Nós Somos a Carla e Sónia, estudantes da Escola Secundária Almeida Garrett, em Gaia e no âmbito da execução de um projecto para um trabalho de grupo acerca de um problema social escolhemos os sem-abrigo e o FAS rondas surgiu por ser uma bastante recente e com uma enorme vontade de ajudar.
Após um primeiro contacto e com a permissão dos voluntários para tal decidimos participar numa das rondas para ficar a perceber o trabalho desenvolvido por esta instituição.
Descobrimos a forma de aproximação e a dedicação que têm para cada caso. Agora aqui vai a descrição da ronda:
Primeiramente abordamos um senhor que nunca tinha sido visto por aqueles sítios, o Sr. J, dando-lhes assim um pouco de café como forma de quebrar o gelo. Comunicamos com ele e tentamos saber se já se encontrava lá há muito tempo. Oferecemos-lhe um saco com comida e desejamos uma óptima semana como forma de despedida.
Depois fomos á procura da Sra.P e do Sr.P mas só encontramos a Sra.P que nos disse com um sorriso e entusiasmo incrível que foi com o Sr.P fazer exames e que vão ambos para uma clínica de desintoxicação. É um máximo e extremamente gratificante até para nós que não conhecemos sabermos que por iniciativa própria se vão submeter ao tratamento para se cuidarem e tentarem ter uma vida melhor.
Entretanto fomos ajudar o Sr.A que apesar de se encontrar em circunstâncias diferentes dos casos referidos anteriormente, necessita de um pouco de afecto destes voluntários de quem ele tanto gosta e se identifica. É um homem muito bem-disposto e comunicativo que nos deixou logo a vontade com o seu sorriso e as suas histórias passadas bem divertidas.
Finalmente visitamos a Sra. F e o Sr. V mas este não se encontrava lá e já não era a primeira vez.
Falamos com a Sra.F que nos pareceu bastante acolhedora, divertida e tinha um cãozinho pequeno que funciona como um companheiro. Recebeu-nos muito bem e tal como o Sr.A não tem problemas nem com álcool nem com a droga. Como todos só precisa de uma casa e um pouco de atenção e dedicação destes voluntários que a visitam todas as semanas com a mensagem de força e ajuda para continuar a viver.
Quando regressamos ao ponto de partida, participamos na oração, agradecendo toda a disponibilidade que tiveram para nos ajudarem.
Hoje, aqui, vimos não só agradecer mais um vez pela ajuda que nos deram mas também nos propomos a fazer rondas sempre que nos for possível e dizer que foi uma ronda extremamente gratificante, produtiva e fascinante para pessoas como nós que não conhecem os sem-abrigo.
Aproveitamos a ocasião para deixar uma opinião pessoal que se baseia em falarmos da consciência de cada uma para que compreendam que a sociedade está cheia de preconceito e de ideias mal formadas onde é mais fácil pensar que um sem-abrigo viver na rua por opção própria do que tentarem descobrir as razões que os levam a viverem na rua. São várias e distintas mas existem instituições, tal como o FAS-RONDAS, que ajudam quem realmente precisa. Porque não ajudar? Não custa nada e um sem-abrigo podia ser qualquer um de nós.
Hoje percebemos que nós, pessoas comuns da sociedade, andamos demasiado ocupadas para perceber a realidade dos sem-abrigo. Eles são pessoas como nós, com uma vontade e alegria de viver incríveis e com uma boa disposição sempre disponível para contagiar qualquer um! Estas pessoas que visitamos mostraram-nos que o mundo não é justo mas que quando temos alguém que nos dá uns minutos da sua atenção tudo é mais fácil de suportar.
Aconselhamos as pessoas a experimentarem serem voluntários no FAS-RONDAS! Não se vão arrepender! As pessoas são todas excelentes! Um Muito obrigado a todos por permitirem esta experiência tão gratificante. Cumprimentos a todos.
Famílias, Aldeias e Sem Abrigo estas são as nossas áreas de acção. Um grupo de jovens do Porto, que no CREU têm uma casa, lançam mãos aos desafios que lhes surgem.
quarta-feira, fevereiro 28, 2007
Crónica da ronda de 25/02/2007 (Boavista)
A noite de Domingo passado começou no sítio do costume e com a habitual alegria entre todos. Abraço para aqui, cumprimento para acolá, lá íamos separando os sacos cuidadosamente, para levar a cada sem-abrigo.
Depois fizemos a oração inicial, que nos caracteriza bem e lá seguimos, cada grupo para o seu carro.
Na nossa ronda estávamos 5, o que foi motivo de festa já que, ultimamente, por diversas razões, faltava sempre alguém!...
Partimos para a D. F., a nossa primeira paragem e lá a encontrámos deitadinha na sua “cama”, mas desta vez com o Sr. V., o seu marido. Ele normalmente está sempre a trabalhar, pelo que ficámos mt contentes de o ver.
A D. F. lá nos disse que estava doente há já 4 dias, sem se conseguir mexer, à partida por causa das diabetes, o que nos deixou preocupados e nos levou a falar nos Médicos do Mundo, para uma possível visita destes. Foi um pouco complicado insistir, já que segundo eles (principalmente o Sr. Vital) diziam ter tido uma má experiência com os MdM. Mas, sabendo nós das suas capacidades, lá insistimos mais e lá convencemos a D. F. a “recebê-los” na 2ªf. Também soubemos que ela é visitada praticamente todos os dias da semana por outras diversas carrinhas, o que foi bom para perceber que eles até são dos casos mais acompanhados, isto é, sempre têm várias ajudas. Depois de mais uns dedos de conversas, com os 2, onde deu p rir um bocado, e no meio de latidos do “Leão”, lá partimos para a 2ª paragem, o Sr. Z.
Este lá se encontrava e, logo de início, foi bom ver que ele tem pelo menos um amigo para além de nós que lá passou p levantar dinheiro, falou com ele, combinou um encontro com um jantar até e lhe deu uns trocados subtilmente.
Conversámos um pouco sobre os documentos do Sr. Z., ele disse que os podia obter na 2ªf quando fosse ao seu advogado e, na 2ªf daria ao Rui para que, com esses, nós tratássemos dos restantes que faltam. Também abordámos, no meio da sua conversa persistente e em forma de monólogo (e que normalmente se refere a temas já por nós conhecidos), a actividade dos MdoMundo e pedimos-lhe para que, na 2ªf à noite, ele lá estivesse para o tratarem, nas suas necessidades.
Depois de todas as combinações, lá fomos para a zona da Boavista. Aqui apenas avistámos o J.P, que já se encontrava repousado no seu canto, a ressacar e que pouca palavra nos deu, apenas lhe demos o saco e pouco mais.
