Olá outra vez!
Para quem não me conhece sou a Joana, tenho 19 anos e faço parte do FAS-Aldeias há quase 2 anos.
Adoro fazer estas visitas e vou e venho sempre muito entusiasmada, mas desta última vez foi bastante especial. Antes de mais, já não ía há algum tempo, porque tenho estado muito ocupada com projectos da faculdade e, portanto, voltar a ir e estar com as nossas tias foi óptimo – já estava mesmo com saudades – e ainda por cima por se tratar de uma ida dos dois grupos (A+B).
Durante a viagem viemos a conversar sobre aquilo que fazemos (estudar, trabalhar em áreas como jornalismo, enfermagem, transportes, educação) e adoro como temos vidas completamente diferentes, mas todos vimos pelo mesmo motivo!
Éramos muitos e, já em Candemil (uma outra aldeia de Amarante), fizemos um piquenique de alto nível: desde os já habituais folhados e salgados variados às quiches, bolos, fruta, o famoso tomate e a grande estreia: arroz de pato! Com esta grande refeição, a apresentação das novas voluntárias, as piadas do Adriano e as tentativas de organizar um próximo jantar com todos os voluntários, estávamos já carregados de baterias prontos para animar e fazer companhia às nossas tias e tio de Amarante.
Cada um foi para a sua respectiva aldeia e, desta vez, fui só eu e a Maria João (nova voluntária) para Ansiães, porque o resto do grupo aproveitou para ir visitar um casal que antes visitávamos, mas que está agora num lar.
Gostei muito desta ida, pois conseguimos mesmo estar com as "nossas" senhoras, a conversar e a rir, e é obvio que o facto de trazer uma novidade (nova voluntária) ajudou, especialmente por se tratar de uma enfermeira. Claro que o inevitável assunto das doenças foi abordado e foi engraçada a forma como a Tia Rita e a Tia Aldina falavam com a Maria João. Entre doenças, família e os muitos filhos e suas vidas, a experiências passadas e programas de televisão, ficar sem tema de conversa foi impossível! Adoro a forma determinada com que nos expõem os seus pontos de vista e nos contam um pouco da sua madura experiência de vida, sempre cheias de fé em Deus.. É admirável!
Depois de já quase três horas de visitas, juntámo-nos todos e antes de partir para o Porto partilhámos alguns dos momentos do dia: confesso que fascino sempre que um de nós fala nesta parte, pois é espectacular a forma exaltada e inspirada com que o fazemos – realmente ajudamos e aprendemos muito! E desta vez como o grupo estava muito bem representado o impacto e a nossa marca naquelas vidas pareceu maior.. Espero que assim o seja, pelo menos nas nossas foi de certeza!!
Joana Leite de Castro | Ansiães
Famílias, Aldeias e Sem Abrigo estas são as nossas áreas de acção. Um grupo de jovens do Porto, que no CREU têm uma casa, lançam mãos aos desafios que lhes surgem.
segunda-feira, maio 10, 2010
terça-feira, abril 27, 2010
Crónica das Aldeias 10.04.2010
Hoje escrevo para partilhar o sentimento de pertença ao FASRondas, em particular na vertente das Aldeias.
Para além das paisagens maravilhosas do Marão, e do convívio que se gera pelo facto de fazermos a viagem juntos e partilharmos o almoço, existem as pessoas das aldeias que visitámos que nos unem e nos permitem esta identificação como Aldeões!
Apenas posso dizer que trago sempre muito mais do que aquilo que levo, trago tranquilidade, paz e um enorme sorriso por tudo o que recebo, da natureza, das conversas partilhadas com os meus queridos aldeões e, especialmente das nossas queridas senhoras e senhores, que nos vão contando deliciosas histórias das suas vidas compridas e muito cheias de coisas boas e coisas menos boas, mas preciosas.
Depois da partilha em Bustelo, e no regresso ao Porto, sinto sempre uma enorme gratidão pelo dia e por todas as pequenas e maravilhosas dádivas que o dia me foi ofertando.
Gostaria de deixar, hoje aqui o meu agradecimento aos meus queridos companheiros aldeões, porque tudo isto apenas é possível porque o grupo se empenha em concretizar!
Sara Gonçalves | Candemil
Para além das paisagens maravilhosas do Marão, e do convívio que se gera pelo facto de fazermos a viagem juntos e partilharmos o almoço, existem as pessoas das aldeias que visitámos que nos unem e nos permitem esta identificação como Aldeões!
Apenas posso dizer que trago sempre muito mais do que aquilo que levo, trago tranquilidade, paz e um enorme sorriso por tudo o que recebo, da natureza, das conversas partilhadas com os meus queridos aldeões e, especialmente das nossas queridas senhoras e senhores, que nos vão contando deliciosas histórias das suas vidas compridas e muito cheias de coisas boas e coisas menos boas, mas preciosas.
Depois da partilha em Bustelo, e no regresso ao Porto, sinto sempre uma enorme gratidão pelo dia e por todas as pequenas e maravilhosas dádivas que o dia me foi ofertando.
Gostaria de deixar, hoje aqui o meu agradecimento aos meus queridos companheiros aldeões, porque tudo isto apenas é possível porque o grupo se empenha em concretizar!
Sara Gonçalves | Candemil
quarta-feira, abril 14, 2010
Crónica Aldeias - 20.03.2010
O dia estava chuvoso, de tal forma, que estivemos uma parte da nossa visita debaixo de um telheiro, a aguardar que passasse um grande aguaceiro. Nesta altura estávamos na companhia da nossa querida D. Fernanda. Enquanto a chuva caía fomos comendo umas tangerinas bebés que eram uma delícia. A D. Fernanda encarregou-se logo de fazer um caminho para a água passar sem alagar o terreno. Acompanhamos a D. Fernanda a casa e ela mostrou-nos a obra que tinha feito na antiga adega - as paredes todas caiadas de branco por ela, e num curto espaço de tempo! Esta senhora tem uma força!... :) Mostrou-nos ainda mais umas vassourinhas que tinha feito com as giestas. Pedimos-lhe para nos arranjar umas tarefas agrícolas para nas próximas visitas pormos as mãos ao trabalho.
Estivemos também com o nosso querido casal - D. Emília e Sr. Aurélio - a D. Emília estava muito bem disposta neste dia, nunca a tinha ouvido a falar tanto, se calhar foi para contrapor o Sr. Aurélio que infelizmente estava muito queixoso da parte digestiva. Ficamos preocupados com ele e esperamos que melhore rapidamente. A D. Emília só dizia para ele não se queixar a nós - "Eles não são médicos", dizia ela.
