Reunimo-nos como é habitual em Nossa Senhora de Fátima, éramos cerca de 20 pessoas, entre os quais 4 novos voluntários, e os 20 tomamos lugar na oração, tendo-nos depois repartido nas 6 rondas do costume.
Fomos cheios de entusiasmos para a nossa querida ronda da Boavista, tendo parado pela primeira vez junto da família Q. surpresa das surpresas a D. F. dormia profundamente, não tendo reagido ao sonoro ranger do portão de uma garagem nas proximidades, pelo que decidimos não a incomodar, tendo apenas deixado lá ficar o saquinho como prova da nossa presença. Descemos depois em direcção ao Foco, mas nem sombra do M. nem de um qualquer outro sem-abrigo. Aproveitando o desvio no percurso fomos à procura do JP II, com quem havíamos travado conhecimento na passada semana e ao qual tínhamos prometido aparecer esta semana. Infelizmente não estava por lá! Fomos depois para a Boavista em busca do JP, mas como de costume é muito difícil encontra-lo nesta zona, em particular a esta hora. Seguiu-se o Sr. V. com quem permanecemos em “dialogo” cerca de 30 minutos. Para o fim guardamos o melhor, o afável Sr. A, pareceu-nos um pouco em baixo, mas como sempre retribui com boa disposição à nossa companhia. Mesmo antes de partir para o Creu demos um saquinho ao Sr. J, que agradeceu mas que rapidamente se procurou afastar evitando conversas
A ronda terminou no Creu onde encontramos o nosso quinto elemento, o Jorge, com quem partilhamos a oração final.
Boa semana e bom feriado!
Rui Mota
Famílias, Aldeias e Sem Abrigo estas são as nossas áreas de acção. Um grupo de jovens do Porto, que no CREU têm uma casa, lançam mãos aos desafios que lhes surgem.
terça-feira, outubro 31, 2006
sábado, outubro 28, 2006
Crónica da Aldeia (21/10/2006)
No passado Sábado deu-se mais um passo neste caminho que fazemos neste projecto, a entrada de pessoas novas, depois da noite de abertura do CREU, temos 5 novos voluntários que integram agora este projecto, subindo para assim para um total 15 pessoas.
Chovia a cântaros e partimos em 2 carros, ou seja a viagem foi em formato ultracompacto!! Lá não apanhamos chuva, reunimos, como habitual, no alpendre da Associação a fazer o ponto da situação. Alteraram-se as datas de ida, não vamos a 18Nov, nem a 2Dez (por ser véspera de feriado) e em vez disso vamos a 25Nov. O Magusto mudou do dia 11 para o dia 12.
Fizemos o acolhimento dos três novos, o Pedro, a Mafalda e Carla (já conhecedora das rondas ao Sem Abrigo) e almoçamos muito bem. Os rissóis e croquetes da Joana estão a tornar-se um "must" juntamente com os croissants do Rui, ou as piadas da São :)
As visitas correram bem, e foi muito bom estarmos practicamente todos, a Maria ainda anda bronzeada "lá dus áfrica méu!". Regressamos muito cedo, chegamos ao Porto um pouco antes das 6h. Para a próxima temos de telefonar aos nossos acompanhantes locais e começar novas visitas.
Um abraço,
Chovia a cântaros e partimos em 2 carros, ou seja a viagem foi em formato ultracompacto!! Lá não apanhamos chuva, reunimos, como habitual, no alpendre da Associação a fazer o ponto da situação. Alteraram-se as datas de ida, não vamos a 18Nov, nem a 2Dez (por ser véspera de feriado) e em vez disso vamos a 25Nov. O Magusto mudou do dia 11 para o dia 12.
Fizemos o acolhimento dos três novos, o Pedro, a Mafalda e Carla (já conhecedora das rondas ao Sem Abrigo) e almoçamos muito bem. Os rissóis e croquetes da Joana estão a tornar-se um "must" juntamente com os croissants do Rui, ou as piadas da São :)
As visitas correram bem, e foi muito bom estarmos practicamente todos, a Maria ainda anda bronzeada "lá dus áfrica méu!". Regressamos muito cedo, chegamos ao Porto um pouco antes das 6h. Para a próxima temos de telefonar aos nossos acompanhantes locais e começar novas visitas.
Um abraço,
sexta-feira, outubro 27, 2006
Aldeia - Reunião para planear o Magusto - 5a feira (2 Nov) das 20:00 às 21:00
De forma a planear com tempo como vamos animar o magusto, decidimos marcar uma breve reunião na 5a, dia 2 Novembro, das 20:00 às 21:00 no CREU.
Falei hoje para a Aldeia para vermos as novas pessoas a visitar, mas não consegui falar com o pd Vilar, vou continuar a tentar.
O Magusto será realizado juntando as 4 paróquias, temos de arranjar até à reunião uma estimativa de miúdos presentes.
Um abraço a todos,
PS - Maria Manuel estamos a contar com a tua colaboração.
Falei hoje para a Aldeia para vermos as novas pessoas a visitar, mas não consegui falar com o pd Vilar, vou continuar a tentar.
O Magusto será realizado juntando as 4 paróquias, temos de arranjar até à reunião uma estimativa de miúdos presentes.
Um abraço a todos,
PS - Maria Manuel estamos a contar com a tua colaboração.
Aldeia - Magusto passou de dia 11 para dia 12 (Domingo)
Ontem houve reunião nas aldeias e telefonaram-me a perguntar se o magusto podia passar para dia 12 de Novembro, pois consideram ser melhor realizar-se no Domingo. Não tendo nós quaisquer objecções, decidiu-se passar para dia 12.
Só para recordar, até ao fim do ano vamos dia 4, 12 (Magusto), 25 Novembro e 16 e 17 (festa de natal) de Dezembro.
Um abraço a todos,
Só para recordar, até ao fim do ano vamos dia 4, 12 (Magusto), 25 Novembro e 16 e 17 (festa de natal) de Dezembro.
Um abraço a todos,
Crónica da ronda de 22/10/06 (Batalha)
A simplicidade como decorre a nossa vivência, dita muitos dos actos por nós
expostos. Foi no passado domingo que a ronda da Batalha se encontrou para
tentar fazer aquilo que mais anseiam: ajudar, simplesmente.
Composta pela Manuela, Inês Bessa, São, Luís e pelo novo membro Francisca, a ronda iniciou o seu percurso, começando pelo sempre carismático Sr. D. Este senhor de já avultada idade faz parte daquelas pessoas que nos conquistam pelo seu mau-humor, que de tão mau, quando o deixa de o ser, passar a ser exclente. Assim, cada vez mais o Sr.D. tem-se mostrado mais simpático e conversador. Apesar disso, notou-se uma certa tosse, consequência do mau tempo que se fez sentir nessa semana, por toda a cidade. Ainda tivemos tempo para lhe darmos umas roupas, que ao fim de algum tempo de escolha, foram as que o Sr.D. realmente gostava.
Após esta visita, a ronda fez a sua paragem habitual para visitar o Sr. F. Apesar de se encontrar visivelmente sóbrio, encontrava-se ocupado e por isso a visita foi rápida e concisa. Contudo, ainda houve tempo para lhe ser oferecido um novo chapéu, o que deixou o Sr. F. Muito bem disposto. A ronda seguiu então para uma nova paragem, a do P., que já se encontrava recuperado da gripe que tinha apanhado na semana passada. A conversa foi longa, com P. a relatar os seus passos pelo estrangeiro e com os elementos da ronda a interagir também, o que facilita em muito a comunicação e a relação entre os mesmos.
A ronda ainda teve tempo de procurar o sr. J. Que não se encontrava no lugar. Pelo contrário, encontrava-se outra pessoa que nos pediu algo para beber, pedindo-nos encaracidamente que não nos aproximássemos, pedido a que a ronda aceitou de imediato. No final da noite, ainda procuraram interpelar um sr. Que parecia necessitar de apoio externo, apesar de este se ter mostrado reticente e não nos ter permitido comunicar ou ajudar de qualquer outra maneira.
De volta ao ponto de partida, a ronda sentia-se bem com o seu trabalho, consciente que são os pequenos sorrisos que distribui por todas essas noites de domingo que fazem toda e qualquer diferença.
“É na simplicidade que está a virtude”.
Luís.
expostos. Foi no passado domingo que a ronda da Batalha se encontrou para
tentar fazer aquilo que mais anseiam: ajudar, simplesmente.
Composta pela Manuela, Inês Bessa, São, Luís e pelo novo membro Francisca, a ronda iniciou o seu percurso, começando pelo sempre carismático Sr. D. Este senhor de já avultada idade faz parte daquelas pessoas que nos conquistam pelo seu mau-humor, que de tão mau, quando o deixa de o ser, passar a ser exclente. Assim, cada vez mais o Sr.D. tem-se mostrado mais simpático e conversador. Apesar disso, notou-se uma certa tosse, consequência do mau tempo que se fez sentir nessa semana, por toda a cidade. Ainda tivemos tempo para lhe darmos umas roupas, que ao fim de algum tempo de escolha, foram as que o Sr.D. realmente gostava.
Após esta visita, a ronda fez a sua paragem habitual para visitar o Sr. F. Apesar de se encontrar visivelmente sóbrio, encontrava-se ocupado e por isso a visita foi rápida e concisa. Contudo, ainda houve tempo para lhe ser oferecido um novo chapéu, o que deixou o Sr. F. Muito bem disposto. A ronda seguiu então para uma nova paragem, a do P., que já se encontrava recuperado da gripe que tinha apanhado na semana passada. A conversa foi longa, com P. a relatar os seus passos pelo estrangeiro e com os elementos da ronda a interagir também, o que facilita em muito a comunicação e a relação entre os mesmos.
