Na noite dessa ronda começámos por ser três: eu, o Luís e a Ana. Depois da azáfama dos sacos e de termos essa tarefa concluída, a Ana seguiu num carro diferente do nosso para poder vir embora mais cedo, já que teria um exame no dia seguinte. Em dois carros rumámos até à casa velha, onde habitualmente nos encontramos com os queridos D.E. e S. F.
Felizmente estavam bem dispostos (o que nem sempre acontece) e parte da conversa foi feita de histórias sobre a situação na casa velha (que deixam o Sr.F. sempre incomodado…), a consulta com a assistente social (que não aconteceu), a possibilidade de mudança futura (na qual o filho D. está a ajudar), e as habituais mimadices da D.E., com os desabafos mais ou menos comuns da semana, as reclamações irrelevantes sobre o sacos e as “semi-verdades” dela (que mais não são que o resultado da forma como vê e interpreta o mundo…).
Depois desta paragem confirmámos a não presença de pessoas na loja C., a Ana deixou-nos e nós seguimos para a B., inesperadamente muito vazia. Esta rara reduzida afluência de pessoas possibilitou-nos tempo e espaço para mais tranquilos “só estar” com aqueles que foram aparecendo; e foi bom constatar que tinham sentido a nossa falta no domingo anterior, pela impossível penetração na multidão que inundou a baixa por causa da vitória do FCP… Estivemos com o I. (e a sua conversa sempre rápida, entre aquele olhar jovem mas triste), com o R. (e os constantes abraços para o Pedro que não estava presente), a D. E e o seu cunhado T. (com as histórias de quem vive preocupada com a gravidez, os problemas de saúde, a casa, um trabalho…) e o Sr. J. (com quem passámos um grande bocado rindo e ouvindo as novidades sobre o tratamento, consumos, namorada, desencontros, mudanças de vida, …). Sem chá nem café outros foram aparecendo, estando e levando o saquinho, entre dedos de conversa mais pontuais.
Passava já da meia-noite quando nos dirigimos para a última paragem, a F. e o P., que foi muito boa porque os encontrámos super bem dispostos e alegres! Entre novidades semanais e os temas mais sérios que sempre ocorrem (diabetes, chatices com alguns hóspedes barulhentos, possível “gerência” da pensão onde estavam …), brincámos sobre alguns assuntos (como o gel perfumado para o corpo dela ou as “pessoas dificilmente contactáveis via telémovel” – eu!) e estivemos em afectiva partilha todos junto!
Voltámos para o carro, já destinados ao regresso a casa. Tinha-nos sobrado imenso pão pelo que decidimos dividi-lo com a intenção de congelar para a ronda/oportunidade seguinte (grande parte dele foi entregue no Aleixo ao longo dessa semana, em sacos com água, 1 peça de fruta e sandes de queijo/ fiambre).
Juntos, e já parados no carro, falámos sobre “oração” e orámos… como nos pareceu fazer mais sentido, pensado com a voz em diferentes pessoas e situações que temos no coração.
Beijinhos para todos
Raquel
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