Quanto à D. Maria continua a contar as suas histórias, pois silêncio não é com ela, tem sempre alguma coisa para dizer... Normalmente começa por se queixar mas depois entra numa amena cavaqueira e não há quem a pare! Desta vez rimo-nos com algumas confusões, contudo a D. Maria é que conduz a conversa e a nós cabe-nos o papel de a ouvir e tentar entender e corrigir quando necessário! Estava a cismar com a mão que não mexe, mas que já apresenta algumas melhorias, graças à ginástica que vai fazendo. Quanto à nora trata-a como se fosse a mãe dela, o que nos dá muito conforto a todos.
Finalmente a D. Celeste - Estivemos com ela dentro de casa, à mesa, e como tal começamos a falar de gastronomia, das massas que ela gosta mais e pelo que consta quando se dedica faz uns ricos petiscos. Queixou-se de cansaço, mas achei-a mais gordinha, sinal de que tem alimentado melhor. Sempre simpática, foi uma visita rápida, mas onde falamos de diversos assuntos, para variar do tempo!
Até à próxima Bustelo!
Saudades,
Sofia Meister
Estivemos também com o nosso querido casal - D. Emília e Sr. Aurélio - a D. Emília estava muito bem disposta neste dia, nunca a tinha ouvido a falar tanto, se calhar foi para contrapor o Sr. Aurélio que infelizmente estava muito queixoso da parte digestiva. Ficamos preocupados com ele e esperamos que melhore rapidamente. A D. Emília só dizia para ele não se queixar a nós - "Eles não são médicos", dizia ela.
Quanto à D. Maria continua a contar as suas histórias, pois silêncio não é com ela, tem sempre alguma coisa para dizer... Normalmente começa por se queixar mas depois entra numa amena cavaqueira e não há quem a pare! Desta vez rimo-nos com algumas confusões, contudo a D. Maria é que conduz a conversa e a nós cabe-nos o papel de a ouvir e tentar entender e corrigir quando necessário! Estava a cismar com a mão que não mexe, mas que já apresenta algumas melhorias, graças à ginástica que vai fazendo. Quanto à nora trata-a como se fosse a mãe dela, o que nos dá muito conforto a todos.
Finalmente a D. Celeste - Estivemos com ela dentro de casa, à mesa, e como tal começamos a falar de gastronomia, das massas que ela gosta mais e pelo que consta quando se dedica faz uns ricos petiscos. Queixou-se de cansaço, mas achei-a mais gordinha, sinal de que tem alimentado melhor. Sempre simpática, foi uma visita rápida, mas onde falamos de diversos assuntos, para variar do tempo!
Até à próxima Bustelo!
Saudades,
Sofia Meister
quinta-feira, abril 01, 2010
Crónica dos Séniores
Esta primeira crónica apresenta alguns voluntários e alguns dos nossos “Velhinhos”
Começamos a nossa actividade, enviando esta mensagem aos voluntários inscritos na vertente, com os primeiros objectivos:
Olá voluntários/as
Boas vindas pela vossa magnífica disponibilidade de em conjunto colaborarmos na melhoria da qualidade de vida e disposição de um grupo de 15 a 20 idosos que frequentam o “ Centro de Dia Bom Pastor” (Porto).
A nossa alegria faz “ milagres” nestes idosos cujos olhos brilham quando nos vêm chegar e que ficam igualmente alegres quando partimos pois sabem que lá iremos na semana seguinte.
O nosso pedido inicial é que ponderem as vossas disponibilidades efectivas e nos digam quando e quanto podemos contar com vocês – pois que depois do vosso acordo contamos MESMO com vocês.
A Manela e o Raul tem de momento a coordenação desta vertente que se pretende ,nesta fase inicial, seja de uma visita semanal ao centro.
Já iniciamos o projecto há um ano e esta experiência deu-nos algumas rotinas que tem vindo a resultar e que vamos continuar a implementar e melhorar.
Sem grandes formalidades e reuniões propomos que comecem a aparecer no Centro de Dia nos dias de visita e a partir daí em conjunto vamos planeando e melhorando o nosso trabalho.
Dias de visita:
Terça- Feira das 14,30 ás 16 horas
Quinta- Feira das 10,30 ás 12 horas
Ficam os nossos contactos para qualquer esclarecimento:
Manuela – 967096601/938525299
Raul – 939526892
Obrigada por todos eles e um abraço
Depois disto... mãos ao trabalho... e aí vamos nós... !!!
Começamos a nossa actividade, enviando esta mensagem aos voluntários inscritos na vertente, com os primeiros objectivos:
Olá voluntários/as
Boas vindas pela vossa magnífica disponibilidade de em conjunto colaborarmos na melhoria da qualidade de vida e disposição de um grupo de 15 a 20 idosos que frequentam o “ Centro de Dia Bom Pastor” (Porto).
A nossa alegria faz “ milagres” nestes idosos cujos olhos brilham quando nos vêm chegar e que ficam igualmente alegres quando partimos pois sabem que lá iremos na semana seguinte.
O nosso pedido inicial é que ponderem as vossas disponibilidades efectivas e nos digam quando e quanto podemos contar com vocês – pois que depois do vosso acordo contamos MESMO com vocês.
A Manela e o Raul tem de momento a coordenação desta vertente que se pretende ,nesta fase inicial, seja de uma visita semanal ao centro.
Já iniciamos o projecto há um ano e esta experiência deu-nos algumas rotinas que tem vindo a resultar e que vamos continuar a implementar e melhorar.
Sem grandes formalidades e reuniões propomos que comecem a aparecer no Centro de Dia nos dias de visita e a partir daí em conjunto vamos planeando e melhorando o nosso trabalho.
Dias de visita:
Terça- Feira das 14,30 ás 16 horas
Quinta- Feira das 10,30 ás 12 horas
Ficam os nossos contactos para qualquer esclarecimento:
Manuela – 967096601/938525299
Raul – 939526892
Obrigada por todos eles e um abraço
Depois disto... mãos ao trabalho... e aí vamos nós... !!!
Crónica da Ronda dos Aliados - 28.03.2010
Uma imagem vale mais do que mil palavras…
“Tudo o que não se der, perde-se…” Saint-Exupéry
Maria João, Joana & Guilherme
quarta-feira, março 31, 2010
Crónica das Famílias - Janeiro de 2010
O ano novo chegou com um novo tempo também na nossa vertente: preparamos a integração dos mais recentes voluntários nas primeiras visitas a casos de família já acompanhados, bem como preparamos a captação de novos apoios para a coordenação da vertente
O ano anterior fechou com dinâmicas de alegria, de conquistas e de obstáculos, com a identificação de algumas fragilidades que podemos agora procurar melhorar.
Internamente buscamos encontrar neste novo ano um grau cada vez maior de responsabilidade no modo como cada um de nós cumpre os compromissos de voluntariado que abraçou. Não nos cansamos de repetir o quanto é importantíssimo que nos mantenhamos em contacto e em partilha com todo o grupo que constitui a vertente, bem como o quanto é imprescindível a nossa regularidade nas rotinas das visitas semanais às pessoas/famílias que ajudamos.
