A pedido do Rodrigo publico uma lista de potenciais empresas patrocinadoras.
«A ideia é ver quem conhece pessoas nas empresas que estão mencionadas, porque isso facilita sempre o processo de pedido de "patrocínios".»
(mail do Rodrigo: rtgm@hotmail.com)
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Super e Hipermercados
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Nobre / Sicasal / Ramirez / Probar
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Lactogal / Parmalat / Nestle /
Danone / Nutrexpa / Serraleite
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Lactogal / Unicer / Parmalat /
Compal / Sumolis / Centralcer / FIMA
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Dan Cake / Triunfo /
Cuetara Portugal /
United Biscuits Portugal /
Vieira de Castro / Panrico / Nestle/
Ramazzoti / Ferbar /
Bolachas Paupério
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Nestle / Kellogg's / Imperial-RAR /
Cadbury Schwepps Portugal
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Tavi / Padaria Ribeiro /
Rainha da Foz / Paparoca da Foz /
outras padarias-confeitarias
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Galp / Repsol / Esso / BP /
Cepsa / Bombas de gasolina
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Nestle / Milupa
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Ambar / Porto Editora / Fnac /
Firmo / Papelaria Fernandes
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Empresas de construção civil /
Materiais para construção /
Cimenteiras
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joão bateira
(usando descaradamente a password do jorge mayer, até ao seu regresso)
Famílias, Aldeias e Sem Abrigo estas são as nossas áreas de acção. Um grupo de jovens do Porto, que no CREU têm uma casa, lançam mãos aos desafios que lhes surgem.
quarta-feira, novembro 30, 2005
quarta-feira, novembro 23, 2005
Crónica da ronda 20.11.2005 (Batalha)
Começámos com um desencontro no mercado da Sé; o sr. E. ainda tem lá as suas coisas mas está desaparecido desde 4ª feira (assim nos foi dito por uma moradora do bairro).
Em Alexandre Herculano a paragem é sempre animada e o tempo sabe a pouco: saímos em toque de retirada para chegar a boas horas ao Aleixo. A Miriam levou café, impecável.
O J. apaixonado pelas guitarras e contente em estar na rua; o M. já livre do seu inchaço facial. O J. e a C. embora alojados na pensão ao lado continuam a aparecer; ela começaria na 2ª feira a trabalhar como telefonista, esperemos que corra bem. O A. foi expulso do Porto Feliz por estar a fumar haxixe dentro do quarto e neste momento está desanimado... O F. dorme na mesma pensão do J., quarto pago pela Segurança Social há dois anos, tem deficiência motora no braço esquerdo, provavelmente alguma deficiência mental ainda que ligeira, e está bicho-de-buraco, sai muito pouco do quarto, nada faz.
Apareceu um Sr. T. a oferecer fruta aos sem-abrigo; viúvo, mora sozinho na Corticeira, desempregado mas a receber o fundo, escreve esporadicamente para o JN e muito castiço, ajuda sempre que pode, prometeu aparecer para conversar mais.
No siloauto estão o P. e o R. que já conhecemos das paragens em Júlio Dinis. Também no silo, mas bem mais escondidos, o N., o Z. e a D.. Na próxima ronda será preciso mais tempo para perceber a situação.
No final estivémos com o M., grato pelo saco porque estava ‘cheiinho de fome’ – começa a ser visível o desgaste físico da droga… que não quer largar.
Em Alexandre Herculano a paragem é sempre animada e o tempo sabe a pouco: saímos em toque de retirada para chegar a boas horas ao Aleixo. A Miriam levou café, impecável.
O J. apaixonado pelas guitarras e contente em estar na rua; o M. já livre do seu inchaço facial. O J. e a C. embora alojados na pensão ao lado continuam a aparecer; ela começaria na 2ª feira a trabalhar como telefonista, esperemos que corra bem. O A. foi expulso do Porto Feliz por estar a fumar haxixe dentro do quarto e neste momento está desanimado... O F. dorme na mesma pensão do J., quarto pago pela Segurança Social há dois anos, tem deficiência motora no braço esquerdo, provavelmente alguma deficiência mental ainda que ligeira, e está bicho-de-buraco, sai muito pouco do quarto, nada faz.
