sexta-feira, abril 17, 2009

Crónica Aldeias - 21.03.2009

Uma tarde em Bustelo

Mais um Sábado, mais uma visita à pacata aldeia de Bustelo. Conto desta vez com a companhia do Jorge e da Cláudia que “acudiram” de pronto, mal souberam do contratempo que deixou em terra a minha colega de equipa. O dia faz jus ao início da Primavera: céu azul e um sol quente e brilhante. Bom prenúncio!
Hesitamos na 1ª visita. A D. Pedra não tem estado e até já tínhamos especulado se andava a fugir de nós (eu, pelo menos, nunca a tinha conhecido em quase em um ano de visitas). Decidimos tentar mais uma vez e… tivemos sorte! Estava na casa da sobrinha, mesmo em frente à dela, e recebeu-nos com simpatia, falando imenso da família (com quem tem sempre estado nos últimos Sábados das visitas). O Jorge, o único que já a tinha visitado, ficou pasmado! Nunca a tinha visto tão bem disposta e com tão boa relação com a família… Um pequeno milagre para início de tarde!!!
Seguimos e encontramos a D. Celeste que regressava a casa com água fresca da fonte. Foi bom falar com ela, sempre simpática e atenta. Pareceu-nos em forma!
Mais uns metros e somos chegados a casa da D. Fernanda. Não estava nem ali nem na sua horta. Soubemos mais tarde que estava num campo mais abaixo a plantar umas batatas. Com 70 e tal anos… Dá que pensar não é?
Continuamos rumo a casa do casal Aurélio e Emília. Ela sempre de sorriso aberto; ele, um vivaço nos seus 80 anos, sempre pronto a discutir a actualidade (menos futebol que o Benfica não ajuda…). E resume tudo num dos provérbios do seu longo reportório: “lá em cima manda Cristo; cá em baixo manda isto” (o dinheiro bem entendido)! Saímos bem dispostos e com pena de não poder prolongar a conversa.
Para terminar, a D. Maria. Domina a paisagem de Bustelo sentada à varanda na sua cadeira de rodas. Nada escapa aos seus olhos vivos e tem muitas histórias para contar. Como disse o Jorge, nem é preciso falar muito, a D. Maria faz as despesas da conversa, a uma velocidade que nos deixa a pensar o que seria se pudesse caminhar nas ruas da sua aldeia. Que reboliço!
E pronto, mais uma tarde cheia em Bustelo! Os colegas regressam das outras aldeias e juntamo-nos a eles de volta ao Porto… com um sorriso nos lábios.
Missão cumprida!

Nuno Afonso

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