segunda-feira, janeiro 30, 2012

Crónica de Imigrantes 28 de Janeiro de 2012

Esta segunda saída de 2012 tinha como destino a Casa do Infante na zona da Ribeira do Porto, que incluía uma visita guiada. O encontro foi, como sempre, à porta do Centro de S. Cirilo às 9:30, onde se juntaram sete voluntários e (desta vez a adesão não foi muito elevada) um utente (um outro utente inscrito infelizmente não pôde ir, pois não se encontrava bem e tinha que ir ao hospital). Apesar de estarmos em pleno inverno voltamos a ter um belíssimo dia de Sol (apesar dum certo frio) que ajudou bastante para a viagem comprida que tínhamos pela frente.
A viagem prosseguiu pela rua de Cedofeita, passando pela Cordoaria e descendo pela rua das Taipas e pela rua da Vitória até, depois de passar pelo Mercado Ferreira Borges, termos chegado à Casa do Infante, aproximadamente três quartos de hora depois da partida do Centro de S. Cirilo.
Apesar de ser apenas um participante, este não se aparentou constrangido e mostrou-se aberto para conversa. Ao mesmo tempo os voluntários aproveitaram para se conhecerem melhor e conversarem um pouco entre si.
A visita guiada à Casa do Infante centrou-se principalmente no edifício e a sua evolução ao longo dos séculos e a defesa da teoria do Infante D. Henrique ter nascido naquele sítio. Durante as explicações que nos foram dando, ainda se juntaram umas pessoas que também por lá se encontravam (um grupo de séniores, como viemos a descobrir) aumentando substancialmente o grupo de ouvintes da senhora que fazia a visita.
Mas o ponto alto não foi a visita à Casa do Infante. Aparentemente o utente da casa de S. Cirilo nunca tinha estado na zona da ribeira do Porto. A expressão de alegria na cara dele quando nos aproximamos do rio depois da visita demonstrou que a afinal o rio e a zona ribeirinha eram muito mais interessantes que a Casa do Infante.
A viagem de volta levou-nos aproximadamente uma hora (quase sempre a subir), passando pelas escadas da Vitória desta vez, com chegada ao centro por volta das 12:30.
Apesar de não ter havido uma adesão muito grande do lado dos utentes do Centro de S. Cirilo, a manhã foi muito bem passada e o participante que nos acompanhou sentiu-se muito à vontade e com certeza que visitará a ribeira do Porto novamente!

Andreas

sexta-feira, janeiro 27, 2012

Crónica das Aldeias – 21.01.2012

Este não foi um sábado igual aos outros...
Além, de ser dia de visitas, o que o torna logo à partida especial,
desta vez e para celebrar a tradição, não quisemos deixar de cantar as
janeiras aos senhores e senhoras que visitamos quinzenalmente e que
guardamos carinhosamente no coração. Neste evento até a natureza quis
compactuar connosco ao brindar-nos com um magnífico dia de sol, já a
querer cheirar a Primavera.
Partimos do sítio habitual, em direção à aldeia de Candemil, com
alguma ligeireza, pois havia ainda que ensaiar e afinar as vozes.
Formamos uma grande roda (pois desta vez éramos mesmo muitos) e ao som
dos acordes de duas guitarras, iniciamos os ensaios. Foram intensos.
As orientações preciosas da maestrina Carminda resultaram em pleno.
Parecíamos uns verdadeiros rouxinóis, havendo, claro, uma ou outra
cana rachada..., mas isso é outra conversa.
Então, após o almoço, já cheios de energia e força, iniciamos a
caminhada de casa em casa, distribuindo alegria e boa disposição,
pelas aldeias de Candemil, Ansiães, Basseiros e Bustelo. Para avivar
as nossas forças a D. Aldina preparou-nos um lanche generoso, com
pão-de-ló, nozes, mel e vinho do Porto… que não conseguimos resistir.
No final do dia, o cansaço já se apoderava de nós, mas sentimos que
valeu a pena, principalmente pelos sorrisos com que os nossos amigos
nos foram presenteando.
Florbela - Bustelo

sexta-feira, janeiro 20, 2012

Crónica Aldeias - 07-01-2012

Hoje não foi uma visita igual aos outros sábados.