Apareceu um Sr. T. a oferecer fruta aos sem-abrigo; viúvo, mora sozinho na Corticeira, desempregado mas a receber o fundo, escreve esporadicamente para o JN e muito castiço, ajuda sempre que pode, prometeu aparecer para conversar mais.
No siloauto estão o P. e o R. que já conhecemos das paragens em Júlio Dinis. Também no silo, mas bem mais escondidos, o N., o Z. e a D.. Na próxima ronda será preciso mais tempo para perceber a situação.
No final estivémos com o M., grato pelo saco porque estava ‘cheiinho de fome’ – começa a ser visível o desgaste físico da droga… que não quer largar.
terça-feira, novembro 22, 2005
Crónica da ronda 20.11.2005 (Areosa)
A nossa ronda partiu para a Areosa com grande expectativa, pois íamos fazer uma nova paragem, no "prédio" embargado de Fernão Magalhães. Connosco foram duas novas caras, a Maria Azevedo e o Nuno Fradinho. Não foi preciso arranjar mais sacos extra para a nova paragem pois a Joana (num esforço de angariação) propôs colaboração aos vizinhos e eles aderiram. Obrigado Joana.
O Sr. M. estava animado e tagarela como é habitual, apesar de ter ido ao Hospital no outro domingo. Contou-nos muito da sua história de vida. O Sr. J. continua a tentar sair para um quarto rapidamente, até porque o vizinho não é boa companhia...
Encontramos a I., que ficou contente por nos ver ("vocês são muitos!").
Fomos às traseiras do "prédio", com os quatro piscas e 3 buzinadelas seguidas apareceu na "varanda" o Sr. J., tal como combinado. Ouvimos alguns berros de comunicação no prédio e depois desceram 4 pessoas. O Sr. J. ficou com umas sapatilhas novas, com ele veio também o Sr. M. (brasileiro) e mais um casal, eles são no mínimo 7. Foi um bom primeiro contacto.
O Sr. D. estva dormitando e não quis saber do robe ("é feio."), falamos com um transeunte (Sr. R.) que procura ajuda para fazer uma segunda cura a frio, tentamos dar-lhe força e falamos-lhe no Porto Feliz.
O C. também estava a dormitar (foi uma passagem rápida), e mais abaixo (na "antiga trindade") estava o P., que veio para a rua na 2ª feira passada. Esperamos que a consulta no Magalhães Lemos traga melhores cenários.
Na Casa da Música (supermercado das alcatifas) só estava o Sr. J., desta vez mais falador, quer muito encontrar um quarto, vamos ajudá-lo nisso.
Terminamos no Aleixo, com o coração quente por uma noite em que aquecemos com conversas, comida e esperança os nossos amigos da rua.
O Sr. M. estava animado e tagarela como é habitual, apesar de ter ido ao Hospital no outro domingo. Contou-nos muito da sua história de vida. O Sr. J. continua a tentar sair para um quarto rapidamente, até porque o vizinho não é boa companhia...
Encontramos a I., que ficou contente por nos ver ("vocês são muitos!").
Fomos às traseiras do "prédio", com os quatro piscas e 3 buzinadelas seguidas apareceu na "varanda" o Sr. J., tal como combinado. Ouvimos alguns berros de comunicação no prédio e depois desceram 4 pessoas. O Sr. J. ficou com umas sapatilhas novas, com ele veio também o Sr. M. (brasileiro) e mais um casal, eles são no mínimo 7. Foi um bom primeiro contacto.
O Sr. D. estva dormitando e não quis saber do robe ("é feio."), falamos com um transeunte (Sr. R.) que procura ajuda para fazer uma segunda cura a frio, tentamos dar-lhe força e falamos-lhe no Porto Feliz.
O C. também estava a dormitar (foi uma passagem rápida), e mais abaixo (na "antiga trindade") estava o P., que veio para a rua na 2ª feira passada. Esperamos que a consulta no Magalhães Lemos traga melhores cenários.
