Desde já as minhas sinceras desculpas pelo atraso da crónica. Mas vamos ao que interessa:
Mais um domingo...
Após a oração, dirigimo-nos à nossa primeira paragem, a Blockbuster das Antas. P não estava, pelo que restou-nos o desejo de que se encontrasse bem e mais animado que na semana passada. Seguimos para o prédio da Fernão Magalhães.
Chegados ao prédio, e após buzinadela, desceram J e a sua mulher, simpáticos como sempre, assim como uma rapariga de cor (que não sei o nome), o senhor ucraniano, o resmungão, que a primeira coisa que faz é perguntar por roupa – “preciso de tudo!” diz ele (o que é sempre relativo), e ainda o M e o A. Para além dos respectivos sacos, entregou-se alguma roupa e sapatos. Após despedidas, partimos para a próxima paragem, a rotunda da Areosa.
E na rotunda foi o momento da noite. Estávamos em animada cavaqueira com o sr M, quando tivemos a (infeliz) ideia de o desafiar a vir connosco ao pé do sr J, ao que M respondeu, aumentando a voz em bastantes decibeis: “ESSE GATUNO?”. E o problema é que não se ficou por aqui, enquanto uns poucos tentavam que M se acalmasse e outros iam ver o sr J, M lá continuava a gritar cobras e lagartos, de modo a que J o ouvisse bem... Tão constrangedora ficou a situação que o sr J pouco ou nada falou, decidindo-se pouco depois a ir dar uma volta a pé (decisão muito sensata!). Nos entretantos, passaram também outros personagens, nomeadamente dois senhores que estiveram a trabalhar em Espanha, e que agora se encontravam cá desempregados, muitos simpáticos por sinal. Despedimo-nos, de todos, procurando especialmente que o sr M se acalmasse, e seguimos para ir ter com a I. A I encontrava-se felizmente bem-disposta, só esperamos que tal seja devido a mudanças de facto positivas... Enquanto conversávamos com I, passou o dono da loja de fotografia onde I costuma estar, o qual ficou visivelmente alarmado por se encontrar tanta gente à porta da sua loja. Acalmámos o senhor, que até se mostrou bastante compreensivo em relação à situação de I, embora admitisse que preferia que ela não se encontrasse ali. Passado isto, lá nos despedimos de I, e ela de nós com o habitual “não vos estou a mandar embora...” .
De seguida fomos para o Aleixo. Quando lá chegámos já a ronda do sr Fernando havia passado, pelo que foi um pouco mais complicado de encontrar “clientela”, mas lá foram passando uns quantos que acabaram com o resto do stock. Enquanto isso, tivemos sempre a companhia dos seguranças, e ainda se passou um ou outro episódio curioso: o P, que se encontrava claramente “speedado” e que nos contou que tinha acabado de ser assaltado. Pediu-nos para lhe guardarmos um saco enquanto ia comprar a dose, e ao voltar acercou-se do Daniel de forma entusiata “Tu curtes drum!”, para em seguida lhe pedir algum dinheiro emprestado... Enfim, o Aleixo reserva-nos sempre estas surpresas...
Terminámos a noite com a oração, levando para casa, na memória as estórias e os rostos de mais uma ronda.
Abraços apertados
Tiago Cabeçadas
1 comentário:
É a primeira vez que leio as vossas crónicas e a tua foi a 1º que li até ao fim. Vocês das rondas têm pedalada sim senhor... As Pessoas são realmente fantásticas. Todas elas... a melhor arte (para mim) é descobrir isso mesmo em cada uma. Muita coragem para todos vós.
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