segunda-feira, abril 28, 2008

Boavista - 27 Abril

A noite de ontem foi um pouco diferente do habitual, pois apenas estávamos "2 mosqueteiros". Depois do ritual dos sacos, e de uma oração que apelava à fidelidade no Amor, com o entusiasmo da 1ª vez, lá partimos para os nossos amigos.
Começámos por fazer um pequeno desvio e levar um amigo a casa, por isso o percurso foi diferente e começámos pelo Sr. G. Este estava bem disposto, muito penteadinho. Falámos de mezinhas e rimas. Disse-nos que continuava a ir à Caritas, que lhe faz sempre muito jeito, mesmo que seja pouco o que recebe.
Seguidamente, fomos ao viaduto. Não vimos ninguém, mas quando subiámos a rua apareceu o Sr. Z. Mais bem disposto que da última vez, deu-nos conselhos sobre o Amor e o Casamento (vá-se lá saber porquê! :)) sem esquecer uma musiquinha à mistura para acompanhar e desejou-nos uma "boa noite com Deus", como sempre.
Daqui, passámos pelo JC. Estava bem mais animado do que na semana passada, pois o "comércio" e mais fácil outra vez. Nesta zona vimos também o JP que, apesar de nos dizer que há já algum tempo está na metadona, nos parece um pouco ligado ao vício.
A paragem seguinte foi com os 3 da vida airada: D.G, Sr.Al e Sr.Ar., este último desta vez estava com uns bons copos a mais, mas manteve o discurso muito rico, o que nos confirma a suspeita de que, antes de vir para a rua, deve ter tido bastante instrução...!
O Sr. Al. contou-nos um pouco como iam os seus filhos. A D.G. estava com uma forte dor no braço e pouco agoniada, disse ser stress. Tinha-nos dito que se calhar a filha da suiça vinha cá, ou ela ia lá, pode ter a ver com isso - emoções.. Também nos disse que Esperemos que melhore. Depois, ainda passámos pelo Estádio do Dragão, pois disseram-nos ter visto um sem-brigo a arrumar carros por ali mas, pelo andar da hora, foi natural n termos visto já ninguém. Por fim fomos à D.F. Levámos-lhe um litro de leite, como prometido, o saco de sempre e o cházinho. Com ela, deitavam-se o Sr. V. e o P. que, quando ouviram falar em chá, levantaram logo as cabeças e sentaram-se, com ela, a bebê-lo, aquecendo-se da noite. Estavam muito sossegados, mas felizes. prometemos levar, para a semana, o nome do remédio para a D.F. pedir aos MdM.
E assim acabámos a noite, à porta do creu, como sempre.

Um bjo a tds de boa semana,

Ana B. Carvalho

quarta-feira, abril 23, 2008

Crónica de 20.04.2008 (Boavista)

A ronda iniciou-se com o habitual arrumar dos sacos para serem distribuídos pelos nossos sem-abrigo.
Com a oração inicial feita pela Marta, apelando à simbiose entre as rondas e o nosso dia-a-dia, partimos para a D.F.
Em dia de Porto Campeão, com uma vitória acrescida ao Benfica, lá a encontrámos eufórica a festejar, juntamente com o Sr.V. e o filho P. Estavam todos bem-dispostos. Pediu-nos um litro de leite, e que viéssemos preparados para, na próxima vez, a ajudarmos a escrever ao filho. Assim, partimos em busca do Sr. R, com quem se tinha combinado encontrar-nos às 11. Andámos por lá mas não o vimos, teremos que tentar outra vez.
Por isso, continuamos a ronda, descendo no percurso. Não havia pão par o Lar, por isso, parámos no Sr.G., sempre com as suas "mezinhas", lá fizemos uns dedos de conversa, numa tentativa de perceber em que é que acredita..!
Ao mesmo tempo, por ali, fomos ter com o Ind., dando -lhe um cobertor e algumas palavras de conforto.
Desde local, continuamos para o viaduto. 1º falámos com o Sr.A., desanimado com a derrota Benfiquista e por continuar sem conseguir dormir, sucessivamente, por muito tempo e, posteriormente, com o Sr.Z, desanimado também, mas com a vida que anda levar; disse "já não saber o que queria..!". Pedindo desculpa pelo estado de espírito, lá foi dormir e nós continuamos a noite. Encontrámos o JC a ressacar, pedindo-nos para apenas deixarmos o saco com ele.
Por fim, estivemos com o Sr. Al, Sr. Ar. e D.G.. O Sr. Ar. surpreendentemente mais lúcido e bem falante, disse-nos ter feito alguns cursos. A D.G. lá estava sempre querida e o Sr. Al. com o seu feitio mais apagado, actualmente, contou-nos, feliz, a conquista de Bolsa do filho para trabalhar.
Depois de tudo, chegámos ao Creu e acabámos a noite a lembrar todos os que vimos e não vimos, assim como a Joana que vai para fora.
Um bjo a tds de boa semana,

Ana BC.

