Retomamos as Crónicas mensais desta vertente, depois de uns meses sem partilhas virtuais.
Comecemos pelos rostos novos. No momento presente inicia-se mais um ano no FASrondas, estamos na "estação dos novos voluntários". Nas Famílias temos seis pessoas recém chegadas. Sejam todos muito bem-vindos!
Ao longo deste tempo os casos acompanhados também adquiriam novos estados e novos corpos.
A F., por exemplo, é uma família "fresca" já que o acompanhamento e as visitas regulares começaram em Agosto deste ano. A F. tem demonstrado grande apatia com as voluntárias e sincero gosto em poder contar com elas na sua vida. Além disso parece-nos que já foram importantes os esclarecimentos dados em matérias de Novas Oportunidades.
A B., por outro lado, optou por prescindir da presença dos "seus" voluntários na sua vida. Fê-lo com toda a liberdade e legitimidade a que tem pleno direito. Este foi um dos casos que regrediu bastante. Como em qualquer outra história do nosso quotidiano e das nossas relações uns com os outros, também nas Famílias as vidas, e seus trajectos, não são lineares. E nós devemos (temos que) respeitar e aceitar.
O E. mantém-se como um caso especial, onde o papel dos voluntários não passa tanto por uma ajuda sistemática, mas sim por uma espécie de "provocação" que nutra reacções do mesmo perante a vida. Os encontros não têm sido ocorrentes, mas há um contacto relativamente regular que permite saber como está. Actualmente mantém-se no trabalho que tinha conseguido arranjar e… o contrato foi renovado por mais uma temporada! Está de parabéns!
No caso D.E. e Sr. F. nada de novo há a apontar. Mantém-se como uma família essencialmente acompanhada pelas rondas de domingo.
A família F. tem tido alguns precalços na continuidade dos voluntários, o que tem deixado a Filomena um pouco sobrecarregada, dado tratar-se de um caso com muito elementos na família. Tenta-se iniciar novos voluntários neste acompanhamento.
A L. mantém os seus problemas de sáude, o que infelizmente é habitual desde a nascença.
A L. esteve uma temporada prolongada no Alentejo. Já regressada ao Porto, veremos como tudo corre daqui em diante…
O M. acabou o tratamento de desintoxicação alcoólica e das drogas (10 dias), com sucesso. No entanto acabou por surpreender toda a gente ao renunciar a sua ida para a comunidade terapêutica, e a querer arriscar-se sozinho no caminho muito difícil que é "manter limpo" sem um trabalho direccionada e especializado nesse sentido... Aguardando e vendo como tudo evolui.
A M. conseguiu, finalmente, adquirir os desejados dentes novos! O regressai à família em Vila Real poderá ser um teste complexo, mas ela parece indicar o desejo de abraçar esse desafio. Assim, poderá este ser o passo final para o início da integração familiar de alguém que há dois anos visitávamos nas rondas e que andava pelo Aleixo….
O Sr. O. aguarda a vinda de novos voluntários.
A D. R. tem tido menos visitas, já que a Inês aguarda pela ajuda de mais voluntários. Actualmente parece também viver uma fase de maior necessidade económica.
O ZM1 está há um mês sem medicação, o que é muito preocupante. Já conseguiu pagar as dívidas e a sua casa tem vindo a ganhar recheio. O Miguel aguarda a entrada de um novo voluntário para o ajudar neste caso.
O ZM2 aparenta estar mais estável… É hora de velar com calma.
O voluntariado é um permanente estado de respeito, apoio, atenção e consideração. Não são só eles quem "pede". Também nós sentimos a permanente condição de aprendizes. Creio que é bom que assim seja. No fundo é sinal de que lidamos com os próprios desafios da individualidade de cada um, o que poderá igualmente significar que o fazemos então de modo realmente vivo.
Bem hajam a todos.
Raquel H.
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