Que belo começo de ronda! Fomos visitar a P., em apenas duas semanas a sua vida deu uma volta de 180º: está no programa da metadona, arranjou emprego e um quarto na casa de uma senhora. Não posso deixar de louvar a coragem desta senhora, que não conhecendo assim tão bem a P., lhe abriu as portas da sua casa. A P. esta óptima, cheia de confiança, com uma grande vontade de trabalhar, juntar uns trocados e recuperar as filhas gémeas. Quanto ao P., o companheiro, ficámos a saber que também se esta a sair bem com a metadona , que voltou para casa dos pais e que neste momento o que mais precisa é de um emprego. Ainda o tentamos encontrar, depois de nos despedirmos da P., mas em vão; em contrapartida encontramos o JP, nada bem disposto, e bastante implicante, que o diga a Ana. Muito provavelmente estava a ressacar, este ciclo da toxicodependência é imparável, e é preciso ter muita força de vontade para o superar.
Seguimos depois ao encontro do Sr. A. Não estava no sítio do costume, pelo que fomos à sua procura no “shopping”. Estava, confortavelmente, sentado a ver televisão na companhia de um amigo; cumprimentou-nos efusivamente, como de costume, e começou logo a “disparar” algumas “atoardas” contra os Médicos do Mundo, dizendo que estes lhe haviam prometido uma consulta com um determinado especialista e que afinal nada disso se tinha passado (ficamos de investigar melhor a situação). Entretanto apareceu a companheira do tal amigo e a conversa mudou totalmente de rumo, aproveitamos a ocasião para nos despedirmos e partir para outras paragens.
Entretanto fomos à Av. da Boavista à procura do R., não o tendo encontrado no sítio combinado, mas sim algumas centenas de metros mais à frente, na companhia do A; ambos seguiam para o Aleixo. A conversa foi curta, o tempo estava horrível e a chuva não parava de nos “fustigar”, deu apenas para tomar um copo de chá quente e combinar que na próxima semana haveria “conversa”, como atenciosamente prometeu o R.
A D.F. deve ter estranhado a nossa chegada tão tardia, mas não reclamou (algo a estranhar!), tomou um copo de chá e partilhou connosco os múltiplos problemas de saúde e as múltiplas necessidades dai resultantes, combinamos falar aos Médicos do Mundo e pedir-lhes que lá passassem no dia seguinte. Pelo meio apareceu o Sr. V que também rapidamente desapareceu, qual relâmpago!. Despedimo-nos e partimos ainda com esperança de encontrar o Sr. Z, enquanto a noite continuava, teimosamente, chuvosa. Felizmente lá o encontramos, a conversa não foi longa, mais ainda deu para tomar copo de chá da praxe e combinar com ele um encontro para o dia seguinte com os Médicos do Mundo, dado que este se queixava de uma dor aguda numa das pernas.
A ronda terminou com a oração, todos estávamos muito contentes em particular pela P., mas também não podíamos apagar da mente que estes nossos restantes “amigos” iriam passar aquela noite ao relento. Sensação estranha esta!
Boa semana!
Rui Mota
1 comentário:
BOa Rui, obrigada!
BJs,
Ana
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