Na Casa da Música (supermercado das alcatifas) só estava o Sr. J., desta vez mais falador, quer muito encontrar um quarto, vamos ajudá-lo nisso.
Terminamos no Aleixo, com o coração quente por uma noite em que aquecemos com conversas, comida e esperança os nossos amigos da rua.
domingo, novembro 20, 2005
Crónica da primeira ida à Aldeia - Candemil
Ontem deu-se o pontapé de saída neste novo projecto, partimos com alguns percalços iniciais (desculpa Joana por te ter esquecido e obrigado Benedita por teres voltado para trás). Eramos 17 e saímos em 4 carros.
Demoramos cerca de 70 minutos a lá chegar, às 11h tal como previsto iniciamos a nossa conversa com o P. Vilar. O P. Vilar tem a seu cargo a paróquia de Candemil, que tem 4 lugares (Bustelo, Várzea, Ansiães e Candemil), nos quais ministra as eucaristias numa base rotativa.
A catequese está toda organizada e existem grupos que preparam as missas, no entanto ainda não existem visitas aos domicílios.
Após nos dar mais algum conhecimentio da realidade de Candemil, e de trocarmos impressões, ideias e opiniões, almoçamos e convivemos em conjunto (alguns travaram logo conhecimento com a dona do café da aldeia).
Em seguida, depois de várias trocas de sala, juntamos ideias e noções, e concluímos que o melhor será combinar com os catequistas uma tarde com actividades para miúdos e graúdos, para nos darmos a conhecer. Quando tal ocorrerá será decidido na reunião que se terá no próximo fim de semana com os catequistas (pensou-se também em fazer uns panfletos para distribuir no final da missa).
Consideramos para o futuro dividirmos o grupo em dois, indo assim um grupo de 15 em quinze dias alternando.
Após mais uns momentos de convívio regressamos ao Porto, muitas ideias ficaram a flutuar e estamos desejosos de vê-las concretizadas no terreno. Teremos de começar devagar, com paciência, a entrosarmo-nos com esperança nos caminhos destes lugares...
Demoramos cerca de 70 minutos a lá chegar, às 11h tal como previsto iniciamos a nossa conversa com o P. Vilar. O P. Vilar tem a seu cargo a paróquia de Candemil, que tem 4 lugares (Bustelo, Várzea, Ansiães e Candemil), nos quais ministra as eucaristias numa base rotativa.
A catequese está toda organizada e existem grupos que preparam as missas, no entanto ainda não existem visitas aos domicílios.
Após nos dar mais algum conhecimentio da realidade de Candemil, e de trocarmos impressões, ideias e opiniões, almoçamos e convivemos em conjunto (alguns travaram logo conhecimento com a dona do café da aldeia).
Em seguida, depois de várias trocas de sala, juntamos ideias e noções, e concluímos que o melhor será combinar com os catequistas uma tarde com actividades para miúdos e graúdos, para nos darmos a conhecer. Quando tal ocorrerá será decidido na reunião que se terá no próximo fim de semana com os catequistas (pensou-se também em fazer uns panfletos para distribuir no final da missa).
Consideramos para o futuro dividirmos o grupo em dois, indo assim um grupo de 15 em quinze dias alternando.
Após mais uns momentos de convívio regressamos ao Porto, muitas ideias ficaram a flutuar e estamos desejosos de vê-las concretizadas no terreno. Teremos de começar devagar, com paciência, a entrosarmo-nos com esperança nos caminhos destes lugares...
sábado, novembro 19, 2005
1010-ORAÇÃO-0101
Marcamos o início e o remate da ronda aos sem abrigo com oração conjunta às 10.10 da noite em n.sra. de fátima e às 01.01 da manhã no aleixo.
quarta-feira, novembro 16, 2005
Primeira crónica de 13.11.2005 (Jorge)
Com uma ligeira chuva partimos do CREU directamente para a Areosa. O sr. M. estava um pouco adormecido, mas após o primeiro contacto mostrou-nos o seu sorriso e as suas habituais brincadeias connosco. Ele estava um pouco adoentado (disse que comeu algo estragado - na segunda telefonamos aos médicos do mundo para passarem por lá).
