A falta de viatura obrigou-nos a abrir a ronda a uma participação especial do namorado da Maria João que simpaticamente nos conduziu pela noite.
Na primeira paragem não estava o Sr. V, apenas uns cobertores. Encontrámos antes o sr. J que desconheciamos. Tinha vindo de Lisboa mas fora assaltado em S. Bento. Perguntei-lhe se um bilhete de volta era o suficiente para sair da rua. Disse que sim, que em Lisboa tem casa e família, e emprego à espera. Marquei com ele um encontro no dia seguinte - ao qual acabou por faltar.
Voltámos a não encontrar ninguém na ponte, apenas cobertores e um gato dormindo em cima...
Junto ao Hospital encontrámos o sr. JA, estava de pé a arrumar roupa. Estava muito bem disposto, "hoje sim não posso dizer que esteja mal!", repetia aliviado. Conversou imenso, contou-nos por exemplo que, apesar de ter já pago uma mensalidade do quarto ainda dorme ali, a sua "casa" dos últimos 2 anos. Sente-se acarinhado pelos vizinhos e acha que eles mesmas vão sentir um vazio se deixar aquele espaço.
O grupo que visitámos a seguir estava animado como é habitual. O E voltou à base depois de uma complicada convivência com a D. B. Contou-nos do início dos seus treinos de boxe, e de uma grande sardinhada que o amigo D lhes ofereceu. Também os outros estavam bem dispostos.
Seguimos, mas já não falámos com mais ninguém. O A dormia profundamente quando lá chegámos e não vimos o JA nos semáforos - o que pode ser sinal de que já não consome.
E assim acabava "a ronda da noite", uma entre tantas, única como todas.
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