Este é um ano onde nos desafiamos a todos a dar um passo em frente relativamente a estes dois aspectos da nossa acção.
E esta é a mensagem que pretendo deixar nesta crónica de abertura de 2010.
Só juntos e presentes poderemos dar cada vez mais de nós a quem mais de nós precisa.
Que seja um ano de construção de alegrias!
Raquel Henriques
O ano anterior fechou com dinâmicas de alegria, de conquistas e de obstáculos, com a identificação de algumas fragilidades que podemos agora procurar melhorar.
Internamente buscamos encontrar neste novo ano um grau cada vez maior de responsabilidade no modo como cada um de nós cumpre os compromissos de voluntariado que abraçou. Não nos cansamos de repetir o quanto é importantíssimo que nos mantenhamos em contacto e em partilha com todo o grupo que constitui a vertente, bem como o quanto é imprescindível a nossa regularidade nas rotinas das visitas semanais às pessoas/famílias que ajudamos.
Este é um ano onde nos desafiamos a todos a dar um passo em frente relativamente a estes dois aspectos da nossa acção.
E esta é a mensagem que pretendo deixar nesta crónica de abertura de 2010.
Só juntos e presentes poderemos dar cada vez mais de nós a quem mais de nós precisa.
Que seja um ano de construção de alegrias!
Raquel Henriques
Crónica das Famílias - Fevereiro de 2010
"É só isto que fazemos…", dizia-me a Teresa com um sorriso aberto, que consegui ver, apesar do escuro e da pressa dos seus passos. Terminara a visita à L. e ao T., num agradável café novo na baixa, recomendado pela primeira. L. sentia-se em casa e nós fazíamos parte …
Falou-nos do trabalho novo, como já estava ambientada, dos progressos do seu pequeno T. como qualquer mãe realmente orgulhosa do seu filhote. Colocava muita energia nas suas palavras e os assuntos encadeavam-se sem querer.
Talvez tivessem passado duas horas sem que déssemos conta, entre a troca de ideias, a vivacidade das conversas e as brincadeiras do T. ,típicas de qualquer criança de quatro anos. L. não se deixava perturbar e manifestava ânimo e segurança no seu caminho e os seus olhos transmitiam paz. "Mas nem sempre foi assim", disseram-me, posteriormente, a Teresa e a Sara, voluntárias deste caso. Alegro-me por um presente mais leve e desejo que se mantenha no futuro.
Ás vezes esquecemo-nos da importância do "ouvir", sem preconceitos, nem julgamentos, sem moralismos nem ensinamentos, o simplesmente "Estar para". Na verdade, o nosso só pode valer muito para as pessoas que visitamos.
Obrigada L., T, Teresa e Sara pela aquele fim de tarde de sexta-feira.
Ana Malheiro
Falou-nos do trabalho novo, como já estava ambientada, dos progressos do seu pequeno T. como qualquer mãe realmente orgulhosa do seu filhote. Colocava muita energia nas suas palavras e os assuntos encadeavam-se sem querer.
Talvez tivessem passado duas horas sem que déssemos conta, entre a troca de ideias, a vivacidade das conversas e as brincadeiras do T. ,típicas de qualquer criança de quatro anos. L. não se deixava perturbar e manifestava ânimo e segurança no seu caminho e os seus olhos transmitiam paz. "Mas nem sempre foi assim", disseram-me, posteriormente, a Teresa e a Sara, voluntárias deste caso. Alegro-me por um presente mais leve e desejo que se mantenha no futuro.
Ás vezes esquecemo-nos da importância do "ouvir", sem preconceitos, nem julgamentos, sem moralismos nem ensinamentos, o simplesmente "Estar para". Na verdade, o nosso só pode valer muito para as pessoas que visitamos.
Obrigada L., T, Teresa e Sara pela aquele fim de tarde de sexta-feira.
Ana Malheiro
segunda-feira, março 22, 2010
Crónica das Aldeias 06.03.2010
Tanto se aprende e traz destas visitas ao sopé do Marão… Histórias de vida, recordadas a par e passo, em cada visita, por entre um frio gélido e um vento cortante que insistem em não dar tréguas às gentes da serra.
Com a D.ª Ondina, que nos recebe quase sempre na sua cama, porque o frio não dá para muitas aventuras, reaprende-se a geografia do planeta, geografia essa onde apenas contam coordenadas de memórias e afectos. Descobre-se um país onde apenas entram caminhos de Amarante a Portimão (de onde partem os barcos para a Madeira…), de Lisboa (onde vão abrindo bairros e mais bairros) ao Estrangeiro (que parece que começa e acaba em França), até ao fim do Mundo que (acaso ainda não tenham percebido) já foi há uns anos atrás.
Com a nossa querida D.ª Rita, a geografia é outra. A das vivências que ficaram, do amor sempre presente de filhos, netos e bisnetos na vida desta menina-avó, figura frágil, alma e coração de diamante, resistentes aos altos e baixos de uma, já longa, vida. É ela que nos acolhe no calor da sua lareira, fogueira a arder para nos aquecer e aconchegar em cada visita.
A D. Aldina é açúcar, doçura no olhar, sentir intenso nos braços que nos enlaçam a cada chegada e partida, como que a lembrar que somos parte da sua vida, a lembrar a responsabilidade que nos cabe de manter estes sorrisos luminosos e abertos no sopé do Marão.
Vanda José e Hugo Andrade | Ansiães
Com a D.ª Ondina, que nos recebe quase sempre na sua cama, porque o frio não dá para muitas aventuras, reaprende-se a geografia do planeta, geografia essa onde apenas contam coordenadas de memórias e afectos. Descobre-se um país onde apenas entram caminhos de Amarante a Portimão (de onde partem os barcos para a Madeira…), de Lisboa (onde vão abrindo bairros e mais bairros) ao Estrangeiro (que parece que começa e acaba em França), até ao fim do Mundo que (acaso ainda não tenham percebido) já foi há uns anos atrás.
Com a nossa querida D.ª Rita, a geografia é outra. A das vivências que ficaram, do amor sempre presente de filhos, netos e bisnetos na vida desta menina-avó, figura frágil, alma e coração de diamante, resistentes aos altos e baixos de uma, já longa, vida. É ela que nos acolhe no calor da sua lareira, fogueira a arder para nos aquecer e aconchegar em cada visita.
A D. Aldina é açúcar, doçura no olhar, sentir intenso nos braços que nos enlaçam a cada chegada e partida, como que a lembrar que somos parte da sua vida, a lembrar a responsabilidade que nos cabe de manter estes sorrisos luminosos e abertos no sopé do Marão.
Vanda José e Hugo Andrade | Ansiães
terça-feira, março 09, 2010
Sessão de esclarecimento . Novos Voluntários . 16Mar | 20h
Olá!
