Resistentes ao frio partimos. No primeiro lugar parámos e recebeu-nos a triste notícia do falecimento do Sr. J A, não resistiu ao AVC que o internara. O estado quase comatoso não augurava nada de bom... havemos de continuar a visitá-lo porque o não esqueceremos.
O Sr. F tinha bebido bastante, mais lamentos que o costume. O Sr. A A furtivo, desviava assuntos sempre que lhe perguntava pelo dinheiro que lhe emprestara para o BI do Sr. F. A D namorava-nos para que renovássemos o dela. O J deitado, assistia. Poucas palavras, a confessa sensação de estar para breve a sua retirada da rua. Publicitámos a missa, que desconheciam, prometeram encontro connosco. Partimos meio desconsolados. Não encontrámos ninguém a seguir, apenas cartões, os habituais. Nem depois encontrámos o Sr. V V. Terá efectivamente partido para Lisboa como avisara há uma semana?
No fim o saldo referia a cumplicidade nas amizades com eles. O sabermos dos jogos de astúcia, o eles saberem-que-nós-sabemos disso. A companhia, a contínua visita, o gesto permanente, alguém nos faz sentir que valem a pena.
O frio persistia, empurrando-nos para casa como que mostrando o valor que devemos dar a um tecto. O espírito é de esperança no tempo quente do porvir, a chama que em breve renascerá.
Um bom Natal a todos!
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