Encontramos a D. F. no lugar do costume. Sentada no seu velho banco ao ar livre, junto ao edifício localizado no parque de estacionamento, aguardava a vinda de um dos filhos. O frio de Outono fazia-se sentir mas parecia não lhe fazer diferença, pelo menos não o suficiente para a demover dali e abrigar-se na barraca escondida por detrás do edifício, onde vive com o marido. O local tornou-se estratégico. Quem a procura sabe onde a encontrar. Queixou-se novamente sobre o seu estado de saúde. A juntar-se às dores de barriga, um dente infeccionou e estava hesitante em ir ao Centro de Saúde.
Seguimos para a zona da Boavista onde, invariavelmente, o Sr. G. ocupa o "posto" de arrumador nocturno de carros. Continua com o mesmo colete de sinalização e, à falta de melhor, com o mesmo crachá que um dia achou no chão de um participante do I Seminário Ibérico sobre "a madeira como elemento construtivo". Acha que lhe dá um ar mais profissional, visto de longe é claro. Apesar dos seus setenta e tal anos não pensa em desistir e recebeu-nos, como sempre, com um sorriso. Falamos do Volvo que lhe deram (quase sucata). Não anda, ainda. Mas com uns arranjitos está esperançado que vai ter ali uma bela máquina para passear com a sua senhora!
Seguimos depois para debaixo da ponte onde mora o Sr. A., de um lado, e o Sr. Z., do outro, que não estava. O Sr. A. contou-nos que lhe tinham furtado meio pacote de batatas fritas e um pacote de filipinos. Devia ter sido alguém com fome. O sítio não estava muito limpo. Havia lixo espalhado encosta abaixo. Incentivamos o Sr. A. a fazer uma limpeza. Falamos de vinho, bebida que o Sr. A. aprecia bastante, das voltas que faz e também dos "clientes certos" que lhe costumam dar algum dinheiro.
Fomos por fim ao encontro do Sr. Al., do Sr. Ar. e da D. G. Infelizmente, o Sr. Ar. não estava. Há dias que não era visto. Soubemos que alguém lhe tinha furtado um cobertor. O Sr. Al. parecia cansado mas mostrou-se contente com a nossa presença. A conversa foi curta. Falamos das dificuldades da vida. A D. G. teve entretanto de apanhar o autocarro para ir para casa, momento em que nos despedimos de ambos. E assim terminou mais uma ronda.
Sónia Bartolomeu
Seguimos para a zona da Boavista onde, invariavelmente, o Sr. G. ocupa o "posto" de arrumador nocturno de carros. Continua com o mesmo colete de sinalização e, à falta de melhor, com o mesmo crachá que um dia achou no chão de um participante do I Seminário Ibérico sobre "a madeira como elemento construtivo". Acha que lhe dá um ar mais profissional, visto de longe é claro. Apesar dos seus setenta e tal anos não pensa em desistir e recebeu-nos, como sempre, com um sorriso. Falamos do Volvo que lhe deram (quase sucata). Não anda, ainda. Mas com uns arranjitos está esperançado que vai ter ali uma bela máquina para passear com a sua senhora!
Seguimos depois para debaixo da ponte onde mora o Sr. A., de um lado, e o Sr. Z., do outro, que não estava. O Sr. A. contou-nos que lhe tinham furtado meio pacote de batatas fritas e um pacote de filipinos. Devia ter sido alguém com fome. O sítio não estava muito limpo. Havia lixo espalhado encosta abaixo. Incentivamos o Sr. A. a fazer uma limpeza. Falamos de vinho, bebida que o Sr. A. aprecia bastante, das voltas que faz e também dos "clientes certos" que lhe costumam dar algum dinheiro.
Fomos por fim ao encontro do Sr. Al., do Sr. Ar. e da D. G. Infelizmente, o Sr. Ar. não estava. Há dias que não era visto. Soubemos que alguém lhe tinha furtado um cobertor. O Sr. Al. parecia cansado mas mostrou-se contente com a nossa presença. A conversa foi curta. Falamos das dificuldades da vida. A D. G. teve entretanto de apanhar o autocarro para ir para casa, momento em que nos despedimos de ambos. E assim terminou mais uma ronda.
Sónia Bartolomeu
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