No dia 16 de Março, às 20h00 realizaremos uma sessão de esclarecimento para potenciais interessados em integrar o grupo. A sessão decorrerá no CREU.
Se estiveres interessado (a) envia por favor um e-mail para fasrondas@gmail.com
Até breve!
P´FASRondas
Sara Gonçalves
No dia 16 de Março, às 20h00 realizaremos uma sessão de esclarecimento para potenciais interessados em integrar o grupo. A sessão decorrerá no CREU.
Se estiveres interessado (a) envia por favor um e-mail para fasrondas@gmail.com
Até breve!
P´FASRondas
Sara Gonçalves
segunda-feira, março 08, 2010
Crónica Aldeias 20.02.2010
Cada dois sábados por mês temos uma bela oportunidade de esquecermos os problemas e nos dedicarmos simplesmente a ouvir os outros. Nós usamos uma expressão muito engraçada para referir as pessoas que visitamos, que é "as nossas velhinhas", acho que este termo reflecte o carinho que vai crescendo à medida que passamos mais tempo com elas e as conhecemos melhor.
As minhas senhoras são umas lutadoras e no último sábado até discutiram por causa de política. A D. Alda tem uma força invejável e é difícil parar de rir quando ela está por perto, simplesmente não tem "papas na língua".
A D. Aurélia, ao contrário dos outros dias, neste sábado, não nos levou para o passeio habitual (o frio também não ajudou muito). Mas esta senhora de 95 anos tem cá uma genica que nos leva a passear durante uma hora sem se cansar. Faz pensar que a idade não significa mesmo nada!
Uma coisa engraçada nas visitas são as palavras e conceitos novos que aprendemos como o que é um "guarda-pé" e qual o significado das velas da paz que se acendem no Natal.
Vemo-nos pelas aldeias de Amarante!
Mariana Cunha - Candemil
As minhas senhoras são umas lutadoras e no último sábado até discutiram por causa de política. A D. Alda tem uma força invejável e é difícil parar de rir quando ela está por perto, simplesmente não tem "papas na língua".
A D. Aurélia, ao contrário dos outros dias, neste sábado, não nos levou para o passeio habitual (o frio também não ajudou muito). Mas esta senhora de 95 anos tem cá uma genica que nos leva a passear durante uma hora sem se cansar. Faz pensar que a idade não significa mesmo nada!
Uma coisa engraçada nas visitas são as palavras e conceitos novos que aprendemos como o que é um "guarda-pé" e qual o significado das velas da paz que se acendem no Natal.
Vemo-nos pelas aldeias de Amarante!
Mariana Cunha - Candemil
quinta-feira, fevereiro 18, 2010
Crónica das Aldeias 06.02.2010
Curiosamente começo a escrever esta crónica enquanto subo o Marão em direcção a casa. Olho para a serra pontilhada de luzes e tento localizar Bustelo... Essa aldeia longínqua à qual o nosso caro Adriano ainda não consegue chegar sem GPS (e já lá vão sete meses)!
Penso se estará a D. Fernanda em frente à lareira a imaginar o seu novo portão para não ter que dar mais corridas aos intrometidos que se "penduram" à sua porta...
E o Sr. Aurélio, sempre atento às intrigas políticas e ao futebol, será que hoje conseguiu voltar a admirar a "estrela" D. Emília como quando a conheceu?
E que novidade, a partir da sua varanda com a sua toilette sempre impecável, teria hoje a D. Maria para nos contar?
E será que a D. Celeste teve hoje a visita dos seus filhos e netos dos quais fala com tanto carinho?
Assim recordo a última visita à aldeia de Bustelo onde tenho sido sempre tão bem recebida por todos os que visitamos e pelos meus companheiros de Rondas…
Teresa Monjardino | Bustelo
Penso se estará a D. Fernanda em frente à lareira a imaginar o seu novo portão para não ter que dar mais corridas aos intrometidos que se "penduram" à sua porta...
E o Sr. Aurélio, sempre atento às intrigas políticas e ao futebol, será que hoje conseguiu voltar a admirar a "estrela" D. Emília como quando a conheceu?
E que novidade, a partir da sua varanda com a sua toilette sempre impecável, teria hoje a D. Maria para nos contar?
E será que a D. Celeste teve hoje a visita dos seus filhos e netos dos quais fala com tanto carinho?
Assim recordo a última visita à aldeia de Bustelo onde tenho sido sempre tão bem recebida por todos os que visitamos e pelos meus companheiros de Rondas…
Teresa Monjardino | Bustelo
quinta-feira, fevereiro 11, 2010
Crónica dos Séniores Janeiro de 2010
As visitas têm decorrido num ambiente muito afável e de uma forma bastante positiva. De facto temos sido muito bem acolhidos pelas nossas queridas amigas que nos recebem com muita alegria e no final de cada visita agradecem-nos sempre muito pelo tempo que passamos com elas. Sentem que durante o tempo que lá estamos as acarinhamos, lhes damos atenção, importância e tentamos proporcionar-lhes alguns momentos de alegria e distracção. Normalmente quando chegamos cumprimentamos todas individualmente com um enorme beijo e abraço, tentando depois perguntar a cada uma como tem passado desde a última visita. Levamos uma lista de músicas tradicionais portuguesas do tempo da nossa infância e com elas cantamos. Numa das visitas estivemos a jogar o jogo das cartas com perguntas sobre diversos temas (provérbios, adivinhas, nomes de cidades, curiosidades, entre outros) que tem por objectivo ir recebendo pontos por cada resposta acertada, ganhando quem reunir maior número de pontos. A maioria participa com bastante agrado e entusiasmo e até mantém um certo espírito de competição, tentando antecipar-se umas às outras nas respostas. Por vezes até "se pegam" por haver respostas ao mesmo tempo ou quando alguma responde fora da sua vez. Há uma, a D. V., que embora seja das mais velhas (86 anos) é a que mais se destaca em todo o grupo, por responder muitas vezes acertadamente denotando uma boa memória e rápido raciocínio (até lhe dizemos que parece uma enciclopédia). É por sinal das que nos preocupa um pouco pois soubemos que vive sozinha e não tem família nenhuma. De qualquer modo estamos a analisar se a poderemos ajudar de alguma forma. Depois do jogo das cartas fizemos o habitual momento de ginástica em que algumas não participam preferindo estar sentadas. Seguimos normalmente um plano com exercícios próprios para séniores que a Manuela arranjou. Na segunda visita, para além das músicas que cantámos, estivemos a jogar o jogo do Uno praticamente todo o tempo, tendo como líder do jogo o Sr. A. (um dos dois elementos masculinos deste grupo de séniores).
Por agora é tudo. Resta-me acrescentar que já temos com elas uma relação de grande carinho e que as levamos no coração sempre que saímos de lá.
Um grande abraço.
Fátima
Por agora é tudo. Resta-me acrescentar que já temos com elas uma relação de grande carinho e que as levamos no coração sempre que saímos de lá.
