No arranque deste ano conseguimos garantir a visita à Unidade Habitacional de Santo António (UHSA) todas as semanas, com o grupo estável, embora sintamos ainda que há falta de voluntários para esta vertente.
Chegámos ao portão debaixo de uma chuva torrencial, ao atravessarmos o jardim ficámos completamente encharcados, mas, como sempre, fomos visitar pessoas que se calhar contavam connosco, não os podíamos desiludir.
Depois das apresentações reparámos que a maior parte não conseguia falar connosco, não sabemos falar russo, alemão, crioulo, chinês, …….. Tentámos, como sempre fazemos, encontrar um dos elementos que nos sirva de intérprete, mas os que havia não queriam deixar de ver o jogo que estava a ser transmitido na televisão.
Não desistimos e começámos o jogo do quebra-gelo, a pedir a cada um que se apresentasse.
Começámos nós a jogar, e fomos arranjando companhia, conversámos um pouco, e descobrimos que ainda estavam mais, e foram chegando, aos poucos. Foi o dia em que encontrei mais gente, e que muitos estavam lá há um dia, ou dois, tão pouco tempo.
Croatas, Romenos, Russos, Angolanos, Nigerianos, Guineenses, Marroquinos, Chineses, Brasileiros, Cabo Verdianos, estas foram as nacionalidades, que no meio da conversa e do convívio consegui saber, porque alguns deles não quebraram o gelo.
Despedimo-nos, como sempre, sem saber se nos voltamos ou não a encontrar da próxima vez, e com a sensação de que para uma boa parte deles proporcionámos um bocado de tarde diferente, assim o esperamos.
Valentina
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