Assim, fomos de encontro ao Sr. A., que estava desta vez acompanhado por um vizinho dali da zona e o seu cão. Com eles lá conversámos um pouco sobre esse cão e as suas peripécias e com o Sr. A., sobre a semana e sobre os seus filhos, tema que não pode ser posto de lado, de maneira nenhuma. Disse-nos que já sabia para onde 1 deles tinha ido quando desapareceu de casa durante uns dias, descoberta que o deve ter descansado. Mais uma palavras e seguimos para o Aleixo e redondezas, na esperança de apanharmos o P. e a P. que não tinham sido vistos na Boavista. Em vão, lá seguimos o Campo Alegre e, numa esquina conhecemos o Sr.Z. que já há muito tempo tinha sido por alguns de nós visitado. Ele ficou visivelmente satisfeito por nos ver, disse que estava sempre por ali, que ia recebendo o aço da ronda do Fernando… Provavelmente poderá ser um novo amigo a visitar por alguma das nossas rondas que esteja a precisar.
À vinda para o Creu, resolvemos passar + 1 vez pela zona da Boavista, e encontrámos o P. que já visitámos de vez em quando e o Z.C., que ainda não conhecíamos. Foi uma conversa curta pois estavam ali a arrumar carros para obterem o dinheiro necessário. Deu para perceber que fazem ali um bom par, na cobertura dos carros: “Tu vais para cima, enquanto eu vou para baixo”.
Assim, distribuímos todos os nossos sacos e acabámos a grade noite no local de início, com uma oração partilhada.
Um bjo grd a todos de boa semana e que a próxima seja tão boa como esta,
Ana B. Carvalho.
PS- Entretanto já sabemos como correram as situações aqui mencionadas com os Médicos do Mundo: Foram às 2 pessoas mencionadas. Com a D. F., não lhe puderam dar o remédio, pois ela não o soube identificar. No Sr. Z., trataram-lhe de várias feridas e da sua higiene pessoal.
Para as outras rondas: se tiverem algum SA que precise de cuidados médicos de qualquer ordem, não hesitem em falar com os Médicos do Mundo.
Depois fizemos a oração inicial, que nos caracteriza bem e lá seguimos, cada grupo para o seu carro.
Na nossa ronda estávamos 5, o que foi motivo de festa já que, ultimamente, por diversas razões, faltava sempre alguém!...
Partimos para a D. F., a nossa primeira paragem e lá a encontrámos deitadinha na sua “cama”, mas desta vez com o Sr. V., o seu marido. Ele normalmente está sempre a trabalhar, pelo que ficámos mt contentes de o ver.
A D. F. lá nos disse que estava doente há já 4 dias, sem se conseguir mexer, à partida por causa das diabetes, o que nos deixou preocupados e nos levou a falar nos Médicos do Mundo, para uma possível visita destes. Foi um pouco complicado insistir, já que segundo eles (principalmente o Sr. Vital) diziam ter tido uma má experiência com os MdM. Mas, sabendo nós das suas capacidades, lá insistimos mais e lá convencemos a D. F. a “recebê-los” na 2ªf. Também soubemos que ela é visitada praticamente todos os dias da semana por outras diversas carrinhas, o que foi bom para perceber que eles até são dos casos mais acompanhados, isto é, sempre têm várias ajudas. Depois de mais uns dedos de conversas, com os 2, onde deu p rir um bocado, e no meio de latidos do “Leão”, lá partimos para a 2ª paragem, o Sr. Z.
Este lá se encontrava e, logo de início, foi bom ver que ele tem pelo menos um amigo para além de nós que lá passou p levantar dinheiro, falou com ele, combinou um encontro com um jantar até e lhe deu uns trocados subtilmente.
Conversámos um pouco sobre os documentos do Sr. Z., ele disse que os podia obter na 2ªf quando fosse ao seu advogado e, na 2ªf daria ao Rui para que, com esses, nós tratássemos dos restantes que faltam. Também abordámos, no meio da sua conversa persistente e em forma de monólogo (e que normalmente se refere a temas já por nós conhecidos), a actividade dos MdoMundo e pedimos-lhe para que, na 2ªf à noite, ele lá estivesse para o tratarem, nas suas necessidades.
Depois de todas as combinações, lá fomos para a zona da Boavista. Aqui apenas avistámos o J.P, que já se encontrava repousado no seu canto, a ressacar e que pouca palavra nos deu, apenas lhe demos o saco e pouco mais.
Assim, fomos de encontro ao Sr. A., que estava desta vez acompanhado por um vizinho dali da zona e o seu cão. Com eles lá conversámos um pouco sobre esse cão e as suas peripécias e com o Sr. A., sobre a semana e sobre os seus filhos, tema que não pode ser posto de lado, de maneira nenhuma. Disse-nos que já sabia para onde 1 deles tinha ido quando desapareceu de casa durante uns dias, descoberta que o deve ter descansado. Mais uma palavras e seguimos para o Aleixo e redondezas, na esperança de apanharmos o P. e a P. que não tinham sido vistos na Boavista. Em vão, lá seguimos o Campo Alegre e, numa esquina conhecemos o Sr.Z. que já há muito tempo tinha sido por alguns de nós visitado. Ele ficou visivelmente satisfeito por nos ver, disse que estava sempre por ali, que ia recebendo o aço da ronda do Fernando… Provavelmente poderá ser um novo amigo a visitar por alguma das nossas rondas que esteja a precisar.
À vinda para o Creu, resolvemos passar + 1 vez pela zona da Boavista, e encontrámos o P. que já visitámos de vez em quando e o Z.C., que ainda não conhecíamos. Foi uma conversa curta pois estavam ali a arrumar carros para obterem o dinheiro necessário. Deu para perceber que fazem ali um bom par, na cobertura dos carros: “Tu vais para cima, enquanto eu vou para baixo”.
Assim, distribuímos todos os nossos sacos e acabámos a grade noite no local de início, com uma oração partilhada.
Um bjo grd a todos de boa semana e que a próxima seja tão boa como esta,
Ana B. Carvalho.
PS- Entretanto já sabemos como correram as situações aqui mencionadas com os Médicos do Mundo: Foram às 2 pessoas mencionadas. Com a D. F., não lhe puderam dar o remédio, pois ela não o soube identificar. No Sr. Z., trataram-lhe de várias feridas e da sua higiene pessoal.
Para as outras rondas: se tiverem algum SA que precise de cuidados médicos de qualquer ordem, não hesitem em falar com os Médicos do Mundo.
segunda-feira, fevereiro 26, 2007
Crónica da ronda de 18/02/2007 (6º trajecto)
Mais uma noite fria de inverno... :)
Neste regresso às rondas apos um longo periodo de exames, estavamos so tres :)
Reduzidos a poucas paragens, fomos em busca de novas possiveis paragens. Todavia, pouca 'sorte' tivemos. Ainda tentámos falar com um novo 'amigo', mas estava a dormir profundamente... Deixamos um saco e alguma esperança de podermos falar numa próxima visita.