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Aldeias | Ida este Sábado (23.02.2007) - 11:00h

Boa tarde a todos,

Quero relembrar a todos que este fim-de-semana há visitas na aldeia. Depois da formação em fisioterapia, teremos um fim de semana mais relaxado, só com as habituais visitas.

A hora de partida será às 11:00 horas no sitio do costume: em frente à igreja de N.ª Sr.ª de Fátima (p.f. respeitem os horários).

Não se esqueçam de levar algo para partilhar no almoço.

Peço a todos que confirmem a presença/ausência no próximo sábado.
Com este Sol e por este andar pode ser que ainda iremos ao rio! :)

Beijos e abraços,
Na ausência do Rui,
Jorge

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Crónica da Boavista (10.02.2008)

Começámos a ronda do Domingo passado, presenteados com a vinda da Beni que já há muito não podia.
Depois de distribuirmos os sacos como habitualmente, fizemos uma oração com uma proposta bem gira e diferente (pelo João AP), e organizámo-nos para sair.
Começamos pela zona do viaduto, onde estão so nossos novos amigos Sr.Z. e Sr.A. Mas nenhum dos 2 estava. Ainda berramos umas vezes, mas sem sinal de nenhum.
Seguidamente, resolvemos ir ter com o Sr. G, uma vez que estávamos perto dali. Ele estava bem, com os recados das mezinhas de sempre e com a frase "o jardim do éden" ;). Pelo meio da conversa estivemos com dois novos amigos, que não me recordo o nome e a quem demos o saco e assim seguimos para a D. F.
No caminho, encontrámos o Jorge! Que não vinha à ronda mas, lá se convenceu e veio connosco fazer o resto da noite.
Assim seguimos para a D.F. os 5, como há muito não acontecia. Ela estava animada, apesar de ter ido ao hospital, como noutras vezes, por causa da diabetes, estavam a 700's! O V. também estava por lá. A barraca caiu, parcialmente, devido à chuva e agora dormem pior do que nunca, o que vale é o que ânimo estava em alta.

O Sr. R não estava "em casa" e o cadeado que lá estava, implica que vamos ter de passar a tentar encontrá-lo noutros sítios, será que o reencontraremos?

Descemos e fomos ter com o PeP, ele estava conversador, e falou-nos em esforços para reentrarem na metadona. Ela estava a ressacar fortemente, e fez alguns contactos que nos pareceram muito "estranhos", também lá estava o JC. Demos um saco a um rapaz que bem precisava, mas que não fixei o nome. Passamos pelo A, mas já não tínhamos sacos...

Vimos o Sr. A, a D. G e o novo companheiro que precisava de orientações, espero que ele esteja bem. Tenho sentido o Sr. A mais distante, talvez por algumas discussões que tivemos por causa da nossa ajuda e da forma como o poderemos ajudar melhor.

Terminamos com a habitual partilha. Foi bom estarmos em grupo de novo.

Ana e Jorge

domingo, fevereiro 10, 2008

Crónica das Aldeias (09.02.2008)

Ontem foi um dia bem vivido, a Joana deu-nos uma luzes sobre envelhecimento activo e fisioterapia (obrigado Joana pela ajuda!), e após o habitual almoço partilhado a ver a serra do Marão, sob um céu azul e bom Sol (a recordar os picnics junto ao rio que fazemos no Verão), partimos para as nossas habituais visitas, cada grupo para a "sua" aldeia.
Na "nossa", Ansiães, nas três visitas que fizemos aprendemos muito sobre o que era o Entrudo de antigamente. Demos o nosso primeiro passeio na eira com a TC, que fez questão de nos ditar a música da Infeliz Donzela, a qual cantarolamos. Será que me lembrarei assim tão bem de coisas com 93 anos?
A alegria do passeio foi contagiante: "eu quero correr!". Estávamos nós com receio de propôr o passeio e logo à primeira ficou assente que se deverá tornar um hábito! Enfim, por vezes somos pequeninos nas nossas ideias...
No final fomos pela primeira vez ao Lar em Fregim, e atravessando o "labirinto" que é aquele edificio enorme e moderno onde 118 "séniores" residem, encontramos mais uma vez a alegria do reencontro com a DA e o SJ. Já não os víamos há 6 semanas, o Natal tinha sido em família. Ficamos muito surpreendidos com a qualidade do Lar e pela hospitabilidade das pessoas (tirando o porteiro :P). Eles estão bem, com boas cores, o SJ ainda se está a adaptar e depois da despedida ficou a vontade, e a certeza, do reencontro daqui a algum tempo.
Foi um sábado excepcional, pelo qual me sito agradecido a todos que contribuem com aquilo que têm e acima de tudo, com aquilo que são.
Um abraço forte,

sexta-feira, janeiro 25, 2008

Ida à aldeia este sábado (26 Jan), partida às 11:00h

Oi pessoal,

Este fim-de-semana há aldeias. O programa desta vez é unicamentededicado às visitas domiciliárias.

