segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Crónica da ronda 19.02.2006 (Areosa)

Desta vez o grupo da Areosa encontrava-se um pouco desfalcado, à semelhança, aliás, da ronda em geral, mas com uma pequena particularidade: não estavam presentes os elementos femininos desta ronda. Resultado: um carro só de gajos! Mas rapidamente compreendemos a desvantagem de tal situação: nenhum dos cromos se lembrou de trazer café, tal não é o encosto - “ah, a Joaninha costuma levar”!
Voltando à ronda... a primeira paragem, que efectivamente não o chegou a ser, seria junto à Blockbuster das Antas, no entanto o senhor com o qual se havia combinado encontrarmo-nos na ronda passada não estava no local, pelo que fizemos uma busca rápida pelas imediações, mas sem resultados. De lá, seguimos para o prédio da Fernão Magalhães, o tal abandonado por construtores e entidades camarárias, mas não por aqueles que não teêm um tecto para dormir. Chegados ao local, o pisca-pisca e a buzinadela da praxe, e a resposta pronta, algures do 4º ou 5º andar: “Oi! Vamos descer!”. Primeiro o senhor J, em passo de corrida, simpático e afável como sempre, apressado em ir embora por causa do frio, o que não censurámos. Em seguida, o N, mais um baixinho, do qual não sabemos o nome, mas que passa a vida a resmungar; e ainda uma rapariga, com o ar infeliz de quem tem um vício que a consome todos os dias... Apenas N ficou um pouco a conversar connosco, falou-nos de como continuava a consumir, e da sua determinação em não deixar que a namorada T voltasse àquela vida, após a preciosa ajuda da Joana. Com esta esperança nos deixou, para em seguida aparecer o senhor ucraniano, cheio de sede, que recebeu avidamente o Guaraná (há que fazer a devida publicidade, né?!), e entre um e outro golo, perguntou-nos se haviamos arranjado algum advogado que o pudesse ajudar, ao que respondemos com pesarosa negativa.
Na rotunda da Areosa encontrámos os já habituais sr M e sr J. Felizmente o sr M encontrava-se com visível boa disposição. Durante a conversa muito se lamentou da falta das meninas, obrigando-nos a jurar a pés juntos que as mesmas não se encontravam doentes. Mesmo assim não se mostrou muito convencido, tendo ficado com ar preocupado na hora da despedida. O sr J lá estava, com as habituais queixas “estou farto de estar aqui” e as inevitáveis “arranjei ali um quarto...” e “para a semana é que é!”. Enfim, pouco crentes, mas sempre com esperança, despedimo-nos com os também habituais “esperamos já não o encontrar aqui para a semana!”, “veja lá que no próximo domingo estamos cá outra vez!”. Nos entretantos, passaram algumas caras já conhecidas a perguntar por comida, o que tivemos que negar com bastante pesar, pois os sacos “estavam à conta”.
Por último, fomos ter com a I. Mostrava-se, como quase sempre, com um ar agastado debaixo do sorriso acolhedor. Genuinamente preocupados, insistimos mais uma vez para procurar um outro caminho para a sua vida, conselho recebido com compreensão mas sem a vontade necessária. Disse-nos que algures esta semana iria a casa, pois já deveriam estar preocupados. Despedimo-nos mais uma vez com palavras de encorajamento e amizade.
Terminada a ronda, fizemos a oração perto da casa do Nuno, terminando com um Pai-Nosso debaixo de chuva (este S. Pedro...).

Abraços apertados
Tiago Cabeçadas

2 comentários:

Anónimo disse...

Obrigado Tiago...tava muito boa=)...quase sinto q fui à ronda;)..beijinho e boa semana!!**

Joana

Anónimo disse...

Tiago: 5 estrelas. Estou a lêr a tua, para me inspirar para a minha... crónica. Obrigado pelas boleias, mais uma vez. Abraço grande e até Domingo, NSB.