De seguida, numa noite repentinamente fria, fomos ter com o J., que nos contou, num misto de melancolia e saudosismo, dos tempos e aventuras anteriores à sua vida nas ruas da fria e cinzenta invicta. Teve uma oferta de emprego, mas tem alguma relutância em aceitar. Por vezes temos a sensação que este nosso amigo, apesar de o conhecermos há algum tempo, tem uma grande muralha que esconde um ser triste que nunca iremos realmente conhecer nem poder estender a mão... Quiçá, só o tempo dirá....
Ainda passámos por outra possível paragem, mas já estávamos sem sacos e não quisemos interromper o profundo sono :)
Uma noite fria de inverno, quiçá algum calor numa conversa companheira a estes nossos amigos e eles a nós :)
Uma boa semana ;)
Gabriela Soares
Neste regresso às rondas apos um longo periodo de exames, estavamos so tres :)
Reduzidos a poucas paragens, fomos em busca de novas possiveis paragens. Todavia, pouca 'sorte' tivemos. Ainda tentámos falar com um novo 'amigo', mas estava a dormir profundamente... Deixamos um saco e alguma esperança de podermos falar numa próxima visita.
De seguida, numa noite repentinamente fria, fomos ter com o J., que nos contou, num misto de melancolia e saudosismo, dos tempos e aventuras anteriores à sua vida nas ruas da fria e cinzenta invicta. Teve uma oferta de emprego, mas tem alguma relutância em aceitar. Por vezes temos a sensação que este nosso amigo, apesar de o conhecermos há algum tempo, tem uma grande muralha que esconde um ser triste que nunca iremos realmente conhecer nem poder estender a mão... Quiçá, só o tempo dirá....
Ainda passámos por outra possível paragem, mas já estávamos sem sacos e não quisemos interromper o profundo sono :)
Uma noite fria de inverno, quiçá algum calor numa conversa companheira a estes nossos amigos e eles a nós :)
Uma boa semana ;)
Gabriela Soares
quarta-feira, fevereiro 21, 2007
Ida à aldeia
Oi people,
Era só para lembrar que este fim de semana regressamos à aldeia. Não temos nenhum evento especial marcado, vamos "apenas" fazer as habituais visitas em Candemil, Ansiães e Bustelo.
A partida fica agendada para as 11h em ponto (vá lá preguiçosos não custa muito!). Não se esqueçam do almoço partilhado.
Peço a quem não confirmou ainda a presença/ausência que se manifeste! (João, Mónica, São, Jorge, Nuno e Joana não precisam de responder...)
Beijinhos e abraços,
Rui
Era só para lembrar que este fim de semana regressamos à aldeia. Não temos nenhum evento especial marcado, vamos "apenas" fazer as habituais visitas em Candemil, Ansiães e Bustelo.
A partida fica agendada para as 11h em ponto (vá lá preguiçosos não custa muito!). Não se esqueçam do almoço partilhado.
Peço a quem não confirmou ainda a presença/ausência que se manifeste! (João, Mónica, São, Jorge, Nuno e Joana não precisam de responder...)
Beijinhos e abraços,
Rui
terça-feira, fevereiro 20, 2007
Crónica 18/02/2007 (Batalha)
Bem vinda Francisca! Foi com este sentimento que iniciamos a nossa ronda, as 4 meninas na mera cavaqueira a caminho do Sr. D. Pelo caminho, não resistimos a comentar o aniversário do Sr. F., o quanto ele ficou contente e nós também – estamos a evoluir com ele a olhos vistos :)
Chegamos Sr. D. e lá estava mais uma noite no sitio do costume… Conversamos um pouco e tentamos convence-lo da importância de ter o BI actualizado!! Devagar se vai ao longe porque o Sr. D. é teimoso e cria em torno dele um mundo próprio – descobrimos que existe um “Bilhete de Dentite” :D e que um BI não identifica uma mulher. Bem não sei o que podemos deduzir daqui, mas o Sr.D. é um petisco! No final da nossa visita fomos abordadas pelo Sr. M. que nos pediu alguma coisa para comer e beber… Da conversa percebemos que ele poderá ser visitado pela ronda do Jorge. Mas foi um máximo porque fomos premiadas com algumas anedotas e com a certeza que na próxima semana teremos mais uma pessoa acompanhada.
Foi tempo de seguirmos para junto do Sr. F. – interessante porque agora, mesmo naqueles momentos em que achávamos que ele prefere ficar só com os seus manuscritos, já mostra interesse para 1 conversa com os seus amigos… Esta semana levamos uma fotografia para que não esqueça o seu dia de anos :) E concerteza não esqueceu porque os nossos nomes estavam-lhe na ponta da língua, com uma excepção, o meu :P Mas com isto conseguimos perceber que o Sr. F. escreve bem português, pois o meu nome ficou registado no seu caderno para não esquecer… Acho que estamos a crescer todos em conjunto e, apesar de já termos entrado no mundo dele há algum tempo, temos hoje a noção que a receptividade é cada vez maior!
“Ei”, grita o Sr. J. no meio da Rua Passos Manuel… Estava à nossa espera! Nova casa, uma gripe mas já em fase de recuperação, e algumas dúvidas e hesitações. A força e coragem foram palavras que imprimimos nas nossas conversas e conselhos, cujo objectivo é estimular e mostrar ao Sr. J. a importância da vida e aquilo que fazemos dela! Prometem-se alguns cortes de cabelo, não é Manelita? São…efectivamente o teu corte foi aprovado por um verdadeiro especialista – tinhas dúvidas? Dissipa-as J
E para terminar em grande, Sr. Z. e D. AM. estavam acompanhados de tanta gente… uma pequena algazarra! A D.AM está um pouco em baixo, mas devido à medicação que está actualmente a tomar. É como diz o Sr. Z. “vai correr tudo bem…” Por outro lado, o Sr. M. está de novo com eles, apesar de estar um pouco em baixo e a precisar de muita muita força para resistir, mas foi muito bom reencontrá-lo. Mas há mais… não é que tem um irmão? Quem diria… o Sr. S. que apesar de ser muito simpático, é muito fechado, sem grande vontade para falar… Parece que temos ali um grande caminho a percorrer! Mas ainda não terminamos por aqui, pois eram mais 3, cujos nomes desconheço. Pode-se dizer que um é o Sr. Rimas (escusado será dizer que com os nossos nomes recitou algumas quadras), um outro um pouco estranho tendo em conta a dificuldade com a língua e o seu estado no momento, e por último, um rapaz novo que não conseguimos perceber muito bem o que por ali fazia! Cheguei mesmo a dizer às meninas que aquele cenário se assemelhava à Vivenda Silva.