A ronda ainda teve tempo de procurar o sr. J. Que não se encontrava no lugar. Pelo contrário, encontrava-se outra pessoa que nos pediu algo para beber, pedindo-nos encaracidamente que não nos aproximássemos, pedido a que a ronda aceitou de imediato. No final da noite, ainda procuraram interpelar um sr. Que parecia necessitar de apoio externo, apesar de este se ter mostrado reticente e não nos ter permitido comunicar ou ajudar de qualquer outra maneira.
De volta ao ponto de partida, a ronda sentia-se bem com o seu trabalho, consciente que são os pequenos sorrisos que distribui por todas essas noites de domingo que fazem toda e qualquer diferença.
“É na simplicidade que está a virtude”.
Luís.
quarta-feira, outubro 25, 2006
Crónica da ronda de 22/10/06 (Areosa)
“Maravilhas fez em mim
Minh’alma canta de gozo
Pois na minha PEQUENEZ
Se detiveram Seus olhos…”
Assim começou a nossa ronda… recordando o dom da humildade e da pequenez, e com vontade de levar aos outros os nossos olhos, os ouvidos, a boca, as mãos e o nosso coração…
Começamos pela S. e pelo Sr.Z. que tão bem fazem companhia um ao outro. A S. continua com a constipação chata, que a deixa muito em baixo e com os olhinhos muito carregadinhos de pouca alegria… mas com o almoço em casa da D. A. e com a nossa visita tudo melhorou!
Passamos um bom bocado juntos… a cumplicidade é já tão grande, que é necessário muito poucas palavras para um entendimento do céu…*
Visitamos a D.A e o M., estavam uma alegria só! Um anjinho traquina que dança o “tic-tac” da Floribella como ninguém J!
Levamos o Sr. Z a casa e partimos rumo à nova casa dos nossos amigos do prédio! E que linda casa! Estivemos com o ZM, e com mais dois novos amigos: o J e o sr. M.! Conversamos como bons amigos, expectativas e preferências de trabalho, a família feliz do outro lado da Europa, belas artes, possíveis restaurações e construções e, claro, sobre o clássico da noite!
Ficou-nos uma pulguinha atrás da orelha quando o ZM nos falou da D tão preocupado L A verdade é ela está a piorar de dia para dia, e agora eles desconfiam de tuberculose L, e afirmam que ela não sente a mínima vontade de se tratar e de pedir ajuda L Rezamos por ela…
Sentimos todos a falta do J.! J., aparece por favor!!!
Continuamos rumo ao Sr. M, que tem estado um verdadeiro amor… não quis a sopinha que lhe fiz… tinha acabado de jantar! Pareceu-nos bem… chateado com a I, mas bem! Sentimos todos que a nossa relação tem evoluído a olhos vistos… parece de pedra, mas o coração é de melJ
(Ao longo da ronda fomos recebendo verdadeiros toques de Deus, toques de eternidade nas mais variadas coisas… matriculas de automóveis, direcções de autocarros) – tinha mesmo de dizer isto JJJ
Estivemos também com o Sr. PM, que queria a todo custo calçar umas sapatilhas nº39, quando calçava 41! Lá se convenceu de que o iriam magoar mais que ajudar! (já agora: alguém tem calçado nº41? Obrigada…), com o Sr. R., o Sr. D e um senhor que não fala, mas que ficaram connosco pouco tempo.
Acabamos a ronda a visitar o Sr. J., que finalmente acordou e passou connosco um bom tempinho a conversar. Continua certinho, atarefado no seu trabalho e a dizer orgulhosamente que o seu dinheirinho já chegou para comprar umas roupinhas novas! Veio connosco dar boa-noite à D. I., que tomou o seu leite com café, com os bolinhos que tanto gosta! Foi a casa esta semana, mas não lhe passa pela cabeça ir para lá de vez… sente que não há nada que a prenda lá…
E terminamos, como sempre… a D. I. a mandar-nos embora com aquelas preces tão abençoadas e características!
Rezamos por eles, pela ronda feliz que tivemos e pelos membros que andam agora soltos pelo mundo! Voem muito, muito alto!
Uma semana feliz para todosJ. Abraço fechado, em Jesus: Andreia Gil*
Minh’alma canta de gozo
Pois na minha PEQUENEZ
Se detiveram Seus olhos…”
Assim começou a nossa ronda… recordando o dom da humildade e da pequenez, e com vontade de levar aos outros os nossos olhos, os ouvidos, a boca, as mãos e o nosso coração…
Começamos pela S. e pelo Sr.Z. que tão bem fazem companhia um ao outro. A S. continua com a constipação chata, que a deixa muito em baixo e com os olhinhos muito carregadinhos de pouca alegria… mas com o almoço em casa da D. A. e com a nossa visita tudo melhorou!
Passamos um bom bocado juntos… a cumplicidade é já tão grande, que é necessário muito poucas palavras para um entendimento do céu…*
Visitamos a D.A e o M., estavam uma alegria só! Um anjinho traquina que dança o “tic-tac” da Floribella como ninguém J!
Levamos o Sr. Z a casa e partimos rumo à nova casa dos nossos amigos do prédio! E que linda casa! Estivemos com o ZM, e com mais dois novos amigos: o J e o sr. M.! Conversamos como bons amigos, expectativas e preferências de trabalho, a família feliz do outro lado da Europa, belas artes, possíveis restaurações e construções e, claro, sobre o clássico da noite!
Ficou-nos uma pulguinha atrás da orelha quando o ZM nos falou da D tão preocupado L A verdade é ela está a piorar de dia para dia, e agora eles desconfiam de tuberculose L, e afirmam que ela não sente a mínima vontade de se tratar e de pedir ajuda L Rezamos por ela…
Sentimos todos a falta do J.! J., aparece por favor!!!
Continuamos rumo ao Sr. M, que tem estado um verdadeiro amor… não quis a sopinha que lhe fiz… tinha acabado de jantar! Pareceu-nos bem… chateado com a I, mas bem! Sentimos todos que a nossa relação tem evoluído a olhos vistos… parece de pedra, mas o coração é de melJ
(Ao longo da ronda fomos recebendo verdadeiros toques de Deus, toques de eternidade nas mais variadas coisas… matriculas de automóveis, direcções de autocarros) – tinha mesmo de dizer isto JJJ
Estivemos também com o Sr. PM, que queria a todo custo calçar umas sapatilhas nº39, quando calçava 41! Lá se convenceu de que o iriam magoar mais que ajudar! (já agora: alguém tem calçado nº41? Obrigada…), com o Sr. R., o Sr. D e um senhor que não fala, mas que ficaram connosco pouco tempo.
Acabamos a ronda a visitar o Sr. J., que finalmente acordou e passou connosco um bom tempinho a conversar. Continua certinho, atarefado no seu trabalho e a dizer orgulhosamente que o seu dinheirinho já chegou para comprar umas roupinhas novas! Veio connosco dar boa-noite à D. I., que tomou o seu leite com café, com os bolinhos que tanto gosta! Foi a casa esta semana, mas não lhe passa pela cabeça ir para lá de vez… sente que não há nada que a prenda lá…
E terminamos, como sempre… a D. I. a mandar-nos embora com aquelas preces tão abençoadas e características!
Rezamos por eles, pela ronda feliz que tivemos e pelos membros que andam agora soltos pelo mundo! Voem muito, muito alto!
Uma semana feliz para todosJ. Abraço fechado, em Jesus: Andreia Gil*
terça-feira, outubro 24, 2006
Crónica da ronda de 22/10/06 (Boavista)
Ronda da Boavista
Partimos este domingo, como habitualmente, a partir do CREU e depois de uma breve oração. Esta semana, estávamos em grande número, o que é sempre bom de ver e alegra ainda mais a nossa percepção sobre o trabalho que fazemos…!
Começámos pela família Quaresma que, desta vez estava reduzida apenas à D. F. Mal nos viu perguntou-nos se lhe tínhamos trazido o vestuário que nos tinha pedido e agradeceu a fita-cola que levámos. Queixou-se das suas diabetes, do braço, das várias organizações que a ajudam porque não trazem o que ela quer, até da “futura nora” que também é sua sobrinha… mas com o seu toque de sempre de boa disposição, algo que muito a caracteriza, assim como a ideia que a vida tem que andar para a frente, o que é sempre de louvar!
Seguidamente partimos para o Foco, mas não encontrámos, como já era de esperar, o M. Apesar de tudo, soubemos pelo empregado do café do lado, que ele estava numa clínica em Aveiro a tratar-se. Se for verdade, é uma óptima notícia!
Assim, fomos de encontro ao J. P que estava um pouco stressado, mas que ainda falou um pouco connosco. Deu-nos alguns conselhos alimentares, isto é, sugestões de menu para os sacos porque, segundo ele, este não tem grd sucesso. Ficou prometido um encontro com o Jorge durante a semana e até, se calhar, um cinema!...
Ali perto estivemos com o Sr. A., que estava todo agasalhado, com um casaco e boné novos, oferecidos. Lá trocámos uns dedos de conversa e seguimos para o Sr. V. que, mais uma vez, estava a dormir. Para marcar a nossa presença por lá, deixámos-lhe um saco de comida.
Seguidamente fomos procurar, ali nas redondezas, vestígios de gente, mas vimos apenas um camionista que ali dormia no chão porque, segundo ele, estava mais confortável ali, do que no camião.
À vinda para o carro, cruzámo-nos com um novo J.P., que nos pediu uma roupinha e aceitou um saco nosso.
