terça-feira, novembro 01, 2011

Crónica das Aldeias – 22.10.2011

Na minha primeira visita após o período de férias, por muitas voltas que o mundo dá e que se reflecte no que acontece nas nossas vidas, acabei eu a escrever esta crónica.

Tudo começou, como habitualmente, em frente ao Millenium da R. Nossa Senhora de Fátima, um pouco depois das 11 horas (o que, dados os constantes atrasos, motivou que se decidisse que, a partir desse momento, se passaria a ter como horário as 11h30!).

Rumámos a Candemil para almoçar no jardim atrás da igreja, aproveitando assim o Sol e o calorzinho de final de Outubro. Dos petiscos salgados e doces, das frutas, dos sumos e da água que compuseram esse almoço sobrou muito pouco, mas nada que pusesse em risco o lanche típico do final das visitas.

Após este período de descanso (será que alguém já se sentia cansado?) foi tempo de decidir como nos iríamos dividir, tendo em conta o número de voluntários por aldeia e os condutores dos carros disponíveis. Lá tive eu de abandonar a minha aldeia (Bustelo) e abraçar a minha aldeia “adoptiva” (Basseiros) que, por todo o tipo de diferentes circunstancias, já foi “minha” inúmeras vezes. Não foi desta que matei saudades das senhoras de Bustelo (e senhor, pois não posso esquecer o Sr. Lima)…

E aqui começou uma jornada inglória. Batemos na primeira porta e nada. Na segunda e nada outra vez. Na terceira, adivinhem… nada… no caminho para a quarta, encontramos quem nos informasse que uma senhora estava em França, outra estava em casa do filho que tinha chegado de França e que a outra deveria também deveria estar em casa do filho. Acreditando nisto, todas estarão bem. Melhor assim!

Na quarta casa, da D. Dulce, lá estivemos à conversa com o seu marido e filha, a correr Portugal de uma ponta à outra, com o Governo sempre como tema de fundo. E, quando parecia que tínhamos todo o tempo do mundo por não termos visitado ninguém antes desta casa, o tempo voou e corremos para a última casa.

Na última casa, última desilusão, pois foi mais uma visita que não pôde acontecer, que ainda foi pior por termos visto a D. Arminda na varanda da casa do filho, sem que nos fosse permitido falar com ela. A sua filha ainda nos disse que ela estava bem, mas nada fez para que a pudéssemos visitar.

Terminaram assim as nossas visitas (ou deverei dizer, a nossa visita) e fomos para Bustelo encontrar o resto do grupo.

Foi a minha vez de perceber que este encontro final, onde até aqui eu achava que servia apenas para nos despedirmos, serve para percebermos que se num sítio algo corre mal, temos 3 outros sítios onde acontecem visitas totalmente diferentes, onde todos os nossos senhores estão bem, estão presentes e estão felizes por nos verem.

Acredito que todos passamos por momentos em que nos questionamos se vale a pena, mas penso que todos terminamos sempre com a certeza que sim. Se hoje foi mau num sítio, certamente foi bom noutro. Se hoje não pareceu tão produtivo, certamente parecerá na próxima visita.

E lá estarei eu para o comprovar!

Nanica - Basseiros

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