Terminamos com um momento partilhado onde recordamos alguns momentos e alguns dos nossos amigos. Desta vez quero partilhar com todos a alegria de termos encontrado o Sr. E (obrigada uma vez mais Jorge), a esperança de brevemente o voltarmos a ver e acima de tudo que esteja bem para ter coragem para seguir o seu caminho (ele sabe bem qual é!).
Sabina Martins
Chegamos Sr. D. e lá estava mais uma noite no sitio do costume… Conversamos um pouco e tentamos convence-lo da importância de ter o BI actualizado!! Devagar se vai ao longe porque o Sr. D. é teimoso e cria em torno dele um mundo próprio – descobrimos que existe um “Bilhete de Dentite” :D e que um BI não identifica uma mulher. Bem não sei o que podemos deduzir daqui, mas o Sr.D. é um petisco! No final da nossa visita fomos abordadas pelo Sr. M. que nos pediu alguma coisa para comer e beber… Da conversa percebemos que ele poderá ser visitado pela ronda do Jorge. Mas foi um máximo porque fomos premiadas com algumas anedotas e com a certeza que na próxima semana teremos mais uma pessoa acompanhada.
Foi tempo de seguirmos para junto do Sr. F. – interessante porque agora, mesmo naqueles momentos em que achávamos que ele prefere ficar só com os seus manuscritos, já mostra interesse para 1 conversa com os seus amigos… Esta semana levamos uma fotografia para que não esqueça o seu dia de anos :) E concerteza não esqueceu porque os nossos nomes estavam-lhe na ponta da língua, com uma excepção, o meu :P Mas com isto conseguimos perceber que o Sr. F. escreve bem português, pois o meu nome ficou registado no seu caderno para não esquecer… Acho que estamos a crescer todos em conjunto e, apesar de já termos entrado no mundo dele há algum tempo, temos hoje a noção que a receptividade é cada vez maior!
“Ei”, grita o Sr. J. no meio da Rua Passos Manuel… Estava à nossa espera! Nova casa, uma gripe mas já em fase de recuperação, e algumas dúvidas e hesitações. A força e coragem foram palavras que imprimimos nas nossas conversas e conselhos, cujo objectivo é estimular e mostrar ao Sr. J. a importância da vida e aquilo que fazemos dela! Prometem-se alguns cortes de cabelo, não é Manelita? São…efectivamente o teu corte foi aprovado por um verdadeiro especialista – tinhas dúvidas? Dissipa-as J
E para terminar em grande, Sr. Z. e D. AM. estavam acompanhados de tanta gente… uma pequena algazarra! A D.AM está um pouco em baixo, mas devido à medicação que está actualmente a tomar. É como diz o Sr. Z. “vai correr tudo bem…” Por outro lado, o Sr. M. está de novo com eles, apesar de estar um pouco em baixo e a precisar de muita muita força para resistir, mas foi muito bom reencontrá-lo. Mas há mais… não é que tem um irmão? Quem diria… o Sr. S. que apesar de ser muito simpático, é muito fechado, sem grande vontade para falar… Parece que temos ali um grande caminho a percorrer! Mas ainda não terminamos por aqui, pois eram mais 3, cujos nomes desconheço. Pode-se dizer que um é o Sr. Rimas (escusado será dizer que com os nossos nomes recitou algumas quadras), um outro um pouco estranho tendo em conta a dificuldade com a língua e o seu estado no momento, e por último, um rapaz novo que não conseguimos perceber muito bem o que por ali fazia! Cheguei mesmo a dizer às meninas que aquele cenário se assemelhava à Vivenda Silva.
Terminamos com um momento partilhado onde recordamos alguns momentos e alguns dos nossos amigos. Desta vez quero partilhar com todos a alegria de termos encontrado o Sr. E (obrigada uma vez mais Jorge), a esperança de brevemente o voltarmos a ver e acima de tudo que esteja bem para ter coragem para seguir o seu caminho (ele sabe bem qual é!).
Sabina Martins
quinta-feira, fevereiro 15, 2007
Crónica da ronda de 11/02/2007 (Boavista)
A noite começou desanimada com a chuva e com a preocupação dos estado em que iriamos ou não encontrar as pessoas que estão na rua.
Distribuimos os bolos pelos sacos e juntamo-nos para mais uma oração. Esta especial e diferente, emotiva e saudosa. Afinal a Mafalda vai para Lisboa e este domingo a oração foi uma mistura de lembranças, de como tudo tinha começado, de agradecimento, porque se não fosse ela a começar não estariamos hoje a ajudar os outros, de "despedida" e de saudades já sentidas.De alma e coração cheios lá partimos para mais uma ronda, sem a Joana que AINDA estava doente e sem o Jorge que foi preciso noutra ronda...!
Com algum desânimo, chegámos à nossa primeira paragem e a D. F. não se encontrava no seu lugar, na sua casa improvisada. Lá estavam as coisas todas, mas como chovia mt, o seu colchão estava molhado e talvez por isso ela não estivesse. Mas, dado que ela tinha vindo p ali dormir porque o seu "barraco" já estava ensopado de água, saímos um pouco preocupados a pensar no lugar que ela teria encontrado p dormir. Assim, fomos descendo a rua, passando devagarinho no Millenium, a ver se o Sr. Z lá estava, mas tb não. Talvez já tenha arranjado dinheiro p a pensão... talvez...
Continuámos a ronda, e fomos para o Convívio. Aí encontrámos o P. e depois a P. que já não víamos há algum tempo. Estavam todos molhados de andar à chuva. O negócio estava mau, o que os estava a deixar um pouco desesperados...Falámos um pouco. O P. disse-nos que a sua irmã tinha ido procurá-los e que ontem (2ªf) iria c eles ao Metas. Não sei se sempre chegaram a ir, esperemos que sim... Achamos que o que eles provavelmente sentem falta é de alguém que vá c eles até lá. Pode ser um começo. Ainda disseram que a polícia ainda não lhes tirou o carro e perguntaram pela Joana que estava doente e mandaram-lhe as melhoras!!...
Ali não vimos também a M. que por lá costuma andar, a arrumar carros.
Por fim, fomos ter com o Sr. A. e, como estava a chover, fomos ao Shopping procurá-lo. Ele lá estava. Falamos bastante com ele. Sobre o filho que já voltou a casa, mas que nem lhe dirigiu a palavra quando chegou, sobre o outro que foi cúmplice e nada disse também, sobre os possíveis empregos dos filhos, sobre a sua reforma antecipada e os problemas com a segurança social… enfim, uma data de coisas que nos parecem demais para um homem esforçado, que trabalhou mais de 30 anos e agora quer sossego… Vimos uma mágoa enorme pela maneira como as coisas com os filhos estão, embora cada dia que lá vamos, tenha um sorriso e uma boa disposição que contagia. Acho que devemos estar mais atentos a ele…
Terminámos a nossa noite com uma conversa e uma oração partilhada, sempre óptima para acabar.
