O P. vai voltar para cá...
Há umas semanas conhecemos o P. Veio, a medo, com um amigo, e sentimos desde o primeiro aperto de mão a química que se sente com futuros-bons-amigos.
Falámos da vida dele e da nossa, e deixámo-nos levar pela empatia até não notarmos que o tempo passara.
Parece o início de um Amor... e daí se calhar Amor é simples como querer bem a quem partilha connosco um copo de leite ou de sopa ao Domingo.
Falámos de pais e de irmãs e namoradas, de empregos, livros e receitas de sopa.
Um dia, disse-nos que éramos a ligação dele ao mundo que fora o dele; e que vai voltar a ser, assim a força e a vontade das palavras se tornem actos corajosos.
Todos falhamos tantas vezes, e o P. continuará a falhar; mas não tarda, há de estar inteiro do nosso lado do mundo, que é o dele também. Obrigado!
Pedro Pardinhas
Famílias, Aldeias e Sem Abrigo estas são as nossas áreas de acção. Um grupo de jovens do Porto, que no CREU têm uma casa, lançam mãos aos desafios que lhes surgem.
quinta-feira, junho 25, 2009
terça-feira, junho 23, 2009
Crónica das Aldeias - 20.06.2009
Mais um sábado, muito calor no Porto, avizinha-se um dia ainda mais quente nas aldeias do Marão. Estamos poucos, contudo os suficientes para assegurar as visitas, Por vezes, não nos é fácil conseguir conciliar todos os nossos compromissos, e lá temos de tomar a difícil decisão de não ir às aldeias. No entanto, independentemente do número de pessoas que vão leva-se sempre um bocadinho de todos, e o espírito do grupo está sempre presente! Uma das pequenas maravilhas deste grupo de aldeões!
Dada a temperatura decidimos almoçar na praia fluvial, a primeira vez este ano, o areal está um pouco descuidado, o nível de água em baixo, no entanto, o mesmo encanto de sempre, o verde, os pássaros, o barulho da água cheia de vida que corre, e estes sons maravilhosos que vão preenchendo o nosso almoço e abrindo caminho até casa de todas as pessoas que vamos visitar.
A Isabel e eu vamos para Candemil, chegamos um pouco cedo a D. Aurélia ainda está nas suas lides domésticas, oferece-nos umas cerejinhas fresquinhas enquanto dobra a roupa e nos vai contando do seu sobrinho do Alentejo que está de visita.
Lá vamos as três até casa da D. Alda que está um pouco melhor e nos recebe muito bem, como habitualmente. Apenas lamenta não nos poder oferecer o chá mas ainda não pode estar muito tempo de pé.
Despedimo-nos com uma troca de sorrisos e em até breve e vamos até casa da D. Maria do Carmo que continua num estado físico muito debilitado, mas presenteia-nos sempre com um sorriso.
Entre as várias conversas ficamos a saber que na próxima semana também decorrerão os festejos do S. João, e há duas belas sardinhadas, uma delas na praia fluvial. Esperemos que todas se divirtam e que seja um espaço de lazer, mas também de amizade e partilha. Assim, a solidão vai-se esbatendo…
Enquanto calcorreávamos as ruelas de Candemil ouvíamos uma rola, e dizia-nos a D. Aurélia que a rola dizia “ju di te”, e não é que parecia mesmo que ouvimos a rola a dizer “ju di te!”. Agora sempre que ouço a rola ao pé de minha casa, ouço o que ela tem para dizer e sorrio!
Sara Gonçalves | Candemil
Dada a temperatura decidimos almoçar na praia fluvial, a primeira vez este ano, o areal está um pouco descuidado, o nível de água em baixo, no entanto, o mesmo encanto de sempre, o verde, os pássaros, o barulho da água cheia de vida que corre, e estes sons maravilhosos que vão preenchendo o nosso almoço e abrindo caminho até casa de todas as pessoas que vamos visitar.
A Isabel e eu vamos para Candemil, chegamos um pouco cedo a D. Aurélia ainda está nas suas lides domésticas, oferece-nos umas cerejinhas fresquinhas enquanto dobra a roupa e nos vai contando do seu sobrinho do Alentejo que está de visita.