Partimos às 11h ( tentem chegar a horas!) e encontramo-nos junto àIgreja de Nossa de Fátima. Levem algo para partilhar no sempreespecial almoço.

Confirmem, p.f., a presença/ausência no próximo sábado.

Beijos e abraços,

Rui.

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Novidades nas Aldeias...

Escrevo por muito mudou nestes últimos dois meses...
Vi a alegria do deixar a solidão encontrar a certeza de um lugar no lar. A ela se juntou um par de olhos cintilantes com 86 anos...
Porque vi partir um amigo, que muito ouvimos todos cantar, a quem cantamos os parabéns, com quem passeamos, que nos falava da tropa e dos bailes junto à lareira...
O casal do Casal foi para o lar, e apesar de não termos ainda visto o sorriso no rosto, já o ouvi pelo telefone, a dizer que estão bem, e que há visitas ao Sábado :)
Com o coração cheio por eles, quero dizer: Obrigado!
e obrigado a todos!

terça-feira, janeiro 15, 2008

Crónica da Ronda da Boavista (30.12.2007)

Depois de algumas desistências, o Rui, Jorge e eu ficámos disponíveis para mais uma noite com os nossos amigos de rua.
Era a última do ano de 2007 e também nas outras rondas se sentia a falta de gente, pela época das quadras natalícias.
Mas animados e depois de uma oração inicial de improviso, lá partimos para a nossa 1ª paragem, a D. F. Aqui encontrámo-la bem disposta, a jogar cartas com um amigo, o Sr.V. Este está a dormir num jardim ao lado, debaixo de uns prédios. Pelos visto o seu antigo poiso era próximo do Estádio das Antas mas incendiaram-lhe as coisas e a D.F. que já o conhece há algum tempo, aconselhou-o a ir para lá. Assim, têm passado o tempo juntos, a jogar umas cartas, enquanto não vão dormir. Não há vencedor, nem vencido, nem regras, apenas uma forma de passar o tempo. Ficamos a contar com ele para as próximas vezes e partimos para o próximo amigo.
O Sr.R. não estava na sua casa. Tocámos uma data de vezes, mas em vão – podia-se espreitar um escadote do lado de dentro a prender a porta… Sem saber bem onde poderia estar ele afinal, seguimos para o lar de Idosos. Depois de tocarmos uma data de vezes, lá conseguimos deixar o pão para os velhinhos.
Depois veio o Sr.G. Esteve encontrava-se todo bem-posto, com as luvas e a gabardina que lhe demos no Natal. E bom ver que este Homem aproveita tudo o que lhe damos. Contou-nos um pouco da vida passada, da mágoa com a sua filha que já morreu. Contou-nos algumas histórias no tempo da PIDE e, assim nos despedimos dele. Antes dele, tínhamos falado já com o A., que lá estava mais ou menos desanimado por ainda continuar na rua e com o C., um rapaz que penso, já nos tínhamos cruzado uma vez e que estava completamente afectado pelo vício…Pediu o saco, e seguiu.
Na zona do C., estivemos com o P. Este falou um pouco connosco, estava preocupado por não saber há algum tempo da P. Ligamos-lhe e ela disse que já ia. Não sabemos como anda a relação entre eles mas convém estarmos atentos.
Um pouco mais abaixo estivemos com o C,e stava todo “roto” de andar de um lado para o outro sempre a correr á procura de carros e lugares para os carros…falámos bastante, ele faz-nos sempre rir!
Para terminar, fomos ao encontro do Sr.A. e da D.G. Estivemos com os 2. Falaram-nos de como tinham sido os seus Natais, com alguma indiferença. Para o Ano Novo, previam uma noite como qualquer outra no ano. Ainda insistimos para a DG ir à ribeira assistir ao fogo, mas vamos ver…
Terminámos a ronda em oração e partimos para nossas casa, com a esperança de que este novo ano seja ainda melhor para nós e os nossos amigos da rua.

Ana Carvalho

terça-feira, janeiro 08, 2008

Janeiras nas Aldeias! - 12 Jan - Aberto a todos!!

Olá a todos,
no próximo sábado vamos cantar as Janeiras nas Aldeias, passando por todas as casas que visitamos.
Queremos convidar todos os voluntários do FAS para se juntarem a nós num dia cheio de alegria e camaradagem. As previsões é de que vai haver Sol e nuvens (não chuva). É um dos melhores dias para conhecer as Aldeias.

Na indisponibilidade do Rui, faço eu a convocatória para este próximo sábado em que regressamos às aldeias neste novo ano. Quem quiser alinhar, por favor, envie-me um mail. Partimos às 10h e voltamos às 18:45h.
Tragam almoço para partilhar e viola quem tiver.
É necessário alguém que seleccione as músicas (poucas) do nosso rol de canções de natal de 2007 e 2006, se alguém tiver disponibilidade fale-me.