Espero que no próximo fds não haja ninguém doente…
Bjs a todos,
Ana B. Carvalho( e Benedita Salinas)
Distribuimos os bolos pelos sacos e juntamo-nos para mais uma oração. Esta especial e diferente, emotiva e saudosa. Afinal a Mafalda vai para Lisboa e este domingo a oração foi uma mistura de lembranças, de como tudo tinha começado, de agradecimento, porque se não fosse ela a começar não estariamos hoje a ajudar os outros, de "despedida" e de saudades já sentidas.De alma e coração cheios lá partimos para mais uma ronda, sem a Joana que AINDA estava doente e sem o Jorge que foi preciso noutra ronda...!
Com algum desânimo, chegámos à nossa primeira paragem e a D. F. não se encontrava no seu lugar, na sua casa improvisada. Lá estavam as coisas todas, mas como chovia mt, o seu colchão estava molhado e talvez por isso ela não estivesse. Mas, dado que ela tinha vindo p ali dormir porque o seu "barraco" já estava ensopado de água, saímos um pouco preocupados a pensar no lugar que ela teria encontrado p dormir. Assim, fomos descendo a rua, passando devagarinho no Millenium, a ver se o Sr. Z lá estava, mas tb não. Talvez já tenha arranjado dinheiro p a pensão... talvez...
Continuámos a ronda, e fomos para o Convívio. Aí encontrámos o P. e depois a P. que já não víamos há algum tempo. Estavam todos molhados de andar à chuva. O negócio estava mau, o que os estava a deixar um pouco desesperados...Falámos um pouco. O P. disse-nos que a sua irmã tinha ido procurá-los e que ontem (2ªf) iria c eles ao Metas. Não sei se sempre chegaram a ir, esperemos que sim... Achamos que o que eles provavelmente sentem falta é de alguém que vá c eles até lá. Pode ser um começo. Ainda disseram que a polícia ainda não lhes tirou o carro e perguntaram pela Joana que estava doente e mandaram-lhe as melhoras!!...
Ali não vimos também a M. que por lá costuma andar, a arrumar carros.
Por fim, fomos ter com o Sr. A. e, como estava a chover, fomos ao Shopping procurá-lo. Ele lá estava. Falamos bastante com ele. Sobre o filho que já voltou a casa, mas que nem lhe dirigiu a palavra quando chegou, sobre o outro que foi cúmplice e nada disse também, sobre os possíveis empregos dos filhos, sobre a sua reforma antecipada e os problemas com a segurança social… enfim, uma data de coisas que nos parecem demais para um homem esforçado, que trabalhou mais de 30 anos e agora quer sossego… Vimos uma mágoa enorme pela maneira como as coisas com os filhos estão, embora cada dia que lá vamos, tenha um sorriso e uma boa disposição que contagia. Acho que devemos estar mais atentos a ele…
Terminámos a nossa noite com uma conversa e uma oração partilhada, sempre óptima para acabar.
Espero que no próximo fds não haja ninguém doente…
Bjs a todos,
Ana B. Carvalho( e Benedita Salinas)
quarta-feira, fevereiro 14, 2007
Até sempre, Mafalda
Para a Mafalda - "mãe" do nosso grupo - que ontem se despediu do Porto, um grande abraço nosso, por todos os que soubeste acolher, pelo que criaste e pelos frutos que aos poucos amadurecem. Sabemos que estás no caminho certo. Que a vida te sorria como tu fazes, cheia de brilho nos olhos. Saudades e até sempre, amiga!
Formação em alcoologia
Amanhã, 5ª feira dia 15, o FAS Rondas promove uma sessão de formação em alcoologia com o Dr. Jorge Topa , Assistente Social do Centro Regional de Alcoologia do Norte (CRAN). Começa às 21:30 no CREU e, tal como as outras formações, é gratuita e aberta a todos os interessados.
sábado, fevereiro 10, 2007
Crónica das rondas de 04/02/2007 (Batalha + 6º trajecto)
Desta vez o 6º trajecto estava reduzido a mim, pelo que me juntei à Manela e ao Luis para juntos percorrermos os caminhos das duas rondas.
Começámos pelo Sr. D, que dormitava já. Sorriu quando nos viu, tranquilo por saber quem éramos. Aceitou umas calças e o café quente. Foi balbuciando algumas frases à medida que respondia às nossas perguntas. Voltou ao sono ainda enquanto falávamos - assistia de olhos fechados; achámos melhor sair e deixá-lo descansar.
Não encontrámos o Sr X, apenas um colchão e um monte de coisas que julgámos serem dele, ao alto, encostadas a uma coluna. O sítio estava limpo. Descemos e, aí sim, estava o casal esperado, a Sra A M e Sr Z. Muito sorridentes e carinhosos entre eles (e connosco) - foi assim que os conheci. Com o desenrolar da conversa percebi algum nervosismo da Sr A M, angustiada por estar para breve o ínicio da sua desintoxicação. Teme pela solidão do companheiro. Pediu-nos que jurássemos que o continuávamos a visitar, que o não abandonássemos. Envolta em lágrimas não parava de o olhar, afagando-lhe a barba e os cabelos. Ainda estaremos com eles mais uma vez antes da fase díficil que se aproxima.
Confirmámos que o Sr E não estava no seu sítio - fica sempre algum receio de que os internamentos não corram bem; não parece ser o caso. Procurámos o Sr VV (da nossa ronda) mas não o vimos nem aos seus cobertores... Avistamos, no entanto, alguém a dormir na entrada de uma casa, um pouco mais abaixo. Estava de tal modo embrulhado nos cobertores e dormia tão profundamente que achei por bem não acordar - tentaremos na próxima ronda.
Seguimos então para o J (também da nossa ronda). Como é costume já dormia, mas não se importa que os acordemos. Conversamos pouco, talvez pelo pouco à vontade com as novas visitas. Depois de nos despedirmos, já a Manela e o Luis voltavam ao carro, fez um desabafo, nada de importante, mas que me prendeu. E a sós já conseguiu falar um pouco mais. A exclusão começa a ser uma realidade: ser mal visto e indesejado por quem não gosta que durma ali, é desconfortável e deprimente. Não exlcui a procura do rendimento mínimo e até de formações que concretizem o potencial que tem.. Alguma vontade mostrou, a ver vamos se a preguiça não vence desta vez também.
A última paragem foi no senhor J. Estava animado, naquela semana tinha entrevista no Porto Feliz. Divagámos sobre as obras naquela rua, mas nada o desviava do dia da entrevista - por aí percebemos o quão motivado e empenhado estava. Esperemos que corra tudo como mostrou que gostava que corresse.
Acabamos a noite à porta de minha casa - que luxo! - com uma oração de esperança e confiança endereçada a cada amigo e a nós mesmos.
