terça-feira, novembro 24, 2009

precisamos voluntários!

Olá!

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Experimenta, clica no link: 



O FASRondas é um grupo de voluntariado social, que actua em cinco vertentes diferentes Famílias, Aldeias, Sem Abrigo, Imigrantes e Séniores.
Neste momento estamos a precisar de pessoas que tenham vontade de ajudar, dar um pouco de si e cuidar do outro. Todos juntos poderemos fazer mais e melhor e contribuir para uma cidade mais solidária e fraterna.
Se te identificas com esta missão junta-te ao nosso grupo!
Precisamos de:
Vertente Aldeias
6 vagas
Nesta vertente efectuámos visitas a 4 aldeias de Amarante, com uma população idosa maioritariamente feminina, que nos recebe com um grande sorriso, e apenas precisamos de tempo para estar e ouvir. Estas visitas marcam a diferença na vida de todas as pessoas que acompanhámos. São criados laços de amizade, onde está presente a partilha e com o intuito de tornar a solidão menos notória.
As visitas são efectuadas mensalmente, ao sábado, com partida do Porto pelas 11h e chegada às 19h.

 Vertente Sem Abrigo
5 vagas
Sendo que quatro delas, têm de ser preenchidas por voluntários do sexo masculino, e um deles com carro.
Na vertente temos cinco trajectos diferentes, sendo cada um deles composto por cinco voluntários, as visitas são feitas todos os domingos à noite, com saída junto ao CREU na Rua Nossa Senhora de Fátima, pelas 21h45 e término entre as 24h00/ 01h00 dependendo do trajecto.
Aos nossos amigos da rua levamos carinho, amizade, vontade de estar e ouvir!
Se nos quiseres conhecer um pouco melhor espreita o blog:
http://fasrondas.blogspot.com/

Podes enviar um e-mail para, no caso de estares interessado(a) especificamente nestas vertentes, ou em qualquer uma das outras, até ao dia 05 de Dezembro.
 A sessão de esclarecimento será no dia 10 de Dezembro no CREU, pelas 20h00.


Esperamos por ti!
Um abraço.

FASRondas
Porto, 23 de Novembro de 2009

segunda-feira, novembro 23, 2009

Crónica da Visita aos Imigrantes - 15.11.2009

No arranque deste ano conseguimos garantir a visita à Unidade Habitacional de Santo António (UHSA) todas as semanas, com o grupo estável, embora sintamos ainda que há falta de voluntários para esta vertente.
Chegámos ao portão debaixo de uma chuva torrencial, ao atravessarmos o jardim ficámos completamente encharcados, mas, como sempre, fomos visitar pessoas que se calhar contavam connosco, não os podíamos desiludir.
Depois das apresentações reparámos que a maior parte não conseguia falar connosco, não sabemos falar russo, alemão, crioulo, chinês, …….. Tentámos, como sempre fazemos, encontrar um dos elementos que nos sirva de intérprete, mas os que havia não queriam deixar de ver o jogo que estava a ser transmitido na televisão.
Não desistimos e começámos o jogo do quebra-gelo, a pedir a cada um que se apresentasse.
Começámos nós a jogar, e fomos arranjando companhia, conversámos um pouco, e descobrimos que ainda estavam mais, e foram chegando, aos poucos. Foi o dia em que encontrei mais gente, e que muitos estavam lá há um dia, ou dois, tão pouco tempo.
Croatas, Romenos, Russos, Angolanos, Nigerianos, Guineenses, Marroquinos, Chineses, Brasileiros, Cabo Verdianos, estas foram as nacionalidades, que no meio da conversa e do convívio consegui saber, porque alguns deles não quebraram o gelo.
Despedimo-nos, como sempre, sem saber se nos voltamos ou não a encontrar da próxima vez, e com a sensação de que para uma boa parte deles proporcionámos um bocado de tarde diferente, assim o esperamos.