Acabámos a noite, como de costume, em N.S.F., em oração de partilha.
Foi uma óptima ronda pois já não estávamos os 5 há muito tempo!!
Um bjinho a todos e (viva o pólo GT ;))
Ana Carvalho
Partimos este domingo, como habitualmente, a partir do CREU e depois de uma breve oração. Esta semana, estávamos em grande número, o que é sempre bom de ver e alegra ainda mais a nossa percepção sobre o trabalho que fazemos…!
Começámos pela família Quaresma que, desta vez estava reduzida apenas à D. F. Mal nos viu perguntou-nos se lhe tínhamos trazido o vestuário que nos tinha pedido e agradeceu a fita-cola que levámos. Queixou-se das suas diabetes, do braço, das várias organizações que a ajudam porque não trazem o que ela quer, até da “futura nora” que também é sua sobrinha… mas com o seu toque de sempre de boa disposição, algo que muito a caracteriza, assim como a ideia que a vida tem que andar para a frente, o que é sempre de louvar!
Seguidamente partimos para o Foco, mas não encontrámos, como já era de esperar, o M. Apesar de tudo, soubemos pelo empregado do café do lado, que ele estava numa clínica em Aveiro a tratar-se. Se for verdade, é uma óptima notícia!
Assim, fomos de encontro ao J. P que estava um pouco stressado, mas que ainda falou um pouco connosco. Deu-nos alguns conselhos alimentares, isto é, sugestões de menu para os sacos porque, segundo ele, este não tem grd sucesso. Ficou prometido um encontro com o Jorge durante a semana e até, se calhar, um cinema!...
Ali perto estivemos com o Sr. A., que estava todo agasalhado, com um casaco e boné novos, oferecidos. Lá trocámos uns dedos de conversa e seguimos para o Sr. V. que, mais uma vez, estava a dormir. Para marcar a nossa presença por lá, deixámos-lhe um saco de comida.
Seguidamente fomos procurar, ali nas redondezas, vestígios de gente, mas vimos apenas um camionista que ali dormia no chão porque, segundo ele, estava mais confortável ali, do que no camião.
À vinda para o carro, cruzámo-nos com um novo J.P., que nos pediu uma roupinha e aceitou um saco nosso.
Acabámos a noite, como de costume, em N.S.F., em oração de partilha.
Foi uma óptima ronda pois já não estávamos os 5 há muito tempo!!
Um bjinho a todos e (viva o pólo GT ;))
Ana Carvalho
segunda-feira, outubro 23, 2006
Crónica da ronda de 15/10/2006 (6º trajecto)
Era perfeitamente plausível começar esta crónica com um “Naquela noite” ou talvez ainda um “Chovia”... Mas hoje, talvez pelo atraso descomunal na escrita e consecutiva entrega desta crónica (desculpa joão :=) ) pensei em, ou pelo menos tentar, escrever algo diferente.
Encontrei este poema que penso que descreve um sentimento que os nossos amigos devem partilhar :=) Deixo as interpretações para o(s) leitore(s) :=) Espero que gostem !
Chuva
São estes os dias que correm,
qual vento de tristeza cortante,
em que a chuva parece amar-me,
e vagueiosem rumo.
Procuro uma felicidade que não existe
ou terá existido ?
Até que sinto um bom calor no rosto,
uma luz terna no meio da solidão.
Da multidão.
Os meus olhos perscrutam essa luz.
Quando te olhei, o vento mudou.
Quem és ?
Como, quando e onde ?
Estendo a minha mão trémula,
E desvaneces...
Oh Vida de Sonhos e Ambições,
Regressa e vem empurrar-me para ti,
Qual imperial resgate
desta minha tirana...
Solidão.
Gabriela Soares
Encontrei este poema que penso que descreve um sentimento que os nossos amigos devem partilhar :=) Deixo as interpretações para o(s) leitore(s) :=) Espero que gostem !
Chuva
São estes os dias que correm,
qual vento de tristeza cortante,
em que a chuva parece amar-me,
e vagueiosem rumo.
Procuro uma felicidade que não existe
ou terá existido ?
Até que sinto um bom calor no rosto,
uma luz terna no meio da solidão.
Da multidão.
Os meus olhos perscrutam essa luz.
Quando te olhei, o vento mudou.
Quem és ?
Como, quando e onde ?
Estendo a minha mão trémula,
E desvaneces...
Oh Vida de Sonhos e Ambições,
Regressa e vem empurrar-me para ti,
Qual imperial resgate
desta minha tirana...
Solidão.
Gabriela Soares
Crónica da ronda de 22/10/2006 (6º trajecto)
Voltámos a uma "vivenda" dorminhoca, com a sorte de o Sr J ter levantado uma pálpebra no momento em que olhávamos para ele. Despertámo-lo, e ele aos outros, o suficiente para iniciarmos mais uma noite bem passada.
De bom humor o Sr J A, olhar e sorriso malandros, murmura uma piada, o J levanta-se a custo de riso pronto, ao lado só a D e o companheiro dormiam profundamente. O J fizera anos na véspera (falhámos o bolo...!) e a conversa avançou sobre os signos. Paralelamente apercebia-me da vontade do Sr J em desentoxicar-se dos 5 litros de vinho que bebe por dia há demasiados anos. Voluntários para ajudar-nos a levá-lo ao Conde Ferreira ainda esta semana? Amanhã vai com o J buscar o BI à Loja do Cidadão. Pergunto-lhe pelo Sr F. Mudou de poiso com uma companheira. Fontaínhas? Pesquisa em próxima ronda.
À saída uma prenda de recurso para o J e um encontro instantãneo com o Sr J que passava, feliz por nos ver.
Passámos ainda na Trindade, à procura do L conhecêmos o M, com um pé na heroína e outro na desintoxicação (prestes a começar!). Recolhemos a Nª Srª de Fátima. Dissemos algumas palavras a Quem nos ouve e atende e nos não abandona. Boa semana a todos!
De bom humor o Sr J A, olhar e sorriso malandros, murmura uma piada, o J levanta-se a custo de riso pronto, ao lado só a D e o companheiro dormiam profundamente. O J fizera anos na véspera (falhámos o bolo...!) e a conversa avançou sobre os signos. Paralelamente apercebia-me da vontade do Sr J em desentoxicar-se dos 5 litros de vinho que bebe por dia há demasiados anos. Voluntários para ajudar-nos a levá-lo ao Conde Ferreira ainda esta semana? Amanhã vai com o J buscar o BI à Loja do Cidadão. Pergunto-lhe pelo Sr F. Mudou de poiso com uma companheira. Fontaínhas? Pesquisa em próxima ronda.
À saída uma prenda de recurso para o J e um encontro instantãneo com o Sr J que passava, feliz por nos ver.
Passámos ainda na Trindade, à procura do L conhecêmos o M, com um pé na heroína e outro na desintoxicação (prestes a começar!). Recolhemos a Nª Srª de Fátima. Dissemos algumas palavras a Quem nos ouve e atende e nos não abandona. Boa semana a todos!
sexta-feira, outubro 20, 2006
Crónica da ronda de 15/10/2006 (Batalha)
A ronda da Batalha precisava de um elemento masculino e lá fui convocado. Assim, partimos com a Manela, a São e a Francisca. À semelhança do que Jesus sugeria ao jovem rico, fomos fazer aquilo que por mais que se faça, faz sempre falta: algo de bom.
O primeiro destino era uma zona onde já algum tempo este percurso não passava. Procurávamos o sr. J. A. e outros sem-abrigo que nos tinham indicado. Não obtivemos qualquer resultado. Seguimos para o P.: Não se encontrava... Deixámos um saco, procurámo-lo rua abaixo e, nada. Encaminhámo-nos para o sr. D. e o sr. F.
O sr. D. estava extremamente ensonado. Apesar do empenho das meninas em tentar estabelecer diálogo, com temas como o frio, a roupa e a sua terra, não conseguimos que despertasse. O sr. F. estava bem disposto. Dá-se muito bem com a Manela. Prometemos levar-lhe um boné, da próxima vez. Estava calmo, apesar de, de vez em quando, se virar para um painel num prédio, com notícias que correm como se de um pé-de-página de um qualquer tele-jornal se tratasse. Senti que para uma pessoa com perturbações mentais, aquele painel é tudo menos terapêutico.
Voltámos a passar no P., mas continuava sem estar. Seguimos para o sr. J. O sr. J. tem a sua “cama” montada na entrada da Comissão de Trabalhadores e da Associação C. e D. do Banco, de dia e de noite, sem que ninguém o pressione a sair. Estava de cabelo curto e barba aparada: Rejuvenescido! Falou-nos da sua ex-mulher e da vida que teve em Espanha.
No regresso ao CREU, ainda encontrámos um sem-abrigo novo e, noutros locais, outros a prepararem-se para se instalar para passarem a noite.
O percurso terminou onde começou, com a partilha final dentro do carro e com a chuva lá fora. Sentimos que fizemos algo de bom, mas que muito mais ficou por fazer.
Um abraço.
O primeiro destino era uma zona onde já algum tempo este percurso não passava. Procurávamos o sr. J. A. e outros sem-abrigo que nos tinham indicado. Não obtivemos qualquer resultado. Seguimos para o P.: Não se encontrava... Deixámos um saco, procurámo-lo rua abaixo e, nada. Encaminhámo-nos para o sr. D. e o sr. F.
