Famílias, Aldeias e Sem Abrigo estas são as nossas áreas de acção. Um grupo de jovens do Porto, que no CREU têm uma casa, lançam mãos aos desafios que lhes surgem.
No último domingo estava de facto muito frio...havia até quem pensasse que deveria ser proibido fazer rondas ou trabalho voluntário com tamanho frio. Para tentar fintar o frio, em Cedofeita, houve uma sessão do jogo da macaca para aquecer um pouco, que contou com a participação especial do Sr A.. Com o Sr. M., tivémos a ideia de conversar um pouco num café próximo para despistar um pouco o frio. Ele, sempre no seu ritmo frenético, lá esteve a narrar mais uma das suas já habituais histórias, quase não respirando entre as palavras, como que com receio que algum de nós incorresse na imprudência de dizer que tinhamos de ir indo... Houve bolo!!! para um menino especial, o Sr. M. Os cobertores não foram precisos, mas continuam no carro à espera da pessoa certa. Chegando a casa, estava um banho bem quente à minha espera, enquanto na rua o frio fustigava...
Para a semana teremos a visita do nosso querido Sr. JC. Que saudades... vou ligar-lhe ainda esta semana. A semana passou e continua frio...penso agora, no Sr. M, no Sr. M, na D. H., na D. M, no M. toxicodependente e seropositivo...talvez para a semana o tempo melhore.
Venho hoje falar-vos do quanto é bom, sair de casa numa manhã fria, e saber que a alguns quilómetros de distância, vamos encontrar umas senhoras cheias de esperança e com o coração bem quente para nos receberem... Pois é... já ouviram falar deste sentimento?? é mesmo bom experimentá-lo... ao fim de 3 anos ainda é este o sentimento que me faz querer voltar da próxima vez...
Ser acolhido pela companhia da D. Aurélia, sempre com a força de ter nascido em 1915, estava hoje na companhia do seu filho, que vive no Porto, que via com carinho a força e alegria de sua mãe, e dizia "é aqui que se sente bem, que pode dar as suas caminhadas..." e por falar em caminhadas, lá fomos nós, dar um passeio até onde o sol conseguia chegar, pois à sombra estava um pouco frio...
Entre conversas, esse passeio termina em casa da D. Alda, que bem disposta sempre nos acolhe com o seu sorriso e graça...
Fala-se do magusto na associação "Águia do Marão", contando sempre com um comentário mais crítico da visão da D. Alda, que tem sempre algo a dizer, contam-se anedotas e falam-se de histórias antigas...
Estes últimos meses na ronda da Boavista têm sido de alguma mudança.
Para começar, houve alterações na equipa: deixamos de ter o Rui, como voluntário mas ganhamos a Diliana e a sua vivacidade.
Quanto aos sem-abrigo a mudança de estação trouxe algumas novidades. A D. G. vemo-la cada vez mais cansada mas alegramo-nos com a sua determinação em regressar aos estudos e completar o 12º ano. O Sr. A. é cada vez mais raro conseguirmos conversar com ele, muitas vezes já se encontra a dormir e esta não tem sido uma boa fase. O Sr. A. tem andado preocupado com os cortes no RSI mas mantém o sorriso e a boa disposição. O JP já tem sítio para ficar que não seja a rua, continua com o trabalho e tem procurado emprego na sua área de formação. O Sr. G.cada vez que lá vamos aprendemos uma receita nova para as maleitas do corpo e até do espírito. O Sr. Z. mudou de sítio, para uns metros ao lado. Não sabemos o que motivou a mudança mas a minúcia e perícia na montagem do abrigo de papelão mantêm-se. O ZC teve problemas de saúde, ja o vimos pior, parece agora estar empenhado em melhorar um pouco a sua vida. A D. F. assim que chegamos perto ouvimos "quero chá!" vive no sitio mais frio de todos aqueles por onde passamos. é a personagem mais contestatária e mantém uma crença inabalável que a atribuição de casa estará para breve. Ultimamente temo-la encontrado na companhia do filho e da nora. Apesar do seu jeito desajeitado é sempre cuidadosa a perguntar por antigos voluntários.
O Natal esta próximo alguns preferiam passar esta época sem a lembrar outros vivem com intensidade e aguardar a possibilidade de participar em ceias e de reverem alguns dos antigos voluntários. Esperamos poder levar esperança.
Por entre raios de Sol, interrompidos por pingos de chuva, rumámos até às nossas aldeias perdidas no Marão. Com novos voluntários que escolheram acompanhar-nos neste projecto e contribuir, quinzenalmente, para aumentar os sorrisos nesta região.
Em Ansiães, fazemos, desde há cerca de um mês, menos uma visita: a nossa amorosa Dona Rita (“Ando em 90, já!”) foi viver para casa de um filho e, como tal, visitamos agora apenas a Dona Ondina e a Dona Aldina.