O sr. J. falou-nos de um quarto em casa de uma amiga, que pensa poder vir a ocupar e até já tem a chave da casa, mas não a do quarto... Encorajamo-lo, enquanto ele tomava um café oferecido pelo GAS Perafita. Na rua da Alegria paramos por um senhor (M) que vimos sentado numa entrada. Ele fez uma "cura a frio" com a ajuda de dois amigos que acreditaram nele, está sem consumir à semana e meia e quer ser reintegrado no Porto Feliz. Ouvimo-lo, demos-lhe uma camisola e tentamos enchê-lo de força para o futuro.
Em seguida no Sr. D. soubemos que, graças ao esforço de Angariação e de cração das redes pessoais de contactos, a Raquel talvez consiga abrir uma vaga num lar para o Sr. D.. Ele ficou contente de saber que lá haveria mais pessoas mas estava um pouco renitente quanto à localização (quem o conhece não estranha :). Veremos se conseguimos este pequeno milagre... ele tem estado um pouco atacado pelo frio, por isso deixamos-lhe um bom cobertor.
Paramos no C. e ele estava mais falador! Soubemos que está cá há 30 anos vindo de Angola e tem família por cá. Em seguida perto da Casa da Música falamos com o J. e com o M. que está à espera de uma cirurgia às varizes no Santo António (pessoal, a rede de contactos pode fazer milagres?)... Demos-lhes um pouco de calor e dois cobertores.
No Aleixo e no reencontro com todos soubemos que o Sr. V. (provavelmente o Sem Abrigo mais mediático da cidade) que estava na rua há imenso tempo, foi acolhido por um casal que o viu ali durante anos e que agora lhe dão comida e dormida.. O mundo tem anónimos fantásticos... Bem hajam eles.
Foi uma noite cheia de esperança :) Jorge Mayer
O sr. J. falou-nos de um quarto em casa de uma amiga, que pensa poder vir a ocupar e até já tem a chave da casa, mas não a do quarto... Encorajamo-lo, enquanto ele tomava um café oferecido pelo GAS Perafita. Na rua da Alegria paramos por um senhor (M) que vimos sentado numa entrada. Ele fez uma "cura a frio" com a ajuda de dois amigos que acreditaram nele, está sem consumir à semana e meia e quer ser reintegrado no Porto Feliz. Ouvimo-lo, demos-lhe uma camisola e tentamos enchê-lo de força para o futuro.
Em seguida no Sr. D. soubemos que, graças ao esforço de Angariação e de cração das redes pessoais de contactos, a Raquel talvez consiga abrir uma vaga num lar para o Sr. D.. Ele ficou contente de saber que lá haveria mais pessoas mas estava um pouco renitente quanto à localização (quem o conhece não estranha :). Veremos se conseguimos este pequeno milagre... ele tem estado um pouco atacado pelo frio, por isso deixamos-lhe um bom cobertor.
Paramos no C. e ele estava mais falador! Soubemos que está cá há 30 anos vindo de Angola e tem família por cá. Em seguida perto da Casa da Música falamos com o J. e com o M. que está à espera de uma cirurgia às varizes no Santo António (pessoal, a rede de contactos pode fazer milagres?)... Demos-lhes um pouco de calor e dois cobertores.
No Aleixo e no reencontro com todos soubemos que o Sr. V. (provavelmente o Sem Abrigo mais mediático da cidade) que estava na rua há imenso tempo, foi acolhido por um casal que o viu ali durante anos e que agora lhe dão comida e dormida.. O mundo tem anónimos fantásticos... Bem hajam eles.
Foi uma noite cheia de esperança :) Jorge Mayer
quinta-feira, novembro 10, 2005
Novidades do Projecto Aldeia
Já sabemos qual vai ser a aldeia, chama-se Candemil e fica no sopé da Serra do Marão (a uns 15 km de Amarante). Está já combinada, com o padre Vilar, uma reunião lá, no dia 19 de Novembro às 11h.