Valentina


Crónica da Visita aos Imigrantes - 8.11.2009

Mais um domingo à tarde, mais uma visita à USHA. São três os voluntários que, acompanhados por uma viola, se deslocam à unidade para passar a tarde na companhia dos "nossos" queridos imigrantes.
Como sempre, somos bem recebidos pelos seguranças, que já nos conhecem. Dirigimo-nos à sala onde guardamos o nosso material e já pelo corredor vemos caras familiares de indivíduos que, infelizmente, ainda aguardam a decisão do tribunal quanto à sua saída, quer da UHSA, quer de Portugal.
Dos cerca de 20 e poucos detidos presentes na sala de convívio, pelo menos 15 já nos são conhecidos, recebendo-nos ora com um sorriso, ora com um abraço. Alguns, até do nosso nome se lembram, o que nos deixa bastante orgulhosos do nosso trabalho: a nossa presença não lhes passa despercebida e é apreciada. Como já nos foi dito várias vezes…"obrigado por virem cá, ter connosco! é bom ver caras novas, faz com que o tempo passe mais rapidamente…". Sim, porque o tempo ali é como que se estivesse parado.
Conversamos com eles, partilhamos as suas preocupações, aborrecimentos, queixas, mas também rimos com eles: ouvimos as suas alegrias, coisas engraçadas que aconteceram nas suas histórias de vida tão turbulentas e, no final, apercebemo-nos de que, afinal, cada um de nós voluntário tem coisas em comum com cada um destes imigrantes ilegais detidos, o que nos relembra o quão iguais todos nós seres humanos somos.
Na despedida, estamos conscientes de que possivelmente algumas daquelas faces nunca mais veremos na vida (ou quem sabe, e por ironia do destino, os encontremos quer noutro contexto, quer, por exemplo, numa visita nossa aos seus países de origem). Contudo, sentimos que embora o nosso contacto tenha sido efémero, não foi sem dúvida supérfluo ou inútil, e ainda que nada possamos fazer para melhorar as suas situações cá fora, acreditamos que as nossas palavras de força, optimismo e coragem fazem diferença nas suas vidas.

Cláudia Henriques

Formação toxicodependência dia 3 de Dezembro 21h15 CREU

Olá a todos!
 
A formação em toxicodependência está agendada para dia 3 de Dezembro, pelas 21:15h, na biblioteca do CREU, com o Fernando Couto, técnico do CRI Matosinhos.
Esta será uma formação de carácter muito prático, o Fernando tem cerca de 15 anos de trabalho de rua, pelo que poderá esclarecer muitas das nossas dúvidas, e dar-nos algumas informações preciosas para o trabalho que desenvolvemos.
 
A formação é obrigatória para todos os voluntários da vertentes dos Sem Abrigo, e para os voluntários da vertente das Famílias que trabalhem directamente com casos de família que estão ligados a toxicodependência. No entanto, a formação é aberta a todo o FAS.
 
Pedimos que confirmem por favor a vossa presença / ausência para podermos tratar de todos os detalhes de logística, até porque a formação vai ser aberta a outros grupos que tenham interesse em participar.
 
Um beijinho e uma excelente semana para todos!
 
Sara

quinta-feira, novembro 19, 2009

Crónica das Aldeias 24.10.2009

Vamos lá falar um bocadinho das senhoras de Bustelo


Começando pela D. Maria, admiro a sua força de vontade. Estando "presa" a uma cadeira de rodas, surpreende-se a ela própria e aos outros quando faz as suas "caminhadas" agarrada ao varandim ou mesmo ao seu andarilho. Ela adora vestir-se com cores garridas e dos tons quentes - vermelho e laranja. Foi com estas cores que fez as suas primeiras pinturas com aguarelas. Sempre bem-disposta e alegre, gosta de recordar os tempos em que se dedicava ao trabalho no campo e da casa onde vivia, um grande quartel.

A D. Celeste gosta e precisa de se manter ocupada e foi com grande genica e entusiasmo que fez as vindimas deste ano, juntamente com a família. Tem a sorte de ter uma vizinha e amiga que mora em frente (D. Maria, também) que lhe faz muita companhia. Ela tem muita preguiça para comer, mas parece-me que faz uns bons petiscos quando quer!

A D. Fernanda adora os netos e preocupa-se muito com eles. Encontramo-la desta vez a dar de comer às galinhas e a uns lindos pintainhos, outra das suas paixões. Quando voltamos com ela para casa estava o jantar já ao lume, deviam ser umas 16:30 – que cedo! E era cá um cheirinho. Estivemos a conversar junto à lareira e passamos ali uns minutos agradáveis.

E chegamos a casa do nosso querido casal – D. Emília e Sr. Aurélio. Ele estava um pouco atrapalhado com a asma e também voltou a falar da leucemia que o obriga a ir periodicamente ao hospital. Estiveram a contar os tempos difíceis que passaram e os sacrifícios que ambos tiveram que fazer para sustentar a família, mas é com orgulho que o Sr. Aurélio percebe que conseguiu passo a passo fazer o melhor por eles.