Hoje num carro coubemos todos. Todas.

Hoje, por diferentes razões, fomos só 5.

Voluntárias cheias de vontade, entusiasmo e boa disposição, assim partimos. Mas não esquecemos que somos muitos mais, e é assim que queremos continuar a ser!

Reta, curva e contracurva e já só estávamos duas de olhos abertos (as semanas estão mais cansativas…), 4 olhos que mesmo assim não chegaram para sairmos no sítio certo. Acabamos por ir à descoberta de um parque de merendas, em Basseiros, que nunca mais aparecia… Estacionámos e "picnicamos" por ali a ver as vistas. O dia estava bonito, de um azul luminoso, com um sol que alenta e dispõe bem.

Lá partimos para três aldeias. Basseiros não foi contemplada com voluntários, que com certeza muita falta fizeram, pela espera certa que nos fizeram por Ansiães, Bustelo e Candemil.

Nesta última estava apenas a D. Aurélia, que terminava o seu almoço e "esperava os seus amigos", assim dizia a vizinha que lá estava. A D. Alda estava para chegar nesse dia, do Porto, onde foi passar o Natal. Fomos as duas "correndo" a estrada de Candemil, numa hora e meia de passeio, sob o olhar atento do Marão. Num Inverno que, por ali, ainda não é despido. E pelas histórias fica uma espécie de saudade do tempo que não se viveu.

Hoje duas frases me ficam, pela boa companhia e sabedoria da minha querida D. Aurélia (que dia 9 fará 97…). Parabéns!!

"O segredo de uma velhice agradável consiste apenas na assinatura de um honroso pacto com a solidão."

"Cada um tem a idade do seu coração, da sua experiência, da sua fé."

Isabel Teixeira Gomes - Candemil

segunda-feira, janeiro 09, 2012

Crónica Imigrantes – 7 de Janeiro de 2012

A primeira visita de 2012, organizada pelo grupo dos Imigrantes, foi ao Jardim Botânico. Um sábado cheio de sol permitiu-nos visitar não só as exposições da Casa Andresen, mas também passear pelo Jardim.

Formávamos um grupo de dez pessoas e saímos de S. Cirilo às 14h, com alguns participantes já nossos conhecidos e um senhor que nos acompanhou pela primeira vez, utente externo de S.Cirilo há apenas três semanas.

Já no Jardim Botânico, começámos por visitar a exposição de pintura de Armanda Passos, com as suas obras povoadas de mulheres e animais imaginários. Em seguida, subimos ao primeiro andar, para visitar a exposição de fotografia de Harold Edgerton. Este engenheiro electrotécnico desenvolveu uma técnica de fotografia com tempo de exposição muito curto, o que permite "parar o tempo", mostrando em detalhe momentos e sequências de movimento que são demasiado rápidos para serem percebidos pelo olho humano. As suas fotografias criam verdadeiramente uma ponte entre a ciência e a arte. Pudemos ver a bala a atravessar a maçã; a deformação da bola de futebol no instante em que é chutada, ainda antes de começar a voar; as formas que a água cria ao correr da torneira; a sequência de movimentos do mergulhador ao saltar da prancha… Esta exposição, em particular, despertou muito interesse em todo o grupo, participantes e voluntários, que se demoraram pelas salas.

Por fim, o Francisco fez-nos uma visita guiada pelo Jardim. Começou por nos contar a história da casa e do jardim e, ao longo do percurso, foi-nos chamando a atenção para detalhes e aspectos curiosos das plantas. O interesse dos utentes de S.Cirilo manteve-se ao longo deste passeio, durante o qual conversaram e participaram muito.

O regresso fez-se em cerca de 45 minutos, ao longo da Rua do Campo Alegre. Depois da visita, criou-se mais confiança dentro do grupo e participantes e voluntários conversaram todo o caminho!

Margarida