A menor afluência nesta noite aconselhava à congregação de esforços, tendo-se optado por fundir os dois percursos. Éramos quatro à partida, para esta jornada especial: a Maria Antónia e a Mónica, da 6ª Ronda, a Benedita e eu, da Boavista. Começamos pela família Q, para nossa surpresa a D. F encontrava-se na companhia da sua filha, a P, que viera da distante Elvas, para tentar convencer a mãe a acompanha-la a comparecer numa audiência do tribunal. Seguimos depois para a Vivenda Silva onde estavam o J, de poucas palavras nesta noite, e o A que referiu que quando estiver curado quer procurar trabalho. No Teatro S. João não encontramos ninguém, apesar do visível aparato dos cartões montados ao alto, qual “fortaleza”, o ultimo refúgio daqueles que fazem da rua a sua casa. Regressamos então à Boavista, onde conhecemos um casal de toxicodependentes, o P e a P, estes estavam a arrumar carros, na ânsia de acumular o suficiente para a próxima dose. O Sr. V já dormia, como vem sendo hábito nas nossas ultimas passagens; optamos mais uma vez por deixar lá o saco, como lembrança da nossa passagem. Para terminar fomos ao Carregal, onde encontramos o V, este já dormitava, mas não resistimos a acordá-lo. Tivemos uma bela conversa, tomando pulso às muitas venturas e desventuras por que este sem-abrigo angolano tem passado desde que chegou ao nosso país. Regressamos em regozijo ao CREU, onde fizemos a partilha final.
Rui Mota
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