A noite começou com a concentração do costume em frente à Igreja e com uma nova companhia nas rondas, a Filipa.
Lá partimos entusiasmados por mostrar tudo aquilo que fazemos todos os domingos à Filipa, assim começamos pelo Lima 5 com a família Q..
Quando lá chegamos fomos recebidos com o já habitual sorriso da D.F., que apesar de uma dor de dentes incomodativa não a deixou esquecer as “encomendas” do domingo passado. Demos-lhe as encomendas e logo de seguida aproveitar para pedir mais umas coisinhas. O Sr V. dormitava debaixo do cobertor, adoentado, não lhe tendo visto a cara e o Sr M. também já se tinha retirado para casa.
A D. F. lá nos contou a semana, a ida a Guimarães, as visitas ao filho, as peripécias das cadelas, as descomposturas às carrinhas….
Despedimo-nos e partimos para o Bom Sucesso na esperança de sabermos notícias do J.P. que tinha mostrado vontade de entrar para a metadona.
Infelizmente não o encontramos e do que conseguimos saber ele só foi visto naquela zona na segunda-feira passada, quem sabe não será um bom sinal. Esperamos que onde quer que ele esteja que tenha força para seguir em frente.
Partimos ao encontro do Sr A., sempre bem disposto, pronto para relatar quem tinha visto de caras conhecidas durante a semana. Contou-nos como tinha corrido a semana, queixou-se mais uma vez que o “negócio” está mau e que os filhos continuam sem trabalhar.
Debaixo de uma chuva torrencial partimos para a última paragem da noite, o Sr V.. Quando lá chegamos fomos surpreendidos com um grupo de ucranianos que animadamente tentavam esquecer as saudades de casa, os trabalhos mal pagos, as más condições em que se encontram e a fome.
O Sr V. chateado com a confusão que esteva instalada no seu canto virou-se para o outro lado e pôs-se a dormir, não tendo havido grandes conversas.
Ao grupo de ucranianos entregamos sacos com comida e o folheto informativo, que pensamos que os poderá ajudar.
A noite acabou no CREU com a oração e partilha das experiências de mais uma noite.
Benedita Salinas
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