Lá vamos as três até casa da D. Alda que está um pouco melhor e nos recebe muito bem, como habitualmente. Apenas lamenta não nos poder oferecer o chá mas ainda não pode estar muito tempo de pé.
Despedimo-nos com uma troca de sorrisos e em até breve e vamos até casa da D. Maria do Carmo que continua num estado físico muito debilitado, mas presenteia-nos sempre com um sorriso.
Entre as várias conversas ficamos a saber que na próxima semana também decorrerão os festejos do S. João, e há duas belas sardinhadas, uma delas na praia fluvial. Esperemos que todas se divirtam e que seja um espaço de lazer, mas também de amizade e partilha. Assim, a solidão vai-se esbatendo…
Enquanto calcorreávamos as ruelas de Candemil ouvíamos uma rola, e dizia-nos a D. Aurélia que a rola dizia “ju di te”, e não é que parecia mesmo que ouvimos a rola a dizer “ju di te!”. Agora sempre que ouço a rola ao pé de minha casa, ouço o que ela tem para dizer e sorrio!
Sara Gonçalves | Candemil
Crónica das Aldeias - 23.05.2009
Dia Tranquilo!
Depois de um almoço muito animado onde tivemos oportunidade de nos deliciar com tomate coração-de-boi e com os hungaros que iam virando mousse de chocolate, partimos para a nossa aldeia...o Sol teimava em espreitar e quando conseguia mostrava bem o seu poder calorífico!
Já iamos a caminho da casa da D. Fernanda quando um incidente ocorreu. Trinquei a língua! - já não me acontecia há alguns anos, pelo menos desta maneira tão feroz :) ... fiquei contente por me recordar da minha infância e me sentir autêntica - cá estava a Sofia destravada! Sinceramente, deve ter sido castigo do divino...A minha salvação no momento foi o meu padrinho - Nuno Afonso, que felizmente teve sangue frio, e por isso mesmo, não me levou logo para o Hospital de Amarante! Depois do estancamento, estava pronta para a partilha.
A D. Fernanda não estava, viemos a saber mais tarde que se encontrava num campo onde nunca tinhamos ido. Fomos então ter com a D. Celeste e a sua vizinha D. Maria. Estivemos os 4 muito bem a falar sobre a vida - foi uma reflexão profunda, com muita risota à mistura. Falamos sobre fruta, doces, legumes, homens e mulheres, vida de solteira e de casada, filhos e o que vinha na sua sequência...Nunca tinha visto a D. Celeste tão animada :) Moral da história - falamos sobre tudo e sobre nada, mas foram uns minutos muito calorosos que nos deixaram satisfeitos.
Depois de voltarmos à realidade, fomos ter com a D. Maria que já nos tinha presenteado com uma caminhada, avistada ao longe, ao longo da sua varanda. A D. Maria tem muita vontade de viver e por isso mesmo não desiste de voltar a andar - que Deus a ajude. Estava igual a ela mesma, com o seu fato rosa choc e respectivo cachecol que fazem parte do seu guarda-roupa com mais de cem peças! - ela é tão engraçada. Estivemos a encorajá-la a ir às festas que se avizinham porque já percebemos que ela tem algum receio. O que mais me alegrou foi ver que a D. Maria já começou a dar valor ao que tem e mostrou-se feliz por poder avistar toda a paisagem em seu redor e receber toda a atenção do filho e da nora. Notou-se que queria que ficassemos mais tempo e isto sem dúvida foi muito reconfortante. Deixamos a D. Maria numa aberta de Sol...
Fomos então ter com a D. Emília e o Sr. Aurélio, e combinamos que iriamos desviar a conversa se voltassem a focar o tema da crise económica - aqui tenho que dar os parabéns ao meu padrinho!
Conseguimos...ficamos a conhecer a história do seu encontro, pelos vistos já se conheciam antes de começarem a namorar, talvez dos bailaricos que frequentavam. O Sr. Aurélio, segundo conta, tinha muita corda, aliás ainda hoje é uma pessoa com genica, principalmente mental. Já a D. Emília muito religiosa e sossegada ficava a ver o marido aos "pinchos" nas festas:) E o que é mais admirável é que o Sr. Aurélio ia todos os dias trabalhar para Amarante de bicicleta, quer fizesse frio quer calor, e por vezes até tinha que apanhar os parafusos da bicicleta que ficavam pelo caminho!