Começámos pelo Sr. D, que dormitava já. Sorriu quando nos viu, tranquilo por saber quem éramos. Aceitou umas calças e o café quente. Foi balbuciando algumas frases à medida que respondia às nossas perguntas. Voltou ao sono ainda enquanto falávamos - assistia de olhos fechados; achámos melhor sair e deixá-lo descansar.
Não encontrámos o Sr X, apenas um colchão e um monte de coisas que julgámos serem dele, ao alto, encostadas a uma coluna. O sítio estava limpo. Descemos e, aí sim, estava o casal esperado, a Sra A M e Sr Z. Muito sorridentes e carinhosos entre eles (e connosco) - foi assim que os conheci. Com o desenrolar da conversa percebi algum nervosismo da Sr A M, angustiada por estar para breve o ínicio da sua desintoxicação. Teme pela solidão do companheiro. Pediu-nos que jurássemos que o continuávamos a visitar, que o não abandonássemos. Envolta em lágrimas não parava de o olhar, afagando-lhe a barba e os cabelos. Ainda estaremos com eles mais uma vez antes da fase díficil que se aproxima.
Confirmámos que o Sr E não estava no seu sítio - fica sempre algum receio de que os internamentos não corram bem; não parece ser o caso. Procurámos o Sr VV (da nossa ronda) mas não o vimos nem aos seus cobertores... Avistamos, no entanto, alguém a dormir na entrada de uma casa, um pouco mais abaixo. Estava de tal modo embrulhado nos cobertores e dormia tão profundamente que achei por bem não acordar - tentaremos na próxima ronda.
Seguimos então para o J (também da nossa ronda). Como é costume já dormia, mas não se importa que os acordemos. Conversamos pouco, talvez pelo pouco à vontade com as novas visitas. Depois de nos despedirmos, já a Manela e o Luis voltavam ao carro, fez um desabafo, nada de importante, mas que me prendeu. E a sós já conseguiu falar um pouco mais. A exclusão começa a ser uma realidade: ser mal visto e indesejado por quem não gosta que durma ali, é desconfortável e deprimente. Não exlcui a procura do rendimento mínimo e até de formações que concretizem o potencial que tem.. Alguma vontade mostrou, a ver vamos se a preguiça não vence desta vez também.
A última paragem foi no senhor J. Estava animado, naquela semana tinha entrevista no Porto Feliz. Divagámos sobre as obras naquela rua, mas nada o desviava do dia da entrevista - por aí percebemos o quão motivado e empenhado estava. Esperemos que corra tudo como mostrou que gostava que corresse.
Acabamos a noite à porta de minha casa - que luxo! - com uma oração de esperança e confiança endereçada a cada amigo e a nós mesmos.
quarta-feira, fevereiro 07, 2007
Não faltar!
Amanhã 5ª feira, Formação em Oncologia!
Local: CREU
Início: 21:30
NOTA: aberta a todos os interessados e gratuita!
Local: CREU
Início: 21:30
NOTA: aberta a todos os interessados e gratuita!
Ida à aldeia
Oi malta!
É verdade, este fim-de-semana regressamos a Candemil e restantes
localidades envolventes. Será um dia longo, com um final em grande, pois
temos também a Festa do Fas.
A partida está agendada para as 10H no local do costume. Vamos ter um
almoço especial com a participação dos elementos do Núcleo
Dinamizador. E depois as tradicionais visitas. Não se esqueçam de
levar os comes e bebes para partilhar.
Peço a todos que confirmem a presença ( com excepção do Jorge e do
João)
Beijinhos e abraços,
Rui
É verdade, este fim-de-semana regressamos a Candemil e restantes
localidades envolventes. Será um dia longo, com um final em grande, pois
temos também a Festa do Fas.
A partida está agendada para as 10H no local do costume. Vamos ter um
almoço especial com a participação dos elementos do Núcleo
Dinamizador. E depois as tradicionais visitas. Não se esqueçam de
levar os comes e bebes para partilhar.
Peço a todos que confirmem a presença ( com excepção do Jorge e do
João)
Beijinhos e abraços,
Rui
Crónica da ronda de 04/02/2007 (Boavista)
A nossa noite de Domingo começou, mais uma vez, com os elementos de todas as rondas juntos. Depois de uma breve oração sempre a anteceder as nossas partidas, e depois de separarmos os sacos e os bolos a levar (muitos deles vindos de donativos de pastelarias), lá partimos rumo ao nosso primeiro e habitual destino
A D. fátima já tem o cachorro novo, de nome Leão, surreal porque de "leão" para já o cão não tem nada!!
Tentamos falar com ela no sentido de percebermos até que ponto existem ou não papeis para uma casa. A D F. e o Sr V. viviam num barraco que ficou completamente inundado com as últimas chuvas, por isso tiveram de passar a dormir no parque do lima 5. Assim, ficamos a saber que as únicas pessoas que passaram por lá a recolher dados foi a polícia municipal, provavelmente porque está pensada uma nova construção no terreno do barraco, vindo este obrigatoriamente a baixo.
não trouxemos muitos mais dados do que aqueles que já conhecemos porque a D. F. não tinha consigo os documentos, mas ficou de os levar no próximo domingo.
Com toda a conversa da casa nova ficamos com a certeza de que a D. F. nunca fez nada para ter uma casa nova e que vive a achar que todos lhe devem uma casa e melhores condições de vida, esperando que o outros façam tudo por si!
Acabamos por não deixar saco para o sr M. que já não vemos à muito tempo e seguimos viagem.
Descemos pela constituição na esperança de encontrar o Sr Z, mas não o vimos, o que é estranho porque ainda nao deve ter recebido o subsidio e por isso anda a dormir nalgum cantinho da rua.
Fomos para o bom sucesso e encontramos logo o Sr A, com a boa disposição do costume apesar da debandda de um dos gémeos. Não sabe dele, mas acha que deve estar com a irmã.
Finalmente sabemos os nomes do gémeos, isto porque smpre qu falava-mos neles era o número um e dois!!!O número dois foi o que saiu de casa, F. este é o seu nome e o que ficou é o M.(espero não estar a confundir!).
Lá desabafou mais uma vez todos os problemas que tem dentro de casa. Da culpa da mãe por não fazer dos gémeos homens, das filhas que não lhe ligam, do neto que nasceu e que não conhece... da solidão que tem dentro de casa.
Não é fácil lidar com dois "adultos" de 30 anos, que nunca trabalharam, têm cama, comida e roupa lavada sempre e ainda por cima recebem um subsidio!!!
Mais uma vez demos força ao Sr A. para continuar em frente e despedimo-nos.
Fomos para o convivio mas não vimos ninguém, a policia andava por lá. Como ainda tinhamos muitos sacos fomos deixá-los ao aleixo.
Apesar de já não ser a primeira vez que passamos lá, não consigo ficar impressionada com a degradação das pessoas que lá estão, com a pobreza, a fom, o frio, o desespero.