Tal como habitual o local de encontro será em frente à igreja N.ª Sr.ª de Fátima, com partida agendada para as 10h00. Sejam rigorosos com as horas, até porque vamos percorrer todas as casas, e ainda vamos ensaiar lá antes! Um abraço cheio de esperança a todos,
Jorge

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Crónica da ronda de 06/01/2008 (Boavista)

Mais uma noite de Inverno cheia de bolos generosamente cedidos pelas confeitarias habituais.
Partimos eu e o Rui em direcção à D.F. Ela lá estava com o seu filho Z. e o Sr.V. Jogavam às cartas mas rapidamente a conversa mudou para o seu tema preferido, o futebol. Entretanto chegou a Ana e acabamos por saber que mais uma vez a D.F tinha ido para a urgência na passagem de ano com a “pulseira azul” própria para diabéticos.
De seguida fomos visitar o Sr.R. que tinha chegado da terra onde foi visitar a família e que já com o rendimento mínimo esgotado, continua na mesma casa acompanhado pelas ratazanas…aquela casa é assustadora.
Seguimos para o Sr.G que acabava de atender a chamada da sua mulher “- Eles já chegaram? – Estão agora mesmo a chegar.” É bom saber que ele está ali à nossa espera todos os Domingos. Lá soubemos que a felicidade depende muito se vivemos numa casa ou num andar e depois de mais umas mezinhas partimos para mais uma paragem.
Nesta noite demos um saco a 3 pessoas novas, o ? que ainda tentou fazer um negócio de telemóveis connosco (surreal), a L e a G que arrumavam uns carros presas ao vicio que mais gente coloca na rua…a droga.
Estivemos ainda com o P. que acabou por falar um bom bocado connosco, parece que nos estamos a aproximar dele. A P. tinha ido ao bairro.
Fomos ter com o Sr.A que tentava arranjar mais uns trocos numa noite que para ele ainda estava a começar. Como não estivemos com a D.G. fomos entregar o saco que sobrou ao P. para dar à P e …lá estava ela. Tinha chegado do bairro naquele momento mas estavam os dois tão speedados que apenas conseguimos saber que tinham estado com as filhas no Natal.
Sem chuva acabamos mais uma ronda desejando que o Inverno não fosse tão “mauzinho” com os sem-abrigo na próxima semana.

Boa semana

Joana Gomes

domingo, dezembro 30, 2007

Ronda de Natal (6º trajecto)

A noite começou no encontro com todos que vieram juntar-se trazendo a vontade de celebrar um Natal Santo (diferente) junto dos sem-abrigo. Muitas caras novas encheram de repente o exíguo espaço que nos acolhe aos Domingos. O Jorge deu o mote na oração, formámos os grupos e arrancámos.
Comigo e com o Raul veio um grupo de escuteiros de longe - de Cascais! A Margarida, a Inês, a Raquel, a Constança e o Tiago vieram ao Porto fazer uma actividade que incluía uma parte de acção social para a qual nos pediram ajuda. E os ajudados acabamos por ser nós, com a boa disposição do grupo ajudaram-nos a fazer uma surpresa aos «amigos da rua».
Na baixa, para além da normal confusão por causa da “árvore gigante”, encontrámos alguns sem-abrigo (que conhecemos de outras paragens) avisando-nos que estavam a preparar uma manifestação. Pretendiam criticar o capitalismo simbolizado pela árvore, e a falta de atenção prestada pelas instituições estatais de apoio social a eles mesmos, que vivem na rua. Sob pena de ficarmos sem os poucos sacos que levávamos, decidimos procurar quem costumamos visitar e só no fim voltar lá.
Então encontrámos o Sr. F que nos recebeu com a sua habitual simpatia. As caras novas não impediram que voltasse a contar-nos alguns trechos da sua longa narrativa, alguns novos, outros já conhecidos. Oferecemos-lhe um dos gorros que o Raul comprou e um pequeno postal de Natal. Pôs logo o gorro na cabeça, ficou contente, e guardou o postal na carteira, mostrando cuidado e gratidão. Procurámos mais à frente o Sr. V, mas não o encontrámos – no sítio dele apenas alguns cartões.
Continuamos a pé, subimos aquela rua muito inclinada e, para nossa surpresa, encontrámos o Sr. A. Já tem a tal operação marcada, estava, por isso, mais feliz. Perguntou se passaríamos lá no Domingo seguinte avisando que voltaria à sua terra, que não o procurássemos, portanto. Não quis o saco, já estava de barriga cheia, e não quis abrir logo o presente. Despedimo-nos e seguimos.
Quando voltámos à praça já a manifestação tinha desaparecido. Continuámos mas também não encontrámos o Sr. E. A noite aproximava-se do fim, mais rapidamente do que prevíamos. Seguimos então para a última paragem.
Lá encontrámos também poucos amigos. Estavam o Sr. M, e Sr. A, o M e o Sr. A. Perguntaram logo pelas habituais raparigas do grupo que desta vez não apareceram. Talvez por isso o Sr. M tenha feito birra imediata (a falta que a João lhe faz…) e tenha saído sem se despedir de ninguém. Os outros estavam bem dispostos. Depois de perceber de onde e porque vinham os nossos novos amigos, o M rejubilou e não hesitou em mostrar os seus conhecimentos em escutismo, como lhe é tão característico. Apesar de confessar que para ele o Natal «é um dia como os outros» esperamos que aquele momento tenha feito alguma diferença. Ainda levei um puxão de orelhas do Sr. A por me ter esquecido de lhe levar o azeite para a consoada – prometi redimir-me no ano-novo.
Foi pena a ronda ter sido tão curta, os nossos amigos de Cascais não tiveram muita sorte. Ficaram, pelo menos, com uma noção do que fazemos e abriram a porta do regresso para surpresas futuras aos «amigos da rua», agora que já os conhecem. É absolutamente notável que exista ainda alguém que faça algumas centenas de quilómetros em comboio regional, durma num pavilhão dos bombeiros e volte na véspera de Natal. Quando as atenções se voltam normalmente para a família e a preocupação é comprar as últimas prendas, os nossos amigos de Cascais dão este testemunho de despojamento e entrega, ao qual não ficamos indiferentes. Para eles e para todos os que estão a ler, um bom ano, um ano cheio de paz.

