Na noite deste Domingo já conseguimos encontrar o Sr. V. Dormia profundamente, mas, no seu habitual bom acordar, conversou e até riu connosco. Mais sério recordou a família, a morte do pai, os irmãos que ainda tem e de quem gosta muito. Demos-lhe cigarros para que não apanhasse do chão beatas mal aproveitadas. Deixámos-lhe um saco com roupa e calçado para que se trocasse no banho prometido para o dia seguinte.
Julgamos ter visto o VP sentado perto do seu sítio. Quando voltámos atrás já não estava ninguém, mas havia cobertores no sítio dele...
Naquela rua inclinada estava ainda o Sr A. Voltou a dizer-nos que esperava uma notificação para a consulta no hospital. Como deixara a morada de uma loja de ali perto, não podia ir para St. Tirso, pois a qualquer momento o podiam chamar...
Ao lado estava um senhor que eu conhecera em tempos. Queixou-se de não ter nada para pôr no chão, debaixo do corpo. Não pudemos ajudá-lo com mais que umas camisolas que traziamos.
Não encontrámos o Sr E nem o Sr F. Deixámos os sacos e a roupa e seguimos.
Em Cedofeita estavam o Sr. E, o Sr M, o M, e Sr. A e a AM. Há excepção do Sr M, que não se deu por satisfeito com apenas um cobertor da Caritas, todos adoraram a roupa que trouxemos (obrigado, Joana, pelo teu saco, foi muito útil). A AM elogiou os lanches da semana passada - quem não se lembra de como fumegavam ainda quando os pusémos nos sacos? No fim ainda arrancámos uns sorrisos ao Sr M, uma vitória já "nos descontos".
Voltámos a não encontrar o A. Vamos ver se com a chuva ele aparece por ali mais cedo, ou se foi mesmo para outro sítio.
E assim terminava a última noite de Setembro. Os encontros, os desencontros, a inquietação, as dúvidas, as dádivas, tudo isso continua.
2 comentários:
Tenho saudades vossas... Tenho saudades das noites de domingo e do calor agudo que nos invadia no fim da noite... Apesar de estar a umas boas centenas de quilómetros de vocês a minha mente continua aí com vocês ansiosa por voltar em Fevereiro..
abraço daqui, de todos!
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