“Estou à vossa espera!” diz-me a Dona Ondina quando me aproximo do seu portão e a vejo sentada num banco à porta de casa. O seu largo sorriso deixa espreitar o único dente que ainda tem – uma imagem que não se esquece. “Eu corri o mundo, meninas – de Bragança ao Algarve e até fui a França!” esclarece-nos a Dona Ondina, não fossem as novas voluntárias, Paula e Clarisse, ficar com alguma dúvida.
“Estou à vossa espera!” Curiosamente, a Dona Aldina disse exactamente o mesmo que a Dona Ondina, assim que nos viu a chegar a sua casa. “Eu gostava era que viessem mais vezes!” É um doce, esta senhora, com quem partilhámos um delicioso cházinho e a quem a Paula prometeu iniciar nas lides do crochet.
O Verão do São Martinho - que ainda não foi - é já uma memória vaga. O frio voltou e saiu à rua para compassar mais uma ronda de domingo à noite. Afina-se a conversa pelo diapasão do clássico Porto x Benfica da noite. Alinham-se o pão, os doces, os salgados. Abrem-se os sacos. Metem-se abraços lá dentro. Os nossos são feitos de géneros. A caravana parte pelas ruas de sempre. Na primeira paragem a conversa faz-se à mesa. O bolo deitado na mesa não chega para adoçar o desabafo. Cheira a caldo verde. As novidades desfiadas têm rugas cada vez mais carregadas. Ouvimos. O lamento convoca a nossa opinião. Dada. Debatida. Por hora vencida pelo rame-rame dos dias. Tão avessos são à mudança. Seguimos atrasados para a Loja do Cidadão. Esperam-nos duas visitas. Tolhidas pelo frio. O clássico terminou por ali. Não há bandeiras, nem adeptos. Só os protagonistas de dois campeonatos mais pautados por derrotas e empates. São dos que ainda vão a jogo. Mesmo sem táctica nem técnica, uma mostra-se disposta a jogar para a goleada. O outro mostra-se disposto. Nem que seja para cumprir calendário. Gira a bola… Já na Areosa, cumprimos a penúltima paragem. Num caixote, onde à vista desarmada não caberia mais do que uma criança de 10 anos, mora mais uma visita. Dorme. Acorda. Bebe uma sopa quente. Fala do RSI que ainda não tratou. Do almoço de domingo que alguém ofereceu. E do casaco. Limpa o líquido que lhe sai dos olhos com os restos de um toalhete de gasolineira. Estendemos um lenço de papel. Gesto macio. Dá conta da falta de um elemento no grupo. Dá conta das horas, como se o tempo se tivesse esgotado. Diz que é o nosso. Será o dela também. Por esta noite. Só por esta noite. Até para a semana. A ronda chega à última paragem. Dos três, um fica sem dar sinal de vida. O do lado insulta-o. Explica, para quem quiser ouvir e entender, que é um gesto amigo. Como todos os que tem. É honesto, frontal e duro. Como a guerra. E isso basta. Para ele basta. Para os outros devia bastar também. Pede leite e pão. O tom grosso empareda aquele espaço. De repente estamos na sua casa, a ouvir as suas histórias, as suas sentenças, as certezas que tem do mundo onde nada nem ninguém lhe escapa. E ali, naquela casa improvisada, manda quem fala mais alto. São duas da manhã. Quase a chegar a casa. Muitas horas antes, na manhã desse domingo em que o Verão do São Martinho - que ainda não foi - se tornou uma memória vaga, participei numa corrida. Quando acabou, pensei na próxima, não nos que ficaram para trás. E quantos ficaram? Quem deve marcar o ritmo? Como se faz de lebre no mundo real? Perigosa a distância que nasce para os que se atrasam. Tentador continuar a correr sempre. Até nos perdermos de vista. E coração que não vê…
"Muito pior do que passar fome é dormir na rua", afirmou a D. W. Esta frase despertou em mim uma tempestade de questões e múltiplas tentativas frustradas de resposta. Pode haver algo pior do que passar fome?? Não parece, pelo menos à primeira vista, haver nada mais limitante física e psicologicamente..!Mas à medida que cada domingo vai passando, cada um mais escuro e frio que o anterior, vou-me apercebendo melhor do quotidiano cruel de quem dorme tendo o céu como tecto..a exposição, a vergonha, a indiferença ou maus tratos de quem passa, o frio, o barulho, o medo constante do minuto que se segue. Será que as pessoas conseguem realmente descansar? Ou estarão com "um olho aberto e outro fechado", assustados a noite toda? E como serão passados os dias, depois de noites destas? Será que fazem algum sentido? Existirá alguma noção de tempo? Ou tudo não passa de um enorme vazio? Continuo sem respostas para muitas destas perguntas..e não sei se algum dia as vou encontrar. Tenho, no entanto, uma certeza: aquilo que sinto! É indescritível a sensação de preencher e partilhar algum do tempo destas pessoas, levando um ombro amigo, alento e principalmente esperança de que um dia o mundo lhes abra uma porta para um futuro melhor...
