quarta-feira, março 31, 2010

Crónica das Famílias - Janeiro de 2010

O ano novo chegou com um novo tempo também na nossa vertente: preparamos a integração dos mais recentes voluntários nas primeiras visitas a casos de família já acompanhados, bem como preparamos a captação de novos apoios para a coordenação da vertente

O ano anterior fechou com dinâmicas de alegria, de conquistas e de obstáculos, com a identificação de algumas fragilidades que podemos agora procurar melhorar.

Internamente buscamos encontrar neste novo ano um grau  cada vez maior  de responsabilidade no modo como cada um de nós cumpre os compromissos de voluntariado que abraçou. Não nos cansamos de repetir o quanto é importantíssimo que nos mantenhamos em contacto e em partilha com todo o grupo que constitui a vertente, bem como o quanto é imprescindível a nossa regularidade nas rotinas das visitas semanais às pessoas/famílias que ajudamos.

Este é um ano onde nos desafiamos a todos a dar um passo em frente relativamente a estes dois aspectos da nossa acção.

E esta é a mensagem que pretendo deixar nesta crónica de abertura de 2010.

Só juntos e presentes poderemos dar cada vez mais de nós a quem mais de nós precisa.

Que seja um ano de construção de alegrias!

Raquel Henriques

Crónica das Famílias - Fevereiro de 2010

"É só isto que fazemos…", dizia-me a Teresa com um sorriso aberto, que consegui ver, apesar do escuro e da pressa dos seus passos. Terminara a visita à L. e ao T., num agradável café novo na baixa, recomendado pela primeira. L. sentia-se em casa e nós fazíamos parte …

Falou-nos do trabalho novo, como já estava ambientada, dos progressos do seu pequeno T. como qualquer mãe realmente orgulhosa do seu filhote. Colocava muita energia nas suas palavras e os assuntos encadeavam-se sem querer.

Talvez tivessem passado duas horas sem que déssemos conta, entre a troca de ideias, a vivacidade das conversas e as brincadeiras do T. ,típicas de qualquer criança de quatro anos. L. não se deixava perturbar e manifestava ânimo e segurança no seu caminho e os seus olhos transmitiam paz. "Mas nem sempre foi assim", disseram-me, posteriormente, a Teresa e a Sara, voluntárias deste caso. Alegro-me por um presente mais leve e desejo que se mantenha no futuro.

Ás vezes esquecemo-nos da importância do "ouvir", sem preconceitos, nem julgamentos, sem moralismos nem ensinamentos, o simplesmente "Estar para". Na verdade, o nosso só pode valer muito para as pessoas que visitamos.
Obrigada L., T, Teresa e Sara pela aquele fim de tarde de sexta-feira.
Ana Malheiro

segunda-feira, março 22, 2010

Crónica das Aldeias 06.03.2010

Tanto se aprende e traz destas visitas ao sopé do Marão… Histórias de vida, recordadas a par e passo, em cada visita, por entre um frio gélido e um vento cortante que insistem em não dar tréguas às gentes da serra.
Com a D.ª Ondina, que nos recebe quase sempre na sua cama, porque o frio não dá para muitas aventuras, reaprende-se a geografia do planeta, geografia essa onde apenas contam coordenadas de memórias e afectos. Descobre-se um país onde apenas entram caminhos de Amarante a Portimão (de onde partem os barcos para a Madeira…), de Lisboa (onde vão abrindo bairros e mais bairros) ao Estrangeiro (que parece que começa e acaba em França), até ao fim do Mundo que (acaso ainda não tenham percebido) já foi há uns anos atrás.
Com a nossa querida D.ª Rita, a geografia é outra. A das vivências que ficaram, do amor sempre presente de filhos, netos e bisnetos na vida desta menina-avó, figura frágil, alma e coração de diamante, resistentes aos altos e baixos de uma, já longa, vida. É ela que nos acolhe no calor da sua lareira, fogueira a arder para nos aquecer e aconchegar em cada visita.
A D. Aldina é açúcar, doçura no olhar, sentir intenso nos braços que nos enlaçam a cada chegada e partida, como que a lembrar que somos parte da sua vida, a lembrar a responsabilidade que nos cabe de manter estes sorrisos luminosos e abertos no sopé do Marão.

Vanda José e Hugo Andrade | Ansiães

terça-feira, março 09, 2010

Sessão de esclarecimento . Novos Voluntários . 16Mar | 20h

Olá!

No dia 16 de Março, às 20h00 realizaremos uma sessão de esclarecimento para potenciais interessados em integrar o grupo. A sessão decorrerá no CREU.

Se estiveres interessado (a) envia por favor um e-mail para fasrondas@gmail.com

Até breve!

P´FASRondas

Sara Gonçalves

segunda-feira, março 08, 2010

Crónica Aldeias 20.02.2010

Cada dois sábados por mês temos uma bela oportunidade de esquecermos os problemas e nos dedicarmos simplesmente a ouvir os outros. Nós usamos uma expressão muito engraçada para referir as pessoas que visitamos, que é "as nossas velhinhas", acho que este termo reflecte o carinho que vai crescendo à medida que passamos mais tempo com elas e as conhecemos melhor.
As minhas senhoras são umas lutadoras e no último sábado até discutiram por causa de política. A D. Alda tem uma força invejável e é difícil parar de rir quando ela está por perto, simplesmente não tem "papas na língua".
A D. Aurélia, ao contrário dos outros dias, neste sábado, não nos levou para o passeio habitual (o frio também não ajudou muito). Mas esta senhora de 95 anos tem cá uma genica que nos leva a passear durante uma hora sem se cansar. Faz pensar que a idade não significa mesmo nada!
Uma coisa engraçada nas visitas são as palavras e conceitos novos que aprendemos como o que é um "guarda-pé" e qual o significado das velas da paz que se acendem no Natal.
Vemo-nos pelas aldeias de Amarante!


Mariana Cunha - Candemil