O sr. D. estava extremamente ensonado. Apesar do empenho das meninas em tentar estabelecer diálogo, com temas como o frio, a roupa e a sua terra, não conseguimos que despertasse. O sr. F. estava bem disposto. Dá-se muito bem com a Manela. Prometemos levar-lhe um boné, da próxima vez. Estava calmo, apesar de, de vez em quando, se virar para um painel num prédio, com notícias que correm como se de um pé-de-página de um qualquer tele-jornal se tratasse. Senti que para uma pessoa com perturbações mentais, aquele painel é tudo menos terapêutico.
Voltámos a passar no P., mas continuava sem estar. Seguimos para o sr. J. O sr. J. tem a sua “cama” montada na entrada da Comissão de Trabalhadores e da Associação C. e D. do Banco, de dia e de noite, sem que ninguém o pressione a sair. Estava de cabelo curto e barba aparada: Rejuvenescido! Falou-nos da sua ex-mulher e da vida que teve em Espanha.
No regresso ao CREU, ainda encontrámos um sem-abrigo novo e, noutros locais, outros a prepararem-se para se instalar para passarem a noite.
O percurso terminou onde começou, com a partilha final dentro do carro e com a chuva lá fora. Sentimos que fizemos algo de bom, mas que muito mais ficou por fazer.
Um abraço.
quinta-feira, outubro 19, 2006
vidas
Foi numa noite fria e chuvosa que saí de casa pronta a entrevistar a pessoa que daria início ao nosso trabalho de Antropologia.
Chegámos ao local combinado um pouco atrasados e deparámo-nos apenas com os habituais caixotes expostos organizadamente à porta do prédio que lhe serve de “abrigo” todas as noites.
Descemos, então, a rua e fomos encontrá-lo, como prevíamos, a arrumar os poucos carros que paravam naquela zona. Estava molhado e cabisbaixo; não nos saudou com a alegria que nos é familiar. “A noite está má; está tudo a “bater mal””, dizia ele enquanto se nos dirigia. “Estou todo molhado, não tenho dinheiro para comer, nem sequer para comprar tabaco...está mesmo mau! Por acaso não me arranjam umas sapatilhas?” Olhei-lhe para os pés e apercebi-me que, no meio desta chuva toda, o único calçado que ainda lhe resta são umas sandálias de Verão. É nestas alturas que nos sentimos culpados por nos queixarmos de frio quando temos armários cheios de camisolas em casa, da chuva só porque nos estraga o penteado ou porque nos esquecemos do guarda-chuva no carro...nunca nos lembramos de agradecer essas pequenas coisas que tanta falta fazem na vida destas pessoas.
O P. nasceu a 4 de Abril de 1975 e, com apenas 31 anos, é hoje um dos muitos sem abrigo que dormem todos os dias pelas ruas do Porto.
No início tudo corria bem. Nasceu em Matosinhos, em casa, teve uma infância normal, fez a primária na Escola de Guifões, o ciclo na Senhora da Hora e concluiu o secundário na Escola Nacional, tendo terminado os estudos no 12º ano: “Não tinha cabeça para aturar aquilo tudo!”.
Na adolescência começou a organizar algumas festas juntamente com os colegas nas quais punha música. Depois, aquilo que começou por ser uma brincadeira tornou-se em algo mais sério e chegou a tocar em vários locais como DJ: Penacova, “Tuaregue”, “Voice”, “Pacha”, entre outros.
Tendo a pintura como arte, “Não tenho nenhum curso mas sou profissional naquilo que faço” considera-se “polivalente”: “Tudo o que quiserem eu faço: jardinagem, carpintaria...um pouco de tudo!”
Casou em 1995 com S., num “dia descomunal” e teve um filho logo a seguir, em 1996, a quem deu o nome de J. P.. E foi a seguir ao nascimento deste que a sua vida mudou, quando entrou no mundo da droga. Quando lhe perguntei qual a razão que o levou a optar por esse caminho; se problemas familiares, no trabalho, amizades ou outra razão qualquer, respondeu-me que não pode culpar ninguém: “É como o tabaco; uma pessoa não te te pode enfiar um cigarro na boca...se quiseres fumas, se não quiseres recusas!”
Foi para Itália, Veneza, em 1998 onde trabalhou no “Fincantier”, um dos maiores transatlânticos existentes, tendo-se divorciado da mulher um ano depois, quando voltou para Portugal.
Em 1999 voltou a viajar, desta vez para a Bélgica, Antuérpia, trabalhando numa refinaria.
Em 2000 fez uma última viagem em busca de trabalho, desta vez para Espanha, Alicante e, no regresso, entrou no programa da metadona, num CAT, onde permaneceu durante 5 anos. Foi expulso em 2005 e, sem ter ninguém que o ajudasse, veio parar à rua: “É graças ao enfermeiro que agora estou aqui!”
Nessa altura, talvez por estar desprotegido, voltou a consumir: “Também não percebo como é que uns pais conseguem dormir à noite sabendo que têm um filho a dormir na rua.”
P. entrou há umas semanas no METAS, umas carrinhas, para tentar uma nova desintoxicação, até agora com bons resultados, através de um programa de metadona e reinserção social.
Durante toda a entrevista e apesar de já contactar com ele há já alguns meses aos Domingos à noite, fiquei sensibilizada com a sua pureza de sentimentos e com a boa disposição que consegue manter mesmo depois de todas as dificuldades por que já passou na sua vida relativamente curta.
Auto define-se como sendo “resmungão”, teimoso e orgulhoso, mas também prestável, amigo do seu amigo e carinhoso...”muuuuuuuito carinhoso!”
Gosta de gatos, na infância chamavam-lhe “Miau” pelos olhos verdes que ainda hoje o caracterizam e a profissão que gostava de exercer era condutor de comboios: “Não sei porquê mas sempre gostei de comboios, desde pequeno, e era uma coisa que adorava fazer.”
A maior loucura que cometeu até hoje foi, depois de um banho com uns amigos numa praia em Espinho em que lhe tiraram as roupas, ter atravessado a cidade, no comboio e pela rua, só em cuecas! É bom ver a alegria que transparece nos seus olhos quando recorda momentos felizes da sua vida.
E é também com emoção que recorda o maior desafio; o dia em que tocou actuou pela primeira vez, em Penacova: “É muito diferente estares desse lado a dançar e a ouvir música e estares no outro, em que tens que agradar as pessoas e fazer com que se divirtam”.
A tristeza volta a invadir-lhe o olhar quando lhe pergunto qual é a sua maior paixão, ao que me responde que é a sua ex-mulher, S., e o momento mais difícil da sua vida: a sua separação, quando estavam no tribunal: “Nem conseguia dizer nada...”
É também invadido por uma grande nostalgia quando descreve o momento mais feliz – o casamento: “A minha mulher desmaiou e tudo...eu só estava era a ver que ela não dizia o sim!”
E é por todas estas razões que, se pudesse, mudava tudo na sua vida depois do casamento: “Perdi-a por uma estupidez!”
E é nos pequenos detalhes que vemos quão diferente a sua vida é da nossa e como coisas que para nós são um dado adquirido, são para ele o maior sonho: “Ter uma boa casa, uma boa família e ser feliz...é só isso que eu quero!” E é talvez por isto que as suas expectativas para o futuro são curar-se, arranjar trabalho e uma mulher...quem sabe não reconquista a sua grande paixão!
O que mais o fascina no mundo é o seu filho; poder vê-lo crescer, jogar à bola e rever-se nele e a sua viagem de sonho é, depois de arranjar dinheiro, comprar um “grande carrão”, pegar no filho e na ex-mulher e “andar por aí...só parava em Espanha!”
A maior dificuldade que passou e passa na vida é “Estar molhado, querer alguma coisa quente para beber ou comer e não ter nada...o dinheiro não traz felicidade mas ajuda!” São estas e outras razões que o levam a afirmar que na rua não há nada bom: “É tudo do pior, levamos muitas “Calcadelas””, por isso aceita “Tudo o que me possam dar...não tenho nada a perder!”
O que mais gosta nas pessoas é o carinhocom que, por vezes, o tratam e de que tanto necessita e o que mais odeia é a hipocrisia.
Não gosta dos preconceitos que ainda há em relação aos sem abrigo e aos toxicodependentes: “As pessoas olham para mim como se eu fosse um criminoso.”
Vivendo num mundo que considera “cruel, ingrato e desumano” não se sente bem na sociedade em que está inserido: “Se houvesse outro universo apanhava boleia para lá!” No entanto, quando lhe perguntamos qual o país que escolheria para viver não vai tão longe e responde sem hesitações: “Itália! As pessoas são mais humanas...”
Se pudesse mudar o mundo acabaria com a droga, a prostituição, a pedofilia... “O mundo está podre! Acho que só devia haver dois carros por família...vamos acabar todos por morrer com falta de ar!”
Como última pergunta escolhi: se ganhasses o euro milhões o que farias? E foi aqui a minha maior surpresa! P. respondeu-me que ajudava todos os “amigos da rua”: “Construía um prédio com um apartamento para cada!” E com uma das suas sonoras gargalhadas acrescentou: “Depois abria uma firma de jardinagem e carpintaria para eles trabalharem para mim. Não podem viver sempre às minhas custas, não é?! Depois quando estivessem bem continuavam a vida deles...eu arranjava-lhes o primeiro emprego, depois era mais fácil!” Como é que uma pessoa que nada tem, se pudesse, dava tudo aos outros? Admirada, perguntei: “E para ti não fazias nada?”, ao que ele me respondeu: “Com tanto dinheiro não se pensa no que se faz...vai-se vivendo o dia a dia!”
E o único pensamento que me resta, com ou sem dinheiro, é que temos muito que aprender com o P.!