Noite amena de sentimentos… É assim que arrancamos todas as noites, apesar do calor e do frio que possam estar!
O Sr. F estava bem disposto, perguntou por todos e pela nossa menina mais nova que não nos acompanhou por estar doentita… de resto pareceu-nos bem e falamos sobre um casal que o costuma ajudar a guardar as coisas… Não pareceu muito contente com eles, enfim as desilusões de quem pouco tem, e pouco espera! E claro… partimos em direcção ao N. e C. mas nada… ultimamente tem sido sempre assim – desanimo instaurada! Seguimos para junto do M., J. e L. e qual a nossa surpresa? N. apareceu para vir buscar o saco e para nos dizer que depois poderíamos passar lá para conversar um pouco. Continuamos a nossa conversa com os 2 irmãos e claro duas de gargalhada com o L. que tem um lado tão real de vida… bem diferente do seu irmão que está sempre tudo bem e que a sociedade tem sempre uma divida para com ele porque ele não tem de fazer nada pela vida. O L. tem consciência de que as pessoas não têm qualquer tipo de obrigação e que eles devem ter consciência disso. Boas conversas que temos com os 2 J
Já o M. estava "cabisbaixo" (como já é habitual), como sempre mas falou-nos dos seus doces preferidos por exemplo a broa de mel. Falamos da sua semana e da rotina em que se está a tornar a sua vida.
Seguimos novamente para junto do N. e C., mas apenas encontramos o N. … Ele é sempre muito atento, tentamos perceber o porquê de não o vermos há quase 2 meses, porque se pelo menos fosse por boas noticias… Não acrescentou muito para além do já habitual. Mostrou saudades e perguntou por todos. Bem seguimos viagem um pouco tristes por perceber que uma pessoa tão nova estar tão perdida… Custa muito ter esta percepção. Deus os acompanhe no seu dia-a-dia.
Seguimos com um coração um pouco mais cheio, mas pensativo!
As visitas continuam, os meninos estão à nossa espera, à 4ª feira à tarde, mas, nesta altura, as visitas têm outro formato. Com mais descontracção e disponibilidade para as brincadeiras. A D. F. recebe-nos com agrado, pois os meninos gostam muito da nossa companhia.
Todos os meninos passaram de ano, embora tenham que trabalhar um pouco durante as férias para não esquecerem as matérias (recomendações das Sras. Professoras). Como tal, pensamos proporcionar uma tarde diferente a quem dedicamos, com muito gosto, algumas horas das nossas vidas.
Sem sabermos muito bem como iriam reagir as responsáveis pelas crianças, pedimos autorização à matriarca da família para levarmos os meninos a passar uma tarde à piscina. A ideia foi muito bem aceite e a criançada ficou eufórica e a querer combinar tudo logo para o dia seguinte.
Reunidas as condições necessárias, bom tempo, transporte para todos e vigilância suficiente para as quatro crianças, lá se combinou o evento. Então, no dia combinado, à hora marcada, estavam lá cinco meninos (os quatro da casa e uma amiga que convidaram), completamente em estado de euforia, com grande ansiedade pela tarde que finalmente chegava. Seguimos de carro rumo à Maia.
Foi surpreendente observar a alegria de todos. Olhavam para cada sítio onde se passava e iam comentando tudo o que viam. Tudo lhes parecia novo e diferente. Estavam mesmo felizes. A maior admiração surgiu quando chegaram ao local: ficaram completamente em "transe" ao observar todo o espaço: a piscina, o jardim, as espreguiçadeiras, as bóias… enfim, tudo para eles mereceu a sua atenção.
Ansiosos por saltarem para dentro de água, foi necessário "reunir" e definir as regras para que tudo corresse bem e, quem sabe, um outro dia se pudesse repetir. Alguns eram mais corajosos e completamente destemidos com a água, outros, mais medrosos, mas, a pouco e pouco todos se deslocavam da parte mais baixa para a mais funda sem qualquer problema. Foi necessária muita vigilância, mas estiveram todos muito bem, muito felizes, completamente radiantes.
Depois de bastante tempo a nadar, saltar, chapinar, etc, veio a hora do lanche que serviu para retemperar energias e forças.
Foi um dia em cheio. Temos a certeza que estas crianças jamais vão esquecer aquela tarde de férias. Nós pensávamos que eles iriam gostar desta oportunidade, mas nenhuma de nós imaginava o quanto é que elas apreciaram na realidade. Foi de tal forma além das nossas expectativas que ficamos sem palavras a ouvir todos os seus comentários: "isto foi um sonho"; "temos que vir outra vez"; " as pessoas que têm esta piscina têm muita sorte"; …
É por este sonho, fazermos um pouco mais felizes aqueles com quem lidamos, que nos unimos num denominador comum. É assim o FasFamílias.
