Desta vez, o encontro ficou marcado para as 9:45h da manhã, para partirmos às 10:00h. Mais uma vez não conseguimos: Tivemos partidas desfasadas. Seguiram três carros, sendo que o último levou os restos da anterior noite de arraial pelo Grão, para o nosso almoço. (E esta comida multiplicou-se: ainda serviu para reforçar os sacos e a distribuição de comida do Domingo seguinte na Ronda do FAS. Que bom!)
Chegados, fomos buscar a chave ao sr. padre Manuel Vilar, que nos informou sobre as obras a decorrer na casa da paróquia que nos tem servido de casa de apoio para as nossas visitas. As obras não são para nós, claro, mas para que a casa também sirva de apoio ao Serviço de Apoio Domiciliário na freguesia, que conseguimos "desbloquear"!
Reunimo-nos no alpendre da Associação Águia do Marão, ao lado da dita casa, ao sol e sombra, discutindo o futuro do nosso trabalho. Quer para as próximas visitas deste ano de actividade, quer para o ano que vem. Como se pode concluir pelas reuniões que têm profundido nestas últimas semanas no seio do FASRondas, é fundamental o planeamento, a discussão, a troca de perspectivas e o maior profissionalismo na nossa atitude e no nosso trabalho.
Agarrámos, por volta do meio-dia e meia, nas comidas levadas e "pique-nicámos" na relva que rodeia a igreja da aldeia. Estava um tempo fantástico e a ideia do café já pronto, em térmos, foi providencial. Além de saboroso, poupa-nos tempo que costumamos gastar em ir ao café mais próximo, tomá-lo. Ao pique-nique reuniu-se-nos o pe. Vilar. Já estava almoçado, pelo que estivémos a falar.
Desta vez constituímos equipas de forma a cada um só fazer uma visita. A hora já ía adiantada, queríamos acabar mais cedo, pois aguardáva-nos uma surpresa, e tínhamos feito novas equipas, tendo em vista a dedicação que o trabalho que pretendemos desenvolver em cada família, nos vai exigir proximamente. Assim partimos! Fui visitar a D. M. C. com a Carla, novo elemento que se nos juntou pela primeira vez. Tivémos lá mais tempo do que o costume e quase sempre sózinhos. (É que temos ido ao Domingo, quando mais gente aparece para a visitar, e mais tarde.) A D. M. C. está melhor do pé e disse-nos, assim como a amiga que chegou mais tarde, que as visitas domiciliárias dos profissionais de saúde do Centro de Saúde são só a quem não se pode deslocar. Elas, se quiserem fazer tratamentos ou ser vistas, têm que lá se deslocar. O injusto nisto é que estamos a falar de graves problemas nos pés de pessoas idosas que não têm transporte próprio e não vivem com ninguém mais jovem, em casa. (A amiga tem um pé que, devido a uma ferida permanentemente aberta, tem dedos que despareceram. Há que meter uma cunha na Antena do Centro de Saúde na Várzea!) Qual não foi a nossa surpresa quando, de repente, nos aparecem à porta, juntos, todos os que ficaram em Candemil: Tinham-se cruzado. A Benedita e a Teresa não encontraram a D. I. Pena, pois a intenção era mudar radicalmente a abordagem daquela família. Juntaram-se ao Jorge e foram-se reunir com o sr. Presidente da Junta de Freguesia de Candemil. A reunião foi proveitosíssima!
Voltámos ao alpendre, onde tínhamos estado de manhã, e preenchemos os "relatórios de visita". Entretanto chegaram os de Bustelo com a surpresa: Duas bôlas de carne e um pequeno garrafão de vinho verde tinto, para acompanhar. Foi um lanche vigoroso: A bôla ainda estava quente. Convidámos o sr. M., marido da D. I., para nos acompanhar. O homem adorou!
Terminámos com a oração, em que partilhámos as conclusões e experiências que cada um tirou, daquele dia tão cheio e "produtivo". Parece-me que, afinal, estamos no bom caminho, ao contrário daquilo que me ocorria na época de maior desânimo, que atravessámos no fim de Abril e em Maio. Foi, sem dúvida, das melhores visitas às aldeias, que tivémos.
Um abraço grande,
Nuno de Sacadura Botte
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