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Aldeias | Ida à aldeia este sábado (22 Dez), partida às 11:00h

Olá a todos,
amanhã voltamos à aldeia para a visita de Natal e última visita deste ano.

Tal como habitual o local de encontro será em frente à igreja N.ª Sr.ª de Fátima, com partida agendada para as 11h00. Sejam rigorosos com as horas, até porque estamos poucos para tantas visitas e não se esqueçam de levar algo para partilhar ao almoço. Se quiserem levar um gorro de Natal pode ser divertido...

Um abraço natalício a todos,
Jorge

terça-feira, dezembro 18, 2007

FAS no canalUP

"Voluntários na Ronda dos Sem Abrigo"



"Cinco Formas de Ser Solidário"



"Há Recompensa em não ter Recompensa!"


Fonte:
[
http://www.canalup.tv/]

terça-feira, dezembro 11, 2007

Crónica da ronda de 25/11/2007 (6º trajecto)

Partimos os 5 do local do costume e desta vez o carro não estava com o depósito na reserva, o que dimunuiu um pouco a adrenalina inicial a que já nos habituamos . A compensação veio pouco depois...
As músicas de Natal já se fazem ouvir no centro da cidade e contagiados com estas músicas avistamos o Sr.V. com o olhar fixo na pista de gelo que se encontrava à sua frente.
Não foi fácil reconhece-lo porque o seu cabelo e barba tinham crescido imenso. Depois de um pouco de conversa, e de nos contar das dificuldades que tinha para entrar em cafés devido ao seu estado de sujidade, conseguimos convencê-lo a mudar de roupa. Mudou-se ali à nossa frente e ficou como novo, agora já iriam trata-lo de outra forma, segundo ele.
Durante mais ou menos 2 meses tentámos sem sucesso que fosse tomar banho e deixamos-lhe várias vezes roupas que eram constantemente roubadas. Assim, foi com naturalidade que se criou uma enorme alegria no grupo. São acontecimentos assim que nos dão alento para continuar sempre.
Este foi apenas o ínicio da ronda que acabou por nos contagiar a todos.
O SR. A não se encontrava no local do costume, o mais provavel é ter ido à aldeia visitar a família.
O Sr. E também não se encontrava , segundo a Manela anda um pouco desaparecido.
Em Cedofeita estava o Sr. M. – com o mau humor do costume, tem uma necessidade enorme de atenção e fica cheio de ciúmes por falarmos com os outros, o SR. E. – continua dividido entre a rua e a sala de espera do hospital, o Sr. M – trouxe-nos a novidade da possibilidade de trabalhar durante as tardes na construção civil, o SR A – sempre bastante recatado, o Sr. A – também tranquilo como sempre e finalmente a Sr. A.M. também se encotrava bem disposta.
Houve uma pequena distribuição de roupa e voltamos ao lugar de partida.

Segunda à noite, passei por "casa" do E., depois de sair da aula de inglês estava a passar por lá e lembrei-me de ir ver se estava em "casa"! Foi com muita alegria que nos recebeu (eu+Zé), apreciou o nosso gesto e nós também gostamos de conversar com ele. O Zé gostou imenso, admirou bastante a inteligência e perspicácia do E.. Contou-nos que a semana passada esteve a dormir numa pensão ali perto e que tinha estado com a Manela e com a Sabina a conversar, antes tornar àquele local.

