A nossa equipa formou-se cedo e depois da entropia inicial, formamos círculo e tudo se organizou num instante (é uma ideia a continuar para a semana!). Partimos, fomos ao Foco, ao encontro de uma pessoa que o Nuno tinha falado. Enquanto uns esperaram em vão, outros pegaram no carro e foram ter com o M. que estava bom, e contente por nos ver: "Era bom que viessem sempre assim cedo!", contou-nos um pouco do seu “historial”. Soube muito bem estar com ele assim desperto.
Paragem seguinte: Sr. B, conseguimos falar-lhe sinceramente em mudar o sítio, (pois a higiene daquele lugar bate recordes!), mas a habitual conversa de “A Galiza tem 4 cidades…” não deixa, para já, muita confiança… No meio da conversa muito nos rimos (em especial a Ana) com vacas, vinhas e espanholas :o)
Fomos ao Sr. JJ, que nos contou que o companheiro do C. também foi preso, além de dialogarmos sobre a recusa do Abrigo da AMI em aceitá-lo, falamos das “Doutoras” que o ajudam, da sua recusa do Porto Feliz, da total ausência de confiança nas instituições de ajuda da cidade “Vá dar banho ao cão e …, mas vocês são boa gente.”. Deu-nos o seu sorriso habitual e fomos Sr. J. As nossas piores expectativas confirmaram-se com a possibilidade de arranjar o quarto a sair defraudada e a amargura e ressentimento que gerou ficaram demonstrados pelo simples levantar a cabeça, voltar a dormir debaixo do saco-cama e apenas responder por monossílabos… Depois de aguardarmos um pouco em silêncio junto a ele, despedimo-nos. Não conseguimos ajudar quem não quer ser ajudado.
Como tínhamos sacos a mais fomos ao Aleixo onde estava o grupo da Areosa e rezamos em conjunto: por eles, por nós e pela noite na rua…
Jorge Mayer
Sem comentários:
Enviar um comentário