Depois partimos para o sítio onde o P. e a P. teem o carro para ver se os viamos, mas nada deles.
Ainda ficamos um bocado por lá a pensarmos na "sorte" que eles tinham em terem um carro onde dormir, na vida que tinham antes de se meterem na droga, em tudo o que perderam e da vontade em recuperarem, mas a ressaca, matreira, não os deixa avançar até ao CAT.
Na esperança de ainda os vermos, ao voltarmos para o CREU passamos no convivio. Não os vimos e terminamos a noite com a partilha habitual, pedindo por todos os que vimos e os que não vimos e também por cada um de nós.
Benedita Salinas
A D. fátima já tem o cachorro novo, de nome Leão, surreal porque de "leão" para já o cão não tem nada!!
Tentamos falar com ela no sentido de percebermos até que ponto existem ou não papeis para uma casa. A D F. e o Sr V. viviam num barraco que ficou completamente inundado com as últimas chuvas, por isso tiveram de passar a dormir no parque do lima 5. Assim, ficamos a saber que as únicas pessoas que passaram por lá a recolher dados foi a polícia municipal, provavelmente porque está pensada uma nova construção no terreno do barraco, vindo este obrigatoriamente a baixo.
não trouxemos muitos mais dados do que aqueles que já conhecemos porque a D. F. não tinha consigo os documentos, mas ficou de os levar no próximo domingo.
Com toda a conversa da casa nova ficamos com a certeza de que a D. F. nunca fez nada para ter uma casa nova e que vive a achar que todos lhe devem uma casa e melhores condições de vida, esperando que o outros façam tudo por si!
Acabamos por não deixar saco para o sr M. que já não vemos à muito tempo e seguimos viagem.
Descemos pela constituição na esperança de encontrar o Sr Z, mas não o vimos, o que é estranho porque ainda nao deve ter recebido o subsidio e por isso anda a dormir nalgum cantinho da rua.
Fomos para o bom sucesso e encontramos logo o Sr A, com a boa disposição do costume apesar da debandda de um dos gémeos. Não sabe dele, mas acha que deve estar com a irmã.
Finalmente sabemos os nomes do gémeos, isto porque smpre qu falava-mos neles era o número um e dois!!!O número dois foi o que saiu de casa, F. este é o seu nome e o que ficou é o M.(espero não estar a confundir!).
Lá desabafou mais uma vez todos os problemas que tem dentro de casa. Da culpa da mãe por não fazer dos gémeos homens, das filhas que não lhe ligam, do neto que nasceu e que não conhece... da solidão que tem dentro de casa.
Não é fácil lidar com dois "adultos" de 30 anos, que nunca trabalharam, têm cama, comida e roupa lavada sempre e ainda por cima recebem um subsidio!!!
Mais uma vez demos força ao Sr A. para continuar em frente e despedimo-nos.
Fomos para o convivio mas não vimos ninguém, a policia andava por lá. Como ainda tinhamos muitos sacos fomos deixá-los ao aleixo.
Apesar de já não ser a primeira vez que passamos lá, não consigo ficar impressionada com a degradação das pessoas que lá estão, com a pobreza, a fom, o frio, o desespero.
Depois partimos para o sítio onde o P. e a P. teem o carro para ver se os viamos, mas nada deles.
Ainda ficamos um bocado por lá a pensarmos na "sorte" que eles tinham em terem um carro onde dormir, na vida que tinham antes de se meterem na droga, em tudo o que perderam e da vontade em recuperarem, mas a ressaca, matreira, não os deixa avançar até ao CAT.
Na esperança de ainda os vermos, ao voltarmos para o CREU passamos no convivio. Não os vimos e terminamos a noite com a partilha habitual, pedindo por todos os que vimos e os que não vimos e também por cada um de nós.
Benedita Salinas
segunda-feira, fevereiro 05, 2007
Crónica da ronda de 28/01/2007 (Batalha)
Foi no dia 28 de Janeiro que a ronda da batalha se reuniu para concretizar mais uma ronda dominical.
O grupo, apesar de incompleto, incluía a São, a Manela, o Luís, a Sabina e a Inês Bessa. Confiantes que iria ser uma noite em que os ânimos não seriam fáceis de controlar, o grupo partiu em direcção à primeira paragem da noite, o sr. D. O cenário que o grupo encontrou não foi o melhor. O sr. D. que já não é um senhor propriamente novo encontrava-se imerso numa forte febre que o deixava com dores de cabeça e arrepios. O grupo, consciente da sua responsabilidade, prontificou-se a ir buscar um chã ao sr D. e a telefonar aos Médicos do Mundo, para que eles passassem por lá no dia seguinte, a fim de perceberem o que o sr D. tinha e medicá-lo.
Depois desta conturbada paragem, o grupo seguiu para o local onde habitualmente o sr F. Dorme. Aqui, o grupo deparou-se com um local vazio, já que os pertences do sr F haviam desaparecido. Apesar disso, foi com um grande sorriso que o sr F. Recebeu o grupo. Estava muito bem disposto e manteve uma longa conversa com o grupo.
Depois, foi a vez de fazer uma paragem pelo sra M e o acompanhante. A sra M mostrou ao grupo a prova física que comprovava que estava de facto empenhada em deixar o álcool e que se estava a preparar para ser internada. Para isso, a sra M. recebe todo o apoio do seu acompanhante. É de facto inspirador perceber que este casal, apesar das intempéries, continua unido e empenhado na união.
Por fim, foi a vez do sr E. que recebeu o grupo com grande entusiasmo. Foram bons momentos de confraternização, que contaram - para além das grandes saídas da nossa querida São – o João, que conhece muito bem o sr E. Este parecia um pouco desanimado, mas o grupo deu, aparentemente, um novo ânimo e motivação.
O grupo acabou a sua ronda, conscientes que apesar das dificuldades alcançadas e da pouca margem de manobra que têm para actuar, fazem parte da vida destas pessoas e que podem alterá-la substancialmente. Ignorar este facto, não seria de todo uma atitude sensata.
Boa semana.
Luís Silva.
O grupo, apesar de incompleto, incluía a São, a Manela, o Luís, a Sabina e a Inês Bessa. Confiantes que iria ser uma noite em que os ânimos não seriam fáceis de controlar, o grupo partiu em direcção à primeira paragem da noite, o sr. D. O cenário que o grupo encontrou não foi o melhor. O sr. D. que já não é um senhor propriamente novo encontrava-se imerso numa forte febre que o deixava com dores de cabeça e arrepios. O grupo, consciente da sua responsabilidade, prontificou-se a ir buscar um chã ao sr D. e a telefonar aos Médicos do Mundo, para que eles passassem por lá no dia seguinte, a fim de perceberem o que o sr D. tinha e medicá-lo.
