Hoje somos apenas 8 voluntários, que apesar do dia invernoso mantemos o ânimo. A viagem corre bem e chegamos a Candemil. Cá o tempo parece querer dissuadir-nos, mas o almoço retempera-nos as forças e a boa disposição aumenta. "Fio dentário ou fio dental?" Eis o início de divergências… Nada que não tenha servido para soltar umas gargalhadas e partirmos mais sorridentes para as nossas aldeias.
Nem sempre as disponibilidades são o que queremos, e desta vez Candemil e Basseiros estão apenas com uma pessoa. E como é melhor irmos acompanhados para sermos também melhor companhia, lá nos dividimos e vamos aos pares.
Eu tenho a companhia da Marta, cá em Candemil.
Começamos como sempre, pela casa da D. Aurélia. Hoje ainda está a acabar de limpar a cozinha e diz-nos para nos sentarmos. Puxamos conversa, as histórias surgem, ficamos a saber mais da semana que passou, do frio, de si. Folheamos um álbum de fotografias antigas, e com gosto diz-nos como eram as colegas de trabalho, as saídas pelo Marão, falou dos filhos, do irmão, da família do Brasil. Ganha brilho, vida, e nós com ela.
Hoje é dia de missa e, por isso, esperamos que se arranje para a cerimónia. Ao contrário das outras vezes, demorámo-nos mais nesta casa. Mas ainda há tempo para irmos a casa da D. Alda, vamos as três. Recebe-nos apressada, a missa que é daqui a 45 minutos, mas que é preciso sair com antecedência, pois os paralelos não ajudam à caminhada.
Enquanto troca a roupa, ouvimos "as meninas vieram com esta chuva?!". Fica contente por nos ver, mas a pressa não deixa sermos companhia muito tempo. Ficam os cumprimentos e a certeza de outras vindas.
Ficamos as duas novamente, e ainda temos de passar pela casa da D. Maria do Carmo. Desta vez está no quarto, no sofá. Está bem, satisfeita com a nossa companhia. Vai contando como passa os dias, de como os filhos insistem para que vá para o pé deles, fala do Natal com alegria, a possibilidade de estar com quem ama, de se sentir bem acompanhada. Apesar da conversa fluir bem, na hora de se levantar para comer, fica, mais uma vez, a sensação de impossibilidade… Andar é mais do que um grande esforço, é um desafio que nem sempre corre bem. Despedimo-nos com um "até breve!".
A chuva continua a cair quase até ao Porto, o corpo cede ao cansaço e ao escuro que se pôs. Vêm aí mais dias para recebermos o sol, ou, pelo menos, para levarmos o brilho às nossas aldeias.
Isabel | Candemil
Nem sempre as disponibilidades são o que queremos, e desta vez Candemil e Basseiros estão apenas com uma pessoa. E como é melhor irmos acompanhados para sermos também melhor companhia, lá nos dividimos e vamos aos pares.
Eu tenho a companhia da Marta, cá em Candemil.
Começamos como sempre, pela casa da D. Aurélia. Hoje ainda está a acabar de limpar a cozinha e diz-nos para nos sentarmos. Puxamos conversa, as histórias surgem, ficamos a saber mais da semana que passou, do frio, de si. Folheamos um álbum de fotografias antigas, e com gosto diz-nos como eram as colegas de trabalho, as saídas pelo Marão, falou dos filhos, do irmão, da família do Brasil. Ganha brilho, vida, e nós com ela.
Hoje é dia de missa e, por isso, esperamos que se arranje para a cerimónia. Ao contrário das outras vezes, demorámo-nos mais nesta casa. Mas ainda há tempo para irmos a casa da D. Alda, vamos as três. Recebe-nos apressada, a missa que é daqui a 45 minutos, mas que é preciso sair com antecedência, pois os paralelos não ajudam à caminhada.
Enquanto troca a roupa, ouvimos "as meninas vieram com esta chuva?!". Fica contente por nos ver, mas a pressa não deixa sermos companhia muito tempo. Ficam os cumprimentos e a certeza de outras vindas.
Ficamos as duas novamente, e ainda temos de passar pela casa da D. Maria do Carmo. Desta vez está no quarto, no sofá. Está bem, satisfeita com a nossa companhia. Vai contando como passa os dias, de como os filhos insistem para que vá para o pé deles, fala do Natal com alegria, a possibilidade de estar com quem ama, de se sentir bem acompanhada. Apesar da conversa fluir bem, na hora de se levantar para comer, fica, mais uma vez, a sensação de impossibilidade… Andar é mais do que um grande esforço, é um desafio que nem sempre corre bem. Despedimo-nos com um "até breve!".
A chuva continua a cair quase até ao Porto, o corpo cede ao cansaço e ao escuro que se pôs. Vêm aí mais dias para recebermos o sol, ou, pelo menos, para levarmos o brilho às nossas aldeias.
Isabel | Candemil
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