este andar pode ser que ainda iremos ao rio! :)
Beijos e abraços,
Na ausência do Rui,
Jorge
Quero relembrar a todos que este fim-de-semana há visitas na aldeia. Depois da formação em fisioterapia, teremos um fim de semana mais relaxado, só com as habituais visitas.
A hora de partida será às 11:00 horas no sitio do costume: em frente à igreja de N.ª Sr.ª de Fátima (p.f. respeitem os horários).
Não se esqueçam de levar algo para partilhar no almoço.
Peço a todos que confirmem a presença/ausência no próximo sábado.
Com este Sol e por este andar pode ser que ainda iremos ao rio! :)
Beijos e abraços,
Na ausência do Rui,
Jorge
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
Crónica da Boavista (10.02.2008)
Começámos a ronda do Domingo passado, presenteados com a vinda da Beni que já há muito não podia.
Depois de distribuirmos os sacos como habitualmente, fizemos uma oração com uma proposta bem gira e diferente (pelo João AP), e organizámo-nos para sair.
Começamos pela zona do viaduto, onde estão so nossos novos amigos Sr.Z. e Sr.A. Mas nenhum dos 2 estava. Ainda berramos umas vezes, mas sem sinal de nenhum.
Seguidamente, resolvemos ir ter com o Sr. G, uma vez que estávamos perto dali. Ele estava bem, com os recados das mezinhas de sempre e com a frase "o jardim do éden" ;). Pelo meio da conversa estivemos com dois novos amigos, que não me recordo o nome e a quem demos o saco e assim seguimos para a D. F.
No caminho, encontrámos o Jorge! Que não vinha à ronda mas, lá se convenceu e veio connosco fazer o resto da noite.
Assim seguimos para a D.F. os 5, como há muito não acontecia. Ela estava animada, apesar de ter ido ao hospital, como noutras vezes, por causa da diabetes, estavam a 700's! O V. também estava por lá. A barraca caiu, parcialmente, devido à chuva e agora dormem pior do que nunca, o que vale é o que ânimo estava em alta.
O Sr. R não estava "em casa" e o cadeado que lá estava, implica que vamos ter de passar a tentar encontrá-lo noutros sítios, será que o reencontraremos?
Descemos e fomos ter com o PeP, ele estava conversador, e falou-nos em esforços para reentrarem na metadona. Ela estava a ressacar fortemente, e fez alguns contactos que nos pareceram muito "estranhos", também lá estava o JC. Demos um saco a um rapaz que bem precisava, mas que não fixei o nome. Passamos pelo A, mas já não tínhamos sacos...
Vimos o Sr. A, a D. G e o novo companheiro que precisava de orientações, espero que ele esteja bem. Tenho sentido o Sr. A mais distante, talvez por algumas discussões que tivemos por causa da nossa ajuda e da forma como o poderemos ajudar melhor.
Terminamos com a habitual partilha. Foi bom estarmos em grupo de novo.
Ana e Jorge
Depois de distribuirmos os sacos como habitualmente, fizemos uma oração com uma proposta bem gira e diferente (pelo João AP), e organizámo-nos para sair.
Começamos pela zona do viaduto, onde estão so nossos novos amigos Sr.Z. e Sr.A. Mas nenhum dos 2 estava. Ainda berramos umas vezes, mas sem sinal de nenhum.
Seguidamente, resolvemos ir ter com o Sr. G, uma vez que estávamos perto dali. Ele estava bem, com os recados das mezinhas de sempre e com a frase "o jardim do éden" ;). Pelo meio da conversa estivemos com dois novos amigos, que não me recordo o nome e a quem demos o saco e assim seguimos para a D. F.
No caminho, encontrámos o Jorge! Que não vinha à ronda mas, lá se convenceu e veio connosco fazer o resto da noite.
Assim seguimos para a D.F. os 5, como há muito não acontecia. Ela estava animada, apesar de ter ido ao hospital, como noutras vezes, por causa da diabetes, estavam a 700's! O V. também estava por lá. A barraca caiu, parcialmente, devido à chuva e agora dormem pior do que nunca, o que vale é o que ânimo estava em alta.