Que há gente a precisar de ajuda é do senso comum. Que há ainda mais pessoas com vontade de ajudar, penso que também não será novidade. Que há gente que efectivamente sai do sofá para levar uma palavra amiga, uma sopa quente ou um afecto, ai já estaremos a falar, seguramente, de muito menos casos.
Ainda assim e porque todas as mãos são bem-vindas, a crónica das Aldeias desta semana é dedicada às duas novas voluntárias, de seu nome Patrícia e Anisabel (sim escreve-se tudo junto, perguntámos várias vezes e confirmámos).
Num misto de entusiasmo, curiosidade e, naturalmente, algum receio, as duas novas voluntárias trouxeram sangue novo , alegria, dinamismo, novas ideias ao grupo e, o fundamental, uma palavra amiga aos idosos.
Porque um obrigado e um bem-haja caem sempre bem. Porque voluntários precisam-se. Porque gostamos de vos receber. Porque estamos certos que os idosos das aldeias de Amarante gostam ainda mais, ficamos à espera de mais "Anisabéis "e "Patrícias" (atenção que a vertente das aldeias não é fechada a elementos do sexo masculino que, por sinal, até são vistos com bons olhos. Veja-se o caso do Engenheiro Adriano, um sucesso entre esta faixa etária da população).
Em suma, sejam bem-vindas e esperamos contar convosco por muito e muito tempo. P.S. Desculpem, não poderia deixar de fazer um reparo: na próxima ida às aldeias não se atrevam a aparecer lá com comidinha que não seja caseira!
Chegaram as férias grandes! As visitas continuam, os meninos estão à nossa espera, à 4ª feira à tarde, mas, nesta altura, as visitas têm outro formato. Com mais descontracção e disponibilidade para as brincadeiras. A D. F. recebe-nos com agrado, pois os meninos gostam muito da nossa companhia. Todos os meninos passaram de ano, embora tenham que trabalhar um pouco durante as férias para não esquecerem as matérias (recomendações das Sras. Professoras). Como tal, pensamos proporcionar uma tarde diferente a quem dedicamos, com muito gosto, algumas horas das nossas vidas. Sem sabermos muito bem como iriam reagir as responsáveis pelas crianças, pedimos autorização à matriarca da família para levarmos os meninos a passar uma tarde à piscina. A ideia foi muito bem aceite e a criançada ficou eufórica e a querer combinar tudo logo para o dia seguinte. Reunidas as condições necessárias, bom tempo, transporte para todos e vigilância suficiente para as quatro crianças, lá se combinou o evento. Então, no dia combinado, à hora marcada, estavam lá cinco meninos (os quatro da casa e uma amiga que convidaram), completamente em estado de euforia, com grande ansiedade pela tarde que finalmente chegava. Seguimos de carro rumo à Maia. Foi surpreendente observar a alegria de todos. Olhavam para cada sítio onde se passava e iam comentando tudo o que viam. Tudo lhes parecia novo e diferente. Estavam mesmo felizes. A maior admiração surgiu quando chegaram ao local: ficaram completamente em “transe” ao observar todo o espaço: a piscina, o jardim, as espreguiçadeiras, as bóias… enfim, tudo para eles mereceu a sua atenção. Ansiosos por saltarem para dentro de água, foi necessário “reunir” e definir as regras para que tudo corresse bem e, quem sabe, um outro dia se pudesse repetir. Alguns eram mais corajosos e completamente destemidos com a água, outros, mais medrosos, mas, a pouco e pouco todos se deslocavam da parte mais baixa para a mais funda sem qualquer problema. Foi necessária muita vigilância, mas estiveram todos muito bem, muito felizes, completamente radiantes. Depois de bastante tempo a nadar, saltar, chapinar, etc, veio a hora do lanche que serviu para retemperar energias e forças. Foi um dia em cheio. Temos a certeza que estas crianças jamais vão esquecer aquela tarde de férias. Nós pensávamos que eles iriam gostar desta oportunidade, mas nenhuma de nós imaginava o quanto é que elas apreciaram na realidade. Foi de tal forma além das nossas expectativas que ficamos sem palavras a ouvir todos os seus comentários: “isto foi um sonho”; “temos que vir outra vez”; “ as pessoas que têm esta piscina têm muita sorte”; … É por este sonho, fazermos um pouco mais felizes aqueles com quem lidamos, que nos unimos num denominador comum. É assim o Fas Famílias. Um abraço, Rosinha
Partimos do Porto, e pelo caminho fomos vendo as obras a avançar no Marão. Em Candemil já nos esperavam o Marcelo e a Carminda.
Voltamos ao piquenique no relvado da igreja, falamos das férias, das nossas vidas e das saudades que já tínhamos das nossas aldeias.
Agrupamo-nos para as visitas, em Candemil, além de mim, estava a Sara e o Diogo.