Inês Bessa
Chegámos ao local combinado um pouco atrasados e deparámo-nos apenas com os habituais caixotes expostos organizadamente à porta do prédio que lhe serve de “abrigo” todas as noites.
Descemos, então, a rua e fomos encontrá-lo, como prevíamos, a arrumar os poucos carros que paravam naquela zona. Estava molhado e cabisbaixo; não nos saudou com a alegria que nos é familiar. “A noite está má; está tudo a “bater mal””, dizia ele enquanto se nos dirigia. “Estou todo molhado, não tenho dinheiro para comer, nem sequer para comprar tabaco...está mesmo mau! Por acaso não me arranjam umas sapatilhas?” Olhei-lhe para os pés e apercebi-me que, no meio desta chuva toda, o único calçado que ainda lhe resta são umas sandálias de Verão. É nestas alturas que nos sentimos culpados por nos queixarmos de frio quando temos armários cheios de camisolas em casa, da chuva só porque nos estraga o penteado ou porque nos esquecemos do guarda-chuva no carro...nunca nos lembramos de agradecer essas pequenas coisas que tanta falta fazem na vida destas pessoas.
O P. nasceu a 4 de Abril de 1975 e, com apenas 31 anos, é hoje um dos muitos sem abrigo que dormem todos os dias pelas ruas do Porto.
No início tudo corria bem. Nasceu em Matosinhos, em casa, teve uma infância normal, fez a primária na Escola de Guifões, o ciclo na Senhora da Hora e concluiu o secundário na Escola Nacional, tendo terminado os estudos no 12º ano: “Não tinha cabeça para aturar aquilo tudo!”.
Na adolescência começou a organizar algumas festas juntamente com os colegas nas quais punha música. Depois, aquilo que começou por ser uma brincadeira tornou-se em algo mais sério e chegou a tocar em vários locais como DJ: Penacova, “Tuaregue”, “Voice”, “Pacha”, entre outros.
Tendo a pintura como arte, “Não tenho nenhum curso mas sou profissional naquilo que faço” considera-se “polivalente”: “Tudo o que quiserem eu faço: jardinagem, carpintaria...um pouco de tudo!”
Casou em 1995 com S., num “dia descomunal” e teve um filho logo a seguir, em 1996, a quem deu o nome de J. P.. E foi a seguir ao nascimento deste que a sua vida mudou, quando entrou no mundo da droga. Quando lhe perguntei qual a razão que o levou a optar por esse caminho; se problemas familiares, no trabalho, amizades ou outra razão qualquer, respondeu-me que não pode culpar ninguém: “É como o tabaco; uma pessoa não te te pode enfiar um cigarro na boca...se quiseres fumas, se não quiseres recusas!”
Foi para Itália, Veneza, em 1998 onde trabalhou no “Fincantier”, um dos maiores transatlânticos existentes, tendo-se divorciado da mulher um ano depois, quando voltou para Portugal.
Em 1999 voltou a viajar, desta vez para a Bélgica, Antuérpia, trabalhando numa refinaria.
Em 2000 fez uma última viagem em busca de trabalho, desta vez para Espanha, Alicante e, no regresso, entrou no programa da metadona, num CAT, onde permaneceu durante 5 anos. Foi expulso em 2005 e, sem ter ninguém que o ajudasse, veio parar à rua: “É graças ao enfermeiro que agora estou aqui!”
Nessa altura, talvez por estar desprotegido, voltou a consumir: “Também não percebo como é que uns pais conseguem dormir à noite sabendo que têm um filho a dormir na rua.”
P. entrou há umas semanas no METAS, umas carrinhas, para tentar uma nova desintoxicação, até agora com bons resultados, através de um programa de metadona e reinserção social.
Durante toda a entrevista e apesar de já contactar com ele há já alguns meses aos Domingos à noite, fiquei sensibilizada com a sua pureza de sentimentos e com a boa disposição que consegue manter mesmo depois de todas as dificuldades por que já passou na sua vida relativamente curta.
Auto define-se como sendo “resmungão”, teimoso e orgulhoso, mas também prestável, amigo do seu amigo e carinhoso...”muuuuuuuito carinhoso!”
Gosta de gatos, na infância chamavam-lhe “Miau” pelos olhos verdes que ainda hoje o caracterizam e a profissão que gostava de exercer era condutor de comboios: “Não sei porquê mas sempre gostei de comboios, desde pequeno, e era uma coisa que adorava fazer.”
A maior loucura que cometeu até hoje foi, depois de um banho com uns amigos numa praia em Espinho em que lhe tiraram as roupas, ter atravessado a cidade, no comboio e pela rua, só em cuecas! É bom ver a alegria que transparece nos seus olhos quando recorda momentos felizes da sua vida.
E é também com emoção que recorda o maior desafio; o dia em que tocou actuou pela primeira vez, em Penacova: “É muito diferente estares desse lado a dançar e a ouvir música e estares no outro, em que tens que agradar as pessoas e fazer com que se divirtam”.
A tristeza volta a invadir-lhe o olhar quando lhe pergunto qual é a sua maior paixão, ao que me responde que é a sua ex-mulher, S., e o momento mais difícil da sua vida: a sua separação, quando estavam no tribunal: “Nem conseguia dizer nada...”
É também invadido por uma grande nostalgia quando descreve o momento mais feliz – o casamento: “A minha mulher desmaiou e tudo...eu só estava era a ver que ela não dizia o sim!”
E é por todas estas razões que, se pudesse, mudava tudo na sua vida depois do casamento: “Perdi-a por uma estupidez!”
E é nos pequenos detalhes que vemos quão diferente a sua vida é da nossa e como coisas que para nós são um dado adquirido, são para ele o maior sonho: “Ter uma boa casa, uma boa família e ser feliz...é só isso que eu quero!” E é talvez por isto que as suas expectativas para o futuro são curar-se, arranjar trabalho e uma mulher...quem sabe não reconquista a sua grande paixão!
O que mais o fascina no mundo é o seu filho; poder vê-lo crescer, jogar à bola e rever-se nele e a sua viagem de sonho é, depois de arranjar dinheiro, comprar um “grande carrão”, pegar no filho e na ex-mulher e “andar por aí...só parava em Espanha!”
A maior dificuldade que passou e passa na vida é “Estar molhado, querer alguma coisa quente para beber ou comer e não ter nada...o dinheiro não traz felicidade mas ajuda!” São estas e outras razões que o levam a afirmar que na rua não há nada bom: “É tudo do pior, levamos muitas “Calcadelas””, por isso aceita “Tudo o que me possam dar...não tenho nada a perder!”
O que mais gosta nas pessoas é o carinhocom que, por vezes, o tratam e de que tanto necessita e o que mais odeia é a hipocrisia.
Não gosta dos preconceitos que ainda há em relação aos sem abrigo e aos toxicodependentes: “As pessoas olham para mim como se eu fosse um criminoso.”
Vivendo num mundo que considera “cruel, ingrato e desumano” não se sente bem na sociedade em que está inserido: “Se houvesse outro universo apanhava boleia para lá!” No entanto, quando lhe perguntamos qual o país que escolheria para viver não vai tão longe e responde sem hesitações: “Itália! As pessoas são mais humanas...”
Se pudesse mudar o mundo acabaria com a droga, a prostituição, a pedofilia... “O mundo está podre! Acho que só devia haver dois carros por família...vamos acabar todos por morrer com falta de ar!”
Como última pergunta escolhi: se ganhasses o euro milhões o que farias? E foi aqui a minha maior surpresa! P. respondeu-me que ajudava todos os “amigos da rua”: “Construía um prédio com um apartamento para cada!” E com uma das suas sonoras gargalhadas acrescentou: “Depois abria uma firma de jardinagem e carpintaria para eles trabalharem para mim. Não podem viver sempre às minhas custas, não é?! Depois quando estivessem bem continuavam a vida deles...eu arranjava-lhes o primeiro emprego, depois era mais fácil!” Como é que uma pessoa que nada tem, se pudesse, dava tudo aos outros? Admirada, perguntei: “E para ti não fazias nada?”, ao que ele me respondeu: “Com tanto dinheiro não se pensa no que se faz...vai-se vivendo o dia a dia!”
E o único pensamento que me resta, com ou sem dinheiro, é que temos muito que aprender com o P.!
Inês Bessa
Crónica da ronda de 15/10/06 (Boavista)
A noite começou com a concentração do costume em frente à Igreja e com uma nova companhia nas rondas, a Filipa.
Lá partimos entusiasmados por mostrar tudo aquilo que fazemos todos os domingos à Filipa, assim começamos pelo Lima 5 com a família Q..
Quando lá chegamos fomos recebidos com o já habitual sorriso da D.F., que apesar de uma dor de dentes incomodativa não a deixou esquecer as “encomendas” do domingo passado. Demos-lhe as encomendas e logo de seguida aproveitar para pedir mais umas coisinhas. O Sr V. dormitava debaixo do cobertor, adoentado, não lhe tendo visto a cara e o Sr M. também já se tinha retirado para casa.
A D. F. lá nos contou a semana, a ida a Guimarães, as visitas ao filho, as peripécias das cadelas, as descomposturas às carrinhas….
Despedimo-nos e partimos para o Bom Sucesso na esperança de sabermos notícias do J.P. que tinha mostrado vontade de entrar para a metadona.
Infelizmente não o encontramos e do que conseguimos saber ele só foi visto naquela zona na segunda-feira passada, quem sabe não será um bom sinal. Esperamos que onde quer que ele esteja que tenha força para seguir em frente.
Partimos ao encontro do Sr A., sempre bem disposto, pronto para relatar quem tinha visto de caras conhecidas durante a semana. Contou-nos como tinha corrido a semana, queixou-se mais uma vez que o “negócio” está mau e que os filhos continuam sem trabalhar.
