Desta vez começamos mais tarde que o habitual, numa ronda com novidades e surpresas. Partimos 5: A Andreia, a Ana, o Pedro, o Luís e eu. O Nuno também estava no arranque mas agora já se reformou das rondas…
Apesar do ligeiro atraso, seguimos para ver a D. A e a S. Quando nos aproximamos da ilha temos sempre medo que os cães estejam soltos e nos saltem em cima mas, desta vez, tivemos sorte porque estavam presos. Tal como das últimas vezes, a D. A. não estava mas pareceu que desta vez tinha feito um esforço para nos esperar. Em compensação, estivemos com o seu neto, o M. Estivemos um pouco a brincar com ele e demos-lhe uns brinquedos que levávamos. Ficámos a saber coisas da avó, da mãe e dele também, coisa que já não acontecia há algum tempo… A Ana e eu fomos bater a casa de S. para ver se esta estava. Quando nos preparávamos para vir embora, esta abriu-nos a porta. Fizemos-lhe a manicure e conversámos um pouco com ela em voz baixa porque o Sr. A. estava a dormir. Nessa altura apareceu o Nuno, que resolveu acompanhar-nos neste bocadinho e pôr-nos a par das melhoras do Sr. Z., que tem estado doente.
Daí partimos para o prédio. Encontramos lá R. a chorar. Tinha-se chateado mais uma vez com B. e desta vez a questão envolvia o dinheiro do rendimento mínimo de R. e a falta que o dinheiro lhe faz agora para comer. O Pedro combinou encontrar-se com ela durante a semana para a ajudar nestas questões económicas e bancárias.
A próxima paragem foi junto do Sr. J. Ao contrário da semana passada, estava acordado e falou bastante connosco. É incrível como um homem tão culto e com tantos estudos dorme agora na rua. A seu lado está sempre R, a sua fiel companheira canina, que está sempre de olho e a rosnar quando chegamos porque tem medo que façamos alguma coisa de mal ao seu dono. A meio da nossa visita cantámos os parabéns ao Pedro, que fazia anos, sopraram-se as velas e comeu-se bolo.
Já tarde, partimos para as nossas últimas paragens. Tentámos ver se encontrávamos I, com quem temos falado pouco, e desta vez conseguimos. Encontrámo-la na sua pequena caixa, tão pequena e rasgada que I nem sequer se mexeu lá de dentro para falar connosco, com medo de não conseguir “encaixar-se” depois. Prometeu-nos novamente ir cortar o cabelo, algo que teremos que esperar para ver, como temos feito de há um ano para cá. No final, estivemos com o Sr. M. A princípio, não nos queria receber, disse que era muito tarde e perguntou se não queríamos ir embora, mas depois lá ficou a falar connosco. Na sua óptica, estávamos todos bêbedos e o Pedro era o único que tinha direito, por ser o seu aniversário.
Terminámos a ronda muito tarde mas realizados com tudo o que demos e maravilhados com tudo o que recebemos das pessoas que visitámos. Há visitas que marcam e esta foi uma delas e que nos recordam da razão pela qual todos os Domingos à noite nos juntamos, independentemente do tempo, da vontade ou do cansaço.
Maria Freitas
1 comentário:
MARIA:
um pouco como já te tinha dito, é um gosto ler-vos, por teu intermédio.
parabéns ao PEDRO e a ti, pela tua primeira crónica.
beijos,
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