Começamos a ronda com uma frase inspiradora de Madre Teresa de Calcutá e lá partimos para mais uma visita aos nossos amigos.
Antes da 1ª paragem, passamos na Sé para confirmar se continuava a não estar lá ninguém. Encontramos um agente da Polícia que nos informou que o Sr. E. tinha sido internado para uma desintoxicação devido ao seu problema com o álcool. Disse-nos também que na Travessa dos Congregados dormiam algumas pessoas – decidimos mais tarde passar lá.
Lá seguimos até à Vivenda Silva. Neste momento apenas dorme lá o ZL. Aceitou o nosso café mas foi-se deitar porque estava com muito sono. Neste mesmo sítio tivemos a conversar com o C., o I. e mais dois – todos toxicodependentes que dormem no prédio em frente. Ficou uma promessa no ar: esta semana iam passar no CAT!
Soubemos por eles que o J. (Madeirense) tinha sido preso por ter posto fogo nesse mesmo prédio. A C., a T. e o J. não apareceram. Do M. não temos tido notícias.
Próxima paragem – Travessa dos Congregados
Entrámos numa rua escura e sem saída. A meio encontrámos o Sr. M., que costuma ir para lá só “namorar”. Contou-nos que consome uma grande quantidade de droga por dia… mas não arruma carros!! Segundo ele “bate coros”! Onde? A quem? Hospitais, Paragens de autocarro, todos os sítios e a todas pessoas “mais inocentes”. Diz que tem cerca de 50 “coros” preparados e que resulta sempre.
Descobrimos que ninguém dorme nesta travessa, mas a partir deste Domingo vamos começar a parar lá,, pois temos novos “amigos” – o N., o R., o O. e mais um que não descobrimos o nome.
Arrumam carros naquela zona e ficaram contentes com a nossa presença.
Durante o tempo que lá estivemos, distribuímos alguns sacos e café a SA que passavam e pediam.
Antes do Aleixo passámos em D. João I. Estava o L. e a F. (uma amiga deste, que dorme numa pensão na rotunda da Boavista, ao pé da Tmn – combinamos que a ronda que faz a Boavista, este Domingo estaria atenta quando passassem na Casa da Música! Esperemos que a encontrem). Quanto ao Sr. M. ainda não tinha chegado.
O resto do pessoal que lá dormia foi “expulso” porque, segundo o L., “sujavam tudo!”.
O que eles não contavam era com a notícia de que também iam ser “despejados”. Desde o dia 9 deste mês que não podem dormir lá. Combinamos que passávamos lá este domingo para saber onde é que o Sr. M. dorme, já que, se tudo correr bem, o L. vai dormir para casa duma amiga! J
Última paragem – Aleixo. Desta vez não tínhamos nada para dar, portanto decidimos ficar no cimo da rua a contar como tinha corrido a noite! Encerrou-se mais uma Ronda com as sábias palavras de Madre Teresa de Calcutá.
Até Domingo!!!
Raquel Mota
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