quinta-feira, março 23, 2006

1ª Crónica da Ronda de 19/3/2006 (Areosa)

Mais uma noite de Domingo, mais uma noite de Ronda. Desta vez chovia e talvez por isso nos atrasámos e acabámos por sair da Nossa Sra. de Fátima já perto das onze da noite.
A primeira paragem foi na Blockbuster das Antas, junto do Sr. P. que tínhamos encontrado apenas uma vez. Ele estava sentado à porta a ler, coisa que lhe dá muito prazer segundo nos contou. Por ideia da Joana tínhamos preparado uma surpresa, um embrulho com uma cruz para pôr ao pescoço e uma mensagem de cada um de nós. Apesar de apontar alguns defeitos pareceu bastante satisfeito!
Depois de entregue o saco e das despedidas até para a semana, seguimos rumo ao prédio abandonado. Para nosso espanto, depois de buzinar e chamar várias vezes, ninguém apareceu. Talvez tenha sido da chuva e do adiantado da hora, já que a Joana e o Nuno tinham encontrado o Sr. J. durante a tarde.
O próximo ponto de paragem foi a rotunda da Areosa. Mal parámos o carro apareceu o T. e os seus dois amigos. Ficámos logo ali à conversa, para saber as novidades da semana e não só. Falámos sobre muitas coisas, a nossa vida (quiseram saber o que fazemos), a deles (o que têm feito e como se governam), os resultados do futebol da semana e fim-de-semana… O T. já estava mais calmo e conformado com o facto de ter vindo embora de Espanha (e do novo emprego) e pronto para nova procura/espera. Entretanto apareceu o J., sem grande vontade de conversar, mas com alguma fome, que o café com leite e a comida do saco ajudaram a matar.
Como já não era cedo fomos ter com o Sr. M. e o Sr. J.. O Sr. M. estava bem disposto como é costume e cheio de vontade de conversar. Foi preciso chamá-lo ao chegar, porque já estava enrolado nos cobertores, mas despertou bem rápido e começou logo a brincar connosco. O Sr. J. também já estava a dormir e por isso não conversámos muito tempo, só o tempo do café com leite.
Era então altura de seguir para a próxima e última paragem da noite, a D. I.. Tinha tudo quase pronto para dormir quando lá chegámos, estava só a secar-se. Aceitou um café com leite e contou-nos que tinha ido à terra para pôr flores na campa do pai, mas como o cemitério estava fechado tinha que lá voltar segunda-feira. Depois de dois dedos de conversa perguntou-nos se não era muito cansativo fazer a ronda ao Domingo antes de começar a semana de trabalho e disse que tinha pena de não nos poder ajudar em nada… De repente lembrou-se e disse: “Não é em verdade. Eu posso ajudar-vos. Se eu deixar esta vida, vocês já não têm que vir aqui e vão mais cedo para casa!” É verdade, D. I.! Quando tomar essa decisão vamos todos ficar muito contentes, não por poder ir dormir mais cedo, mas por saber que vai estar bem melhor…
Fizemos a oração final com a D. I. e separámo-nos, preparados para uma nova semana.

Boa semana e até Domingo,
Maria Manuel

1 comentário:

Anónimo disse...

Obrigado Mariinha=)...**Ju