Debaixo de uma chuva torrencial partimos para a última paragem da noite, o Sr V.. Quando lá chegamos fomos surpreendidos com um grupo de ucranianos que animadamente tentavam esquecer as saudades de casa, os trabalhos mal pagos, as más condições em que se encontram e a fome.
O Sr V. chateado com a confusão que esteva instalada no seu canto virou-se para o outro lado e pôs-se a dormir, não tendo havido grandes conversas.
Ao grupo de ucranianos entregamos sacos com comida e o folheto informativo, que pensamos que os poderá ajudar.
A noite acabou no CREU com a oração e partilha das experiências de mais uma noite.
Benedita Salinas
Lá partimos entusiasmados por mostrar tudo aquilo que fazemos todos os domingos à Filipa, assim começamos pelo Lima 5 com a família Q..
Quando lá chegamos fomos recebidos com o já habitual sorriso da D.F., que apesar de uma dor de dentes incomodativa não a deixou esquecer as “encomendas” do domingo passado. Demos-lhe as encomendas e logo de seguida aproveitar para pedir mais umas coisinhas. O Sr V. dormitava debaixo do cobertor, adoentado, não lhe tendo visto a cara e o Sr M. também já se tinha retirado para casa.
A D. F. lá nos contou a semana, a ida a Guimarães, as visitas ao filho, as peripécias das cadelas, as descomposturas às carrinhas….
Despedimo-nos e partimos para o Bom Sucesso na esperança de sabermos notícias do J.P. que tinha mostrado vontade de entrar para a metadona.
Infelizmente não o encontramos e do que conseguimos saber ele só foi visto naquela zona na segunda-feira passada, quem sabe não será um bom sinal. Esperamos que onde quer que ele esteja que tenha força para seguir em frente.
Partimos ao encontro do Sr A., sempre bem disposto, pronto para relatar quem tinha visto de caras conhecidas durante a semana. Contou-nos como tinha corrido a semana, queixou-se mais uma vez que o “negócio” está mau e que os filhos continuam sem trabalhar.
Debaixo de uma chuva torrencial partimos para a última paragem da noite, o Sr V.. Quando lá chegamos fomos surpreendidos com um grupo de ucranianos que animadamente tentavam esquecer as saudades de casa, os trabalhos mal pagos, as más condições em que se encontram e a fome.
O Sr V. chateado com a confusão que esteva instalada no seu canto virou-se para o outro lado e pôs-se a dormir, não tendo havido grandes conversas.
Ao grupo de ucranianos entregamos sacos com comida e o folheto informativo, que pensamos que os poderá ajudar.
A noite acabou no CREU com a oração e partilha das experiências de mais uma noite.
Benedita Salinas
segunda-feira, outubro 16, 2006
Crónica da ronda de 8/10/2006 (6º trajecto)
Mais uma vez ficamos pela vivenda S.
A D desta vez não quis conversa, estava acompanhada com um rapaz que é novo nesta paragem e quando chegaram o Sr. J e o N, quiseram afastar-se, pelos vistos eles não gostam muito que estes lá apareçam.
O Sr. J A começou por dizer que estava farto de estar ali e que em Dezembro vinha um dos filhos, talvez fosse uma boa altura para sair da rua e fazer uma desintoxicação. Depois acabou por não falar mais porque chegaram entretanto as duas pessoas que costumam lá passar, as relações não são das melhores, acabou por virar-se e adormecer.
O J falou bastante mas continua sem motivação para desenvolver alguma coisa, tem ideias, sonhos mas quando é que estes se vão concretizar não sabemos! Referiu que às vezes não sabe o que dizer quando perguntamos se já arranjou algum trabalho, aliás não gosta muito. Perguntei se ele não gostava que nós passássemos por lá aos Domingos, disse que gostava, mas as perguntas…No entanto continuou a falar e sem lhe perguntar nada falou, de livre vontade, um pouco da sua vida pessoal. Às vezes podemos não entender esta inércia, mas compreendo que é necessário dar tempo, pois não sabemos as dificuldades que lhes passaram pela vida e que ainda passam.
O Sr. F falou um bocado, vê-se que tem necessidade de falar, é carente, mas não há maneira de começar a desintoxicação!
Maria Antónia Read
A D desta vez não quis conversa, estava acompanhada com um rapaz que é novo nesta paragem e quando chegaram o Sr. J e o N, quiseram afastar-se, pelos vistos eles não gostam muito que estes lá apareçam.
O Sr. J A começou por dizer que estava farto de estar ali e que em Dezembro vinha um dos filhos, talvez fosse uma boa altura para sair da rua e fazer uma desintoxicação. Depois acabou por não falar mais porque chegaram entretanto as duas pessoas que costumam lá passar, as relações não são das melhores, acabou por virar-se e adormecer.
O J falou bastante mas continua sem motivação para desenvolver alguma coisa, tem ideias, sonhos mas quando é que estes se vão concretizar não sabemos! Referiu que às vezes não sabe o que dizer quando perguntamos se já arranjou algum trabalho, aliás não gosta muito. Perguntei se ele não gostava que nós passássemos por lá aos Domingos, disse que gostava, mas as perguntas…No entanto continuou a falar e sem lhe perguntar nada falou, de livre vontade, um pouco da sua vida pessoal. Às vezes podemos não entender esta inércia, mas compreendo que é necessário dar tempo, pois não sabemos as dificuldades que lhes passaram pela vida e que ainda passam.
O Sr. F falou um bocado, vê-se que tem necessidade de falar, é carente, mas não há maneira de começar a desintoxicação!
Maria Antónia Read
Aldeia - Partida Sábado (21/10) - 10:30h
Olá a todos,
vamos no sábado às Aldeias, dia 21, às 10:30, no sítio do costume (frente à Igreja NS Fatima).
Eu, a Teresa, o Rui, a Joana Rocha e o João estamos já confirmados. O Nuno e a Luísa não podem ir.
Aguardo mais respostas de disponibilidade, positivas ou não.
Falta saber da São, Tiago, Mónica (já poderás ir?) e Maria (será o regresso em grande?).
Quem não for, avise com antecedência, por favor.
Não se esqueçam do almoço para partilharmos.
Devemos levar já desta vez novas pessoas, por isso é importante irmos bastantes.
Bom trabalho, um abraço a todos e até 5a.
Jorge
vamos no sábado às Aldeias, dia 21, às 10:30, no sítio do costume (frente à Igreja NS Fatima).
Eu, a Teresa, o Rui, a Joana Rocha e o João estamos já confirmados. O Nuno e a Luísa não podem ir.
Aguardo mais respostas de disponibilidade, positivas ou não.
Falta saber da São, Tiago, Mónica (já poderás ir?) e Maria (será o regresso em grande?).
Quem não for, avise com antecedência, por favor.
Não se esqueçam do almoço para partilharmos.
Devemos levar já desta vez novas pessoas, por isso é importante irmos bastantes.
Bom trabalho, um abraço a todos e até 5a.
Jorge
sexta-feira, outubro 13, 2006
Reportagem RTP
A reportagem que a RTP fez connosco sobre os sem-abrigo vai para o ar no dia 18 de Outubro, 4ªfeira, às 21h na RTP1!
terça-feira, outubro 10, 2006
Crónica da ronda de 8/10/2006 (Areosa)
No Domingo tivemos mais dois elementos novos. No anterior já tínhamos tido um. É sempre muito bom quando há adesões de pessoas, que procuram uma forma de exercer voluntariado, se identificam connosco e se juntam a nós!
Para o nosso percurso, saímos eu a Maria, a D. S. e o sr. J. A primeira paragem é a mais confortável: Em casa da D. S. Como combinado na passada semana, tivemos a nossa sessão de ginástica, orientada pela D. S. Ela tinha ficado de treinar durante a semana. São recomendações médicas, que lhe custa cumprir, mas que a animam muito quando vence aquela preguiça inicial. A D. S. está sempre preocupada com as pequenas cobras que lhe aparecem no quintal e em casa. Na realidade, aquela casa com mau tempo não tem condições nenhumas. Lamentou-se de lhe terem interrompido aquele tratamento que a levava todos os dias ao hospital e a conviver com outras pessoas. Tem-se sentido só, desanimada e pior das suas maleitas, claro está.
Levámos o sr. J. a casa, sempre a agradecer-nos o incómodo. Ainda passámos no clube de vídeo, mas nada. Seguimos, então, para o prédio abandonado.
O prédio depois de ter sido entaipado e revestido com uma rede, passou a ter dois vigilantes em permanência. Os nossos amigos é que tiveram que o abandonar: Já lá não está ninguém a “viver”; O prédio vai ser reconstruído. No entanto e como tinha ficado assente na semana passada, lá estava o sr. J. M. com um amigo, no local habitual. O amigo é de origem de leste, mas já não está no seu país há 15 anos. É muito simpático e disponibiliza-se para fazer uns biscates relacionados com pintura de construção civil. Estivemos um tempo a falar sobre actualidades e a vida de cada um deles. O sr. J. M., continua muito animado e encaminhado no tratamento.
Na rotunda pegámos no sr. M. e partimos à procura do sr. J e da D. I. O sr. M. tem sido impecável: Custa-lhe um bocado a levantar-se (já deviam ser 00:30h), mas vem connosco, sempre, de muito bom grado. Ele tem um coração enorme. Vê-se mesmo que é óptima pessoa. Sinal disso é tanta gente o conhecer e gostar tanto dele.