O Sr. R não estava "em casa" e o cadeado que lá estava, implica que vamos ter de passar a tentar encontrá-lo noutros sítios, será que o reencontraremos?
Descemos e fomos ter com o PeP, ele estava conversador, e falou-nos em esforços para reentrarem na metadona. Ela estava a ressacar fortemente, e fez alguns contactos que nos pareceram muito "estranhos", também lá estava o JC. Demos um saco a um rapaz que bem precisava, mas que não fixei o nome. Passamos pelo A, mas já não tínhamos sacos...
Vimos o Sr. A, a D. G e o novo companheiro que precisava de orientações, espero que ele esteja bem. Tenho sentido o Sr. A mais distante, talvez por algumas discussões que tivemos por causa da nossa ajuda e da forma como o poderemos ajudar melhor.
Terminamos com a habitual partilha. Foi bom estarmos em grupo de novo.
Ana e Jorge
domingo, fevereiro 10, 2008
Crónica das Aldeias (09.02.2008)
Ontem foi um dia bem vivido, a Joana deu-nos uma luzes sobre envelhecimento activo e fisioterapia (obrigado Joana pela ajuda!), e após o habitual almoço partilhado a ver a serra do Marão, sob um céu azul e bom Sol (a recordar os picnics junto ao rio que fazemos no Verão), partimos para as nossas habituais visitas, cada grupo para a "sua" aldeia.
Na "nossa", Ansiães, nas três visitas que fizemos aprendemos muito sobre o que era o Entrudo de antigamente. Demos o nosso primeiro passeio na eira com a TC, que fez questão de nos ditar a música da Infeliz Donzela, a qual cantarolamos. Será que me lembrarei assim tão bem de coisas com 93 anos?
A alegria do passeio foi contagiante: "eu quero correr!". Estávamos nós com receio de propôr o passeio e logo à primeira ficou assente que se deverá tornar um hábito! Enfim, por vezes somos pequeninos nas nossas ideias...
No final fomos pela primeira vez ao Lar em Fregim, e atravessando o "labirinto" que é aquele edificio enorme e moderno onde 118 "séniores" residem, encontramos mais uma vez a alegria do reencontro com a DA e o SJ. Já não os víamos há 6 semanas, o Natal tinha sido em família. Ficamos muito surpreendidos com a qualidade do Lar e pela hospitabilidade das pessoas (tirando o porteiro :P). Eles estão bem, com boas cores, o SJ ainda se está a adaptar e depois da despedida ficou a vontade, e a certeza, do reencontro daqui a algum tempo.
Foi um sábado excepcional, pelo qual me sito agradecido a todos que contribuem com aquilo que têm e acima de tudo, com aquilo que são.
Um abraço forte,
Na "nossa", Ansiães, nas três visitas que fizemos aprendemos muito sobre o que era o Entrudo de antigamente. Demos o nosso primeiro passeio na eira com a TC, que fez questão de nos ditar a música da Infeliz Donzela, a qual cantarolamos. Será que me lembrarei assim tão bem de coisas com 93 anos?
A alegria do passeio foi contagiante: "eu quero correr!". Estávamos nós com receio de propôr o passeio e logo à primeira ficou assente que se deverá tornar um hábito! Enfim, por vezes somos pequeninos nas nossas ideias...
No final fomos pela primeira vez ao Lar em Fregim, e atravessando o "labirinto" que é aquele edificio enorme e moderno onde 118 "séniores" residem, encontramos mais uma vez a alegria do reencontro com a DA e o SJ. Já não os víamos há 6 semanas, o Natal tinha sido em família. Ficamos muito surpreendidos com a qualidade do Lar e pela hospitabilidade das pessoas (tirando o porteiro :P). Eles estão bem, com boas cores, o SJ ainda se está a adaptar e depois da despedida ficou a vontade, e a certeza, do reencontro daqui a algum tempo.
Foi um sábado excepcional, pelo qual me sito agradecido a todos que contribuem com aquilo que têm e acima de tudo, com aquilo que são.
Um abraço forte,
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