Um grande abraço.
Fátima
terça-feira, fevereiro 09, 2010
Crónica da Ronda da Batalha - 31.01.2010
Noite fria de Inverno… Arrancamos com toda a vontade de "aquecer" a noite aos nossos amigos!
O Sr. F estava para poucas conversas… disse-nos que tinha gostado muito da prenda de Natal, ficou uma camisola e um casaco para se aquecer, mas disse-nos que entretanto queria dormir – desejou-nos uma boa noite e seguimos viagem.
Já o nosso querido Sr. Fr estava todo enroladinho nos cobertores e disse que estava tudo bem, mas pediu delicadamente que fossemos embora.
Rumamos para ir ao encontro do N. mas infelizmente não o encontramos lá… Terá entrado num tratamento? Terá ele fugido de responder às nossas perguntas de ajuda? Vamos aguardar pela próxima semana, uma vez que não temos um contacto para saber dele.
Ora quem encontramos de seguida? O P. que ficou radiante com o saco cama, com o casaco… e o melhor de tudo o BOLO REI - é bom agradar quem menos pode, mas neste caso o P. é exigente, brincalhão e espertalhão! Desta vez até olhou para o João e lhe disse ele tinha estilo de segurança ihih, enfim.. dois dedos de conversa, tentativas para que o P. tente procurar um novo rumo!
Terminamos a noite sem ver o M., mas o J. com pressa para ir para Estarreja… Vamos esperar realmente que o J. ouça um pouco alguns dos nossos conselhos, pois até hoje… Mas pode ser que "água mole em pedra dura tanto bate e talvez fure"… Esperemos ter resultados positivos, pelo menos tentamos trazer um pouco de alento nestas noites!
Até uma próxima crónica
Sabina
O Sr. F estava para poucas conversas… disse-nos que tinha gostado muito da prenda de Natal, ficou uma camisola e um casaco para se aquecer, mas disse-nos que entretanto queria dormir – desejou-nos uma boa noite e seguimos viagem.
Já o nosso querido Sr. Fr estava todo enroladinho nos cobertores e disse que estava tudo bem, mas pediu delicadamente que fossemos embora.
Rumamos para ir ao encontro do N. mas infelizmente não o encontramos lá… Terá entrado num tratamento? Terá ele fugido de responder às nossas perguntas de ajuda? Vamos aguardar pela próxima semana, uma vez que não temos um contacto para saber dele.
Ora quem encontramos de seguida? O P. que ficou radiante com o saco cama, com o casaco… e o melhor de tudo o BOLO REI - é bom agradar quem menos pode, mas neste caso o P. é exigente, brincalhão e espertalhão! Desta vez até olhou para o João e lhe disse ele tinha estilo de segurança ihih, enfim.. dois dedos de conversa, tentativas para que o P. tente procurar um novo rumo!
Terminamos a noite sem ver o M., mas o J. com pressa para ir para Estarreja… Vamos esperar realmente que o J. ouça um pouco alguns dos nossos conselhos, pois até hoje… Mas pode ser que "água mole em pedra dura tanto bate e talvez fure"… Esperemos ter resultados positivos, pelo menos tentamos trazer um pouco de alento nestas noites!
Até uma próxima crónica
Sabina
segunda-feira, fevereiro 01, 2010
Crónica da Visita às Aldeias - 23.01.2010
Encontrámo-nos no local combinado, em frente à igreja Nossa Senhora de Fátima, por volta das 11 horas para seguirmos para Amarante. Saída por volta das 11:25, com alguns atrasos. Precisamos de melhorar este aspecto…
Estava um bonito dia, chegados a Candemil muito animadas, montamos a "tenda" do almoço, fizemos as respectivas apresentações, "velhas" e novas (não em idade... mas em funções). No durante do repasto e coitada da Cláudia, fomos informados da distribuição dos novos elementos pelas aldeias.
Por volta das 14:00 lá seguimos nós para o objectivo que nos levava a estas bandas tão bonitas. Eu fiquei no melhor grupo, claro o nosso é sempre o melhor, a aldeia de Basseiros, juntamente com o Marcelo, o Diogo e a Ana (elemento residente da aldeia) que foi uma ajuda super importante...que nos indicou o local... apresentou-nos as bonitas senhoras e nos acompanhou o tempo todo.
A primeira casa visitada, foi a Tia Maria e a Tia Deolinda, as senhoras falam pouco, o que torna um pouco difícil o diálogo. Esta casa tem sempre gente, a filha e a neta que cosiam sapatos. De repente aparece um Neto de férias em Portugal que não se calava.
O Diogo mostrou umas fotografias tiradas lá (muito bem apanhadas por sinal) assim como foram tiradas mais umas fotos para ser feito um quadro de cada uma a pedido do neto. Na hora da saída, apareceram mais duas visitas, duas caras bem dispostas.
A seguir visitamos a Tia Hermínia muito presenteira com uma casinha bem bonitinha, cheia de vida e dinamismo... estava lá por acaso, (claro está, para nos receber), pois geralmente vai passar o fim-de-semana a Amarante a casa de um neto.
A terceira senhora a visitar não estava em casa, por isso seguimos caminho, subindo aquela ladeira e... ai Jesus que me ia dando a sofeca... lá chegamos a casa da Tia Dulce. Fomos recebidos, pelo marido e filha. Da última vez que lá estivemos (Janeiras) ela estava de cama, hoje encontrava-se na cozinha, sentada na sua cadeira, um pouco mais faladora... mas desanimada com a vida...
O que mais me marcou nas visitas é a atitude das senhoras, com excepção da tia Hermínia, todas elas falam pouco, estão tristes... desanimadas, parece que esperam a hora de ir...
Bem tudo passou muito rápido, eu gostei muito.
Obrigada meu Deus pelo dia que passei!!
Margarida Macedo | Basseiros
Estava um bonito dia, chegados a Candemil muito animadas, montamos a "tenda" do almoço, fizemos as respectivas apresentações, "velhas" e novas (não em idade... mas em funções). No durante do repasto e coitada da Cláudia, fomos informados da distribuição dos novos elementos pelas aldeias.
Por volta das 14:00 lá seguimos nós para o objectivo que nos levava a estas bandas tão bonitas. Eu fiquei no melhor grupo, claro o nosso é sempre o melhor, a aldeia de Basseiros, juntamente com o Marcelo, o Diogo e a Ana (elemento residente da aldeia) que foi uma ajuda super importante...que nos indicou o local... apresentou-nos as bonitas senhoras e nos acompanhou o tempo todo.
A primeira casa visitada, foi a Tia Maria e a Tia Deolinda, as senhoras falam pouco, o que torna um pouco difícil o diálogo. Esta casa tem sempre gente, a filha e a neta que cosiam sapatos. De repente aparece um Neto de férias em Portugal que não se calava.