Fomos ter com a D. Aurélia, já se estava a aprontar para a nossa chegada. Apesar de estar com algum mal-estar, percebia-se o seu entusiasmo: - “Então hoje para onde vamos?”. Dissemos-lhe para escolher, e lá fomos nós… Com 95 anos poucos são os que se aventuram monte acima, mas nós lá andamos, a tentar não mostrar o nosso receio por ela, cujos os pés já conhecem o caminho incerto. O primeiro ar de Outono, ainda quente, sabe bem! Descansamos um pouco nas escadas, antes de batermos à porta da D. Alda.
Assim que começamos a entrar em casa de D. Alda, ela ia-se alegrando, afinal deixamos o Diogo para o fim, depois de lhe termos dito que naquele dia seriam só as meninas a lá estar. Perguntou-nos pelo resto do grupo. Falou do Verão por lá, das dificuldades que vão aparecendo, intercalando com o assunto dos bordados e das festas.
Era hora de ir ter a Bustelo para partilhar e para um pequeno lanche.
O FASRondas, realiza hoje, 30 de Setembro, uma Sessão de Esclarecimento para novos voluntários, às 20h00 no CREU, localizado na Rua Oliveira Monteiro, 562 (Localização).
Convidamos todos os interessados(as) a estarem presentes.
Mais informamos que os interessados(as) em integrarem o grupo têm agora aos dispôr um Formulário Online, para preencherem os seus Dados de Inscrição no FASRondas, este Formulário está disponível através desta ligação -Ficha de Inscrição- ou através do menu do lado direito do Blog, no separador Novo Voluntário.
O FASRondas é um grupo de voluntariado social, que actua em cinco vertentes diferentes Famílias, Aldeias, Sem Abrigo, Imigrantes e Séniores.
Neste momento estamos a precisar de pessoas que tenham vontade de ajudar, dar um pouco de si e cuidar do outro. Todos juntos poderemos fazer mais e melhor e contribuir para uma cidade mais solidária e fraterna.
Se te identificas com esta missão junta-te ao nosso grupo!
Precisamos de:
Vertente Famílias
5 Vagas
Nesta vertente visitamos famílias ou pessoas singulares da cidade do Porto. O apoio pode ser dado a pessoas que vivam em solidão, a doentes, alguém com problemas psico-motores, ou ainda a crianças. Nesta relação que vamos desenvolvendo, vão sendo criados alicerces para a construção de algo maior!
Vertente Aldeias
8 Vagas
Nesta vertente efectuámos visitas a 4 aldeias de Amarante, com uma população idosa maioritariamente feminina, que nos recebe com um grande sorriso, e apenas precisamos de tempo para estar e ouvir. Estas visitas marcam a diferença na vida de todas as pessoas que acompanhámos. São criados laços de amizade, onde está presente a partilha e com o intuito de tornar a solidão menos notória.
Vertente Sem Abrigo
4 vagas (2 elementos sexo masculino, 2 elementos sexo feminino)
Na vertente temos cinco trajectos diferentes, cada um deles composto por cinco elementos.
Aos nossos amigos da rua levamos carinho, amizade, vontade de estar e ouvir!
Vertente Séniores
4 Vagas
Nesta vertente dinamizam-se actividades de animação para as pessoas que frequentam o Centro de Dia do Bairro do Bom Pastor da Cruz Vermelha (CDBBPCV). O objectivo é a realização de diferentes actividades com as pessoas de forma a trazer um pouco de animação ao seu dia.
Aos nossos idosos levamos carinho, animação, companhia, ginástica e muita alegria para que os seus dias sejam mais solarengos!
Vertente Imigrantes
2 Vagas
Centro Comunitário de São Cirilo
Projecto em fase de planificação e arranque. Visitamos os imigrantes que se encontram no Centro Comunitário de São Cirilo, desenvolvendo e provendo actividades que vão de encontro ao seu projecto de vida e sejam facilitadores da sua integração no país.
2 Vagas
Unidade Habitacional de Santo António
Dinamização de actividades para as pessoas detidas na Unidade Habitacional de Santo António (UHSA) que, na maioria dos casos, aguardam repatriamento. Procura-se assim aliviar um pouco o momento difícil por que estão a passar e facilitar uma melhor integração e estadia na UHSA
Se nos quiseres conhecer um pouco melhor espreita o blog:
Podes enviar um e-mail para fasrondas@gmail.com, no caso de estares interessado(a) especificamente nestas vertentes, ou em qualquer uma das outras, até ao dia 27 de Setembro.
A sessão de esclarecimento será no dia 30 de Setembro no CREU, pelas 20h00.
Mais um Sábado com um tempo fantástico e boa disposição para mais uma visita.
Hoje foi dia de irem os 2 Grupos fazer as visitas. E como de costume, encontramo-nos às 11h perto do Fas e partimos para a nossa visita.
Almoçamos à sombra da igreja de Candemil , tomamos café no local do costume e separamo-nos para realizarmos as visitas.
Hoje foi um dia diferente na nossa aldeia devido a uma partida de quem debulha mais feijões.