Proponho que nos encontremos à porta do CREU, no ida 19, às 9:20 (teremos de sair às 9:30).
Conto com as pessoas que se inscreveram e que se inscrevam até lá. Para já teremos de levar 3 carros (na própria manhã veremos no carro de quem é que vamos, o meu é uma hipótese, faltam mais 2...)
Proponho que nos encontremos à porta do CREU, no ida 19, às 9:20 (teremos de sair às 9:30).
Conto com as pessoas que se inscreveram e que se inscrevam até lá. Para já teremos de levar 3 carros (na própria manhã veremos no carro de quem é que vamos, o meu é uma hipótese, faltam mais 2...)
terça-feira, novembro 08, 2005
Primeira crónica de 06.11.2005 (Mafalda)
Depois de uma oração em frente à Igreja de Nossa Senhora de Fátima em que todos sentimos que partíamos juntos como grupo e com o mesmo objectivo para partes diferentes da cidade, partimos e entramos pela noite fria e cheia de descobertas.
Mal partimos, seguiram-se umas rápidas apresentações para sabermos os nomes e mais um bocadinho de cada um dos sete que íamos no jeep.
Fomos directos à rua de Santa Catarina onde esperávamos encontrar o Sr. F. e a Dna. E. (um casal muito querido que já conhecemos à muito tempo e que dormem agora numa casa abandonada sem luz nem água na rua de Sta. Catarina), o P. (um alemão já de meia idade) e "a" T. (travesti).
Antes de chegarmos a casa da Dna E. e Sr. F., reparámos que mais uma das lojas estava novamente ocupada depois de tanto tempo sem ninguém. Estavam lá coisas de 3 pessoas mas só um estava lá a dormir. Rapidamente acordou logo agitado e logo a dizer que não tinha medo de ninguém. Era o Sr. Z. que, voltou novamente à rua depois de quase 3 anos longe destas noites frias e incertas. Contou que a mulher dele tinha morrido à menos de três meses e que tinha perdido muita da vontade que tinha de viver assim como a casa onde morava com a mulher que não lhe pertencia… Estava muito triste e sem saber bem para que lado se podia virar porque a vontade era muito pouca. Quando dissemos que estávamos ali para o ajudar, comoveu-se rapidamente e disse que na fase da ida tão difícil em que esta, era tudo o que ele queria uma ajuda amiga que puxasse por ele, porque sabia mesmo que sozinho não conseguia. Tivemos com ele a tentar encontrar hipótese de ajuda e a deixar-lhe um bocadinho de esperança que o ajudasse a dormir melhor. Que bom que foi vermos na cara dele como a expressão foi mudando ao longo da conversa por se sentir acolhido! Claro que continuava com grande tristeza mas é mesmo bom ver a diferença que faz uma conversa e um bocado de atenção. Tivemos aí algum tempo ate que chegou um alemão que também estava lá a dormir… não estava muito bem-humorado porque lhe tinham remexido as coisas dele no território dele. Entretanto, parte do grupo tinha ido ter com a Dna. E. e o Sr. F. porque a Dna E. já tinha aparecido, "cheia de ciúmes" a dizer que estávamos a dar mais atenção ao Sr. Z. do que a ela!!!
Tivemos depois a conversar um bocadinho com a Dna. E., o Sr. F. e o Sr. M. (amigo dos dois). Estávamos todos contentes com a nossa visita e a Dna. E. disse que queria a fotografia de cada um para mostrar à mãe os amigos que tem. Principalmente a fotografia do Jorge, do Filipe e do Carlos… porque diz que um dia ainda quer namorar com um dos 3!!
A seguir falamos um bocado com "a T." (travesti) que mais uma vez nos teve a falar de todos os amigos especiais e imaginários que a acompanham todos os dias… falando connosco e com esses "seres" ao mesmo tempo. Um bocado estranho e bastante "esquizofrénico" mas ao menos sentimos que enquanto esta connosco, esta "realmente" acompanhada por um bocadinho!
