terça-feira, abril 10, 2007

Crónica da ronda de 1/4/2007 (Sta. Catarina)

Nesta ronda estávamos eu, a Ana e o Luís.
Desta vez começámos por visitar a D.E e o Sr. F., para não corrermos o risco de chegar tarde e ouvir mais um "raspanete"...Ela estava muito bem disposta, pois o filho tinha-os visitado naquele dia.
O sr.F., mesmo cheio de dores nas pernas, insistiu em descer as escadas para estar connosco...é nestas alturas que verificamos o quão importantes somos para eles!
Mais uma vez insistimos com ele para ir ao médico e a D. E. diz que o filho vai tratar disso.
Depois de nos despedirmos de ambos seguimos para a Batalha. O primeiro s.a. que vimos foi o M., muito interessado(novamente...) em ir ao CAT, tentámos falar sobre isso mas ele, mal demos o saco desapareceu dizendo que eram só cinco minutos e já vinha...no entanto, não o tornámos a ver nessa noite.
Ainda na Batalha falámos com o E. e com o sr.L.Este estava uma bocado desanimado pois já há algum tempo que está à espera para ser internado para fazer um programa de cura do alcoolismo, mas ainda não foi porque não há vagas.Depois de falarmos com ele lá ficou mais animado e (esperamos)já sem ideias de suicídio.
Quanto ao E., estava completamente esfomeado, pois já gastou o pouco que recebe do rendimento mínimo para pagar dívidas e está sem dinheiro para comprar comida.Mostra-se disposto a fazer tratamento psiquiátrico e desesperado por um emprego, embora prefira um em que não tenha contacto com muitas pessoas, devido à sua fraca estrutura psicológica e pouca capacidade para gerir emoções.
Deixámos a Batalha para nos irmos encontrar com a F. e o P., (levando connosco o E. para mais tarde lhe darmos boleia para casa).Ela, como sempre estava bem disposta.Ele está muito revoltado com as assistentes sociais, pois culpa-as por o filho ir ser dado para adopção.Tentámos acalmá-lo, mas sem grande sucesso, pois ele é de ideias fixas e disse até que iria à instituição onde o filho se encontra e que queria ver o que é que as assistentes sociais fariam.Nem que tivesse de as maltratar, não lhe interessava, só queria era ver o filho.
Não fomos ao Aleixo, pois já só tínhamos pão.
A ronda terminou com o habitual momento de oração.
Carla

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