Esta partida começou na casa do D. Emília e do Sr. Aurélio, onde a Sónia e o Adriano deram o seu melhor a ver quem ganhava a referida disputa. Os anfitriões estavam muito bem dispostos e acharam piada ao facto de estarem a ajudar na debulha.
Na casa da D. Fernanda terminou a disputa com a vitória clara da Sónia, mesmo com a tentativa feita por parte do Adriano de dar a volta ao Júri.
De seguida fomos visitar a D. Celeste que se encontrava na casa da vizinha. Falamos com ela e com as vizinhas sobres o trabalho que estavam a desenvolver que é coser sapatos, trabalho este que é desempenhado por algumas senhoras da aldeia.
A nossa visita terminou na casa da D. Maria que como sempre correu muito bem. Estava muito bem-disposta e muito bem vestida J.
E assim terminou o nosso última dia de visitas antes das férias.
Chegados ao fim do ano, cabe à Coordenação uma crónica porque não são só os voluntários que as fazem. Já se falou sobre o que é ser voluntário, o que é ser fazer rondas mas ser coordenador tem os seus "quês". O Coordenador tem sempre que chegar a horas, certificar-se de que tudo está bem, corre bem, tem que ajudar a "tapar buracos". Aposto que estão a pensar que ser coordenador é difícil e que é por isso que é tão difícil pensar em ocupar este lugar… confesso que estão enganados! Ser coordenador não é difícil quando há colaboração e ajuda dos outros voluntários… é mais um nome do que um posto porque, na realidade, nunca deixamos de ser voluntários e de estar ao lado da nossa ronda, de estar com as pessoas! Não vou dizer que não existem dias mais difíceis e que não há Domingos em que desejávamos ter apenas que nos preocupar com as coisas da "nossa" ronda mas assumimos este compromisso porque foi necessário. Quem sabe um dia assumirão outras pessoas… No final de um ano exigente importa agradecer aos voluntários (mesmo aos que já saíram) porque a Coordenação não faz sentido se não houver nada que coordenar, agradecer aos donativos/patrocínios que temos e que fazem a diferença nas rondas, agradecer à Coordenação Geral, sempre disponível. Em Setembro, depois de um período em que as rondas têm menos voluntários por causa das férias, voltaremos em força e contamos com todos para dar continuidade a este trabalho. Estamos abertos a receber novos voluntários…precisamos sempre de reforços! Mandem-nos um email para fasrondas@gmail.com e teremos oportunidade de conversar.
Boas férias e boas rondas (porque as pessoas da rua não vão de férias)
Um sol maravilhoso, avizinha-se um dia quente nas nossas queridas Aldeias. De cada vez mais tenho vontade de partilhar convosco o que é ser voluntário nesta vertente, já que a cada visita há sempre algo que me surpreende, me vai enriquecendo, e alargando o meu sorriso. Somos um grupo de pessoas diferentes, das mais diversas formações, personalidades, formas de estar que se encontra às 11h00 de sábado, de 15 em 15 dias, com uma missão muito clara no coração de cada um: levar alegria, carinho, companhia, sorrisos e a si próprio(a). Esta missão mantém-nos unidos e fiéis ao compromisso. É surpreendente ver a partilha entre todos e aqueles que visitámos, a disponibilidade para dar e também para receber! Mais um dia, em que agradeço a companhia os sorrisos, o dar, o receber, a partilha, a compreensão e a alegria que levámos e trazemos!