Seguimos depois para o Aleixo onde encontramos o resto do grupo para um final "bem geladinho" mas com os corações um bocadinho mais cheios e com grande vontade de MAIS!
Mafalda Sarmento
Mal partimos, seguiram-se umas rápidas apresentações para sabermos os nomes e mais um bocadinho de cada um dos sete que íamos no jeep.
Fomos directos à rua de Santa Catarina onde esperávamos encontrar o Sr. F. e a Dna. E. (um casal muito querido que já conhecemos à muito tempo e que dormem agora numa casa abandonada sem luz nem água na rua de Sta. Catarina), o P. (um alemão já de meia idade) e "a" T. (travesti).
Antes de chegarmos a casa da Dna E. e Sr. F., reparámos que mais uma das lojas estava novamente ocupada depois de tanto tempo sem ninguém. Estavam lá coisas de 3 pessoas mas só um estava lá a dormir. Rapidamente acordou logo agitado e logo a dizer que não tinha medo de ninguém. Era o Sr. Z. que, voltou novamente à rua depois de quase 3 anos longe destas noites frias e incertas. Contou que a mulher dele tinha morrido à menos de três meses e que tinha perdido muita da vontade que tinha de viver assim como a casa onde morava com a mulher que não lhe pertencia… Estava muito triste e sem saber bem para que lado se podia virar porque a vontade era muito pouca. Quando dissemos que estávamos ali para o ajudar, comoveu-se rapidamente e disse que na fase da ida tão difícil em que esta, era tudo o que ele queria uma ajuda amiga que puxasse por ele, porque sabia mesmo que sozinho não conseguia. Tivemos com ele a tentar encontrar hipótese de ajuda e a deixar-lhe um bocadinho de esperança que o ajudasse a dormir melhor. Que bom que foi vermos na cara dele como a expressão foi mudando ao longo da conversa por se sentir acolhido! Claro que continuava com grande tristeza mas é mesmo bom ver a diferença que faz uma conversa e um bocado de atenção. Tivemos aí algum tempo ate que chegou um alemão que também estava lá a dormir… não estava muito bem-humorado porque lhe tinham remexido as coisas dele no território dele. Entretanto, parte do grupo tinha ido ter com a Dna. E. e o Sr. F. porque a Dna E. já tinha aparecido, "cheia de ciúmes" a dizer que estávamos a dar mais atenção ao Sr. Z. do que a ela!!!
Tivemos depois a conversar um bocadinho com a Dna. E., o Sr. F. e o Sr. M. (amigo dos dois). Estávamos todos contentes com a nossa visita e a Dna. E. disse que queria a fotografia de cada um para mostrar à mãe os amigos que tem. Principalmente a fotografia do Jorge, do Filipe e do Carlos… porque diz que um dia ainda quer namorar com um dos 3!!
A seguir falamos um bocado com "a T." (travesti) que mais uma vez nos teve a falar de todos os amigos especiais e imaginários que a acompanham todos os dias… falando connosco e com esses "seres" ao mesmo tempo. Um bocado estranho e bastante "esquizofrénico" mas ao menos sentimos que enquanto esta connosco, esta "realmente" acompanhada por um bocadinho!
Seguimos depois para o Aleixo onde encontramos o resto do grupo para um final "bem geladinho" mas com os corações um bocadinho mais cheios e com grande vontade de MAIS!
Mafalda Sarmento
sexta-feira, novembro 04, 2005
Ronda dos Sem Abrigo - Este domingo
Esta ronda já se faz à imenso tempo, mas para quem este ano começa, o arranque é este domingo (6/11) às 22h, em frente à igreja na rua Nossa Senhora de Fátima, e repetir-se-à todos os domingos. Espera-se que, desta vez, não acabe depois da meia-noite, mas é difícl estabelecer horários, afinal estamos a ajudar pessoas...
PS -Tragam os dois sacos.
PS -Tragam os dois sacos.
Datas das reuniões e encontros
As reuniões são de 3 em 3 semanas, às quintas-feiras, às 21:30 no CREU.
Até ao Natal temos 24 de Novembro e 15 de Dezembro.