O Diogo mostrou umas fotografias tiradas lá (muito bem apanhadas por sinal) assim como foram tiradas mais umas fotos para ser feito um quadro de cada uma a pedido do neto. Na hora da saída, apareceram mais duas visitas, duas caras bem dispostas.
A seguir visitamos a Tia Hermínia muito presenteira com uma casinha bem bonitinha, cheia de vida e dinamismo... estava lá por acaso, (claro está, para nos receber), pois geralmente vai passar o fim-de-semana a Amarante a casa de um neto.
A terceira senhora a visitar não estava em casa, por isso seguimos caminho, subindo aquela ladeira e... ai Jesus que me ia dando a sofeca... lá chegamos a casa da Tia Dulce. Fomos recebidos, pelo marido e filha. Da última vez que lá estivemos (Janeiras) ela estava de cama, hoje encontrava-se na cozinha, sentada na sua cadeira, um pouco mais faladora... mas desanimada com a vida...
O que mais me marcou nas visitas é a atitude das senhoras, com excepção da tia Hermínia, todas elas falam pouco, estão tristes... desanimadas, parece que esperam a hora de ir...
Bem tudo passou muito rápido, eu gostei muito.
Obrigada meu Deus pelo dia que passei!!
Margarida Macedo | Basseiros
terça-feira, janeiro 26, 2010
Crónica da Visita às Aldeias - 09.01.2010
Encontrámo-nos no local combinado por volta das 10 horas para seguirmos para Amarante. O frio era muito, mas nós estávamos animados. Afinal, íamos cantar as Janeiras e, para alguns de nós, como eu, era a estreia – fazendo parte da última fornada de voluntários admitidos no FASRondas, era primeira vez que íamos às aldeias.
Chegámos a Candemil e ensaiámos as cantorias numa casa da paróquia. Em seguida, partilhámos um belo almoço e saímos para enfrentar o frio pelas 13h30min.
A primeira pessoa que visitámos não estava em casa e dirigimo-nos, então, para casa da D. Aurélia que fazia, neste dia, 95 anos de idade. E que 95 anos! Cheia de vida e boa-disposição, encontrámo-la na rua, próximo de sua casa. Cantámos-lhe as Janeiras, os Parabéns, tirámos fotografias, enfim, foi uma animação e a D. Aurélia estava muito feliz.
Seguimos caminho para outras aldeias e fomos sempre recebidos com imenso calor humano, a contrastar com o frio gélido que se fazia sentir nas montanhas do Marão.
Anoiteceu entretanto. O dia passou a correr!
Ana Maria Barros
Chegámos a Candemil e ensaiámos as cantorias numa casa da paróquia. Em seguida, partilhámos um belo almoço e saímos para enfrentar o frio pelas 13h30min.
A primeira pessoa que visitámos não estava em casa e dirigimo-nos, então, para casa da D. Aurélia que fazia, neste dia, 95 anos de idade. E que 95 anos! Cheia de vida e boa-disposição, encontrámo-la na rua, próximo de sua casa. Cantámos-lhe as Janeiras, os Parabéns, tirámos fotografias, enfim, foi uma animação e a D. Aurélia estava muito feliz.
Seguimos caminho para outras aldeias e fomos sempre recebidos com imenso calor humano, a contrastar com o frio gélido que se fazia sentir nas montanhas do Marão.
Anoiteceu entretanto. O dia passou a correr!
Ana Maria Barros
sexta-feira, janeiro 08, 2010
Crónica das Aldeias - 22.12.2009
Receita de Natal do FAS Aldeias.
Ingredientes: Canções. Teatro. Balões. Alegria e algumas confusões.
Miúdos e graúdos q.b.
Misturar tudo, acrescentar uns pozinhos de organização e já está.
O frio arrefecia o corpo, mas o momento aqueceu o coração. No centro paroquial de Ansiães, as pessoas desta aldeia e de Candemil juntaram-se para festejar mais um momento para o qual nos convidaram a participar, como é hábito. As crianças agitadas saltavam de uma sala para a outra para os ensaios das músicas – "a viola não afina, desabafava a nossa voluntária Marta" - e do teatro com pinturas natalícias – "as canetas não pintam, reclamavam alguns, os mais entusiasmados".
Os crescidos arranjavam a mesa para o lanche de partilha final, enquanto os mais velhos aguardavam com curiosidade a festa de Natal.
Foi uma festa curta, duas canções e um teatro, mas com mensagens de alegria e de paz, e um momento de algazarra final com uma animação colorida para os mais pequenos. Sem mãos a medir, a Fátima, que nos foi ajudar, não conseguia responder a todas as solicitações. Os balões transformaram-se em espadas, capacetes, cães, flores, corações, num colorido que se espalhou pela sala ao som da música da turma do Balão Mágico. Sem muito jeito para o desenho, tentei dar uma ajuda à Fátima e lá foram umas pinceladas nos rostos das crianças que esperavam os balões. Nas faces reinaram flores primaveris, para as meninas, e uns bigodes à pirata, para os meninos. No final, tudo estava feliz!
Metade dos voluntários foi visitar, também, as nossas queridas senhoras e levar-lhes um abraço de Natal. Muitas já estavam com as suas famílias, de visita ao Marão para passar o momento festivo, outras continuavam na sua rotina do dia-a-dia, porque nada lhes fez mudar os hábitos. Apenas a casa da D. Deolinda, em Basseiros, recebeu um presente diferente. Uma árvore de Natal, bolas e luzinhas para a enfeitar. Um gesto simples, mas que marcou a diferença naquela casa.
E assim foi mais um Natal nas Aldeias do Marão.
Claudia Gonçalves | Ansiães
Ingredientes: Canções. Teatro. Balões. Alegria e algumas confusões.
Miúdos e graúdos q.b.
Misturar tudo, acrescentar uns pozinhos de organização e já está.
O frio arrefecia o corpo, mas o momento aqueceu o coração. No centro paroquial de Ansiães, as pessoas desta aldeia e de Candemil juntaram-se para festejar mais um momento para o qual nos convidaram a participar, como é hábito. As crianças agitadas saltavam de uma sala para a outra para os ensaios das músicas – "a viola não afina, desabafava a nossa voluntária Marta" - e do teatro com pinturas natalícias – "as canetas não pintam, reclamavam alguns, os mais entusiasmados".
Os crescidos arranjavam a mesa para o lanche de partilha final, enquanto os mais velhos aguardavam com curiosidade a festa de Natal.
Foi uma festa curta, duas canções e um teatro, mas com mensagens de alegria e de paz, e um momento de algazarra final com uma animação colorida para os mais pequenos. Sem mãos a medir, a Fátima, que nos foi ajudar, não conseguia responder a todas as solicitações. Os balões transformaram-se em espadas, capacetes, cães, flores, corações, num colorido que se espalhou pela sala ao som da música da turma do Balão Mágico. Sem muito jeito para o desenho, tentei dar uma ajuda à Fátima e lá foram umas pinceladas nos rostos das crianças que esperavam os balões. Nas faces reinaram flores primaveris, para as meninas, e uns bigodes à pirata, para os meninos. No final, tudo estava feliz!