Envoltos num quase silêncio das montanhas do Marão, já longe do buliço da cidade, é tempo de estender a toalha na relva e preparar a barriguinha para mais uma tarde de missão. Rissóis, pizza, bolinhos… temperam uma amena conversa, desta vez só no feminino, e bem! Tudo a bom ritmo, pois é preciso visitar a D. Aurélia, que por impedimento dos voluntários de Candemil teve de ser assegurada pelos das restantes aldeias. Sem uma visita, ainda que breve, é que não poderia ficar! Sempre cheia de vida a nossa nonagenária! O passeio da paróquia desta vez não a convenceu... muito calor, a missa por um familiar… razões bastantes para ficar por terra desta vez. Afinal, parece que o maior interesse destes passeios "é mais comer que outra coisa!" Numa breve conversa e apesar da nossa pressa, ainda nos contou como "Deus nos fala por pequeninas coisas". Separam-se os voluntários, eu e a Cláudia dirigimo-nos para Ansiães. A tia Rita já está à nossa espera! Sempre airosa e com um sorriso acolhedor ou não fosse um dos seus maiores ensinamentos: "não devemos incomodar os outros com o nosso mau humor e além disso não nos serve de nada a má disposição!" Contudo, não deixou de nos partilhar algumas das suas preocupações. Movimentos de dinheiro pouco claros no banco levaram a uma conversa longa ao telefone com a nora, além disso a crise cardíaca que a conduziu há tempos ao hospital ainda necessita de medicação. Como se não bastasse, a bronquite está também a precisar de uma atenção especial! Com tudo isto, como lhe explicar, não podendo ela ler, como tomar seis medicamentos com regimes posológicos completamente diferentes: uns a horas certas, outros à refeição, outro ainda começam com uma dose mais forte que depois vai diminuindo!!! Tentando simplificar o mais possível e repetindo várias vezes lá tentamos ajudar, mas de facto o melhor conselho que podemos dar creio que foi o de pedir ajuda na vizinhança! Subindo a ladeira, à sombra dos castanheiros e aproveitando cada pequenina brisa para refrescar, encontramos a D. Aldina, sempre com um sorriso meigo, acompanhada de duas vizinhas. Juntamo-nos ao trio e ali estivemos a conversar de temas vários. Apesar de tudo pareceu-nos mais tranquila, talvez por o filho estar mais por perto. Por fim, e não sem antes nos refrescarmos com a água da fonte, é altura de partir para o lugar do Casal onde vive a D. Ondina. A nossa chegada veio substituir a televisão que ressoava enquanto esperávamos que nos abrisse a porta. Mais uma vez tivemos de fazer uma pequena introdução, a D. Ondina ainda não tinha compreendido bem que não temos nada que ver com a associação para a qual ela contribui e que lhe traz as refeições. "Nós só visitamos pessoas sozinhas e não recebemos nada por isso". Uma lógica difícil de compreender nos nossos dias, é verdade!!! Uma vez convidadas a sentar só precisamos introduzir o tema, sempre muito faladora ela própria conduz a conversa. Os temas de história parecem ser um dos preferidos. "O meu marido lia num livro e contava-me. Sim, porque nós já fomos dos espanhóis. Mas, um dia, estavam os homens no campo de batalha e os espanhóis tinham a nossa bandeira que não nos queriam dar. Até que um português foi lá e zumba retirou-lhes a bandeira e atirou-a para o nosso lado. Claro que ele já sabia que ia morrer, mas às vezes é preciso assim uns homens animosos! E foi assim que Portugal conquistou a independência." E foi assim mais uma tarde de missão, de combate à solidão, de conversa em conversa, de troca de sorrisos, de simplicidade em simplicidade…
Mais um Domingo, este de Julho depois da vitória de Espanha sobre a Holanda...
Passámos pelo lugar habitual do sr. F, como não havia sinais de ter estado por lá, seguimos viagem e voltámos + tarde. Encontrámo-lo, então, já a descansar. Contudo tivemos tempo para pôr a conversa em dia, falou-nos das suas caminhadas de quando era + novo, da importância da higiene e arrumação sendo sem-abrigo. Continua a queixar-se das pernas, da má circulação. Disse-nos ainda que o sr N, a quem começámos a visitar há 3 semanas, não tem dormido no lugar que conhecemos. Fica a pergunta no ar: Será que o voltaremos a encontrar?
Seguimos para a rua do "trio maravilha". O M. disse-nos que esta semana já estaria de volta à terra dele... mas não foi isso que aconteceu. O J. vai andando bem disposto esta semana, reparámos que continua com um andar estranho -segundo ele doem-lhe os pés! Ficámos a saber que por terem sido acusadops de roubar galinhas viram-se obrigados a mudar de tecto. Deizaram a casa abandonada junto ao parque de estacionamento e mudaram-se para a Axa... o problema é que a rega automática começa a funcionar bem cedo... já tendo atingido o J e o M. O P "continua dentro"... assim nos informaram.
Depois de duas passagens pelo seu lugar do costume, à terceira foi de vez! Sabíamos que tinha saído de casa há já 3 dias, a tentativa de voltar a casa não tinha sido bem sucedida. Por tudo isto, foi bom encontrar o N, tivémos tempo para ouvir a sua versão da história e confrontámos diferentes pontos de vista. Apercebemos um pouco mais da frustação que é sair de casa e sentir que ninguém o procura, do que é a desconfiança natural dos pais que recebem de novo o filho. Disse-nos que no dia seguinte ligaria para casa para saber como estavam as coisas após a saída repentina de casa... Ficamos à espera de updates. Do C não há novidades, o N não o viu durante os 3 dias passados - Esperamos que esteja bem!
