segunda-feira, agosto 07, 2006

Crónica da Ronda de 06/08/2006 (Stª Catarina)

Falámos ao telefone com o E., contente com a sua distribuição de jornais agora pela praia, aproveitando este grande tempo! Arranjou o mesmo trabalho para o sr.L mas parece não ter iniciado da melhor maneira: embriagou-se na primeira manhã...

Na praça um só dos casais maravilha: falta para o Z e a AM. D.E e sr.F muito bem dispostos - logo porque conseguiram telefonar ao filho e marcar jantar no dia seguinte! No próximo domingo ela faz anos! Levaremos, para além do bolo, soro fisiológico porque tem deitado no último mês umas gotas que na farmácia receitaram para um máximo de uma semana! O ambiente estava óptimo: o calor da pedra tinha contaminado o ânimo dos dois, afinal de nós todos, e a conversa fluiu com boa disposição e bom entendimento.

Na rua conversámos demoradamente com a F. e o P.. Ao contrário do momento anterior, o tom foi predominantemente triste pela saudade dos dois filhos - ela não os vê há um ano. Pelo contrário, o P. todos os sábados visita o seu filho em Sto. Tirso. Procurámos insistentemente motivá-la a resolver vê-los, ultrapassando as dificuldades de relacionamento com a família, sua e do seu ex-marido. Procurámos também que o P. no mínimo não a desmotivasse! Démos ainda um saco a um inesperado.

No bairro distribuímos pouca coisa mas alguns elogios ainda recebemos - o folar que recordava bons tempos em Trás-os-Montes. Só restará a esta gente sonhar? Quanto é difícil inverter a vida prisioneira que levam. E a tristeza final na conversa com a B., sonhando também com os Açores e pedindo desculpas por... Irónico ouvirmos nós um pedido de desculpas - mas sabíamos que se dirigia a si própria...

O carro regressou com a bagageira ainda cheia de pão que não conseguímos distribuir... O pão que desejámos multiplicar na oração inicial; o pão que no evangelho do dia, dizia Jesus, é Ele mesmo; o pão que na leitura do êxodo saciava sim, mas confundia o povo por não aparecer como esperavam. Chamaram-lhe «Maná» que quer dizer «Que é isto?». Terminámos pondo tudo isto em oração, pedindo para nós e para as pessoas da rua que saibamos reconhecer Deus e o que Ele põe de maravilhoso na nossa vida, mas que tantas vezes deixamos perder porque não identificamos para além das aparências a que estamos habituados.

Nota: não se confundam os que seguiram as leituras da Festa da Transfiguração...

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