Maria João

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Crónica da ronda de 09/12/2007 (Boavista)

Seguindo a linha das rondas anteriores, esta também foi diferente do habitual, isto porque só estava o Rui e eu.

Foi uma ronda desfalcada de voluntários, de sacos e de gente na rua, mas nem por isso desanimante!

Depois de uma oração inicial, feita com todos os elementos, partimos em direcção à casa abandonada do Sr. R, como combinado. Acho que encontrámos a casa,- uma com uam porta entre-aberta e outra fechada. Tocámos, mas a campainha n dava. Chamámos, mas ninguém nos ouviu. Olhamos em redor, e nada do Sr. R. Assim, fomos ao jardim onde ele dormia e onde muitas vezes o vemos, mas também não estava lá.

Esperemos que no próximo Domingo o consigamos encontrar num dos 2 locais..

Assim, descemos para a D. F. Esta estava sozinha desta vez, à espera do Sr. V. para subir para a barraca. Apesar de nos ter recebido um pouco mal (fez um gesto feio qd nos viu no carro pois, como vê mal, pensou que ra gente a meter-se com ela…!?), ficou contente de nos ver. Pediu-nos logo para a ajudarmos a escrever uma carta ao filho + novo, pois na véspera de Natal, não vai poder vê-lo pois tem que fazer exames ao coração. Então, como mãe peocupada não quis deixar de lhe escrever e desejar um BomNatal. Nós também o fizemos, em nome de todos. Uma particularidade nesta acção, foi ver que a D.F. tem mta dificuldade em demonstrar os seus sentimentos. Tvemos que puxar por el para o que o texto não ficasse por um simples "J., a mãe não vai poder ir aí ver-te porque está doente. Beijinhos".

O sítio onde conversamos sempre com ela estava imundo, ela diz que está à espera da Câmara para levarem tudo para o lixo.

Trouxemos, como prometido na semana anterior, uma almofada e assim seguimos para as paragens abaixo. Não vimos, mais uma vez, o Sr. Z., esperemos que esteja numa pensão.

Estivemos com o Sr. G na zona da B.; falámos um bocadinho. Ele, claro, sempre bem, com os seus também habituais versos mórdidos/tórridos! Ficou com 2 camisolas interiores que tínhamos no carro, para a sua mulher. Enquanto conversávamos, apareceu o A. como na semana passada. Desta vez um pouquinho menos desanimado, pois disse que as coisas estavam difíceis. O antigo patrão não lhe quer passar uma declaração de como ele trabalhou para ele, pois este empregou-o de forma ilegal.. Mas vamos ver como rolam as coisas...

Mais à frente cruzamo-nos com o R., rapaz que conhecemos há pouco tempo, mas com quem temos sempre estado. Sempre não tinha ido ao Cat, mas disse que queria entrar para um Centro antes do Natal, centro esse onde ele acha que se entra facilmente, o de Candomil percebemos nós.Vamos ver. Estava bem disposto (speedado), aceitou um pequeno cobertor que também tínhamos ali.

Ali, cruzamo-nos com o T. (aquele rapaz que eu tinha visto no Pdoce, mas que nunca + nos tínhamos cruzado com ele, lembram-se). Lembrava-se de mim, falamos um pouco, pediu-nos roupa e comida. Foi bastante exigente com a ajuda, o que não agrada mutio, mas será um caso a ter atenção. Ele é muito novo!

Ele chamou um amigo,a quem demos saco e uma camisola, mas ficamos sem saber o nome. Ao S., que também por ali estava, demos o saco.

No C., estranhamente não estava ninguém, possivelmente a polícia deve ter passado por lá.

Já passava da meia-noite mas quisemos arriscar a ir ter com o Sr.A. Nem de propósito, vinha ele com as 2 voluntárias e a D.G. a sair do shopping. Estavam contentes. Ficaram com 2 sacos nossos. A D.G. queixou-se apenas de agora, por ser altura do Natal, ter que ficar até + tarde a trabalhar. Como já não tinha autocarro, a L. ofereceu-se para lhe dar boleia.

Com tudo isto, terminámos os 2, falando um pouco de cada caso e seguimso para as nossas casas.

Ps-Não passámos pelo lar, pois não sobrou pão.

Um bjo a todos de boa semana, Ana

a travessia

«Não é preciso fazer o elogio do voluntariado dos hospitais, neste caso do hospital de Santo António, porque tudo o que é impulso para fazer bem não precisa de louvores. Encontra-se paga bastante em se ser necessário. A terra é um lugar de passagem, está muito bem dito. Mas, no entanto, é preciso suportar muita coisa, respirar o ar contaminado e ter habilidade bastante para não sonhar com o que é terrível. O voluntário tem sobretudo que não pensar muito no seu trabalho, não lhe dar nomes eloquentes nem se deixar levar pela Torrente das bonitas frases. A civilização é feita mais de mortos que de vivos, e se queremos associar-nos a ela temos de governar os nossos sentimentos para fazer um pacto com a dor.