Ao regresso ainda tivemos a sorte de encontrar a D. Fernanda em casa. Estava a preparar o jantar para comer antes de sair para a missa e estava bem disposta - foi uma visitinha de médico.
Eram 17:15, eis chegada a hora de ir ter com o resto do pessoal ao ponto de encontro. Estavamos todos com boa moral, e num ambiente de alegria e calor partilhamos o lanchinho das sobras antes de nos metermos ao caminho...
Até à próxima aldeias dos nossos corações. Fiquem todos bem!
Sofia Meister | Bustelo
Depois de um almoço muito animado onde tivemos oportunidade de nos deliciar com tomate coração-de-boi e com os hungaros que iam virando mousse de chocolate, partimos para a nossa aldeia...o Sol teimava em espreitar e quando conseguia mostrava bem o seu poder calorífico!
Já iamos a caminho da casa da D. Fernanda quando um incidente ocorreu. Trinquei a língua! - já não me acontecia há alguns anos, pelo menos desta maneira tão feroz :) ... fiquei contente por me recordar da minha infância e me sentir autêntica - cá estava a Sofia destravada! Sinceramente, deve ter sido castigo do divino...A minha salvação no momento foi o meu padrinho - Nuno Afonso, que felizmente teve sangue frio, e por isso mesmo, não me levou logo para o Hospital de Amarante! Depois do estancamento, estava pronta para a partilha.
A D. Fernanda não estava, viemos a saber mais tarde que se encontrava num campo onde nunca tinhamos ido. Fomos então ter com a D. Celeste e a sua vizinha D. Maria. Estivemos os 4 muito bem a falar sobre a vida - foi uma reflexão profunda, com muita risota à mistura. Falamos sobre fruta, doces, legumes, homens e mulheres, vida de solteira e de casada, filhos e o que vinha na sua sequência...Nunca tinha visto a D. Celeste tão animada :) Moral da história - falamos sobre tudo e sobre nada, mas foram uns minutos muito calorosos que nos deixaram satisfeitos.
Depois de voltarmos à realidade, fomos ter com a D. Maria que já nos tinha presenteado com uma caminhada, avistada ao longe, ao longo da sua varanda. A D. Maria tem muita vontade de viver e por isso mesmo não desiste de voltar a andar - que Deus a ajude. Estava igual a ela mesma, com o seu fato rosa choc e respectivo cachecol que fazem parte do seu guarda-roupa com mais de cem peças! - ela é tão engraçada. Estivemos a encorajá-la a ir às festas que se avizinham porque já percebemos que ela tem algum receio. O que mais me alegrou foi ver que a D. Maria já começou a dar valor ao que tem e mostrou-se feliz por poder avistar toda a paisagem em seu redor e receber toda a atenção do filho e da nora. Notou-se que queria que ficassemos mais tempo e isto sem dúvida foi muito reconfortante. Deixamos a D. Maria numa aberta de Sol...
Fomos então ter com a D. Emília e o Sr. Aurélio, e combinamos que iriamos desviar a conversa se voltassem a focar o tema da crise económica - aqui tenho que dar os parabéns ao meu padrinho!
Conseguimos...ficamos a conhecer a história do seu encontro, pelos vistos já se conheciam antes de começarem a namorar, talvez dos bailaricos que frequentavam. O Sr. Aurélio, segundo conta, tinha muita corda, aliás ainda hoje é uma pessoa com genica, principalmente mental. Já a D. Emília muito religiosa e sossegada ficava a ver o marido aos "pinchos" nas festas:) E o que é mais admirável é que o Sr. Aurélio ia todos os dias trabalhar para Amarante de bicicleta, quer fizesse frio quer calor, e por vezes até tinha que apanhar os parafusos da bicicleta que ficavam pelo caminho!
Ao regresso ainda tivemos a sorte de encontrar a D. Fernanda em casa. Estava a preparar o jantar para comer antes de sair para a missa e estava bem disposta - foi uma visitinha de médico.