O sr. J. não reagiu ao nosso chamamento: Pelo que diz o sr. M., é propositado. A D. I. ainda não estava recolhida. Cheia de esquemas, lá tomou o café com leite comigo e com o sr. M. Para desviar as atenções começou a falar do sr. M. e de como ele estava mudado: Desde que a Joana deixou de fazer as rondas que ele deixou de beber tanto; Tem tomado é muitos cafés, o que não lhe faz nada bem, até porque nunca foi seu hábito.
A ronda acabou em frente à casa da Maria, com um Pai Nosso.
Todos os nossos amigos (como tu dizes, Daniel), mandam imensas saudades para a Joana e o Daniel, ansiando pelo seu regresso no Natal.
Um abraço.
Para o nosso percurso, saímos eu a Maria, a D. S. e o sr. J. A primeira paragem é a mais confortável: Em casa da D. S. Como combinado na passada semana, tivemos a nossa sessão de ginástica, orientada pela D. S. Ela tinha ficado de treinar durante a semana. São recomendações médicas, que lhe custa cumprir, mas que a animam muito quando vence aquela preguiça inicial. A D. S. está sempre preocupada com as pequenas cobras que lhe aparecem no quintal e em casa. Na realidade, aquela casa com mau tempo não tem condições nenhumas. Lamentou-se de lhe terem interrompido aquele tratamento que a levava todos os dias ao hospital e a conviver com outras pessoas. Tem-se sentido só, desanimada e pior das suas maleitas, claro está.
Levámos o sr. J. a casa, sempre a agradecer-nos o incómodo. Ainda passámos no clube de vídeo, mas nada. Seguimos, então, para o prédio abandonado.
O prédio depois de ter sido entaipado e revestido com uma rede, passou a ter dois vigilantes em permanência. Os nossos amigos é que tiveram que o abandonar: Já lá não está ninguém a “viver”; O prédio vai ser reconstruído. No entanto e como tinha ficado assente na semana passada, lá estava o sr. J. M. com um amigo, no local habitual. O amigo é de origem de leste, mas já não está no seu país há 15 anos. É muito simpático e disponibiliza-se para fazer uns biscates relacionados com pintura de construção civil. Estivemos um tempo a falar sobre actualidades e a vida de cada um deles. O sr. J. M., continua muito animado e encaminhado no tratamento.
Na rotunda pegámos no sr. M. e partimos à procura do sr. J e da D. I. O sr. M. tem sido impecável: Custa-lhe um bocado a levantar-se (já deviam ser 00:30h), mas vem connosco, sempre, de muito bom grado. Ele tem um coração enorme. Vê-se mesmo que é óptima pessoa. Sinal disso é tanta gente o conhecer e gostar tanto dele.
O sr. J. não reagiu ao nosso chamamento: Pelo que diz o sr. M., é propositado. A D. I. ainda não estava recolhida. Cheia de esquemas, lá tomou o café com leite comigo e com o sr. M. Para desviar as atenções começou a falar do sr. M. e de como ele estava mudado: Desde que a Joana deixou de fazer as rondas que ele deixou de beber tanto; Tem tomado é muitos cafés, o que não lhe faz nada bem, até porque nunca foi seu hábito.
A ronda acabou em frente à casa da Maria, com um Pai Nosso.
Todos os nossos amigos (como tu dizes, Daniel), mandam imensas saudades para a Joana e o Daniel, ansiando pelo seu regresso no Natal.
Um abraço.
segunda-feira, outubro 09, 2006
Crónica da Ronda da Boavista (08/10/2006)
Partimos bem cedo desta vez, ainda não passava das 22h20, em direcção à família Quaresma. No carro seguiam a Benedita, a Joana e eu. Mal chegamos fomos logo “confrontados” com os muitos problemas de saúde que afectam a D. F, propusemo-nos a ajuda-la no caso de a “carrinha amarela” falhar com a entrega de medicamentos. Nem o Sr. M nem o Sr. VQ estavam por lá. Descemos então a Constituição rumo à Boavista, tendo encontrado pelo caminho o Sr. Z, lá lhe demos o saco e trocamos umas palavras de ocasião. Depois de uma tentativa falhada de ir à Boavista, fomos ter com o M, já há muito desaparecido, pelo que aproveitamos a oportunidade para falar com algumas pessoas no sentido de obter alguma informação dele. Como sempre não faltaram respostas, desde um possível internamento hospitalar até a uma cura para desintoxicação, para não falar na improvável morte (o que nos custa muito a crer). Por ultimo regressamos à Boavista, conversamos com o Sr. V; este estava também adoentado, com uma irritação na garganta, contudo não se negou a uma conversazinha. Por ultimo a “figura”: o SR. A. É sempre um prazer falar com ele, perceber que a situação não anda fácil para todos, o que se nota logo nos poucos trocos que faz a arrumar uns carros. Tentámos ainda encontrar o JP, mas ainda era cedo para ele estar por lá. Regressámos ao Creu, fizemos a oração e partimos para casa com um sorriso nos lábios. É óptimo quando as coisas correm bem!
Rui Mota
Rui Mota
quinta-feira, outubro 05, 2006
Aldeia - Partida este Sábado (07/10) - 10:30h
Olá a todos, vamos no sábado às Aldeias, dia 7, às 10:30, no sítio do costume (frente à Igreja NS Fatima).
Excepcionalmente, vai haver um carro apenas que sairá às 9:30 pois temos reunião com o núcleo dinamizador que passou para a parte da manhã (às 10:30), as pessoas que vão neste grupo serão contactadas por mim.
As que não forem contactadas, o que será o caso da maioria das pessoas, partirão às 10:30.
Para já apenas a Mónica e a Joana Aguiar não podem ir.
Aguardo mais respostas de disponibilidade, positivas ou não.
Quem não for, avise por favor.
Não se esqueçam do almoço para partilharmos. Bom trabalho, um abraço a todos e até sábado.
Jorge
Excepcionalmente, vai haver um carro apenas que sairá às 9:30 pois temos reunião com o núcleo dinamizador que passou para a parte da manhã (às 10:30), as pessoas que vão neste grupo serão contactadas por mim.
As que não forem contactadas, o que será o caso da maioria das pessoas, partirão às 10:30.
Para já apenas a Mónica e a Joana Aguiar não podem ir.
Aguardo mais respostas de disponibilidade, positivas ou não.
Quem não for, avise por favor.
Não se esqueçam do almoço para partilharmos. Bom trabalho, um abraço a todos e até sábado.
Jorge
actualizações
Foram actualizados os textos de apresentação do FAS - clicar em "[ver mais...]" na secção "Quem somos?", na coluna da direita. A página de contactos foi também renovada. Passem pela secção das leituras, tem uma nova entrada sugerida pela Francisca Paupério.
Crónica da Ronda de 1/10/2006 (Boavista)
Estávamos poucos e a “equipa” apesar de estar quase completa partiu apenas comigo, com a Benedita e o Rui.
A estratégia do Rui de começar pelo Bom Sucesso não deu grande resultado porque não encontramos ninguém. Seguimos logo para a família Q. onde fomos encontrar a D.F e o Sr. V. a jogar uma sueca. Enquanto se queixava das carrinhas de todas as cores e feitios o Sr.V. foi buscar a sua nova aquisição. Mais um cão para juntar aos 3 que já tinham. Já é a terceira semana que não encontrámos por lá o Sr.M., é o que faz dar futebol na televisão ao Domingo à noite;)
Novamente não encontrámos o M. no Foco, nem o J.P e o Z.F. no Convívio. Quem estava a chegar ao Bom Sucesso era o alegre Sr.A. que lá continua a fazer tudo o que pode para sustentar os filhos já crescidos.
A caminho do CREU passámos pelo Sr.V, mas o seu sono profundo fez-nos hesitar e resolvemos deixá-lo descansar.
A ronda acabou cedo o que nos fez pensar nos casos que perdemos e na pouca gente que agora vemos aos Domingos. Esperámos que todos estejam melhor do que estavam antes.
Beijinhos e boa semana para todos os elementos FAS.
Joana Gomes
A estratégia do Rui de começar pelo Bom Sucesso não deu grande resultado porque não encontramos ninguém. Seguimos logo para a família Q. onde fomos encontrar a D.F e o Sr. V. a jogar uma sueca. Enquanto se queixava das carrinhas de todas as cores e feitios o Sr.V. foi buscar a sua nova aquisição. Mais um cão para juntar aos 3 que já tinham. Já é a terceira semana que não encontrámos por lá o Sr.M., é o que faz dar futebol na televisão ao Domingo à noite;)
Novamente não encontrámos o M. no Foco, nem o J.P e o Z.F. no Convívio. Quem estava a chegar ao Bom Sucesso era o alegre Sr.A. que lá continua a fazer tudo o que pode para sustentar os filhos já crescidos.
A caminho do CREU passámos pelo Sr.V, mas o seu sono profundo fez-nos hesitar e resolvemos deixá-lo descansar.
A ronda acabou cedo o que nos fez pensar nos casos que perdemos e na pouca gente que agora vemos aos Domingos. Esperámos que todos estejam melhor do que estavam antes.
Beijinhos e boa semana para todos os elementos FAS.
Joana Gomes
Crónica da Ronda de 17/09/2006 (Boavista)
Depois de uma despedida emocionada e cheia de surpresas para o Daniel, juntou-se a nós o Padre Nuno para iniciarmos mais uma ronda.
Enquanto o Jorge fazia uma breve descrição do grupo e dos casos especiais da nossa equipa ao elemento convidado que ouvia e opinava com grande interesse, fomos até ao Foco mas não vimos sinais do M.