As mulheres são mais capazes desse pacto com o sofrimento porque são mais propensas a esquecer. Andam para a frente e não se põem a abanar a cabeça cheia de sabedoria. Não choram quando o caso é de dar conforto para o qual as lágrimas não ajudam nada. Servir um almoço, ajeitar uma almofada, tem mais poesia que as valsas de Strauss. Penso que o lema do voluntariado devia ser este: "O voluntariado não é uma ocupação, é uma travessia na noite onde se inventa o dia seguinte".»

Agustina Bessa-Luís (in “Comunidade e Saúde", Revista da Liga de Amigos do Hospital de Santo António, Junho de 2003)

Crónica da ronda de 02/12/2007 (Boavista)

Mais uma noite diferente do habitual! Desta vez tínhamos a presença de 2 jornalistas da UP- Canal das Faculdades e Politécnicos, que queriam fazer uma reportagem com o nosso grupo, para o dia do Voluntário (5 de Dez).

Assim, depois de uma oração inicial, feita com todos os elementos das diversas rondas, lá partimos para o 1º destino, o Sr. R. Este encontrava-se no jardim de sempre, estava lá para estar connosco, uma vez que no Domingo passado não o vimos na casa abandonada. Agora já combinámos o sítio certo para o apanhar, mas sem que os vizinhos saibam que ele ali vive.

Seguidamente, descemos para a D. F e Sr. V. Com eles, estava o filho da D. F., o Z. Falaram maioritariamente sobre futebol. A conversa acabou por ser feita mais entre eles. A D. F. estava visivelmente contente com esta visita, quase nem nos ligou! Entregámos o saco e prometemos trazer na próxima semana almofadas e assim seguimos para a paragem mais abaixo. Pelo meio não vimos o Sr. Z. (onde andará ele?...)

Na zona da B, passamos 1º pelo Lar para deixar o pão. Estivemos com o Sr. G que disse logo que sentiu a nossa falta na vez anterior (deve ter havido um desencontro nosso com ele porque nós passámos por lá), sem mezinhas à mistura desta vez, seguimos em frente. Ainda à conversa com o Sr. G, apareceu o A. que nos disse, com ar feliz, que estava a tentar o repatriamento, que lá para o fim do mês já devia ter resolvido as questões.

Mais à frente cruzamo-nos com o Ricardo, rapaz que conhecemos há pouco tempo. Demos-lhe um saco, voltamos a falar na metadona, ele disse que ia na 2ªf lá. Entretanto já sabemos que não foi.

Na zona do C. passamos pelo JP que dormia, deixamos-lhe um saco. Um pouco mais abaixo estava o JC que nos falou decomo para ele o Natal é triste. Enquanto o Jorge e eu falávamos com ele, a Joana e o Rui foram ter com o P. que nos tinha enviado uam msg a pedir para esperarmos por ele e guardarmos um saco.

Estava com bom aspecto. Disse-nos só que a P. não tinha vindo pois estava na cama, cheia de dores nos dentes. Contou-nos que talvez uma pessoa amiga lhe oferecesse o tratasmento à boca, o que seria óptimo.

Como tivemos sobras de sacos, fomos deixá-los ao Aleixo.

Assim terminámos a ronda os 4, a lembrar quem tínhamos visto.

Os repórteres acompanharam-nos ao longo de praticamente toda a ronda, mas sem filmarem os nosso amigos da rua. Cada um de nós deu uma entrevista, expressando a sua opinião e análise. Entretanto já sairam os resultados e ficou muito bom! Parabéns ao canal UP.

Um bjinho para todos de boa semana,

Ana Barbosa de Carvalho.

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Crónica da ronda de 18/11/2007 (Boavista)