Eram 17:15, eis chegada a hora de ir ter com o resto do pessoal ao ponto de encontro. Estavamos todos com boa moral, e num ambiente de alegria e calor partilhamos o lanchinho das sobras antes de nos metermos ao caminho...
Até à próxima aldeias dos nossos corações. Fiquem todos bem!
Sofia Meister | Bustelo
sexta-feira, junho 05, 2009
Crónica da Ronda da Boavista - 31.05.09
Ainda novata nestas andanças, mas com cada vez mais vontade de DAR nestes finais de domingo…
Eram quase dez da noite quando os rondeiros se começaram a juntar, acompanhados pelo cheiro a doces e salgados, que são divididos pelos sacos. A equipa, como sempre bem disposta. Desta vez, um chefe diferente, novo para mim, já bem conhecido para o resto dos companheiros.
A oração apelou à maravilha do trabalho em conjunto, de todas as etapas por que passam, por exemplo, os alimentos da nossa refeição, também eles fruto desse trabalho.
Uma noite fantástica, um início de ronda promissor…
Desta vez, a D.G. aguardava-nos com a grande notícia de que tinha conseguido uma entrevista nas novas oportunidades. Era já nessa semana. No entanto, a neta ia ser operada e isso trazia-lhe alguma preocupação. Oferecemos-lhe um "vai correr tudo bem". Parece ter ficado mais tranquila.
O J.P. trocou os seus filmes por largas horas deitado, a dormir. Estava, no entanto, bem disposto. Brincou com os novos partidos políticos, mostrou o telemóvel. Nesse dia não foi à metadona. Foi bom ver que, mesmo assim, recebeu-nos bem! Há um mês que não lhe alteram a dose. Tem tido força de vontade e aquele optimismo colou-se a nós. Lá fomos embora, sem antes lhe garantirmos que o sumo não era de laranja nem de ananás.
Na mesma rua encontramos um novo sem-abrigo. Uma mulher. Disse apenas estar de passagem e quis logo saber que tipo de comida lhe levávamos. Parecia um pouco desconfiada do que estaríamos a oferecer. Se a voltarmos a encontrar, vamos tentar saber melhor a história que terá para contar!
O S.A. estava todo fresco, uma t-shirt, cabelo cortado. Desanimado com o pouco que lhe têm dado. Mas lá lhe soltamos uns sorrisos com a nossa curiosidade sobre pássaros. Disso ele percebe e gosta muito! Falou-nos dos seus três canários, de como trata deles. Gostava muito de ter uma Zagaia e não gosta de piriquitos.
O S.G. está realmente preocupado em arranjar a cura para não termos de usar óculos. Repetiu a receita milagrosa algumas vezes. Estava todo entusiasmado com a reportagem em que interveio para o "Nós por cá". Tinham mudado o sinal da rua para o lado oposto. Enquanto ia contando a história, a esposa, que está adoentada, ligou-lhe algumas vezes. Precisava que a fosse ajudar a preparar a medicação.
Chamamos várias vezes pelo S.Z.. Não estava. Optamos por deixar apenas o saco e seguir. Mas não tardou em o avistarmos a descer a rua. Trazia uma fisga e a história do seu novo negócio de fisgas. São feitas por ele (e bem giras!). Na realidade, adora fisgas desde pequenino. Falou-nos com saudade desses tempos e até nos relatou uma das suas últimas fisgadas: uma lâmpada da rua estava avariada e, de bem longe, ele acertou-lhe em cheio. Embora a protecção não tivesse ficado em muito bom estado, até hoje aquela lâmpada dá luz toda a noite! Um dos momentos altos da noite, sem dúvida!
Mais uma vez, o S.A. não estava.
Seguimos até à D.F.. Estava com dores de dentes e com os diabetes altos. Ainda não tem novidades da casa. A nora estava lá de novo, já com uma barriga que se nota bem. Continua sem querer ir ao médico e não hesitou em acender um cigarro. Continuamos com a enorme dificuldade de lhe mostrar o quão importante é cuidar da saúde do bebé, de ser seguida por um médico. Mas, mais uma vez, ergueu-se ali uma barreira que não deixa que as nossas palavras sejam entendidas.
