Esta noite foi diferente. Para além da nossa equipa, levámos connosco 2 voluntárias das famílias, a L. e H., que vão acompanhar mais de perto o Sr. A.. Expectantes em saber qual a sua receptividade em relação a elas, lá partimos. Não muito surpreendentemente, ele gostou logo! Raparigas muito bonitas e simpáticas, segundo ele depois nos confidenciou…
Enquanto os deixámos a conhecerem-se melhor, nós seguimos para o Sr. R. Lá estava no seu jardim, com caixotes e jornal por baixo de si e 2/3 casacos a cobri-lo. Bem disposto, mas ainda ali. Questionámos o porque de ainda não estar na pensão que nos tinha falado, já que até recebe o rendimento mínimo e tem sempre onde comer. Ele disse-nos que agora vivia numa casa abandonada e, por isso, estava bem servido. Só tinha ficado aquela noite ali, para estar connosco. Lá ficámos com a nova direcção para podermos começar a visitá-lo por lá.
Daqui, seguimos para a D. F. e Sr. V. Deu-nos um certo espanto vê-los juntinhos deitados no colchão. Com o seu amigo Leão e o outro cão ao lado, conversámos um pouco. Sempre resmungona, com alguma coisa para pedinchar. Referimos um pouco essa postura, aconselhamo-la a mudar um bocadinho; acho que ouviu. Contou-nos que tinha ido ver o filho à prisão (Fica sempre com um enorme sorriso quando nos diz que o viu!..) e para a semana já devia ir dormir à barraca.
Descemos a rua e não vimos o Sr. Z., por isso seguimos para a B. Aqui não encontrámos, estranhamente, o Sr. G, mas conhecemos o A. E R., 2 rapazes novos, de 30 anos, há muito pouco tempo na rua. Falámos-lhes na hipótese da metadona, um deles pareceu-nos receptivo, vamos ver… Pelo menos agora sabem que podem contam connosco todos os Domingos. Contaram-nos que o R., que já há algum tempo estava desaparecido, foi preso por uma multa que não pagou.
Continuando a noite, na zona do C., para alem do J.C. e da I,. não vimos mais ninguém. Foi bom falar com o J.C.. Ele simpático, abriu-se um pouco connosco, mas muito queixoso da I. pois acha que ela é mal agradecida. Cá para nós aquilo é amor… À I. demos apenas o saco, pois ela quis seguir logo.
No fim da noite ainda espreitámos à procura do Sr. A. para termos o seu feedback relativamente à visita da L. e H. Ele estava satisfeito, com grande sorriso a falar delas.
Contentes, terminámos a noite com uma oração final, rezando por quem vimos e não vimos.
Um bjo a todos, Ana
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