Sofia Meister | Bustelo

terça-feira, novembro 10, 2009

Crónica da Ronda da Areosa - 1.11.2009

Começa a chegar o frio... Todos o sentimos, mas com certeza sentirão mais aqueles com quem estamos! Acima de tudo é bom ver como os minutos pautados pelas conversas, ora de como correu a sua semana, ora das suas histórias e vontades, pautados pelos sorrisos mas também pelos olhares, lhes aquecem o coração!
E mesmo com o frio, lá estaremos, sempre para mais uma semana!

Joana Sampaio

segunda-feira, novembro 09, 2009

Crónica das Famílias - 10.09

Retomamos as Crónicas mensais desta vertente, depois de uns meses sem partilhas virtuais.

Comecemos pelos rostos novos. No momento presente inicia-se mais um ano no FASrondas, estamos na "estação dos novos voluntários". Nas Famílias temos seis pessoas recém chegadas. Sejam todos muito bem-vindos!

Ao longo deste tempo os casos acompanhados também adquiriam novos estados e novos corpos.
A F., por exemplo, é uma família "fresca" já que o acompanhamento e as visitas regulares começaram em Agosto deste ano. A F. tem demonstrado grande apatia com as voluntárias e sincero gosto em poder contar com elas na sua vida. Além disso parece-nos que já foram importantes os esclarecimentos dados em matérias de Novas Oportunidades.
A B., por outro lado, optou por prescindir da presença dos "seus" voluntários na sua vida. Fê-lo com toda a liberdade e legitimidade a que tem pleno direito. Este foi um dos casos que regrediu bastante. Como em qualquer outra história do nosso quotidiano e das nossas relações uns com os outros, também nas Famílias as vidas, e seus trajectos, não são lineares. E nós devemos (temos que) respeitar e aceitar.
O E. mantém-se como um caso especial, onde o papel dos voluntários não passa tanto por uma ajuda sistemática, mas sim por uma espécie de  "provocação" que nutra reacções do mesmo perante a vida. Os encontros não têm sido ocorrentes, mas há um contacto relativamente regular que permite saber como está. Actualmente mantém-se no trabalho que tinha conseguido arranjar e… o contrato foi renovado por mais uma temporada! Está de parabéns!
No caso D.E. e Sr. F. nada de novo há a apontar. Mantém-se como uma família essencialmente acompanhada pelas rondas de domingo.
A família F. tem tido alguns precalços na continuidade dos voluntários, o que tem deixado a Filomena um pouco sobrecarregada, dado tratar-se de um caso com muito elementos na família. Tenta-se iniciar novos voluntários neste acompanhamento.
A L. mantém os seus problemas de sáude, o que  infelizmente é habitual desde a nascença.
A L. esteve uma temporada prolongada no Alentejo. Já regressada ao Porto, veremos como tudo corre daqui em diante…
O M. acabou o tratamento de desintoxicação alcoólica e das drogas (10 dias), com sucesso. No entanto acabou por surpreender toda a gente ao renunciar a sua ida para a comunidade terapêutica, e a querer arriscar-se sozinho no caminho muito difícil que é "manter limpo" sem um trabalho direccionada e especializado nesse sentido... Aguardando e vendo como tudo evolui.
A M. conseguiu, finalmente, adquirir os desejados dentes novos! O  regressai à família em Vila Real poderá ser um teste complexo, mas ela parece indicar o desejo de abraçar esse desafio. Assim, poderá este ser o passo final para o início da integração familiar de alguém que há dois anos visitávamos nas rondas e que andava pelo Aleixo….
O Sr. O. aguarda a vinda de novos voluntários.
A D. R. tem tido menos visitas, já que a Inês aguarda pela ajuda de mais voluntários. Actualmente parece também viver uma fase de maior necessidade económica.
O ZM1 está há um mês sem medicação, o que é muito preocupante. Já conseguiu pagar as dívidas e a sua casa tem vindo a ganhar recheio. O Miguel aguarda a entrada de um novo voluntário para o ajudar neste caso.
O ZM2 aparenta estar mais estável… É hora de velar com calma.

O voluntariado é um permanente estado de respeito, apoio, atenção e consideração. Não são só eles quem "pede". Também nós sentimos a permanente condição de aprendizes. Creio que é bom que assim seja. No fundo é sinal de que lidamos com os próprios desafios da individualidade de cada um, o que poderá igualmente significar que o fazemos então de modo realmente vivo.

Bem hajam a todos.
Raquel H.