Antes de voltarmos ao nosso cantinho, pedimos especialmente por ela, pelo bebé. Partilhamos também o que mais tinha preenchido o nosso coração, naquela noite. Mais uma vez, muito Amor.
Angela
Eram quase dez da noite quando os rondeiros se começaram a juntar, acompanhados pelo cheiro a doces e salgados, que são divididos pelos sacos. A equipa, como sempre bem disposta. Desta vez, um chefe diferente, novo para mim, já bem conhecido para o resto dos companheiros.
A oração apelou à maravilha do trabalho em conjunto, de todas as etapas por que passam, por exemplo, os alimentos da nossa refeição, também eles fruto desse trabalho.
Uma noite fantástica, um início de ronda promissor…
Desta vez, a D.G. aguardava-nos com a grande notícia de que tinha conseguido uma entrevista nas novas oportunidades. Era já nessa semana. No entanto, a neta ia ser operada e isso trazia-lhe alguma preocupação. Oferecemos-lhe um "vai correr tudo bem". Parece ter ficado mais tranquila.
O J.P. trocou os seus filmes por largas horas deitado, a dormir. Estava, no entanto, bem disposto. Brincou com os novos partidos políticos, mostrou o telemóvel. Nesse dia não foi à metadona. Foi bom ver que, mesmo assim, recebeu-nos bem! Há um mês que não lhe alteram a dose. Tem tido força de vontade e aquele optimismo colou-se a nós. Lá fomos embora, sem antes lhe garantirmos que o sumo não era de laranja nem de ananás.
Na mesma rua encontramos um novo sem-abrigo. Uma mulher. Disse apenas estar de passagem e quis logo saber que tipo de comida lhe levávamos. Parecia um pouco desconfiada do que estaríamos a oferecer. Se a voltarmos a encontrar, vamos tentar saber melhor a história que terá para contar!
O S.A. estava todo fresco, uma t-shirt, cabelo cortado. Desanimado com o pouco que lhe têm dado. Mas lá lhe soltamos uns sorrisos com a nossa curiosidade sobre pássaros. Disso ele percebe e gosta muito! Falou-nos dos seus três canários, de como trata deles. Gostava muito de ter uma Zagaia e não gosta de piriquitos.
O S.G. está realmente preocupado em arranjar a cura para não termos de usar óculos. Repetiu a receita milagrosa algumas vezes. Estava todo entusiasmado com a reportagem em que interveio para o "Nós por cá". Tinham mudado o sinal da rua para o lado oposto. Enquanto ia contando a história, a esposa, que está adoentada, ligou-lhe algumas vezes. Precisava que a fosse ajudar a preparar a medicação.
Chamamos várias vezes pelo S.Z.. Não estava. Optamos por deixar apenas o saco e seguir. Mas não tardou em o avistarmos a descer a rua. Trazia uma fisga e a história do seu novo negócio de fisgas. São feitas por ele (e bem giras!). Na realidade, adora fisgas desde pequenino. Falou-nos com saudade desses tempos e até nos relatou uma das suas últimas fisgadas: uma lâmpada da rua estava avariada e, de bem longe, ele acertou-lhe em cheio. Embora a protecção não tivesse ficado em muito bom estado, até hoje aquela lâmpada dá luz toda a noite! Um dos momentos altos da noite, sem dúvida!
Mais uma vez, o S.A. não estava.
Seguimos até à D.F.. Estava com dores de dentes e com os diabetes altos. Ainda não tem novidades da casa. A nora estava lá de novo, já com uma barriga que se nota bem. Continua sem querer ir ao médico e não hesitou em acender um cigarro. Continuamos com a enorme dificuldade de lhe mostrar o quão importante é cuidar da saúde do bebé, de ser seguida por um médico. Mas, mais uma vez, ergueu-se ali uma barreira que não deixa que as nossas palavras sejam entendidas.
Antes de voltarmos ao nosso cantinho, pedimos especialmente por ela, pelo bebé. Partilhamos também o que mais tinha preenchido o nosso coração, naquela noite. Mais uma vez, muito Amor.
Angela
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