Em direcção à família Q. passamos pelo Bom Sucesso mas desta vez o sucesso não foi bom porque também não encontrámos ninguém. No Lima 5 a D.F. lá nos esperava, como sempre, contando mais um pouco das suas histórias magníficas.
O Sr.A. com o seu sorriso característico falou das suas recordações dos tempos da guerra em África. Já em Júlio Dinis tivemos um pouco à conversa com o Sr.V. Pouco depois chegou o Filipe e a Mafalda que nos substituíram por uns minutos enquanto fomos tentar encontrar o M. Queríamos saber noticias dos seus hematomas mas não o encontrámos.
Seguimos então para o Aleixo. O ambiente estava muito calmo para o que é normal e pela primeira vez fui com eles até lá abaixo e conheci a B. Mexeu comigo. A beleza do seu rosto contrastava com a tristeza do seu olhar e foi com aquele sofrimento da sua cara como que a pedir ajuda, a pedir uma mudança rápida para a sua vida, que me deitei e rezei ... por ela.
Joana Gomes
Enquanto o Jorge fazia uma breve descrição do grupo e dos casos especiais da nossa equipa ao elemento convidado que ouvia e opinava com grande interesse, fomos até ao Foco mas não vimos sinais do M.
Em direcção à família Q. passamos pelo Bom Sucesso mas desta vez o sucesso não foi bom porque também não encontrámos ninguém. No Lima 5 a D.F. lá nos esperava, como sempre, contando mais um pouco das suas histórias magníficas.
O Sr.A. com o seu sorriso característico falou das suas recordações dos tempos da guerra em África. Já em Júlio Dinis tivemos um pouco à conversa com o Sr.V. Pouco depois chegou o Filipe e a Mafalda que nos substituíram por uns minutos enquanto fomos tentar encontrar o M. Queríamos saber noticias dos seus hematomas mas não o encontrámos.
Seguimos então para o Aleixo. O ambiente estava muito calmo para o que é normal e pela primeira vez fui com eles até lá abaixo e conheci a B. Mexeu comigo. A beleza do seu rosto contrastava com a tristeza do seu olhar e foi com aquele sofrimento da sua cara como que a pedir ajuda, a pedir uma mudança rápida para a sua vida, que me deitei e rezei ... por ela.
Joana Gomes
quarta-feira, outubro 04, 2006
Crónica da ronda de 1/10/2006 (6º trajecto)
No último reduto dos nossos visitados havia descontração e sorrisos - que achamos sempre tão improváveis: é a surpresa confirmada constante, nestas noites.
O J agradeceu muito a certidão e ficou atrapalhado pelo peso da responsabilidade de ter agora que tirar o BI sozinho - sem que o disséssemos assim o assumiu, para nossa satisfação. Por coincidência, naquele dia mundial da música mostrou-nos desenhos de guitarras, verdadeiras obras de arte - algum dia as concretizará, pensei com orgulho.
A D continuava animada, quando a "alegria" é moderada o sentido de humor é verdadeiro e eficaz: demos boas risadas às suas custas. O Sr JA e o Sr F também riram, cúmplices. Este último continua a saga das entrevistas, ora interrompidas ora restabelecidas, na rua Entreparedes. O seu jeito infantil é a face da carência afectiva, a pedir-nos sempre mais atenção, embora sem o dizer.
Houve ainda a visita de um familiar da D. Soubemos que dorme lá perto, terá visita na próxima ronda.
Já de saída rumo ao CREU encontrámos o Sr J muito bem acompanhado. O novo look - cabelo e barba rapados, abria-lhe o rosto, mostrava-no com vontade de finalmente mudar. Tem a perna quase curada, dizia de canadiana no ar.
No fim não pudemos senão agraceder o alento que eles próprios nos dão, uma espécie de equilíbrio da balança. E nestes movimentos ascendentes e descendentes, rápidos, lentos, caminhamos na cumplicidade e na fraternidade.
O J agradeceu muito a certidão e ficou atrapalhado pelo peso da responsabilidade de ter agora que tirar o BI sozinho - sem que o disséssemos assim o assumiu, para nossa satisfação. Por coincidência, naquele dia mundial da música mostrou-nos desenhos de guitarras, verdadeiras obras de arte - algum dia as concretizará, pensei com orgulho.
A D continuava animada, quando a "alegria" é moderada o sentido de humor é verdadeiro e eficaz: demos boas risadas às suas custas. O Sr JA e o Sr F também riram, cúmplices. Este último continua a saga das entrevistas, ora interrompidas ora restabelecidas, na rua Entreparedes. O seu jeito infantil é a face da carência afectiva, a pedir-nos sempre mais atenção, embora sem o dizer.
Houve ainda a visita de um familiar da D. Soubemos que dorme lá perto, terá visita na próxima ronda.
Já de saída rumo ao CREU encontrámos o Sr J muito bem acompanhado. O novo look - cabelo e barba rapados, abria-lhe o rosto, mostrava-no com vontade de finalmente mudar. Tem a perna quase curada, dizia de canadiana no ar.
No fim não pudemos senão agraceder o alento que eles próprios nos dão, uma espécie de equilíbrio da balança. E nestes movimentos ascendentes e descendentes, rápidos, lentos, caminhamos na cumplicidade e na fraternidade.
terça-feira, outubro 03, 2006
Crónica da Ronda de 1/10/2006 (Areosa)
Domingo, à hora do costume encontrámo-nos em frente à Igreja Nossa Senhora de Fátima, para mais uma Ronda!
Desta vez o Sr. Z. não foi ter connosco, tinha apanhado chuva durante a tarde e, por isso, esperou por nós em casa da S. Não conversou muito como já é hábito, mas desta vez não quis boleia para casa, ia passear à baixa. A S. estava na cama quando lá chegámos e parecia desanimada mas, depois de dois dedos de conversa, prometeu-nos fazer um esforço para não passar a semana na cama e fazer ginástica connosco no próximo Domingo. Não se esqueçam do fato de treino…
Ao chegar ao prédio já o Sr. ZM estava à nossa espera… E com boas notícias! Já arranjou uma casa nova e ia a uma entrevista de emprego. O tratamento está a correr bem, tudo se encaminha. Que bom! A seguir apareceu o A., o J. e o Y. e com a ajuda de um cafézinho quente estivemos a conversar. As notícias não são as melhores: vão começar a demolição do prédio ainda esta semana e, apesar de alguns como o Sr. ZM já terem arranjado um sítio onde ficar, há outros, como o J., que ainda não sabem para onde ir, nem onde deixar as suas coisas. “Quem sabe uma casa em Vila do Conde…”, dizia o J. Combinámos encontrar-nos no próximo Domingo, à mesma hora, em frente ao prédio, para saber onde e como todos estão.
Na rotunda da Areosa, fomos ter com o Sr. M que está cada dia mais bem disposto e brincalhão. Levantou-se logo e veio passear connosco; fomos ter com a D. I e o Sr. J, que agora tem dormido na rua da D. I. O Sr. J não acordou, nem com o Sr. M a chamar por ele. A D. I estava bem acordada, ainda era cedo; contou-nos como foi a semana mas ficou por aí, não quer nem falar em sair dali… É pena… Na volta para o carro, com o Sr. M, ele quis saber dos nossos amigos, a Joaninha e o Dani, se já tinham dado notícias, como estavam, quando voltavam… Mandou beijinhos e abraços, já com saudades…
Aqui vão os nossos também, a caminho da Suíça e de Itália, beijinhos muito grandes para os dois… Nós cá vos esperamos!
Boa semana para todos e até Domingo!
Maria Manuel
Desta vez o Sr. Z. não foi ter connosco, tinha apanhado chuva durante a tarde e, por isso, esperou por nós em casa da S. Não conversou muito como já é hábito, mas desta vez não quis boleia para casa, ia passear à baixa. A S. estava na cama quando lá chegámos e parecia desanimada mas, depois de dois dedos de conversa, prometeu-nos fazer um esforço para não passar a semana na cama e fazer ginástica connosco no próximo Domingo. Não se esqueçam do fato de treino…
Ao chegar ao prédio já o Sr. ZM estava à nossa espera… E com boas notícias! Já arranjou uma casa nova e ia a uma entrevista de emprego. O tratamento está a correr bem, tudo se encaminha. Que bom! A seguir apareceu o A., o J. e o Y. e com a ajuda de um cafézinho quente estivemos a conversar. As notícias não são as melhores: vão começar a demolição do prédio ainda esta semana e, apesar de alguns como o Sr. ZM já terem arranjado um sítio onde ficar, há outros, como o J., que ainda não sabem para onde ir, nem onde deixar as suas coisas. “Quem sabe uma casa em Vila do Conde…”, dizia o J. Combinámos encontrar-nos no próximo Domingo, à mesma hora, em frente ao prédio, para saber onde e como todos estão.
Na rotunda da Areosa, fomos ter com o Sr. M que está cada dia mais bem disposto e brincalhão. Levantou-se logo e veio passear connosco; fomos ter com a D. I e o Sr. J, que agora tem dormido na rua da D. I. O Sr. J não acordou, nem com o Sr. M a chamar por ele. A D. I estava bem acordada, ainda era cedo; contou-nos como foi a semana mas ficou por aí, não quer nem falar em sair dali… É pena… Na volta para o carro, com o Sr. M, ele quis saber dos nossos amigos, a Joaninha e o Dani, se já tinham dado notícias, como estavam, quando voltavam… Mandou beijinhos e abraços, já com saudades…
Aqui vão os nossos também, a caminho da Suíça e de Itália, beijinhos muito grandes para os dois… Nós cá vos esperamos!
Boa semana para todos e até Domingo!
Maria Manuel
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