A noite de Domingo passado começou no sítio do costume e com a habitual alegria entre todos. Abraço para aqui, cumprimento para acolá, lá íamos separando os sacos cuidadosamente, para levar a cada sem-abrigo.
Depois fizemos a oração inicial, que nos caracteriza bem e lá seguimos, cada grupo para o seu carro.
Na nossa ronda estávamos 5, o que foi motivo de festa já que, ultimamente, por diversas razões, faltava sempre alguém!...
Partimos para a D. F., a nossa primeira paragem e lá a encontrámos deitadinha na sua “cama”, mas desta vez com o Sr. V., o seu marido. Ele normalmente está sempre a trabalhar, pelo que ficámos mt contentes de o ver.
A D. F. lá nos disse que estava doente há já 4 dias, sem se conseguir mexer, à partida por causa das diabetes, o que nos deixou preocupados e nos levou a falar nos Médicos do Mundo, para uma possível visita destes. Foi um pouco complicado insistir, já que segundo eles (principalmente o Sr. Vital) diziam ter tido uma má experiência com os MdM. Mas, sabendo nós das suas capacidades, lá insistimos mais e lá convencemos a D. F. a “recebê-los” na 2ªf. Também soubemos que ela é visitada praticamente todos os dias da semana por outras diversas carrinhas, o que foi bom para perceber que eles até são dos casos mais acompanhados, isto é, sempre têm várias ajudas. Depois de mais uns dedos de conversas, com os 2, onde deu p rir um bocado, e no meio de latidos do “Leão”, lá partimos para a 2ª paragem, o Sr. Z.
Este lá se encontrava e, logo de início, foi bom ver que ele tem pelo menos um amigo para além de nós que lá passou p levantar dinheiro, falou com ele, combinou um encontro com um jantar até e lhe deu uns trocados subtilmente.
Conversámos um pouco sobre os documentos do Sr. Z., ele disse que os podia obter na 2ªf quando fosse ao seu advogado e, na 2ªf daria ao Rui para que, com esses, nós tratássemos dos restantes que faltam. Também abordámos, no meio da sua conversa persistente e em forma de monólogo (e que normalmente se refere a temas já por nós conhecidos), a actividade dos MdoMundo e pedimos-lhe para que, na 2ªf à noite, ele lá estivesse para o tratarem, nas suas necessidades.
Depois de todas as combinações, lá fomos para a zona da Boavista. Aqui apenas avistámos o J.P, que já se encontrava repousado no seu canto, a ressacar e que pouca palavra nos deu, apenas lhe demos o saco e pouco mais.
Assim, fomos de encontro ao Sr. A., que estava desta vez acompanhado por um vizinho dali da zona e o seu cão. Com eles lá conversámos um pouco sobre esse cão e as suas peripécias e com o Sr. A., sobre a semana e sobre os seus filhos, tema que não pode ser posto de lado, de maneira nenhuma. Disse-nos que já sabia para onde 1 deles tinha ido quando desapareceu de casa durante uns dias, descoberta que o deve ter descansado. Mais uma palavras e seguimos para o Aleixo e redondezas, na esperança de apanharmos o P. e a P. que não tinham sido vistos na Boavista. Em vão, lá seguimos o Campo Alegre e, numa esquina conhecemos o Sr.Z. que já há muito tempo tinha sido por alguns de nós visitado. Ele ficou visivelmente satisfeito por nos ver, disse que estava sempre por ali, que ia recebendo o aço da ronda do Fernando… Provavelmente poderá ser um novo amigo a visitar por alguma das nossas rondas que esteja a precisar.
À vinda para o Creu, resolvemos passar + 1 vez pela zona da Boavista, e encontrámos o P. que já visitámos de vez em quando e o Z.C., que ainda não conhecíamos. Foi uma conversa curta pois estavam ali a arrumar carros para obterem o dinheiro necessário. Deu para perceber que fazem ali um bom par, na cobertura dos carros: “Tu vais para cima, enquanto eu vou para baixo”.
Assim, distribuímos todos os nossos sacos e acabámos a grade noite no local de início, com uma oração partilhada.
Um bjo grd a todos de boa semana e que a próxima seja tão boa como esta,
Ana B. Carvalho.
PS- Entretanto já sabemos como correram as situações aqui mencionadas com os Médicos do Mundo: Foram às 2 pessoas mencionadas. Com a D. F., não lhe puderam dar o remédio, pois ela não o soube identificar. No Sr. Z., trataram-lhe de várias feridas e da sua higiene pessoal.
Para as outras rondas: se tiverem algum SA que precise de cuidados médicos de qualquer ordem, não hesitem em falar com os Médicos do Mundo.
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