Metade dos voluntários foi visitar, também, as nossas queridas senhoras e levar-lhes um abraço de Natal. Muitas já estavam com as suas famílias, de visita ao Marão para passar o momento festivo, outras continuavam na sua rotina do dia-a-dia, porque nada lhes fez mudar os hábitos. Apenas a casa da D. Deolinda, em Basseiros, recebeu um presente diferente. Uma árvore de Natal, bolas e luzinhas para a enfeitar. Um gesto simples, mas que marcou a diferença naquela casa.
E assim foi mais um Natal nas Aldeias do Marão.
Claudia Gonçalves | Ansiães
segunda-feira, dezembro 14, 2009
Crónica da Ronda dos Aliados - 6.11.09
A noite começou com a habitual distribuição de comida, das padarias e pastelarias, pelos sacos.
1-Lá fomos nós(eu, Joana e Nádia) para a nossa primeira paragem em C., já estavam à nossa espera o Sr. A. e o Sr. A.. Como não ia nenhum homem ficámos a pensar que falar de futebol nesse dia não daria certo e ainda por cima o porto tinha perdido, mas lá nos desenrascámos estivemos a falar sobre o aniversário do filho do Sr.A. Parece que o filho fez festa de aniversário e o convidou para ir almoçar lá a casa e o Sr. A. foi até lá. Posteriormente chegou o J. e o R. que como é habito vinham todos animados. O J. continua com aquela conversa das namoradas e todos nos rimos com ele. O R. não fala muito sobre ele só sabemos que trabalha numa fábrica. O Sr. A. esteve a dizer-nos que ia a duas consultas, uma no dia 25 e outra no dia 26, disse-nos ainda que já não bebe nada em casa, mas quando vai para casa da filha bebe um copito.
2- O Sr. Manuel já estava a dormir e não quis falar connosco. Pelo que parece da última vez que o resto da ronda foi lá (eu não estava) ele falou um bocadinho mais sobre ele. Falou do inchaço das pernas e ia começar a falar sobre a família mas depois fechou-se em copas.
3- Estávamos nós mesmo a chegar perto do Sr. F. quando nos apercebemos que estavam demasiadas pessoas para pedir saco, inclusive aquele rapaz que já foi várias vezes mal educado para connosco, como éramos só raparigas decidimos dar a volta e ir embora para não nos colocarmos em risco, até porque só tínhamos 3 sacos.
4- Parámos debaixo da ponte da rua do J.N. entregámos dois sacos a um casal que dorme por lá e um outro saco a um rapaz que dorme mesmo debaixo da ponte, esse último rapaz já estava a dormir. Entretanto umas pessoas que estavam lá na rua disseram-nos que o rapaz às vezes não aceita os sacos, que é um rapaz bom mas que de vez em quando lhe dão ataques de fúria...
Assim foi mais uma ronda, a Nádia, que veio substituir o Raul, ainda se está adaptar mas acho que está a correr mesmo muito bem a sua integração na equipa, tem muito jeito para falar com os nossos amigos e está cheia de vontade de dar, tentemos também nós aproveitar vontade que ela traz para também nós nos podermos dar mais.
Queria aproveitar ainda para em nome da equipa agradecer ao Raul pelos 2 anos e meio(acho eu!) de uma colaboração muito positiva e que o futuro lhe reserve muitas coisas boas com esta nova profissão.
Maria João Pato
terça-feira, dezembro 01, 2009
Crónica da Ronda da Boavista
Uma boa história é sempre uma boa história! Hoje não será protagonizada pelo Sr. A ou o Sr. G, nem terá lugar na noite do Porto.
Esta história que vos proponho ganhará vida numa sala de cinema, bem próxima das vossas casas, imagino, e conta-nos a amizade que se desenvolve entre um jornalista do L.A. Times, Steve Lopes, e um sem-abrigo, Nathanlel Ayers, envolto num misterioso passado musical.
À medida que a trama se vai adensando várias questões são colocadas ao espectador: Será possível a "amizade" entre duas pessoas tão distintas? Quais os limites da ajuda ao próximo? Será possível transformar o outro?
O filme chama-se "O Solista" e transpõe para o grande ecrã um retrato biográfico de Steve Lopes inspirado em factos reais.
Fica o convite!
Um grande abraço,
Rui
Esta história que vos proponho ganhará vida numa sala de cinema, bem próxima das vossas casas, imagino, e conta-nos a amizade que se desenvolve entre um jornalista do L.A. Times, Steve Lopes, e um sem-abrigo, Nathanlel Ayers, envolto num misterioso passado musical.
À medida que a trama se vai adensando várias questões são colocadas ao espectador: Será possível a "amizade" entre duas pessoas tão distintas? Quais os limites da ajuda ao próximo? Será possível transformar o outro?
O filme chama-se "O Solista" e transpõe para o grande ecrã um retrato biográfico de Steve Lopes inspirado em factos reais.
Fica o convite!
Um grande abraço,
Rui
Crónica da Visita às Aldeias - 21.11.2009
Onze horas, o ponto de encontro ainda não conta com muita gente…
Hoje somos apenas 8 voluntários, que apesar do dia invernoso mantemos o ânimo. A viagem corre bem e chegamos a Candemil. Cá o tempo parece querer dissuadir-nos, mas o almoço retempera-nos as forças e a boa disposição aumenta. "Fio dentário ou fio dental?" Eis o início de divergências… Nada que não tenha servido para soltar umas gargalhadas e partirmos mais sorridentes para as nossas aldeias.
Nem sempre as disponibilidades são o que queremos, e desta vez Candemil e Basseiros estão apenas com uma pessoa. E como é melhor irmos acompanhados para sermos também melhor companhia, lá nos dividimos e vamos aos pares.
Eu tenho a companhia da Marta, cá em Candemil.
Começamos como sempre, pela casa da D. Aurélia. Hoje ainda está a acabar de limpar a cozinha e diz-nos para nos sentarmos. Puxamos conversa, as histórias surgem, ficamos a saber mais da semana que passou, do frio, de si. Folheamos um álbum de fotografias antigas, e com gosto diz-nos como eram as colegas de trabalho, as saídas pelo Marão, falou dos filhos, do irmão, da família do Brasil. Ganha brilho, vida, e nós com ela.
Hoje é dia de missa e, por isso, esperamos que se arranje para a cerimónia. Ao contrário das outras vezes, demorámo-nos mais nesta casa. Mas ainda há tempo para irmos a casa da D. Alda, vamos as três. Recebe-nos apressada, a missa que é daqui a 45 minutos, mas que é preciso sair com antecedência, pois os paralelos não ajudam à caminhada.