Esta noite foi diferente. Para além da nossa equipa, levámos connosco 2 voluntárias das famílias, a L. e H., que vão acompanhar mais de perto o Sr. A.. Expectantes em saber qual a sua receptividade em relação a elas, lá partimos. Não muito surpreendentemente, ele gostou logo! Raparigas muito bonitas e simpáticas, segundo ele depois nos confidenciou…
Enquanto os deixámos a conhecerem-se melhor, nós seguimos para o Sr. R. Lá estava no seu jardim, com caixotes e jornal por baixo de si e 2/3 casacos a cobri-lo. Bem disposto, mas ainda ali. Questionámos o porque de ainda não estar na pensão que nos tinha falado, já que até recebe o rendimento mínimo e tem sempre onde comer. Ele disse-nos que agora vivia numa casa abandonada e, por isso, estava bem servido. Só tinha ficado aquela noite ali, para estar connosco. Lá ficámos com a nova direcção para podermos começar a visitá-lo por lá.
Daqui, seguimos para a D. F. e Sr. V. Deu-nos um certo espanto vê-los juntinhos deitados no colchão. Com o seu amigo Leão e o outro cão ao lado, conversámos um pouco. Sempre resmungona, com alguma coisa para pedinchar. Referimos um pouco essa postura, aconselhamo-la a mudar um bocadinho; acho que ouviu. Contou-nos que tinha ido ver o filho à prisão (Fica sempre com um enorme sorriso quando nos diz que o viu!..) e para a semana já devia ir dormir à barraca.
Descemos a rua e não vimos o Sr. Z., por isso seguimos para a B. Aqui não encontrámos, estranhamente, o Sr. G, mas conhecemos o A. E R., 2 rapazes novos, de 30 anos, há muito pouco tempo na rua. Falámos-lhes na hipótese da metadona, um deles pareceu-nos receptivo, vamos ver… Pelo menos agora sabem que podem contam connosco todos os Domingos. Contaram-nos que o R., que já há algum tempo estava desaparecido, foi preso por uma multa que não pagou.
Continuando a noite, na zona do C., para alem do J.C. e da I,. não vimos mais ninguém. Foi bom falar com o J.C.. Ele simpático, abriu-se um pouco connosco, mas muito queixoso da I. pois acha que ela é mal agradecida. Cá para nós aquilo é amor… À I. demos apenas o saco, pois ela quis seguir logo.
No fim da noite ainda espreitámos à procura do Sr. A. para termos o seu feedback relativamente à visita da L. e H. Ele estava satisfeito, com grande sorriso a falar delas.
Contentes, terminámos a noite com uma oração final, rezando por quem vimos e não vimos.

Um bjo a todos, Ana

terça-feira, dezembro 04, 2007

Aldeias| Ida à aldeia este sábado (8 Dez), 10:30h

Olá aos Aldeões,

na ausência do Rui faço eu a convocatória para este próximo sábado, em que regressamos às aldeias. Tal como habitual o local de encontro será em frente à igreja N.ª Sr.ª de Fátima, com partida agendada para as 10h30.
Peço a todos os aldeões a confirmação da presença/ausência na próxima ida e, também nas restantes deste mês (vejam os vossos e-mails), não se esqueçam de levar algo para partilhar ao almoço. No sábado organizaremos as próximas idas.
No dia 16 de tarde teremos festa de Natal em Ansiães.
No ano passado o cantar das janeiras foi um espectáculo :)
Beijos e abraços a todos,
Jorge

sexta-feira, novembro 30, 2007

Crónica da ronda de 25.11.2007 (Boavista )

Estava frio, muito frio… agora sim faz sentido ir como um “pneu michelin cheia de camisolas, cachecol, luvas, gorro e botas” como dizia a Beni.

Hoje íamos ver o Sr.R a um sítio novo. Procuramos e nada… resolvemos voltar ao sítio do costume mas ele também não estava. Esperamos que ele esteja bem no seu novo “lar”.

Fomos então ter com a D.F que nos esperava com o cão Leão e que nos contou que a sua barraca está quase pronta e que o mais rápido possível irá levar as coisas melhores para lá e o resto a câmara leva para o lixo. Será que ela saberá separar? Aquele sítio está a tornar-se um perigo para a saúde pública e ainda por cima com os cães a aumentarem todos os meses.

Depois de deixarmos o pão que sobrou no Lar fomos ter com o Sr. G onde a Ana nos esperava para nos acompanhar no resto da ronda. Depois de conversarmos um pouco continuamos a ronda e ao parar para entregar um saco ao S. fizemos uma nova abordagem a um “flutuante” que infelizmente já não é flutuante na droga mas um consumidor há duas boas dezenas de anos.

Seguimos para o local onde normalmente encontramos mais gente mas o JP dormia e não estava mais ninguém a arrumar. Esperamos pelo Po+Pa mas só tivemos com o Po. É triste ver que eles estiveram quase a passar para o lado bom e que depois de tanto esforço nosso e deles tudo voltou ao que era ou talvez a pior. Estamos prontos para voltar a tentar se for essa a vontade deles.

Como ainda tínhamos 5 sacos fizemos uma visita relâmpago ao Aleixo onde num abrir e fechar de olhos despachamos tudo e se mais tivéssemos seria bem-vindo. É um cenário de degradação em cada ser que por ali passa.

Já tarde fomos ter com a D.G e o Sr.A que aguardavam as voluntárias das famílias que este Domingo falharam. A primeira já estava a ir embora porque o autocarro não espera e ela bem que esperou uma boa hora por nós. O Sr. A estava junto a uma zona cheia de sem-abrigos que não faz parte do nosso trajecto e foi com pena que tivemos que dizer que já não tínhamos mais nenhum saco. Apenas sobrou meio copo de chá e um pão simples para cada um.

A ronda desta vez foi com o carro cheio e a equipa cada vez mais unida e no seu melhor de humor ;)

Até para a semana…

Joana Gomes