Depois desta conturbada paragem, o grupo seguiu para o local onde habitualmente o sr F. Dorme. Aqui, o grupo deparou-se com um local vazio, já que os pertences do sr F haviam desaparecido. Apesar disso, foi com um grande sorriso que o sr F. Recebeu o grupo. Estava muito bem disposto e manteve uma longa conversa com o grupo.
Depois, foi a vez de fazer uma paragem pelo sra M e o acompanhante. A sra M mostrou ao grupo a prova física que comprovava que estava de facto empenhada em deixar o álcool e que se estava a preparar para ser internada. Para isso, a sra M. recebe todo o apoio do seu acompanhante. É de facto inspirador perceber que este casal, apesar das intempéries, continua unido e empenhado na união.
Por fim, foi a vez do sr E. que recebeu o grupo com grande entusiasmo. Foram bons momentos de confraternização, que contaram - para além das grandes saídas da nossa querida São – o João, que conhece muito bem o sr E. Este parecia um pouco desanimado, mas o grupo deu, aparentemente, um novo ânimo e motivação.
O grupo acabou a sua ronda, conscientes que apesar das dificuldades alcançadas e da pouca margem de manobra que têm para actuar, fazem parte da vida destas pessoas e que podem alterá-la substancialmente. Ignorar este facto, não seria de todo uma atitude sensata.
Boa semana.
Luís Silva.
sexta-feira, fevereiro 02, 2007
Crónica da ronda de 28/01/2007 (Boavista)
Noite fria com ameaça de chuva, dois motivos adicionais para mais uma ronda de apoio, alguma comida e café bem quente. Primeira paragem, D. F, nas imediações do Lima 5. Tal como tem acontecido nas últimas semanas, a D. F não se encontrava no seu abrigo, pelo que se decidiu regressar no final da ronda.
Descendo a Constituição, encontrámos o Sr. Z a entrar na caixa multibanco que costuma utilizar para dormir. Estranha sensação a de ver um homem a dormir no chão, sob o "olhar" sorridente de dois cavalheiros de smoking, anunciando num cartaz mais um produto prestige. Tanto mais, sabendo que o Sr. Z já foi uma pessoa com uma vida familiar estável e um negócio próprio.
Após uma longa conversa (o Sr. Z gosta de conversar e não foi fácil explicar-lhe que mais gente esperava por nós), partimos em direcção ao bingo da Boavista esperando encontrar o Sr. P, mas encontrámos apenas um seu "ex-companheiro de casa", com quem conversámos, chegando à conclusão que já é visitado por outra ronda no Bairro do Aleixo. Seguimos então para a zona do Bom Sucesso, à procura do P e da P, tendo pelo caminho encontrado o Sr. A, Ucraniano, com quem trocámos algumas palavras. Pelo que nos disse, vai regressar à Ucrânia em breve, embora não tenha explicado como e o seu aspecto seja muito pouco saudável. Teremos de estar atentos nas próximas semanas, pois poderá ser mais um caso para acompanhar regularmente.
Quanto ao P e à P, decidimos fazer uma abordagem cautelosa em relação ao assunto CAT, pois já por 2 vezes disseram que iriam à consulta e depois faltaram. Naturalmente que não queremos deixar de os incentivar, mas pressionar em demasia pode ser contraproducente. A decisão terá que ser deles e não é fácil de tomar. Ficámos com a sensação que a P está mais motivada do que o P (que neste Domingo não veio ter connosco... estará com vergonha por ter faltado às consultas?), mas uma vez que existe uma forte dependência entre os dois, ela não irá sem ele...
Para o fim da ronda deixámos o Sr. A e o regresso ao Lima 5 para tentar encontrar a D. F. O Sr. A lá estava com a boa disposição do costume (e com a língua afiada em relação à assistente social, como de costume também) e esteve a falar um bocado do seu passado profissional. A D. F, que já se encontrava no seu sítio, também parecia bem disposta, para além de ter sempre resposta na ponta da língua para qualquer coisa que seja dita. Dissemos que talvez fosse boa ideia mudar a hora em que habitualmente a visitamos, pois queremos falar com ela e não apenas deixar o saco da comida, e ultimamente não a temos encontrado.
Voltámos ao local de partida por volta da 1 da manhã, tendo terminado a ronda com a habitual reflexão e oração.
Bom fim-de-semana
Sérgio Costa
Descendo a Constituição, encontrámos o Sr. Z a entrar na caixa multibanco que costuma utilizar para dormir. Estranha sensação a de ver um homem a dormir no chão, sob o "olhar" sorridente de dois cavalheiros de smoking, anunciando num cartaz mais um produto prestige. Tanto mais, sabendo que o Sr. Z já foi uma pessoa com uma vida familiar estável e um negócio próprio.
Após uma longa conversa (o Sr. Z gosta de conversar e não foi fácil explicar-lhe que mais gente esperava por nós), partimos em direcção ao bingo da Boavista esperando encontrar o Sr. P, mas encontrámos apenas um seu "ex-companheiro de casa", com quem conversámos, chegando à conclusão que já é visitado por outra ronda no Bairro do Aleixo. Seguimos então para a zona do Bom Sucesso, à procura do P e da P, tendo pelo caminho encontrado o Sr. A, Ucraniano, com quem trocámos algumas palavras. Pelo que nos disse, vai regressar à Ucrânia em breve, embora não tenha explicado como e o seu aspecto seja muito pouco saudável. Teremos de estar atentos nas próximas semanas, pois poderá ser mais um caso para acompanhar regularmente.
Quanto ao P e à P, decidimos fazer uma abordagem cautelosa em relação ao assunto CAT, pois já por 2 vezes disseram que iriam à consulta e depois faltaram. Naturalmente que não queremos deixar de os incentivar, mas pressionar em demasia pode ser contraproducente. A decisão terá que ser deles e não é fácil de tomar. Ficámos com a sensação que a P está mais motivada do que o P (que neste Domingo não veio ter connosco... estará com vergonha por ter faltado às consultas?), mas uma vez que existe uma forte dependência entre os dois, ela não irá sem ele...
Para o fim da ronda deixámos o Sr. A e o regresso ao Lima 5 para tentar encontrar a D. F. O Sr. A lá estava com a boa disposição do costume (e com a língua afiada em relação à assistente social, como de costume também) e esteve a falar um bocado do seu passado profissional. A D. F, que já se encontrava no seu sítio, também parecia bem disposta, para além de ter sempre resposta na ponta da língua para qualquer coisa que seja dita. Dissemos que talvez fosse boa ideia mudar a hora em que habitualmente a visitamos, pois queremos falar com ela e não apenas deixar o saco da comida, e ultimamente não a temos encontrado.
Voltámos ao local de partida por volta da 1 da manhã, tendo terminado a ronda com a habitual reflexão e oração.
Bom fim-de-semana
Sérgio Costa
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