Enquanto troca a roupa, ouvimos "as meninas vieram com esta chuva?!". Fica contente por nos ver, mas a pressa não deixa sermos companhia muito tempo. Ficam os cumprimentos e a certeza de outras vindas.
Ficamos as duas novamente, e ainda temos de passar pela casa da D. Maria do Carmo. Desta vez está no quarto, no sofá. Está bem, satisfeita com a nossa companhia. Vai contando como passa os dias, de como os filhos insistem para que vá para o pé deles, fala do Natal com alegria, a possibilidade de estar com quem ama, de se sentir bem acompanhada. Apesar da conversa fluir bem, na hora de se levantar para comer, fica, mais uma vez, a sensação de impossibilidade… Andar é mais do que um grande esforço, é um desafio que nem sempre corre bem. Despedimo-nos com um "até breve!".
A chuva continua a cair quase até ao Porto, o corpo cede ao cansaço e ao escuro que se pôs. Vêm aí mais dias para recebermos o sol, ou, pelo menos, para levarmos o brilho às nossas aldeias.
Isabel | Candemil
Nem sempre as disponibilidades são o que queremos, e desta vez Candemil e Basseiros estão apenas com uma pessoa. E como é melhor irmos acompanhados para sermos também melhor companhia, lá nos dividimos e vamos aos pares.
Eu tenho a companhia da Marta, cá em Candemil.
Começamos como sempre, pela casa da D. Aurélia. Hoje ainda está a acabar de limpar a cozinha e diz-nos para nos sentarmos. Puxamos conversa, as histórias surgem, ficamos a saber mais da semana que passou, do frio, de si. Folheamos um álbum de fotografias antigas, e com gosto diz-nos como eram as colegas de trabalho, as saídas pelo Marão, falou dos filhos, do irmão, da família do Brasil. Ganha brilho, vida, e nós com ela.
Hoje é dia de missa e, por isso, esperamos que se arranje para a cerimónia. Ao contrário das outras vezes, demorámo-nos mais nesta casa. Mas ainda há tempo para irmos a casa da D. Alda, vamos as três. Recebe-nos apressada, a missa que é daqui a 45 minutos, mas que é preciso sair com antecedência, pois os paralelos não ajudam à caminhada.
Enquanto troca a roupa, ouvimos "as meninas vieram com esta chuva?!". Fica contente por nos ver, mas a pressa não deixa sermos companhia muito tempo. Ficam os cumprimentos e a certeza de outras vindas.
Ficamos as duas novamente, e ainda temos de passar pela casa da D. Maria do Carmo. Desta vez está no quarto, no sofá. Está bem, satisfeita com a nossa companhia. Vai contando como passa os dias, de como os filhos insistem para que vá para o pé deles, fala do Natal com alegria, a possibilidade de estar com quem ama, de se sentir bem acompanhada. Apesar da conversa fluir bem, na hora de se levantar para comer, fica, mais uma vez, a sensação de impossibilidade… Andar é mais do que um grande esforço, é um desafio que nem sempre corre bem. Despedimo-nos com um "até breve!".
A chuva continua a cair quase até ao Porto, o corpo cede ao cansaço e ao escuro que se pôs. Vêm aí mais dias para recebermos o sol, ou, pelo menos, para levarmos o brilho às nossas aldeias.
Isabel | Candemil
Crónica das Aldeias - 07.11.2009
O frio chegou e um piquenique no jardim atrás da Igreja já se torna inviável. Fomos então para uma casa onde normalmente se dá a catequese. Depois de uma sopinha quentinha, entre outras coisas, partimos para as nossas visitas.
Desta vez começamos por visitar a D. Conceição, que se encontrava em casa e sentia-se engripada. A lareira já estava acesa e foi junto a ela que durante algum tempo conversamos sobre os mais diversos assuntos. Desde o marido que faleceu há alguns anos, dos problemas que teve com um dos filhos, da forma como vivia antigamente,… e de quanto lhe faz bem receber as visitas dos vários voluntários, … Vimos também algumas fotos e fez questão de mostrar o seu enxoval. Muito contente está por saber que brevemente irá receber o que pede já algum tempo – um cão.
Perguntou-nos como fazíamos para almoçar e assim que soube do nosso piquenique fez questão de nos oferecer presunto para podermos fazer umas boas "sandocas".
A seguir fomos ter com a D. Deolinda e a D. Maria (a D.Aurora encontra-se em França).
Ambas se encontravam na cozinha junto à lareira que não estava acesa (pois a chaminé tinha de ser limpa).
Mais uma vez fomos surpreendidas ao ver a D. Maria "fora da sua cama" e vestida!! Durante algum tempo esteve acamada mas parece que agora deu um rumo diferente à sua vida. Ambas estavam bem-dispostas se bem que com algum frio.
Próxima e última visita foi às irmãs D. Dulce e D. Arminda. Em casa apenas estava a D. Dulce e a D. Arminda que lhe estava a fazer companhia enquanto restante família tinha ido à missa. Como estava frio e estava a descansar acabamos por conversar durante algum tempo no seu quarto.
Assim que terminamos as visitas e a nossa oração, partimos rumo ao Porto.
Ana Machado | Basseiros
Desta vez começamos por visitar a D. Conceição, que se encontrava em casa e sentia-se engripada. A lareira já estava acesa e foi junto a ela que durante algum tempo conversamos sobre os mais diversos assuntos. Desde o marido que faleceu há alguns anos, dos problemas que teve com um dos filhos, da forma como vivia antigamente,… e de quanto lhe faz bem receber as visitas dos vários voluntários, … Vimos também algumas fotos e fez questão de mostrar o seu enxoval. Muito contente está por saber que brevemente irá receber o que pede já algum tempo – um cão.
Perguntou-nos como fazíamos para almoçar e assim que soube do nosso piquenique fez questão de nos oferecer presunto para podermos fazer umas boas "sandocas".
A seguir fomos ter com a D. Deolinda e a D. Maria (a D.Aurora encontra-se em França).
Ambas se encontravam na cozinha junto à lareira que não estava acesa (pois a chaminé tinha de ser limpa).
Mais uma vez fomos surpreendidas ao ver a D. Maria "fora da sua cama" e vestida!! Durante algum tempo esteve acamada mas parece que agora deu um rumo diferente à sua vida. Ambas estavam bem-dispostas se bem que com algum frio.
Próxima e última visita foi às irmãs D. Dulce e D. Arminda. Em casa apenas estava a D. Dulce e a D. Arminda que lhe estava a fazer companhia enquanto restante família tinha ido à missa. Como estava frio e estava a descansar acabamos por conversar durante algum tempo no seu quarto.
Assim que terminamos as visitas e a nossa oração, partimos rumo ao Porto.
Ana Machado | Basseiros
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