Eram 10.30 da manhã quando os primeiros voluntários apareceram no local do costume. O sol já brilhava alto, avizinhava-se um belo dia de Verão! Minutos mais tarde, após os inevitáveis e já espectáveis atrasos, dois carros repletos de voluntários partiram alegremente rumo às Aldeias. O piquenique foi desta vez junto ao rio... Foi lá que, entre a patanisca e o croquete, ao som das pequenas cascatas de água, os voluntários conversaram, riram e partilharam as suas últimas semanas... Após a sempre reconfortante ida ao café mais próximo, os voluntários despediram-se e partiram rumo à missão que os traz mensalmente às Aldeias de Amarante. A minha é pois a bonita aldeia de Basseiros, que soalheira e pintada de verde como sempre nos espera. E assim, num grupo puramente feminino (apesar de todas a perguntas e ânsias pelo nosso "Brasileiro") fomos ao encontro das nossas senhoras. Começamos por visitar a Dª Hermínia, animada como sempre recebeu-nos em sua casa e contou-nos as peripécias da sua família e tão queridos netinhos... Em seguida seguimos o já habitual caminho pelas apertadas e caricatas ruelas rumo à nossa segunda paragem. À sombra e a saborear a leve brisa da tarde, encontramos a Dª Maria e a Dª Deolinda acompanhadas pela sempre amigável e trabalhadora família. Foi lá que pusemos a conversa em dia, comentámos a actualidade e ficámos a saber dos acontecimentos mais recentes e vindouros da Aldeia.... Esta crónica não ficava pois completa se não referíssemos a presença do conquistador sobrinho que, com a ajuda das casamenteiras senhoras, por pouco alguma das voluntárias já saia casada!... :) Seguindo caminho.... comprámos pão na carrinha do padeiro .... a grande subida... Upa, Upa!.... E chegamos ao nosso último destino: a casa da Dª Dulce! Lá encontramos a mesma, a sua irmã Dª Arminda, o marido e a filha, todos no terraço a contemplar a bonita vista.... Bem dispostos conversamos, rimos e relaxamos até chegar a hora da despedida. Já com os restantes voluntários partilhamos as nossas experiências e sentimentos resultantes da sempre calorosa tarde nas Aldeias, comemos um pequeno lanchinho e de coração cheio e sorriso na cara regressamos ao Porto!
Sei-me de abalada, por isso vou tomar a ousadia de fazer desta crónica uma apropriação pessoal do meu momento de despedida. Espero que ninguém fique incomodado com esta pequena excentricidade. Entendam que este é um momento particularmente especial para mim. A minha presença e desempenho na vertente, e no grupo, terminam no final deste mês de Junho, ano 2010. Por motivos diversos, e após uma consciente reflexão interior, percebi que é momento de preparar-me para novos trilhos, alguns deles desejos adiados pelo compromisso que assumi com o FASrondas. O respeito que tenho pelo grupo e, especialmente, a consideração imensa que sinto por cada Família ajudada, contribuíu para a decisão da minha saída no momento presente. Para que ambos possamos prosseguir integramente, o FAS precisa ficar "disponível sem mim" e eu “disponível sem o FAS”. Este processo tem sido preparado durante os últimos três meses decorridos. Três meses pareceu um período temporal adequado ao acompanhamento e à integração gradual das pessoas que me substituirão. Por outro lado Junho precede o fim do ano lectivo, altura em que o grupo efectua uma reflexão sobre o voluntariado praticado no ano transacto e pensa sobre o ano futuro – uma sobreposição de fins propícia à “libertação” do meu lugar. Aproveito para sublinhar um procedimento que reconheço como essencial à saúde do grupo: a importância da promoção de dinâmicas de transversalidade no seu funcionamento interno. Ou seja: a possibilidade de qualquer voluntário poder participar/executar/envolver-se/experimentar/liderar. Acredito no contributo único que cada nova pessoa, nova e diferente pessoa, possui somente em si mesma e que só ela poderá dar a qualquer missão. Todavia é responsabilidade do grupo o estabelecimento de janelas e de espaços que facultem esta possibilidade. O dom único de cada voluntário servirá o FASrondas, neste caso especificamente as Famílias, se dermos a sentir votos permanentes de absoluta crença nas capacidades únicas, maravilhosas e insubstituíveis de todo e qualquer ser humano. As Boas-Vindas a quem me substituir e abraçar o desafio da coordenação das Famílias! Estou certa que as tuas valências contribuirão para um compromisso social do FASFamilias cada vez mais profundo, assertivo e eficaz junto de todos os seres humanos invisíveis, solitários e sofridos que caminham na cidade do Porto. O meu sincero obrigada a 5 amigos que foram amparo nesta missão de coordenação: o Jorge, a Sara, a Inês e, mais recentemente, a Ana e a Rosinha. A todos por quem passei e com quem me cruzei, no grupo e nas ruas, ao longo destes 5 anos … um sorriso imenso, de peito totalmente aberto… Sou hoje, sinto-o, uma pessoa invariavelmente um pouquinho melhor. Nas rondas e nas Famílias recebi um retorno que nunca aí esperei encontrar: um certo reencontro comigo mesma e com o caminho/missão de Vida. No FAS descobri e aprendi muito sobre as exigências das relações humanas… a imensidão, o mistério e a beleza dos homens… sobre o "Zé" da ronda, a família da “Ritinha”, a timidez do voluntário "João" e o papel do grupo na sociedade... Que consiga manter-vos sempre, sempre num lugar especial no meu coração. Parto repleta porque só recebi, e recebi, e recebi…