Não nos cansamos de salientar que estas duas próximas reuniões são fundamentais!
Os nossos esquemas de trabalho podem ser alterados dum momento para o outro por isso é fundamental vir - assinalamos presenças.
Além destas reuniões muitas das pessoas das rondas vêm à missa na igreja ao Domingo às 19h e/ou às terças-feiras na capelinha do CREU às 19:15 (é a missa dos animadores - com violas e mais partilhada). É uma boa oportunidade para encontrar pessoas do grupo.
Até ao Natal temos 24 de Novembro e 15 de Dezembro.
Não nos cansamos de salientar que estas duas próximas reuniões são fundamentais!
Os nossos esquemas de trabalho podem ser alterados dum momento para o outro por isso é fundamental vir - assinalamos presenças.
Além destas reuniões muitas das pessoas das rondas vêm à missa na igreja ao Domingo às 19h e/ou às terças-feiras na capelinha do CREU às 19:15 (é a missa dos animadores - com violas e mais partilhada). É uma boa oportunidade para encontrar pessoas do grupo.
Contactos
Morada:
FAS Rondas
Centro de Reflexão e Encontro Universitário - Inácio Loyola
Rua Oliveira Monteiro 562, 4050-440 Porto
Telefones:
Vanessa Pereira : 919153970
Secretaria do CREU: 226 061 410
E-mail:
fasrondas@gmail.com
FAS Rondas
Centro de Reflexão e Encontro Universitário - Inácio Loyola
Rua Oliveira Monteiro 562, 4050-440 Porto
Telefones:
Vanessa Pereira : 919153970
Secretaria do CREU: 226 061 410
E-mail:
fasrondas@gmail.com
A "receita" para os sacos
Os sacos de ternura, vulgarmente apelidados de sacos, apareceram quando alguém com um bom coração decidiu dar um pouco de ternura aos que vivam na rua. O saco inicialmente eram mais virado para bens que normalmente as pessoas da rua não encontram, como um chocolate ou um doce.
Os sacos podem ter tudo o que se decidir pôr lá dentro, diria até um pouco estilo ideia da Sopa da Pedra - se há pastéis, incluem-se pastéis, se há fruta inclui-se fruta...
Qualquer acréscimo é muito bem vindo e variações também. A única regra é que se mantenham no mínimo 4 ingredientes (não necessáriamente os seguintes).
Assim, temos optado pela seguinte receita de 4 elementos:
Tentamos não incluir bens perecíveis de forma a que não se estraguem se não forem consumidos logo.
Não esquecer que cada um deve trazer 2 sacos por semana ou 8 sacos por mês, a levar para a ronda.
NOTA: Antes do arranque ao completar os sacos devemos ter presentes as seguintes quantidades, colocar: 5 pães (de preferência diferentes), 2 bolos, 2 salgados e 2 compotas (quando estas existirem)
Os sacos podem ter tudo o que se decidir pôr lá dentro, diria até um pouco estilo ideia da Sopa da Pedra - se há pastéis, incluem-se pastéis, se há fruta inclui-se fruta...
Qualquer acréscimo é muito bem vindo e variações também. A única regra é que se mantenham no mínimo 4 ingredientes (não necessáriamente os seguintes).
Assim, temos optado pela seguinte receita de 4 elementos:
- Sumo (dos pequenos - dose individual - 20 cl)
- Pacote de Bolacha (Maria)
- Salsichas (latas de oito)
- Fruta (laranja ou banana)
Tentamos não incluir bens perecíveis de forma a que não se estraguem se não forem consumidos logo.
Não esquecer que cada um deve trazer 2 sacos por semana ou 8 sacos por mês, a levar para a ronda.
NOTA: Antes do arranque ao completar os sacos devemos ter presentes as seguintes quantidades, colocar: 5 pães (de preferência diferentes), 2 bolos, 2 salgados e 2 compotas (quando estas existirem)
quinta-feira, novembro 03, 2005
Post Fundador
Que este blog seja a testemunha de pessoas que estendem a mão ao outro, que ele nos una e nos leve a partilhar a experiência que FASemos.
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